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outubro 2008 Archives

outubro 1, 2008

Gamei no teu charm

Ok, motivado pelo post anterior e pelo comentário do Ponso (todo mundo quer dominar o mundo, cara), vou comentar os discos que ouvi recentemente e que me deixaram em chamas profundas, pela ordem em que foram escutados:

NKOTB - Face The Music (1994)
O último disco que eu tinha da banda anteriormente conhecida como New Kids On The Block (e atualmente conhecida de novo por esse nome graças ao comeback) era o No More Games, o disco caça-níqueis de remixes dos sucessos da banda. O ano era 1991. Depois disso, abracei Guns N' Roses, Skid Row, Nirvana. Metallica e Pantera e era humanamente impossível continuar ouvindo os cinco garotos de Boston ao mesmo tempo.

Mas eis que, com a surpreendente notícia da volta deles esse ano, surtei e resolvi ouvir o único disco que ma faltava no catálogo da banda. Já sem a influência de Maurice Starr (criador e compositor de todas as músicas deles), e adotando a sigla em vez do nome completo, os guris resolveram chamar no CHARM e no R'N'B da metade dos anos 90 (claramente superior ao de hoje em dia) e o resultado foi bem interessante. Baladas como If You Go Away (música mais linda do universo) e Since You Walked Into My Life fazem qualquer alma se dilacerar em questão de segundos. Ao mesmo tempo, faixas dançantes como You Got The Flavor e Mrs Right tornam não mexer os ombros num GROOVE FUDIDO uma tarefa impossível.

O resultado final é um disco um pouco longo demais (podia ter doze faixas ao invés de quinze), mas cheio de baladas fatais e dances pegados. Não preciso ouvir nada de Chris Brown ou Akon pra saber que ele é melhor do que qualquer disco lançado esse ano pelos artistas no topo do R'N'B atual.

outubro 8, 2008

Me castiga, mulher

Neneh Cherry - Man (1996)

Acabei escutando este disco muito por acaso. Embriagado e assistindo aos Jogos de Pequim em meio a passagem relâmpago pelo Brasil, ouvi uma voz doce ecoando no som durante aquele churrasco pegado. Perguntei ao anfitrião o que era e a resposta veio eufórica: Neneh Cherry. Minha memória só conseguia lembrar de 7 Seconds Away, no dueto fatal com Youssou N'Dour. Mas o disco tem muito mais. Ah, se tem.

Fui lembrando aos poucos da faixa inicial, Woman. Bela guitarra e vocal emocionado foram abrindo os caminhos da mente pro que ainda estava por vir. Feel It, a música seguinte, é outra excelente, assim como a obscenamente linda Golden Ring, com uma viola no estilo flamenco que me deixou envergonhado por existir e não saber tocar assim. Mal ela acaba e já emenda a citada 7 Seconds Away, com refrão perfeito.

Na sequência vem Kootchi, uma musical sensual às ganha, com uma letra totalmente provocativa: "Kiss my dirty feet/I'll take you out for dinner/Laugh at my jokes/I wanna sit on your back/Close my eyes/Take your pulse/It's 120...ohh yeah/And it's rising/All I wanna do, is kootchi koo with you". E a guitarra tem muita distorção, total pós-grunge. Depois da barulheira, vem Bestiality, cujo assunto já se pode imaginar. A letra fala por si: "As I take you through the bedroom door/You can be my mother/You can be my whore/Take a lesson in geography/Wash me down in Pepsi/Sweet obsess possess me". Perfeita.

O álbum acaba com Everything, uma faixa bem introspectiva, com um piano excelente, finalizando os trabalhos da melhor forma possível. Pesquisando sobre ela, descobri que os outros dois discos são baseados em hip hop e dance. Sinceramente não sei o que acharia deles, mas tenho certeza de que esse é o melhor, pelo som que ela resolveu adotar. Ouvi e fiquei transtornado, de tão bom que é esse Man. Me castiga, mulher.

outubro 14, 2008

There's no such thing as too much cowbell

Mötley Crüe - Too Fast For Love (1981)

Este ano finalmente tomei vergonha na cara e fui atrás dos discos do Mötley Crüe pra comprovar se eles são realmente a banda mais influente do hard rock oitentista. E não é que é verdade? Ouvi à exaustão todos os trabalhos lançados nessa década e a sensação é de uma descoberta excitante. Apesar das pessoas se dividirem em achar que o melhor álbum é o Shout At The Devil (pros mais puristas e old school) ou o Dr. Feelgood (pelo número de hits), meu voto fica com o Too Fast For Love, a estréia deles.

Começar um trabalho com Live Wire já mostra que os caras vieram pra detonar tudo, com uma sonoridade punk, porém no bom sentido (ou seja, com habilidade pra tocar instrumentos). A sequência com Come On And Dance e Public Enemy #1 continua num ritmo pegado, até que vem Merry-Go-Round, uma balada (se é que pode ser chamada assim) excelente.

A dobradinha Take Me To The Top e Piece Of Your Action chega com tudo, sendo que a primeira tem uma introdução muito foda e a segunda, um riff poderoso. Mas a minha preferida é Starry Eyes, uma música obscenamente boa. Nem sei por onde começar os elogios. O início só com a batera, o riff, o vocal, a linha de baixo. Enfim, a faixa inteira. O refrão é de uma perfeição inexplicável, isso que é só o nome da música repetido duas vezes. Imagina se tivesse algo mais na letra!

A faixa-título é uma paulada só, numa espécie de manifesto do espírito de urgência que permeia a banda (ok, essa foi frase foi uma putice sem tamanho, mas quem ouvir o disco vai entender o que eu quero dizer). Encerrando essa obra-prima, uma balada (mais uma vez, não sei se esse é o melhor termo, mas uso na falta de outro melhor) chamada On With The Show. A guitarrinha do início me rasga a alma e a letra também. Fico emocionado toda vez que ouço.

Outro destaque do disco é o uso indiscrimado de COWBELL. Tommy Lee usa o tempo inteiro e isso só pode ser louvado à exaustão. Maior componente de uma bateria, sem dúvida alguma. Das faixas bônus que vêm na última versão lançada nem vou falar nada, pois precisaria de outro post. Só deixo dito que Too Fast For Love é obrigatório pra qualquer pessoa que gosta de rock - de verdade, só pra lembrar pela enésima vez.

outubro 21, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 1

Pois então, é chegada a hora. Faltando duas semanas pro show do DEF LEPPARD, urge fazer a lista de definitiva de clássicos da banda. Quem frequenta estes pagos deve lembrar que fiz o mesmo detalhadamente antes do show do BON JOVI e totalmente nas coxas antes do show do IRON MAIDEN.

O bom é que o Def Leppard tem exatamente dez discos oficiais lançados, o que nos leva a um TOP TEN DO BARULHO. Comecemos pelo começo:

On Through The Night (1980) - Sorrow Is A Woman

def_leppard-on_through_the_night.jpg

Considero o disco de estréia deles bem irregular. Possui bons momentos, mas ainda longe da perfeição que eles alcançariam nos álbuns seguintes. Algumas guitarras são excelentes, porém as músicas em geral não são. Sei que alguns fãs da banda acham que esse é o melhor disco, por ser mais pesado. Não na minha opinião, heh.

O destaque fica por conta da poética Sorrow Is A Woman, uma balada com guitarrinha perfeita e letra inspirada: "You're always pretending to be/Someone who prefers to be free/You think you can fool me with your lyin' eyes/But what is this game that you play/When all that your trying to say/Is that your lonely, in need of a friend".

Como a música não tem clipe, fiquem com o áudio e a capa do disco pra contemplar:

outubro 22, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 2

High 'N' Dry (1981) - Bringin' On The Heartbreak

def_leppard-high_n_dry.jpg

A melhora neste segundo disco é enorme. O som é muito mais potente e os riffs, avassaladores. O começo com Let It Go já detona tudo. High 'N' Dry (Saturday Night) é um hino e a instrumental Switch 625 mostra do que o finado Steve Clark era capaz.

Outros destaques são You Got Me Runnin', com um solo furioso, e Lady Strange, com um riff muito pegado. Mas a minha favorita é a balada Bringin' On A Heartbreak. A introdução já dá um climão fodido e quando entra a guitarra pesadona no refrão, fica ainda mais excelente.

O clipe é aquela tosqueira ao vivo, mais básico impossível. Mas é interessante pra ver essa baita banda no palco. Mal posso esperar pra ver ao vivo. AI, DORINHO.

outubro 23, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 3

Pyromania (1983) - Photograph

def_leppard-pyromania.jpg

Aqui o bicho começa a pegar. AFU. Este disco não tem uma música ruim. Do começo avassalador com Rock Rock ('Til You Drop), passando pela paulada de Stagefright e a cavalice de Die Hard The Hunter, tudo é excelente.

O som já é bem mais pop do que nos álbuns anteriores, mas ainda tem um peso legal. Faixas como Rock Of Ages e Action! Not Words são verdadeiros clássicos do hard rock em qualquer época. Mas a que me faz uivar mesmo é Photograph. A letra é genial, e quando descobri que foi escrita em homenagem a Marilyn Monroe, só melhorou as coisas: "I'd be your lover, if you were there/Put your hurt on me if you dare/Such a woman, you got style/You make every man feel like a child". ADORO.

O clipe, alterando imagens de uma sósia da Marilyn com a banda no palco, é algo. Mataria pra ter o visual do Joe Elliott. QUE CABELO, MEU BOM DEUS.

outubro 27, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 4

Hysteria (1987) - Hysteria

def_leppard-hysteria.jpg

Violência pura. Não acho outras palavras pra descrever este disco. Das guitarras cristalinas à bateria DE PISADA EM POÇA D'ÁGUA (acho que vocês entendem o que eu quero dizer), tudo aqui é grandioso. E deslavadamente pop. Não por acaso, o álbum vendeu afu e fez eles explodirem no mundo todo.

A tríade inicial Women, Rocket e Animal agride pra valer e a sequência com Love Bites dispensa comentários. A música que gerou o clássico Mordida de Amor está eternizada no coração de qualquer pessoa que tenha coração (amo ser poeta). E nem dá tempo de se recuperar, pois Pour Some Sugar On Me aniquila a existência com seu clima NAUGHTY.

Fechando o lado A, Armageddon It derruba a báia do cara com vontade. Seria impossível manter o mesmo nível no outro lado, mas a coisa chega perto. Gods Of War e Run Riot são porradas fortes, mas o auge é a faixa-título, Hysteria. As guitarras são lindas e o refrão é foda, fazendo os seis minutos exatos da música serem uma experiência fatal.

Sobre o clipe só tenho uma coisa a dizer: Joe Elliot deveria ser preso por usar o cabelo assim.

outubro 29, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 5

Adrenalize (1992) - Have You Ever Needed Someone So Bad?

def_leppard-adrenalize.jpg

"Do you gonna get rocked?". É com esta frase que começa o quinto disco do Def Leppard. E que baita disco, devo dizer. A abertura com Let's Get Rocked, seguida por Heaven Is e Make Love Like A Man (maior nome) tira o fôlego do vivente. E a interessante quebra que rola depois, com Tonight (arpeggios fatais) e White Lightning (sete minutos de New Wave Of British POP Metal) fecha o primeiro lado com estilo.

O lado B começa de forma arrasadora com Stand Up (Kick Love Into Motion) (adoro música com nome entre parênteses - e adoro falar através deles também, como já deu pra notar), um pop perfeito. Outro destaque é a safada I Wanna Touch You, que fala sobre... bem, TOCAR. Mas o auge do auge dos auges é Have You Ever Needed Someone So Bad, que de tão linda que é, me fogem as palavras.

O clipe é aquele coisa clássica de qualquer balada hard rock: a banda tocando, imagens em P&B e uma mina sofrendo por amor. Também, quem precisa mais do que isso? Eu certamente não. Chorem se forem capazes:

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