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Segunda-feira que vem estréia a próxima novela das oito, Paraíso Tropical. E mais uma vez, o FESTIVAL DE LOGOTIPOS HORRENDOS invadirá as telas de segunda a sábado. Tenho dificuldade de entender como uma emissora tão profissional como a Globo pode fazer logotipos tão esdrúxulos pras novelas.

Não sou designer, mas como publicitário me interesso pelo assunto. Criar logos é uma tarefa que respeito bastante, por isso me impressiona a capacidade de fazer bizarrias na hora de criar a identidade visual de um produto tão importante pra emissora. Vou até pegar alguns exemplos de logotipos de novelas a partir dos anos 80, que é a época em que comecei a acompanhá-las.

Lindeza pura, vai dizer...

Mas pra aproveitar a estréia vindoura, dou início com o da ainda inédita Paraíso Tropical. O que é essa fonte? Não me passa nenhuma idéia de paraíso, muito menos tropical. E esse amarelo meio dourado é o Ó. Juro que se eu tivesse algum talento mandaria umas idéias de logo pra lá. Será que eles fazem alguma pesquisa ou simplesmente EMULAM HANS DONNER?

Se alguém tiver informações sobre o processo criativo da Globo, por favor se manifeste.

Ao me aprofundar na pesquisa sobre logotipos de novelas da Globo, percebi que é material pra muitos posts. Vai longe essa brincadeira. Inclusive, estou pensando em voltar pra faculdade só pra poder fazer uma monografia sobre os logotipos da emissora. Uma boa, né?

Então vamos lá: aproveitando o comentário da Lia sobre o logo de Paraíso Tropical no post anterior, dizendo que a cor faz referência ao sol (o que deve ser verdade, mesmo), tracei um paralelo com outra novela com tropical no nome, a Vereda Tropical.

Uma novela com o Mário Gomes só pode ser boa.

Ok, tá certo que as cores são extravagantes, mas o ano era 1984. TUDO era extravagante pros padrões de hoje. E pelo menos o sol tá lá, explícito. Além de ter uma idéia, ainda que simplinha. Ou seja: podiam, sei lá, ter aproveitado o visual pra criar um novo logo, quem sabe até aproveitando alguma fonte, se era pra fazer aquele logo sem graça.

Hum, mas espera: a Globo JÁ fez isso outras vezes. Várias vezes.

Aguardem cenas do próximo capítulo.

Hoje quase faleci de verdade ao ver a participação do argentino no Big Brother.

Assistir às investidas dele pra cima da Carol fez eu me sentir em Capão da Canoa, observando aqueles correntinos malditos dando em cima das gurias daqui no jeito mais charlatão possível.

Pior raça.

E pra melhorar, a Carol é líder de novo. Só pro argentino poder dormir no quarto mais duas noites, óbvio.

Maior armação da história da televisão brasileira. Até PARAÍSO TROPICAL tem menos encenação do que naquela casa.

Ainda assim, vou assinar o pay-per-view amanhã, sem falta. BBB é a minha única alegria televisiva.

CHORA, BIAL.

Que vários comerciais são feitos apenas pra publicitários entenderem eu já sei há tempos. Só que a coisa está passando dos limites.

Como se não bastasse esse consumo interno, cada vez mais têm aparecido comerciais com publicitários atuando. Peço encarecidamente que parem de usar caras com barba mal feita e cabelo com franja ensebada.

Sério, parece que eu estou andando pelo Moinhos de Vento no horário de almoço das agências quando vejo TV.

Aliás, será que já não vi aquele cara que contracena com a Flávia Alessandra no comercial da Havaianas na esquina do Parcão?

Não tenho TV a cabo em casa, por isso não acompanho aqueles famigerados seriados norte-americanos. Nos finais de semana até aproveito pra ver alguns despretensiosamente, ainda que fique totalmente perdido por não assistir com freqüência.

Mas um domingo desses estava vendo os comerciais no intervalo de um seriado e fui literalmente ESMAGADO pelo comercial do Cold Case. Pra quem não sabe, a série fala de uma equipe de investigadores que desencavam casos que já estavam arquivados (os "cold cases"). Até aí nada de mais, porém o grande diferencial é que pra contextualizar esses episódios, eles escolhem músicas da época em que os casos aconteceram. E é aí que se dá a minha ruína moral.

No comercial a que me refiro, rola um clipe de vários episódios, sendo que um deles tem como trilha Alone, do Heart, de 1989. É realmente difícil falar dessa música, mas poderia descrevê-la como UM ÉPICO QUE ME FAZ QUERER SUBIR NUM PENHASCO E FICAR EM POSIÇÃO FETAL APRECIANDO A BELEZA QUE É VIVER.

Talvez essa não tenha sido a melhor descrição, mas não consigo pensar em outra coisa. O impacto que ela me causa ao ouvir é perigosamente bom. Quem não conhece, pode baixar nesse link aqui, é só ir até a letra H e encontrar a plenitude em forma de música.

Caso alguém não goste, deixe um comentário por aqui explicando o motivo. Não é nada pessoal, mas é que preciso tentar entender como isso é possível.

A quem ficou curioso, deixo o tracklist desse episódio em questão, intitulado Lonely Hearts. Convém dizer que não vi o episódio, apenas o comercial. Imaginem se eu tivesse visto. Certamente não estaria mais aqui nesse plano terreno.

The Look - Roxette
I'll Always Love You - Taylor Dayne
Hungry Eyes - Eric Carmen
(I Just) Died In Your Arms - Cutting Crew
Love Shack - The B-52's
Alone - Heart

ADEUS.