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setembro 23, 2003
Sidarta Ser capaz de dizer
Sidarta
Ser capaz de dizer coisas profundas através de uma linguagem simples. É nisso que está a beleza desse livro. Gostei muito. Li as 124 páginas quase em uma sentada nessa manhã. Incrível. Simplesmente não cansava nem ficava chato. Fluia como o rio que o Sidarta aprendeu a ouvir tão bem. Ele que não é o Buda histórico, apesar do mesmo nome. Sidarta escolheu fazer sua busca espiritual sozinho, negando até mesmo em seguir o Buda e seus ensinamentos. Mas inevitavelmente aprendeu com outros mestres, tendo como o maior deles um balseiro que o ajudou a experienciar a beleza indisível da sabedoria que o rio manifestava. Sem mestre seria bem mais trabalhoso, percebe-se. E que trabalho. Hermann Hesse mostra bastante da filosofia indiana/hindu/budista. Às vezes torcia o nariz com aquele papo de alma eterna, mas nada demais. É muito bem mostrado o caminho percorrido por Sidarta até a sabedoria última. Aquela que está além do desejo de sempre querer saber mais, o que impossibilita de que a breça da sabedoria presente em todos os momentos seja experimentada. Bonito. "Acautela-te contra o excesso de inteligência." Leitura muito agradável.
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Posted by parada at setembro 23, 2003 03:21 PM
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