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janeiro 2007 Archives

janeiro 2, 2007

Goiabeira sagrada

E olha ele aqui de novo: tem clipe do gênio Marcelo Birck no YouTube. Com animações feitas pelo próprio e edição da querida Lia, o resultado ficou muito bom. As imagens e a música (uma das melhores do disco) combinaram bastante, vale a pena conferir:

Agora aguardo um clipe pra "O Elefante". Que tal, hein?

(Posso ter esperança?)

janeiro 3, 2007

Spank it to the 80 channel

E lá vamos nós. Na última edição da Void, esse que vos escreve contribuiu(?) com mais duas resenhas que despejam verdades sem dó. Enquanto o site da revista não entra no ar, colo aqui os textos malditos. Aguentem:

The Noses – There are only FAGS in this SHIT

O som lembra The Killers, mas é claramente superior. A letra destila uma raiva enjaulada, pura indignação. “What’s wrong with this world?/Am I suppose to like dudes too?” é apenas um dos questionamentos dessa primeira música de trabalho do The Noses. Não tenho maiores informações sobre a banda, a não ser que tem criado um burburinho nas pistas de dança das festinhas indies de Porto Alegre, segundo relatos que ouvi. Que eles vão estourar eu sei. Só resta saber se vai ser nessa semana ou na próxima.

The Knife – You take my breath away

Como já diria um amigo, “isso tá me cheirando a cult”. Mas recebi essa música de uma amiga pelo MSN e me interessei pelo nome, obviamente pela semelhança com o da clássica balada do Berlin na trilha do Top Gun. Coloquei pra tocar e bateu direto. Na hora me vieram à mente referências a “Harry Houdini”, do Kon Kan e “Fata Morgana”, do Dissidenten. O teclado de synth pop é escarrado – e justamente por isso, bom. Não conhecia nada da banda e nem pretendo conhecer mais pra não me decepcionar. Mas que a música é ótima, não tenho dúvidas.

No mamilo

O Firpo linkou dois clipes dos Smiths, num post chamado "Band-aid". Foi o que eu precisava pra lembrar de um clipe que estava há horas pra linkar, o vídeo definitivo sobre a combinação "Morrissey + band-aid no mamilo":

Reparem na descrição do vídeo, algo como "NÃO É PARA OS DE CORAÇÃO FRACO". Espetacular. Essa foi a influência pra que eu fosse no show do Morrissey em 2000, no Opinião, com um band-aid no mamilo, uma homenagem mais do que oportuna. Tá certo que a minha camisa era um pouco mais discreta do que a dele nesse clipe, mas foi um momento único.

E por falar em momento único, esse vídeo do Beavis & Butthead se arriando no clipe é sensacional. Impossível não rir:

Apesar de ser muito fã do Morrissey e curtir a afetação dele, sou obrigado a admitir: nesse aí tu vacilou, rapaz.

ÀS GANHA.

janeiro 5, 2007

Fudeu.

convite_niver_2006-7.jpg

É hoje o segundo tempo da comemoração do meu aniversário. O primeiro foi no Réveillon, num momento memorável. Pra quem não conseguir ver essa imagem, por qualquer motivo que seja, aqui vai o serviço da noite:

O que: Aniversário do EGS
Quando: 05 de janeiro (sexta-feira), a partir das 21h
Onde: Parangolé - Lima e Silva, 242
Por que: Só nos resta beber.

Espero os amigos lá!

P.S: o CD que está na minha mão na foto é o famigerado disco do Yahoo ganho no amigo secreto da firma e já comentado nesse blog. Aqui não tem enganação!

janeiro 11, 2007

Eu quero estudar contigo esta noite

Depois da destruição absurda do meu aniversário (aproveito pra agradecer à turma sem camisa que deu seqüência na noite) e da maratona do vestibular, estou de volta justamente falando do maior concurso do Rio Grande do Sul. Como já havia acontecido no ano passado, a prova de Literatura trouxe uma questão espetacular envolvendo letra de música, que me fez golfar enquanto lia. Os caps são meus:

48. Considere os fragmentos abaixo, respectivamente, da canção Amor Maior, da banda JOTA QUEST, e do Soneto do Maior Amor, de Vinicius de Moraes.


AMOR MAIOR

Eu quero ficar só
Mas comigo só
Eu não consigo
[...]
É preciso amar direito
Um amor de qualquer jeito
Ser amor a qualquer hora
Ser amor de corpo inteiro
Amor de dentro pra fora
Amor que eu desconheço

Quero um amor maior...
Um amor maior que eu
[...]


SONETO DO MAIOR AMOR

Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.


Sobre os fragmentos acima, são feitas as seguintes afirmações:

I - Os dois POETAS exaltam um sentimento amoroso intenso, mas não correspondido pela amada.

II - Tanto a canção do grupo Jota Quest quanto os versos do soneto de Vinicius apresentam uma rigidez formal típica da poesia contemporânea.

III - Os versos de Vinicius manifestam sentimentos contraditórios em relação à amada, enquanto os de FLAUSINO evidenciam um desejo de UMA amor completo, totalizante.

Quais estão corretas?

(A) Apenas I.

(B) Apenas II.

(C) Apenas III.

(D) Apenas II e III.

(E) I, II e III.


Sensacional. Não acreditei quando li, mas quando me refiz do susto, parti pra resolução da questão. Morta a coruja, passei pra questão seguinte, mas essa em particular não saía da minha cabeça. "Tenho que dividi-la com a gurizada", pensei.

Daí hoje, procurando a prova nos sites de cursinhos, me deparo com o comentário da questão na página do Unificado. O texto é primoroso, com várias semelhanças com o que pensei em escrever sobre o assunto. Mas depois de lê-lo, achei melhor ficar quieto e deixar que algum professor de cursinho falasse a respeito com muito mais propriedade:

48 - C
Típica questão das provas recentes da UFRGS. Optando por um claro populismo vulgar e de pouco sentido, a banca apresenta uma "canção popular" - rótulo bastante amplo - para ser analisada. Até aqui nenhum problema. O problema está no fato de que o programa apresenta Chico Buarque, Caetano Veloso, o Tropicalismo e a MPB - e sob esta última expressão abrigam obras que jamais poderiam entrar no escopo da literatura. Pelas páginas da prova da UFRGS já desfilaram "poetas" do porte de Paulo Miklos e Samuel Rosa. A bola da vez foi o "poeta" (sic) Jota Quest. Ao lado do "poeta" Jota Quest, um fragmento do Soneto do maior amor, do poeta (esse sim!) Vinícius de Moraes. A primeira afirmativa está incorreta porque não se trata de um amor não correspondido. A segunda afirmativa igualmente não é verdadeira porque a canção de Flausino (caberia à banca explicar quem é esse ilustre - e felizmente - desconhecido das letras nacionais) não apresenta rigidez formal alguma.

Nem eu nos meus dias mais revoltados destilaria tanta raiva em cima de uma questão de vestibular. E deu pra perceber que o tiozão não conhece muito as bandas nacionais e seus vocalistas carismáticos, só pelo POETA JOTA QUEST e pelo "desconhecido" Flausino. Eu, como conheço, acertei a resposta.

Sem mais a declarar, retiro-me.

janeiro 15, 2007

Isto é (baita) entretenimento

Sempre tive o péssimo hábito de ler o máximo possível de resenhas antes de ver um filme. "Por que tu faz isso?", diria a Ale, com toda a razão do mundo. Pois é, maldita necessidade de saber tudo sobre uma obra antes de apreciá-la. Felizmente, acho que estou me livrando desse mal. Aos poucos, mas vai.

Sexta-feira fui assistir ao filme Mais Estranho que a Ficção, tendo como informações que o título original era Stranger Than Fiction (nome de uma música do Bad Religion. Sei que isso não quer dizer nada, mas fiquei interessado) e que era protagonizado pelo Will Ferrell (mestre absoluto do universo). E só. Soube dessas duas coisas por ter visto ao acaso um daqueles Inside The Movies, da Warner, que falava do filme.

E assim fui ao cinema, esperando qualquer coisa. Mas o que vi não foi qualquer coisa. Foi BOA coisa. Gostei muito do filme, me surpreendeu mesmo, pois eu achava que ia ser uma comédia meio pastelão. Esqueci que o Will Ferrell não faz mais só comédias e como não li resenhas, fui esperando rir. E saí chorando.

Baita história. Sensível quando tem que ser, divertida na medida certa. E uma trilha sonora do caralho, daquelas que me faz ficar até o fim dos créditos pra saber tudo e não só porque é um hábito que não faço questão de mudar. Não conhecia nenhuma música, mas tive que ir atrás de That's Entertainment, do The Jam - usada magistralmente - e Whole Wide World, do Wreckless Eric, cantada pelo Will Ferrell numa das melhores cenas do filme.

Valeu muito a pena ter visto o filme. E valeu muitíssimo a pena não ter lido nada sobre ele. Só assim pude sentar na poltrona e ser realmente supreendido. Que no final das contas é o que importa em cinema, não?

janeiro 16, 2007

Músicas que eu tinha esquecido que existiam e que alguém resgata só para arruinar a minha vida - Parte 1

Começa agora uma série que tem como objetivo fazer uma terapia grupal em torno do problema que é viver a tua vida tranqüilamente até que aquela música espetacular que estava escondida no lugar mais profundo da tua memória vem à tona por obra de algum "amigo" que quer te ver mal. Vamos à primeira:

Jaded - Aerosmith

Vivia eu sereno e alegre até o dia 10 de dezembro do ano passado. Nessa data, um suposto amigo aproveitou a ocasião dos festejos em que nos encontrávamos pra colocar essa música no três-em-um todofiadaputa que reproduzia as canções do pessoal. Ouvi a bateria na introdução e paralisei. A merda do chopp não descia mais e a picanha se retorcia no meu estômago. Por que, rapaz?

jaded.jpg
Bela capa, hein?

Escutar aquela melodia me transtornou de uma maneira irreversível. Acho que não ouvia a faixa desde o lançamento do disco Just Push Play, em 2001. E confesso que era bem mais feliz assim. Essa é mais uma daquelas baladas perfeitas do Aerosmith, que parece ser uma fábrica inesgotável de refrões grudentos e riffs sob medida.

Impossível saber quantas vezes já ouvi a música desde então. Às vezes ouço umas dez vezes seguidas, como se estivesse ouvindo apenas uma. É que ela é tão perfeita que não faz diferença quantas vezes tu ouve. Sempre parece que é a primeira, de tanta empolgação que dá.

Valeu por arruinar a minha vida, amigão.

janeiro 19, 2007

Músicas que eu tinha esquecido que existiam e que alguém resgata só para arruinar a minha vida - Parte 2

All Through the Night - Cyndi Lauper

Ouvir Time After Time, dessa mesma cantora aí, já é um problema na minha vida desde 2002, mais ou menos, quando resgatei essa balada monstruosa. Mas quando veio o dia 23 de novembro do ano passado e junto com ele a faixa All Through the Night, meu mundo ruiu.

Presente de um baita amigão, ela me deixou perplexo em poucos segundos. Aquele tecladinho maroto na introdução me transportou para um tempo em que abraçar um travesseiro e imaginar que era a menina amada não me parecia deprimente. Seguramente eu não ouvia essa música há uns quinze anos. E como é boa, chê.

all_through_the_night.jpg
Essa sabe das coisas!

A Cyndi Lauper é a segunda melhor artista feminina de todos os tempos, só perdendo pra Madonna, claro. É difícil rivalizar com as baladas da moça e essa em particular é muito foda. Refrão clássico e um SOLO DE ELEFANTE SENDO MOÍDO POR GILETTE SENSOR, segundo o amiguinho que mandou a canção do post anterior. E pra fechar com chave de ouro, um "UUUUU" no final que é de arrepiar. Terminei a audição e, na falta de um travesseiro, me abracei no teclado e fiquei acariciando as teclas. Os colegas estranharam, mas quando expliquei o motivo, todos foram solidários. Afinal, quem não seria numa hora dessas?

Valeu por arruinar a minha vida, amigão.

janeiro 22, 2007

A coerência e o Princípio da Relatividade

Aproveitando um comentário do grande Barão da ZN no post sobre o filme Mais Estranho que a Ficção, abordo um tema que eu já queria ter abordado há tempos: as comédias românticas e seus finais (apesar desse filme não ser uma comédia romântica, convém lembrar).

O Müzell comentou que o final estava sendo malhado pela crítica por estragar a originalidade da história. Partindo do pressuposto que o filme fala de um cara que começa a ouvir uma narradora dentro da sua cabeça e depois descobre que virou personagem de uma história (e que a voz é da escritora que está escrevendo um livro cujo protagonista é ele), não vejo problema algum em o final ser mudado de acordo com a vontade da escritora. Se tem um tipo de roteiro que não precisa do tipo de coerência que os críticos querem, é esse. COM CERTEZA.

E foram justamente os finais que fizeram eu me interessar pelas comédias românticas. Como boa parte dos estudantes de comunicação, já fui metido a intelectual, do tipo que só vê filmes europeus nas salas alternativas. Nada contra esses filmes, até porque muitos são sensacionais, o problema é achar que todos os outros filmes não prestam, principalmente as comédias românticas, "porque são muito bobas".

Desde que comecei a assistir a esse tipo de filme com freqüência, notei que vários finais não seguem aquela lógica previsível de casal-que-briga-durante-quase-toda-a-história-mas-fica-junto-no-final. Em filmes como Terapia do Amor ou Separados pelo Casamento, os casais se separam porque descobrem que não dariam certo juntos. E ponto. Não são finais mirabolantes onde eles ficam juntos de qualquer jeito, contra tudo e contra todos, só pra alegrar a platéia.

São desfechos reais, como a gente tá acostumado a ver com nossos amigos, parentes ou até com nós mesmos. Isso me surpreendeu bastante e me fez virar fã das comédias românticas. Foi só perder o preconceito pra ver que tem muitos tipos de filmes interessantes, cada qual a sua maneira. E pra quem tem achado cada vez mais que cinema é - principalmente - entretenimento, descobrir histórias assim me fazem resgatar o amor pela sétima arte.

Seja com final feliz ou não.

janeiro 23, 2007

No queijinho do Ibiza

Eis que a dona da empresa em que trabalho (que estava de férias desde o Natal) adentra a sala e profere a seguinte frase pra toda a criação:

"De todas as coisas que eu vi na festa de final de ano, a que mais me CHOCOU foi ver o EGS DANÇANDO."

Alguém aí tem um emprego pra mim?

Grato.

Maestria sem limites

Leandro Blessmann, o especialista em canções jovemguardianas sensacionais, está no MySpace, destruindo corações com seus petardos.

Faz o seguinte: passa e ouve as musiquinhas. Se curtir, procura alguma coisa dos Atonais com urgência. Não achando, essa faixa já serve como introdução.

Depois disso, tua felicidade tá garantida.

Vai por mim.

janeiro 24, 2007

Músicas que eu tinha esquecido que existiam e que alguém resgata só para arruinar a minha vida - Parte 3

Far Behind - Candlebox

Às vezes não é só uma música que tu apaga da memória. Às vezes tu apaga a banda que toca aquela música. E assim eu tinha feito com Candlebox, até que uma certa amizade enviou um link do YouTube pelo MSN. Sei que não deveria ter aberto, mas sou uma pessoa bastante curiosa.

Fudeu. Era o clipe de Far Behind, uma canção difícil de descrever. Digamos que avassaladora é pouco. Com cinco segundos de guitarra na introdução eu já chorava por dentro. Maldito reverb fatal. Confesso que eu era realmente mais feliz quando tinha esquecido da existência dessa faixa. Mas não, sempre tem alguém pra jogar a verdade na tua cara.

Pra piorar, revivi a música através do clipe, o que só dificulta ainda mais as coisas. A piscina vazia nas imagens foi como um soco na alma, me fez lembrar de tempos cruéis. Tão cruéis quanto o solo furioso, que chega arrebentando tudo. Só digo uma coisa: se o mundo fosse justo, essa música teria muito mais reconhecimento do que teve na época. E eu seria uma pessoa bem mais alegre se tivesse continuado a ignorar que ela existe. E que é magistralmente boa. Paciência.

O lance é seguir com o plano de achar uma casa na Zona Sul que tenha uma gigantesca piscina vazia e lá morar. Dentro da piscina, que fique claro.

É só o que me resta.

Valeu por arruinar a minha vida, amigão.

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Adendo: Atendendo ao pedido da Ana, segue o link pro clipe de Far Behind:

http://www.youtube.com/watch?v=knPjKtETOLA

Bom choro.

janeiro 26, 2007

MORRI.

Eu precisava fazer um post com esse título. E achei que esse era o motivo perfeito. Não sei se ele já é batido ou não, mas fiquei atônito:

E aí?

janeiro 29, 2007

URGENTE!

Alguém sabe me dizer se havia uma bandeira escrita "THE WHO" na torcida do Grêmio em Cidreira, nesse último sábado?

Por favor, torço muito pra que me digam que não, mas creio ter visto de REVESGUEIO durante a apresentação dos gols da rodada.

Influência argentina já é de doer, mas vá lá; agora, se além de tudo tiverem MODS infiltrados, me retiro do convívio futebolístico.

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