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Música Archives

outubro 30, 2006

Adeus

Pois é chegada a hora de fechar a internet.

Blog no ar. Meio capenga, mas com o nome no lugar, pra dizer a que veio. Agora só vai, se ajeitando aos poucos.

Eu deveria encerrar essa abertura por aqui, seria a coisa mais sensata a fazer.

Mas depois que abri o e-mail há pouco e vi uma mensagem do grande amigo Vicente Canabarro com o título "CHORA, MEU, CHORA...", sou obrigado a postar um link do novo comercial da Harley Davidson com a melhor música dos anos 00 na trilha.

Reza a lenda que essa é a primeira versão, que a Harley teve que tirar do ar porque não podia veicular a música ainda. Tanto faz, o resultado é de chorar de alegria:

Pra quem se empolgou e quer ver o outro filme, com "Paradise City" levando às lágrimas, procure nos links do YouTube ou acesse o site da empresa e se vire: http://www.harley-davidson.com

E chega por hoje.

Até mais, se a internet ainda existir.

outubro 31, 2006

O cloro e o chorus

O primeiro post do blog deveria versar sobre esse assunto aqui, mas problemas de sintonia impediram a concretização.

O que importa é que o quarto programa do podcast Solo de Óculos Escuros está no ar, mais fatal do que nunca. Revelações bombásticas e risos nervosos convivem perfeitamente durantes as gravações. É um feito, sem dúvida.

Convém atentar também para o texto de apresentação do episódio. Só verdades naquelas linhas.

Vai:

www.big-muff.org/solo/episodios.htm

novembro 1, 2006

I (Don't) Wanna Rock

www.unisinos.br/formacao_especifica/rock/

Estou chocado.

Não preciso ler mais do que os textos introdutórios pra querer me esconder.

E o pior é que ainda por cima acham que estão sendo pioneiros no Estado.

Pois aviso: nenhuma escola é melhor do que a Fabico. Aquilo sim é ROCK AND ROLL.

Desculpe informar.

novembro 4, 2006

Não voLLta

poison.jpg

"Guns N’ Roses is not a hair band. Guns N’ Roses was the last great American rock band."

Essa afirmação - mais do que verdadeira, obviamente - foi tirada dos comentários da lista semanal que rola no site da Rolling Stone. Nessa semana, o assunto é o famigerado Hair Metal. Segundo a revista, tem cheiro de revival do estilo no ar.

Espero que não, apesar de eu amar esse tipo de som. Pode parecer contraditório, já que casualmente estava pensando nisso ontem, ao constatar como é ruim não poder ouvir hard rock numa festa "normal", digamos assim. Só em noites posers no atual Mosh (e eterno Guanabara pros fãs de hard), onde o ambiente é insalubre e só tem adolescentes, basicamente.

Gostaria mesmo de ouvir com uma certa freqüência, mas sem tem que ser num clima cult, que sempre é uma coisa danosa. Queria poder escutar como se escuta U2 no Dado Bier, por exemplo. Simplesmente porque o som é legal.

Agora, se essa pretensa volta servir pra eu ver show do Def Leppard no Brasil, daí eu recebo de braços abertos, trajando colete de couro sem camisa. Só não quero ver gente abandonando o All Star e calçando bota tigrada. Mantenham suas convicções, por favor.

P.S.: foto tirada do livro American Hair Metal, recém lançado e cujo título é auto-explicativo.

novembro 7, 2006

Please don't rock me tonight

Bela discussão sobre o curso de rock da Unisinos no fórum do Cifra Club.

As coisas iam bem, com argumentos válidos de ambos os lados, até que veio o seguinte comentário:

Dogs2
Veterano # Enviado: 4/nov/06 18:24
Quote

esse curso é só uma evolução desses nerds que ficam se gravando numa webcam se mostrando mais rápido que o Schumacher na guitarra

agora eles vão ter seu lugar na faculdade

Depois de quase engasgar com essa colocação genial, segui lendo os comentários até encontrar um muito pertinente e que resume o que penso a respeito do assunto, mesmo sendo de alguém a favor do curso (coloco resumido aqui porque o orginal é muito extenso):

Bog
Membro Novato # Enviado: 7/nov/06 03:24
Quote

(...) A minha única crítica com relação ao curso é que é uma coisa meio restritiva por si só. Não sei se o mercado tem capacidade para absorver essas pessoas, ou mesmo valorizar esses diplomas. O que me incomoda é mais a idéia de que vai ter muito guri todo faceiro com a sua faculdade de rock, que depois vai sair e abrir uma loja de CD ou de guitarra, ou ainda fazer concurso público para fiscal da receita. Mas isso acontece com outros cursos, como jornalismo ou publicidade (meu irmão é publicitário), que têm muita concorrência para pouca oportunidade.

Pois é, Bog. Também acho que vai ter muito guri se matriculando só pra dizer que faz curso de rock. Quem sabe eu não convido um deles pra abrir uma loja de CD? Ele entra com o diploma na parede e a formação teórica e eu com a cara de pau e a formação empírica.

Parece promissor, não?

novembro 8, 2006

Histórias (sur)reais

1986.

Jacques Maciel chega aos Estados Unidos logo após o revéillon para uma temporada de estudos na Califórnia. No dia 18 de janeiro, vai ao The Roxy, em Hollywood, assistir ao show de uma novata banda local, chamada Guns N’ Roses. A apresentação é memorável, especialmente por causa de uma música: Don’t Cry. A ótima melodia impressiona Jacques de uma forma irreversível. Tudo que ele queria ali era montar uma banda e fazer canções poderosas como aquela.

Ainda levaria mais um ano para que ele voltasse ao Brasil e começasse a montar a banda que tanto sonhava. Quando retornou, o Guns já estava estourado aqui com o álbum "Appetite For Destruction". Ao contar para os amigos a experiência vivida no The Roxy, ouviu coisas como “Ah, duvido que essa tal de “Don’t Cry” seja melhor do que “Sweet Child O’ Mine, jura” ou “Don’t Cry? Pfff. “Think About You” é A música”. Mas Jacques reuniu os companheiros de rock e mostrou na guitarra a força daquela balada. O impacto foi imediato e serviu para motivá-los ainda mais a montar uma banda de hard rock. Nascia aí a Rosa Tattooada.

A banda foi se profissionalizando cada vez mais, fazendo shows e gravando suas músicas próprias em demos. Até que em 1990 veio o convite para lançar o primeiro disco pelo pequeno selo Nova Idéia. Dentre as faixas, trazia uma intitulada “Voltando pra casa”, com uma introdução marcante – e familiar:

Rosa Tattooada - Voltando pra casa (1990)

A semelhança com o início de “Don’t Cry” estava lá, com a diferença do ritmo ser bem mais rápido. O disco foi lançado e projetou a banda regionalmente e também nacionalmente, levando à gravação de um álbum pela Sony Music em 1992, com praticamente o mesmo repertório do primeiro trabalho. Incluindo “Voltando pra casa”. Porém, nesse meio tempo saiu o aclamado álbum duplo do Guns N’ Roses, “Use Your Illusion”. E um dos maiores sucessos do disco I era justamente uma faixa chamada “Don’t Cry”, aquela mesma ouvida por Jacques cinco anos atrás:

Guns N' Roses - Don't Cry (1991)

O lançamento desse clássico do Guns acabou atrapalhando os planos de regravar “Voltando pra casa” no novo trabalho. Jacques ainda tentou manter a música exatamente como era, mas o produtor do disco, Thedy Corrêa, condicionou a permanência da faixa a uma mudança na introdução, para não soar como um plágio da canção gunner. Contrariado, Jacques foi para o estúdio e tentou compôr outra introdução. Depois de inúmeras tentativas, resolveu simplesmente suprimir o começo original e iniciar a música a partir do riff hard. E assim ela foi lançada:

Rosa Tattooada - Voltando pra casa (1992)

O disco foi um sucesso, garantindo inclusive a abertura do show do Guns em 1992, em São Paulo. “Voltando pra casa” se tornou um sucesso, sendo uma das músicas mais pedidas pelos fãs em qualquer show da banda – na versão de 92, convém dizer. E até hoje, quando Jacques Maciel e Thedy Corrêa se encontram, lembram dessa “coincidência” das músicas e dão boas risadas rememorando aqueles tempos em que ainda havia bandas de rock de verdade para se copiar.

novembro 9, 2006

Um embalo com

Há quase seis anos, no dia 30 de dezembro de 2000, foi ao ar na Rádio Vale Feliz FM um programa de três horas de duração só com Renato e seus Blue Caps. O repertório foi o seguinte:

- Eu quero twist
- Estrelinha
- Lobo mau
- Darling
- Meu amigo do peito
- Meu primeiro amor
- Menina linda
- Fugitivo
- Tudo tem seu preço
- Já não precisas mais chorar
- Como há dez anos atrás
- Te adoro
- Feche os olhos
- Quando a cidade dorme
- Disse me disse
- Playboy
- Quis fazer você feliz
- O dia em que Jesus voltar
- Ana
- O brinquedo se quebrou
- Não me diga adeus
- O escândalo
- Perdi a esperança
- Louco por você
- A primeira lágrima
- Não quero ver você chorar
- Não vá embora sem me dizer
- Só por causa de você
- Essa noite não sonhei com você
- Vontade de viver
- Sou apenas um alguém
- 365 dias do ano
- Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço

Ao final das trinta e três músicas, tive uma certeza: essa é a melhor banda do Brasil.

E é ela que vai tocar hoje à noite no Teatro do Sesi, junto com os Golden Boys, outra banda sensacional.

Enquanto a elite porto-alegrense e os mudernos de plantão tiveram sua noite de glória ontem com o show do BLACK EYED PIÇA, a minha será hoje, quase ao lado.

Se rolarem umas dez músicas daquele repertório ali, já sairei às lágrimas.

Se rolarem mais, sairei num caixão.

Adeus.

novembro 10, 2006

A saudade que ficou

Tenho sérios problemas com expectativas. Sou aquele tipo de pessoa que joga a expectativa lá pra cima em qualquer situação e quando as coisas não saem como eu imaginei, me frustro horrores.

Juro que sempre penso "na próxima vez, não vou criar grandes esperanças de que vai ser legal", mas acabo cometendo o mesmo erro, não adianta.

Mas quando acontece o oposto e sou surpreendido, é bom demais. MUITO BOM.

E foi o que aconteceu ontem no Teatro do Sesi, nos shows do Renato e seus Blue Caps e Golden Boys. Dizer que foram os melhores shows do ano e provavelmente os melhores que já vi na vida seria pouco. Mas então, o que falar? Talvez comentar o repertório, a beleza das músicas e dos arranjos. Mas ainda não seria o suficiente.

Acho que o melhor é dar um exemplo de um fato ocorrido durante o show do Renato e seus Blue Caps. Uma hora eles pararam o show e abriram pra perguntas do público, colocando um microfone na boca do palco. Eram pra ser apenas cinco perguntas, mas acabaram sendo feitas umas quinze.

Um senhor vai ao microfone e diz que veio de Canela só pra ver o show, pois a banda é a coisa mais importante na vida dele, marcou todos os momentos importantes. "Eu amo vocês", repetiu umas três vezes. E emendou: "Vocês moram no meu coração, na minha alma, no meu espírito", visivelmente emocionado. Meus olhos ficaram marejados e olhei pra cima, agracendo por estar ali.

E o fato de saber que consegui ver um show do Renato e seus Blue Caps exatamente 40 anos depois de o meu pai tê-los visto aqui em Porto Alegre só torna tudo ainda mais significativo.

Gostaria que os meus filhos um dia pudessem ter essa mesma experiência que eu tive. Infelizmente, sei que vai ser impossível, já que não há banda representativa o suficiente hoje pra que eles possam admirar daqui a quatro décadas, muito menos a banda há mais tempo em atividade no mundo (sim, isso é verdade).

Mas só de ter presenciado aquelas cenas íncríveis e depois ver o brilho nos olhos do meu pai ao contar como foi, sei que as minhas expectativas foram superadas de uma forma que nunca mais vou esquecer.

Acho que finalmente aprendi que criar expectativa às vezes não é tão ruim. Muito pelo contrário.

novembro 11, 2006

"Quadris não mentem, 2006 tá aí pra provar"

Essa e outras verdades estão no quinto episódio do podcast Solo de Óculos Escuros.

Como já foi mencionado pelo Menezes, aparece pela primeira vez o NAKED WARNING, criado pelos rapazes pra avisar quando uma música obriga o ouvinte a ficar nu pra apreciar melhor a canção.

Creio que todos entendem essa necessidade de se despir ao escutar certas músicas, não?

Ouçam lá e chorem. Pelados, de preferência.

novembro 14, 2006

Posso falar sobre qualquer coisa, desde que seja sobre música.

Foi só começar o blog pra eu me pilhar e resolver atualizar o FOTOLOG TEXTUAL também, um projeto muito querido.

Continuando com a minha prestação de serviços musicais de utilidade pública, começa hoje uma série de melhores coletâneas, com aquela profusão de estilos já conhecidas dos freqüentadores daquele espaço. Espero não abandoná-lo tão certo, porém agora ele vai dividir atenção com o blog. Trabalho dobrado, mas é só assim que funciono, mesmo. Quanto mais coisa eu tenho pra fazer, mais eu quero inventar coisas novas.

Em outras palavras: OVERDOSE MUSICAL À VISTA.

Acessa www.fotolog.com/roxbury e tenta não ficar vesgo. Já é um bom começo.

novembro 16, 2006

Y abrazarte con tal fuerza que te parta hasta los huesos

Quisera eu ter tempo pra escrever sobre todos os discos maravilhosos que ouvi na vida. Como isso é impossível, me contento escrevendo sobre alguns (poucos) deles lá no Roxbury e em breve por aqui também.

Mas tem horas em que o cara não consegue simplesmente ouvir um disco e fazer de conta que é só mais um. Ah, mas não MESMO. Apesar de que não vou falar sobre o disco em si, e sim sobre algumas músicas em particular. O álbum é o "Pies Descalzos", da Shakira, mas vou me deter apenas nas baladas.

Algúem conhece músicas mais belas do as que tem lá, cantadas em espanhol? Sério, pergunto porque nunca ouvi coisa igual. "Antología", "Quiero", "Te necesito" e "Pienso em ti" são baladas espetaculares. E pensar que ela tinha só DEZOITO ANOS quando gravou essas pérolas. Vai fazer música boa assim lá no quinto dos inferno!

Que disco. Que músicas. Ouçam as baladas. Leiam as letras. Apaixonem-se por elas.

Vale a pena.

novembro 18, 2006

I Hate Alternative Rock

Segundo disco da série de melhores coletâneas de todos os tempos lá no Roxbury. "No Alternative" tem músicas raras de bandas sensacionais, vale a pena ouvir. Quem não conhece pode pedir a minha fita cassete emprestada. Desde que devolva depois, claro.

VAI.

novembro 20, 2006

Onde isso vai parar?

Tá no ar o sexto episódio do podcast Solo de Óculos Escuros. Mais fatal do que nunca.

Tenho o hábito de anotar no bloco de notas as barbaridades que a rapaziada fala e dessa vez a produção foi impressionante. Tão impressionante que resolvi escrever aqui as pérolas:

"Hoje vocês vão ter que me convencer. Não estou disposto a aceitar todas as músicas."

"Mas é um cân-gân maior do que Morbid Angel, cara."

"Sassá Mutema é perfumaria."

“Começa com um baixo dentro dum poço e chega a guitarra de avião.”

"Bryan Adams deveria ser mais Bon Jovi e Bon Jovi deveria ser mais Bon Jovi roots."

"Isso lembra aquela vez que o Van Damme ficou de pau duro no palco do Domingo Legal."

"Meu vinil não mente."

"Samba rock é o ganha-pão da música popular brasileira."

"No cais ninguém se respeita."

"Faz só um fade to black pra nós."

"Definitivamente, reggae só pode ser feito por branco."

"Ninguém precisa se enforcar pra fazer sucesso."

Minha grande dúvida agora é: será possível superar o nível de demência no próximo programa? Vou aguardar ansioso.

novembro 23, 2006

DISCOS QUE TU NUNCA VAI OUVIR (porque te acha bom demais) - Parte 1

Off The Wall - Freestyle

Esqueçam Dick Dale e The Ventures. Surf music de verdade é Hoodoo Gurus, Spy Vs. Spy, Australian Crawl. E Off The Wall, claro. Maior banda gaúcha do estilo, eles estouraram com uma música chamada “Valentina”, cover do Jack Green. E até pouco tempo, era só o que eu conhecia deles. Até que tive acesso ao disco que contém essa faixa, intitulado Freestyle, e vi que tinha mais o que escutar.

O instrumental é muito bom, com guitarras pesadas e um baixão marcado em quase todas as músicas. Destaque pros nomes de algumas faixas, como “Pakalolo Hash Buds”, “Summer, Party, Chicks” e “Hawaiian Dream”, entre outras. O disco em geral me surpreendeu bastante, principalmente em “Black Trunk” (solo espetacular), “Pizza To Go” (começo puro metal e melhor nome) e “Thinking Tonight” (bela melodia).

A única música em português é a que dá nome ao disco, “Freestyle”. A letra é totalmente jingle de loja de surf: “Pegar onda no estilo, querendo sempre mais e mais/E dentro d’água eu lavo alma, penso até em novo amor/Agora sou free, freestyle”. Mas a melhor parte é essa (caps meus): “Fui direto pra Ferrugem, de moto e WALKMAN/Já vi a galera no canto, enrolando um/Já teve UM ROLA na areia, é jiu-jitsu/Passo PARAFA na prancha e vou surfar”. Que aula.

Talvez só fosse melhor se o grande sucesso deles fosse uma música própria, mas se bandas como o Frente! conseguiram estourar com um cover, por que a Off The Wall não poderia? O que importa é que “Valentina” é histórica. Quem já ouviu a rádio Atlântida indo pra praia pela Free Way não me deixa mentir.

Vale a pena escutar. Se bem que tu nunca vai ouvir, mesmo.

dezembro 1, 2006

Dominação mundial a caminho

VOID_peq.jpg

Dentro do meu projeto de tocar o horror em publicações impressas, contribuí com duas resenhas pra última edição da VOID, revista gaúcha de comportamento (não sei direito o que isso significa, mas vocês entenderam).

Como o pessoal de fora não vai ter acesso à revista e é impossível de ler nessa imagem, colo aqui os textos que escrevi. Garanto que em menos de três meses farei todas as matérias e estarei na capa da publicação, de bandana. Nu, claro.

Better - Guns N' Roses

Sou um cara simples. Não sou do tipo que planeja grandes coisas, tipo conquistar cargos de alto escalão ou viajar pelo mundo inteiro. Me contento com coisas mais singelas, sem problema algum. Por exemplo, se o Guns lançar o Chinese Democracy ainda em 2006, terá sido um ano inesquecível. Se o disco tiver só essa faixa, repetida doze vezes, ainda assim será o melhor álbum de todos os tempos. As guitarras são perfeitas, a melodia é poderosa e a letra é um primor, sem dever nada pros melhores trabalhos da banda. Volta, Axl. É só o que um cara simples como eu precisa pra ser feliz.

Podcast "Solo de Óculos Escuros"

A história começou com uma simples troca de e-mails com músicas anexadas e frases definitivas acompanhando, tipo "nenhuma banda boa tem mais que um disco". Até que veio a idéia de gravar programas com as músicas enviadas ao fundo (aleatoriamente tocadas graças à famigerada função "shuffle") os participantes comentando as canções fatais. A seleção é absurdamente eclética, assim como as declarações. Só ouvindo pra acreditar no que já foi dito por lá. Acessa e chora: www.big-muff.org/solo

dezembro 10, 2006

Que te faz sonhar, linda garota?

Meu texto sobre Os Brasas, a maior banda de Jovem Guarda do Rio Grande do Sul, acaba de ser publicado no Overmundo.

Para aqueles que não curtem muito um link, segue abaixo o texto que está publicado lá. Se alguém quiser votar e fazê-lo entrar na home, agradeço. (Está na home e bem em cima, pra minha alegria).

Os Brasas, 1968

Ao ler os textos do Rodrigo Almeida sobre o disco do Caetano Veloso e o do Rogério Duprat, ambos de 1968, lembrei de um outro disco lançado no mesmo ano, que não teve o alcance desses dois, mas que também tem uma grande importância na música feita no Brasil na época: o único disco da banda gaúcha Os Brasas.

Maior nome da Jovem Guarda no Rio Grande do Sul, Os Brasas é uma banda bastante peculiar. Formada no começo dos anos 60 com o nome The Jetsons, se mudou pra São Paulo em 1966, onde gravou no ano seguinte o seu primeiro registro, um compacto simples com as músicas Vivo a Sofrer e Lutamos para Viver, já com o nome definitivo. Durante esse período, participaram do programa “O Bom”, no Canal 9, com apresentação do Eduardo Araújo, além de terem sido convidados a integrar a Banda Jovem do Maestro Peruzzi, uma aposta no talento dos rapazes. A formação contava com o Luis Vagner na guitarra e vocal, o Anyres Rodrigues na guitarra, o Franco Scornavacca no baixo e o Eddy na bateria.

Em 1968, saiu o único disco dos Brasas, pela gravadora Musicolor/Continental, inédito em CD até hoje. Tanto que só foi circular pelas gerações mais novas através de uma cópia em CD-R com esse registro e mais alguns compactos, por iniciativa de uma loja musical conhecida pelas raridades em Porto Alegre. O disco original tem as seguintes faixas:

1. A distância (Oriental Sadness) (Anyres - L. Ransford)
2. Beija-me agora (Fernando Adour - Márcio Greyck)
3. Um dia falaremos de amor (Tom Gomes - Renato de Oliveira - Luiz Vagner)
4. Quando o amor bater na porta (When love comes knockin' (at your door)) (Tom Gomes - Sedaka - C. King)
5. Meu eterno amor (Tom Gomes - Luis Vagner)
6. Que te faz sonhar, linda garota (What makes you dream, pretty girl?) (Anyres - M. Garson - J. Wilson)
7. Pancho Lopez (G. Bruns - T. Blackburt)
8. Ao partir, encontrei meu amor (No fuimos) (Osvaldo - Hugo)
9. Benzinho, não aperte (Tom Gomes - Luis Vagner)
10. Theme without a name (Clark - Davidson)
11. Não vá me deixar (Tom Gomes - Luiz Vagner)
12. Sou triste por te amar (Tom Gomes - Luiz Vagner)

O álbum abre com A distância, um cover dos Hollies, fato bem comum na Jovem Guarda, como comprovam trabalhos do Renato e seus Blue Caps, por exemplo. Mas é na segunda faixa, Beija-me agora, que começam os méritos da banda. Trata-se de uma balada com clima psicodélico, numa melodia poderosa e vozes muito bem colocadas. Um dia falaremos de amor é a típica música falada, que o Roberto Carlos eternizou em clássicos como Não quero ver você triste, com sons de violino e pianinho comandando. Quando o amor bater na porta, cover dos Monkees, ficou superior à original na minha opinião, tamanha a qualidade dos músicos. Meu eterno amor se destaca pelos vocais trabalhados com perfeição, resultando numa bonita balada. Que te faz sonhar, linda garota traz a guitarra característica do Luis Vagner, bem marcante durante toda a faixa.

Pancho Lopez, conhecida na voz do Trini Lopez, ganhou uma versão totalmente debochada, com direito a gritos em espanhol, dignos dos mais autênticos mexicanos. Ao partir, encontrei meu amor é uma faixa curiosa. Versão de uma música da banda uruguaia Los Shakers, foi gravada também pelo Renato e seus Blue Caps, porém com outro nome (Te adoro) e outra letra! Vale ouvir as duas pra comparar. Essa aqui tem uma ótima harmônica no começo, ao contrário do órgão que inicia a versão do Renato. Benzinho, não aperte é a típica música bonitinha de Jovem Guarda, com letra adolescente e bem humorada. Theme without a name é totalmente instrumental, coisas que os Brasas sabiam fazer com maestria. Não vá me deixar é uma psicodelia das boas, com uma guitarra que marcou época e influenciou muita gente. O álbum fecha com Sou triste por te amar, mais uma bela composição da dupla Tom Gomes e Luis Vagner, que aparece com cinco faixas no total.

O sucesso que poderia acontecer não chegou a se concretizar, pois no ano seguinte a banda acabou. O caminho mais curioso - e interessante - sem dúvida foi o do Luis Vagner, que mergulhou no reggae e se tornou um dos músicos mais respeitados no estilo, além de ter ajudado a moldar o samba-rock, ritmo tão em voga hoje em dia. Isso sem falar nas composições dele que grandes artistas da música brasileira gravaram. Por exemplo, a incensada Sílvia, 20 horas, domingo, gravada pelo Ronnie Von num dos seus discos psicodélicos e regravada pela banda gaúcha Video Hits em 2001, é de autoria dele. Que tal?

E mesmo assim, é estranho pensar que na época tinha gente que torcia o nariz pra eles. Ou nas palavras do meu pai, alguém que presenciou o surgimento dessas bandas nos anos 60, “Os Brasas eram meio mal vistos por muita gente. Bandas como o Som 4 – que tocava basicamente covers de Beatles - faziam mais sucesso entre o pessoal”. Explica-se: além de terem se formado num bairro de classe média baixa, (coisa que fazia diferença numa época de festas e shows em clubes tradicionais, por mais que hoje soe elitista e até descabido), eram uma banda local, e como se costuma fazer em lugares de caráter provinciano, o que vem de fora é sempre melhor. Ouvindo o som deles fica difícil conceber isso, mas acontecia. E talvez aconteça até hoje, mesmo que em outra escala.

Tenho certeza que pessoas de outros estados têm exemplos parecidos pra dar. Certo?

dezembro 11, 2006

Histórias (sur)reais - Parte 2

Como todos sabem, a melhor fase dos Ramones é a do final dos anos 80 e começo dos 90. Tão superior ao resto que os clássicos absolutos da carreira deles são dessa época, como “I Believe In Miracles”, “Pet Sematary”, “Strength To Endure” e, acima de todos, “Poison Heart”.

Uma aula pop, essa faixa faz parte do grande álbum “Mondo Bizarro”, de 1992, que certamente influenciou muita gente. Porém, no caso dessa música em particular eles é que foram influenciados por outra banda. Novata, por sinal.

Quando o guitarrista Johnny Ramone ouviu por acaso a música “Hey Jealousy”, da banda Gin Blossoms, sentiu que ali estava um hit poderoso. A faixa ainda não havia sido lançada comercialmente, mas já circulava em fitas demo pelo meio musical. Johnny teve a oportunidade de trocar algumas idéias como o autor da canção, o guitarrista Doug Hopkins, quando elogiou a composição e combinou de tocarem juntos algum dia.

Em setembro de 92, foi lançado o disco “Mondo Bizarro”, contendo o hit “Poison Heart”, que rapidamente chegou às paradas. Também pudera, com uma ótima melodia e refrão fatal, era impossível não fazer sucesso:

Ramones – Poison Heart (1992)

Quase um ano depois, em agosto de 1993, saiu o primeiro trabalho do Gin Blossoms, com o belo título “New Miserable Experience” e puxado pela grande “Hey Jealousy”, com seu começo marcante:

Gin Blossoms – Hey, Jealousy (1993)

Ouvindo-a em comparação com “Poison Heart”, pode-se notar algumas semelhanças, principalmente nas guitarras, e os mais exaltados podem até acusar Doug Hopkins & Cia. de plágio. Mas o inverso é que é verdadeiro, é só lembrar do encontro citado no começo desse texto. Claro que é muito mais difícil uma banda de tradição como o Ramones ser taxada de copiadora de hits, mas é fato.

E como todos também sabem, a história não mente.

dezembro 13, 2006

Léo Batista não corta as unhas

Depois de um período de hiato devido a fortes emoções, eis que aparece o sétimo episódio do podcast Solo de Óculos Escuros, com baladas que me deixaram em prantos antes mesmo dos cinco minutos de programa.

As declarações estão cada vez mais bombásticas, especialmente a que começa a partir dos 07' 48''. Ouçam e tentem não convulsionar.

Aqui, como de praxe.

dezembro 14, 2006

Eu acuso

Corroborando a teoria do Bruno de que NIRVANA = MY CHEMICAL ROMANCE e confirmando a minha teoria de que o emo começou em 1992, trago a prova definitiva e irrefutável:

Reparem as cores e listras do blusão de Kurt Cobain: um símbolo do universo emo, é só passar na frente de lojinhas do ramo ou prestar atenção nas praças de alimentação dos shopping centers. Sempre vai ter uma gurizada de camiseta vermelha e preta listrada. Além disso, esse é o único clipe da banda - se não me falha a memória - em que o Kurt está de cabelo preto, cor preferida dos emos (aliás, deixo uma pergunta no ar: existe EMO LOIRO? Digo loiro de verdade e não aquelas gurias de cabelo quase branco, mezzo indie. Enfim, me respondam). Pra fechar o pacote, ele parece estar calçando um All Star, clichê máximo dessa turma.

Isso sem falar na letra, cujo refrão é "GRANDMA, TAKE ME HOME/WANNA BE ALONE". Uma aula emo. Aí está a prova do crime. Impossível negar a origem do mal, como vocês podem comprovar.

É CHORAR OU CHORAR.

dezembro 20, 2006

Me tira

Ontem teve amigo secreto na firma. Apesar de ser realizado na mesma hora em que o Inter deixava o Beira-Rio em chamas com os campeões do mundo, o que tornou difícil a concentração, a função foi interessante. Coloquei duas sugestões na lista de presentes: o DVD do Shrek 2 e o CD "Versões", do Yahoo. Pra minha glória suprema, fui contemplado com a segunda opção.

yahoo_versoes.jpg
Chora, magrão.

Que CD. Dizer que o repertório é fatal seria simplificar as coisas. Ele é altamente letal do primeiro ao último segundo. Em respeito aos leitores desse blog, coloco abaixo as faixas desse disco que já nasceu clássico:

1. Por amor (Is this love) - Whitesnake
2. Hey Jude (Hey Jude) - Beatles
3. Minha vida (In my life) - Beatles
4. Simples (Easy) - The Commodores
5. Eu espero por alguém assim (Waiting for a girl like you) - Foreigner
6. Eu estarei pensando em você (Right here waiting) - Richard Marx
7. Para onde você for (Wherever you will go) - The Calling
8. Pra sempre (Forever) - Kiss
9. Todo amor tem um fim (Every rose has its thorn) - Poison
10. Nunca duvide (Don't stop believing) - Journey
11. Mordida de amor (Love bites) - Def Leppard
12. Anjo (Angel) - Aerosmith

É praticamente a seleção dos meus sonhos: versões em português de músicas do Whitesnake, Kiss, Poison, Journey e Def Leppard. SENSACIONAL. É o tipo de disco em que se tem que comentar todas as faixas, mas daí o post ficaria muito longo. Então o lance é apontar alguns destaques, como a versão de "Hey Jude", que ficou conhecida na voz do mestre Kiko Zambianchi e aqui ganhou um arranjo muito bom. Ou a inclusão de The Calling no meio de bandas veteranas, com a escolha acertada de "Wherever you will go", uma canção espetacular.

A versão de "Forever" do Kiss eu prefiro nem comentar, porque me emociona às ganha. Só mesmo o Yahoo pra não ter medo de gravar em português essa que é a melhor música de todos os tempos, hors concours em qualquer votação. E ainda tiveram a decência de não simplesmente colocar as versões do Def Leppard e do Aerosmith que eles já tinham gravado no final dos anos 80 e sim mudar os arranjos e modernizar as músicas. Ficou um belo resultado.

Enfim, vou ouvir o CD no repeat até o dia do meu aniversário e à meia-noite vou me atirar no Guaíba desnudo, com o encarte na mão e cantando aos berros os geniais versos "Não posso prometer nem menos nem mais/O amor que eu tiver eu te dou", de "Pra sempre".

Se alguém conseguir me resgatar, vai descobrir um sorriso enorme e eterno, mesmo que o corpo não responda. E se houver vida, não vai ser preciso ouvir outro disco durante a existência. Tudo fica irrelevante perto dele.

Benditos sejam os amigos secretos, devo admitir.

dezembro 21, 2006

Roubei tua camisa de flanela

Pra não dizerem que eu só falo mal do grunge, tá lá no meu fotolog textual a resenha sobre o definitivo disco do Temple Of The Dog, com um atraso de quinze anos na audição. Aproveitei que fui obrigado a interromper a série de Melhores Coletâneas de Todos os Tempos por não achar a imagem do disco que ia resenhar (sim, o Google não encontra tudo, é fato) pra escrever sobre esse clássico e retomar a série Discos que eu deveria ter ouvido nos anos 90.

Chamem no xadrez e acessem lá!

dezembro 28, 2006

O Elefante

Saiu na edição da revista virtual Freakium a minha resenha sobre o disco solo do Marcelo Birck. Comandada pelo Leonardo Bomfim, a Freakium tem vários textos interessantes pra quem gosta de cultura pop sessentista e coisas do gênero.

O meu texto pode ser lido aqui.

janeiro 2, 2007

Goiabeira sagrada

E olha ele aqui de novo: tem clipe do gênio Marcelo Birck no YouTube. Com animações feitas pelo próprio e edição da querida Lia, o resultado ficou muito bom. As imagens e a música (uma das melhores do disco) combinaram bastante, vale a pena conferir:

Agora aguardo um clipe pra "O Elefante". Que tal, hein?

(Posso ter esperança?)

janeiro 3, 2007

Spank it to the 80 channel

E lá vamos nós. Na última edição da Void, esse que vos escreve contribuiu(?) com mais duas resenhas que despejam verdades sem dó. Enquanto o site da revista não entra no ar, colo aqui os textos malditos. Aguentem:

The Noses – There are only FAGS in this SHIT

O som lembra The Killers, mas é claramente superior. A letra destila uma raiva enjaulada, pura indignação. “What’s wrong with this world?/Am I suppose to like dudes too?” é apenas um dos questionamentos dessa primeira música de trabalho do The Noses. Não tenho maiores informações sobre a banda, a não ser que tem criado um burburinho nas pistas de dança das festinhas indies de Porto Alegre, segundo relatos que ouvi. Que eles vão estourar eu sei. Só resta saber se vai ser nessa semana ou na próxima.

The Knife – You take my breath away

Como já diria um amigo, “isso tá me cheirando a cult”. Mas recebi essa música de uma amiga pelo MSN e me interessei pelo nome, obviamente pela semelhança com o da clássica balada do Berlin na trilha do Top Gun. Coloquei pra tocar e bateu direto. Na hora me vieram à mente referências a “Harry Houdini”, do Kon Kan e “Fata Morgana”, do Dissidenten. O teclado de synth pop é escarrado – e justamente por isso, bom. Não conhecia nada da banda e nem pretendo conhecer mais pra não me decepcionar. Mas que a música é ótima, não tenho dúvidas.

No mamilo

O Firpo linkou dois clipes dos Smiths, num post chamado "Band-aid". Foi o que eu precisava pra lembrar de um clipe que estava há horas pra linkar, o vídeo definitivo sobre a combinação "Morrissey + band-aid no mamilo":

Reparem na descrição do vídeo, algo como "NÃO É PARA OS DE CORAÇÃO FRACO". Espetacular. Essa foi a influência pra que eu fosse no show do Morrissey em 2000, no Opinião, com um band-aid no mamilo, uma homenagem mais do que oportuna. Tá certo que a minha camisa era um pouco mais discreta do que a dele nesse clipe, mas foi um momento único.

E por falar em momento único, esse vídeo do Beavis & Butthead se arriando no clipe é sensacional. Impossível não rir:

Apesar de ser muito fã do Morrissey e curtir a afetação dele, sou obrigado a admitir: nesse aí tu vacilou, rapaz.

ÀS GANHA.

janeiro 16, 2007

Músicas que eu tinha esquecido que existiam e que alguém resgata só para arruinar a minha vida - Parte 1

Começa agora uma série que tem como objetivo fazer uma terapia grupal em torno do problema que é viver a tua vida tranqüilamente até que aquela música espetacular que estava escondida no lugar mais profundo da tua memória vem à tona por obra de algum "amigo" que quer te ver mal. Vamos à primeira:

Jaded - Aerosmith

Vivia eu sereno e alegre até o dia 10 de dezembro do ano passado. Nessa data, um suposto amigo aproveitou a ocasião dos festejos em que nos encontrávamos pra colocar essa música no três-em-um todofiadaputa que reproduzia as canções do pessoal. Ouvi a bateria na introdução e paralisei. A merda do chopp não descia mais e a picanha se retorcia no meu estômago. Por que, rapaz?

jaded.jpg
Bela capa, hein?

Escutar aquela melodia me transtornou de uma maneira irreversível. Acho que não ouvia a faixa desde o lançamento do disco Just Push Play, em 2001. E confesso que era bem mais feliz assim. Essa é mais uma daquelas baladas perfeitas do Aerosmith, que parece ser uma fábrica inesgotável de refrões grudentos e riffs sob medida.

Impossível saber quantas vezes já ouvi a música desde então. Às vezes ouço umas dez vezes seguidas, como se estivesse ouvindo apenas uma. É que ela é tão perfeita que não faz diferença quantas vezes tu ouve. Sempre parece que é a primeira, de tanta empolgação que dá.

Valeu por arruinar a minha vida, amigão.

janeiro 19, 2007

Músicas que eu tinha esquecido que existiam e que alguém resgata só para arruinar a minha vida - Parte 2

All Through the Night - Cyndi Lauper

Ouvir Time After Time, dessa mesma cantora aí, já é um problema na minha vida desde 2002, mais ou menos, quando resgatei essa balada monstruosa. Mas quando veio o dia 23 de novembro do ano passado e junto com ele a faixa All Through the Night, meu mundo ruiu.

Presente de um baita amigão, ela me deixou perplexo em poucos segundos. Aquele tecladinho maroto na introdução me transportou para um tempo em que abraçar um travesseiro e imaginar que era a menina amada não me parecia deprimente. Seguramente eu não ouvia essa música há uns quinze anos. E como é boa, chê.

all_through_the_night.jpg
Essa sabe das coisas!

A Cyndi Lauper é a segunda melhor artista feminina de todos os tempos, só perdendo pra Madonna, claro. É difícil rivalizar com as baladas da moça e essa em particular é muito foda. Refrão clássico e um SOLO DE ELEFANTE SENDO MOÍDO POR GILETTE SENSOR, segundo o amiguinho que mandou a canção do post anterior. E pra fechar com chave de ouro, um "UUUUU" no final que é de arrepiar. Terminei a audição e, na falta de um travesseiro, me abracei no teclado e fiquei acariciando as teclas. Os colegas estranharam, mas quando expliquei o motivo, todos foram solidários. Afinal, quem não seria numa hora dessas?

Valeu por arruinar a minha vida, amigão.

janeiro 23, 2007

Maestria sem limites

Leandro Blessmann, o especialista em canções jovemguardianas sensacionais, está no MySpace, destruindo corações com seus petardos.

Faz o seguinte: passa e ouve as musiquinhas. Se curtir, procura alguma coisa dos Atonais com urgência. Não achando, essa faixa já serve como introdução.

Depois disso, tua felicidade tá garantida.

Vai por mim.

janeiro 24, 2007

Músicas que eu tinha esquecido que existiam e que alguém resgata só para arruinar a minha vida - Parte 3

Far Behind - Candlebox

Às vezes não é só uma música que tu apaga da memória. Às vezes tu apaga a banda que toca aquela música. E assim eu tinha feito com Candlebox, até que uma certa amizade enviou um link do YouTube pelo MSN. Sei que não deveria ter aberto, mas sou uma pessoa bastante curiosa.

Fudeu. Era o clipe de Far Behind, uma canção difícil de descrever. Digamos que avassaladora é pouco. Com cinco segundos de guitarra na introdução eu já chorava por dentro. Maldito reverb fatal. Confesso que eu era realmente mais feliz quando tinha esquecido da existência dessa faixa. Mas não, sempre tem alguém pra jogar a verdade na tua cara.

Pra piorar, revivi a música através do clipe, o que só dificulta ainda mais as coisas. A piscina vazia nas imagens foi como um soco na alma, me fez lembrar de tempos cruéis. Tão cruéis quanto o solo furioso, que chega arrebentando tudo. Só digo uma coisa: se o mundo fosse justo, essa música teria muito mais reconhecimento do que teve na época. E eu seria uma pessoa bem mais alegre se tivesse continuado a ignorar que ela existe. E que é magistralmente boa. Paciência.

O lance é seguir com o plano de achar uma casa na Zona Sul que tenha uma gigantesca piscina vazia e lá morar. Dentro da piscina, que fique claro.

É só o que me resta.

Valeu por arruinar a minha vida, amigão.

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Adendo: Atendendo ao pedido da Ana, segue o link pro clipe de Far Behind:

http://www.youtube.com/watch?v=knPjKtETOLA

Bom choro.

fevereiro 1, 2007

Quando crescer eu quero ser que nem tu

Não sou músico, mas esse ano de 2007 está marcando o meu reencontro com o violão, pra levar adiante de vez o meu projeto de fazer um esquema voz e violão na noite portoalegrense. Sim, ainda tocarei no Trivial. E sim, vocês irão lá me presitigiar.

Mas supondo que eu já pudesse me considerar um músico e como tal tivesse intenção de compor canções que MATASSEM O GUARDA, de tão boas que seriam, eu provavelmente me espelharia nas músicas de uma certa banda. E ela atende pelo nome HAREM SCAREM.

Posso usar pra eles a mesma pergunta que costumo me fazer quando me refiro ao Roxette: "Será que eles não sabem fazer música ruim?". Sinceramente, não sei. Só sei que se depois de compor uma música o resultado final ficasse um décimo próximo ao trabalho desses canadenses fenomenais, já serei um poço de alegria. Acho que em qualquer dicionário que se preze o verbete refrão deveria obrigatoriamente fazer menção a eles. São especialistas no assunto.

E acreditem, não estou exagerando nem um pouco quando elogio a banda. Ouçam e depois conversem comigo.

fevereiro 6, 2007

Wake me up when march ends

Fevereiro é o mais mais curto do ano e com o Carnaval, fica menor ainda. Por isso minhas atenções já estão voltadas pra março, quando o bicho vai pegar em termos musicais. Teremos três shows mortais em Porto Alegre e estou quebrando a cabeça pra ver como arranjar dinheiro pra ir em todos. Vamos por ordem:

Bryan Adams - 03 de março

Mestre absoluto do universo. Fábrica de pérolas pop. Professor da disciplina de Canção Perfeita. Poderia ficar escrevendo rótulos pra ele ad infinitum, mas não farei. O que importa é que vai ser um show antológico, literalmente (desculpem, não me contive). Faço desde já um apelo aos amigos jornalistas, em especial aos da área cultural: ME PONHAM PRA DENTRO. No bom sentido, mas por favor, dêem uma força pra esse humilde fã da boa música.

Pet Shop Boys - 21 de março

A bichice em sua forma plena. Deve ser UM MUST cantar Always on my mind e Go West num show deles. Os caras têm muitos clássicos, impossível não ser memorável. E o fato de ser no Gigantinho torna a função ainda mais interessante. O preço até que não tá dos piores. Mas digo uma coisa: se eles não tocarem Se a vida é, juro que queimo uma nota de um real na frente do portão 8 do ginásio.

Pennywise - 27 de março

Ah, meus tempos de skatista calhorda... Pennywise era presença constante naqueles dias, inclusive pelo logotipo da banda pintado com corretivo líquido na minha mochila. Quase todas as músicas deles são iguais, mas (e talvez justamente por isso) são todas boas. Pauladas violentas, dois minutos de correria fudida. Esse show tem tudo pra ser intenso, daqueles que o cara fica sem ar. Se bem que depois dos comentários do Cavinato sobre o show do NOFX, convém manter distância dos jovens. Porém, se for como o do Offspring será LINDEZA PURA. Acho que os preços ainda não foram divulgados, mas como será o último do mês, só vendendo o corpo pra ir. É de se cogitar a hipótese, confesso.

Que seqüência, hein? Se alguém aí souber de outras maneiras rápidas de se conseguir dinheiro, diga nos comentários desse post.

Valeu.

fevereiro 7, 2007

Só poeta sem preconceito

O bom de ter um blog com pagode no nome é que isso gera pesquisas bem interessantes relacionadas a esse estilo musical tão massa. E seguindo o mesmo serviço de utilidade pública que o meu xará costuma fazer, aproveito pra auxiliar o internauta que chegou ao meu blog através da busca "frase de pagode".

Como grande entusiasta da PAGODÊRA que sou, separei algumas frases - ou versos inteiros, já que sou bondoso - para o(a) nosso(a) amigo(a) internético(a). Lá vai:

"Beija, molha minha boca/Ama, se faz de louca"
Olha pra mim - Banda Brasil

"Mas se é compromissada, é melhor não vacilar/Basta um sorriso um olhar, para o negão te catar"
Lá vem o negão - Cravo e Canela

"Foi sem querer, que derramei toda emoção/UNDERERÊ/E cerquei seu coração, UNDERERÊ"
Desejo de amar - Eliana de Lima

"Não pude nem me defender, levei um golpe da paixão/Lutei não consegui conter, a fúria meu coração"
Eu e ela - Grupo Raça

"Quase morrendo de cansaço, pálido e me sentindo mal/Me trouxe um uísque bem gelado, me fez um brinde sensual"
Cilada - Molejo

"Tira a calça jeans, bota o fio dental/Morena você é tão sensual"
Marrom Bombom - Os Morenos

"Mesmo doendo no peito te quero comigo/O seu jeito felino machuca e dá prazer"
Jeito Felino - Raça Negra

"Tô fazendo amor, com outra pessoa/Mas meu coração vai ser pra sempre teu"
Depois do prazer - Só Pra Contrariar

Espero ter ajudado.

fevereiro 9, 2007

Meu Pequeno Grande Amor da Semana

- O que tu acha de tocar um Papas?
- Bah, tamos aí!

A pergunta foi feita pelo professor. E a resposta foi dada por mim, na última segunda-feira. Fui pra casa, baixei as duas músicas praticadas na aula e vi a luz. Hoje, afirmo categoricamente: PAPAS DA LÍNGUA É O QUE HÁ. Quanta música boa, meu bom Deus. Cheguei no trabalho na terça e me pus a baixar outras faixas, e a alegria só aumentava. Eles realmente são uma fábrica de canções que, de tão redondas, parecem jingles. Músicas como Vou ligar, Pó de pimenta, Eu sei, Lua cheia/Fica doida e Vem pra cá são tão pegajosas e persuasivas que me fariam até vender a alma.

Não sei porque fiquei tanto tempo distante do Papas. Relutante, eu diria, já que eles são pop demais e parece feio gostar de uma banda que faz a mulherada dançar no Dado Bier. Pois eles são pop e são espetaculares. Demorou um pouco pra cair a ficha, mas agora não tem volta, virei fã. Desculpa aí. Não vejo a hora desse dia acabar logo pra pegar a viola e CHAMAR NO MOAH. E ainda por cima vão abrir os shows do Coldpay em São Paulo. Nem preciso dizer que se o mundo fosse justo, a ordem das apresentações deveria ser inversa.

Ah, pros fãs de Ramones que freqüentam esse blog, uma dica: ouçam a versão de Pet Sematary, do disco Um dia de sol, de 2002. Só não digo que é melhor do que a original porque essa é da melhor fase da banda. Se tivesse sido gravada nos anos 70 ou começo dos 80, a do Papas DARIA DE RELHO na dos Ramones.

Boa audição.

fevereiro 15, 2007

Violência gratuita

Técnica: Sobe trilha ("Me leva", do Latino). Os quatro personagens conversam animadamente.

PARTICIPANTE 1: - "Bah, isso era afudê. Do tempo que só eu dançava break."

PARTICIPANTE 2: - "Do tempo que tudo podia se resumir a um beat box."

PARTICIPANTE 1: - "Cara, isso é muito sensacional."

PARTICIPANTE 3: - "O cara só precisava da habilidade bucal."

PARTICIPANTE 1: - "Acho que é a última grande contribuição negra pra música."

PARTICIPANTE 2: - "O Latino?"

PARTICIPANTE 3: - "O beat box."

PARTICIPANTE 1: - "Sem dúvida."

PARTICIPANTE 3: - "Fazer a Kelly Key."

PARTICIPANTE 2: - "Latino é o Papa negro."

PARTICIPANTE 1: - "O Latino vai entrar na UERJ pelas cotas."

PARTICIPANTE 3: - "Tá ligado que o cara pode ser processado em uns dez tipos de artigos, pode ser enquadrardo por esse comentário."

PARTICIPANTE 2: - "Latino vai dar aula de Ciência Política."

PARTICIPANTE 3: - "A importância da calça larga na formação do ser humano."

PARTICIPANTE 1: - "Aula inagurual com dança do Latino."

PARTICIPANTE 2: - "Aula Magna com o Latino."

PARTICIPANTE 1: - "Latino na Dança do Gelo."

PARTICIPANTE 2: - "Comentários de Emir Sader."

PARTICIPANTE 4: - "O Living Colour só acabou por causa das cotas no Rio."

Entra catarse coletiva.

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Depois de um período de hibernação, eis que Solo de Óculos Escuros, o podcast mais NERVOSO da internet, volta com um episódio devastador. Prevejo processos mil. Cuidem-se, GURIZES.

Vai lá e baixa o oitavo programa. O pessoal da Tribo de Jah ouviu e aprovou.

Butch Helemano também.

fevereiro 22, 2007

DISCOS QUE TU NUNCA VAI OUVIR (porque te acha bom demais) - Parte 2

Zezé di Camargo e Luciano (1992) - Zezé di Camargo e Luciano

O fabuloso disco de estréia da melhor dupla sertaneja pop de todos os tempos já foi analisado no meu fotolog textual. Mas essa violência sonora aqui também merece uma análise, ainda que breve. Pra começo de conversa, essa história de crise do segundo disco é PAPO DE INDIE. Zezé e Luciano fizeram um segundo disco tão bom quanto o primeiro, sem frescuras de crise de identidade e o escambau.

Duvida? Bota o disco pra tocar e aguenta a introdução de Coração está em pedaços. Puro metal. Isso é que saber começar um álbum. Nem dá tempo de se recuperar do massacre e já entra Muda de vida, uma aula sobre como intimar alguém em um relacionamento: "Não sei aonde eu ando com a cabeça/O que é que eu vou fazer pra que eu te esqueça?/Por mais que você faça não tem jeito, eu me sinto um idiota". Sensacional.

Assim como no primeiro disco, aqui também tem uma faixa sobre caminhoneiros. Voando sem asas te faz sentir na boléia, sem exagero: "E assim vou levando a vida adiante/Uma paixão é o volante/Meu amor, outra paixão/Viajando lá vou eu nas madrugadas/Como uma fera na estrada/E um anjo no coração". Não há pára-choque que resista!

zeze_1992.jpg
Belo blazer, Zezé!

Leva minha timidez já valeria pelo título, mas a letra também é um primor: "Leva minha timidez para o seu quarto/Deixe a luz semi-apagada quando entrar/Abra os braços, me receba num abraço/Tenho todo amor do mundo pra te dar". Na seqüência, a politizada Garoto de rua: "Eu sou muito pequeno perante você/Eu sou apenas pedaços de alguém tão comum/Eu sou a ignorância da cabeça sua/Simplesmente sou mais um garoto de rua".

Pra não me alongar (já que música boa é o que não falta), vamos pular pro final do disco, com Cama de capim. A letra fala por si: "Deitei junto com ela/Numa cama de capim/O céu foi testemunha/Que ela se entregou pra mim/A lua nos olhava/Chegou mesmo a nos tocar/Sentindo o cheiro dela/Só um Deus pra não pecar".

Depois desse encerramento arrasador, não sobra muito pra dizer. Talvez apenas que Zezé di Camargo e Luciano são espetaculares, verdadeiros HIT MAKERS DO CARALHO. Ainda vou ter toda a discografia deles. E comentarei todos os álbuns nesse blog. Mas enquanto não tenho, me contento com essa pérola aqui.

Vale a pena escutar. Se bem que tu nunca vai ouvir, mesmo.

março 5, 2007

Histórias (sur)reais - Parte 3

Exemplo perfeito de synthpop, Sweet Dreams (Are Made of This), do Eurythmics, foi lançada em 1983 e se tornou um hit instantâneo, marcando época. Nenhuma outra música dessa dupla inglesa alcançou tanto sucesso. O que faz bastante sentido, se pensarmos que é difícil achar inspiração pra compor outra canção com uma introdução tão arrasadora quanto a de Sweet Dreams:

Eurythmics - Sweet Dreams (Are Made of This) (1983)

Arrebatou todo mundo. Em todo o mundo. Inclusive uma garotinha em Barranquilla, na Colômbia, chamada Shakira Isabel Mebarak Ripoll, ou simplesmente Shakira. Aos 6 anos de idade, a menina que adorava dançar o tempo inteiro foi conquistada por aquele clássico do Eurythmics, que a marcou pra sempre.

O tempo passou e a Shakira virou uma das maiores estrelas do universo pop, com suas canções pegajosas e seu rebolado obscenamente hipnótico. Depois de consagrada, ela resolveu homenagear os criadores daquela música tão importante na sua vida com a faixa La Pared, de 2005:

Shakira - La Pared (2005)

Obviamente, o sintetizador saiu de cena e entrou um som mais atual, mas a influência latente está lá, bem clara na introdução. Annie Lennox e Dave Stewart não só aprovaram a homenagem como estão pensando em fazer uma versão totalmente synthpop de La Pared junto com a Shakira, como parte de um projeto maior que transformaria o Eurythmics num trio. Difícil acreditar que isso não daria certo, principalmente numa época de revival dos anos 80.

Até porque, como todos sabem, a história não mente. E quadris também não.

março 15, 2007

Eu tenho, você não tem

Com quase três meses de hiato, volto a escrever uma resenha no Roxbury. A desculpa perfeita pra tanta demora é que eu não tinha como tirar foto da capa do vinil e o Google simplesmente não encontra o dito cujo.

Até que me dei conta de que ninguém conhece a capa do álbum. Pra que se preocupar com isso? Resultado: peguei a primeira capa que apareceu com o mesmo nome na busca e tasquei lá. CHEGA DE ENROLAÇÃO.

Dá uma lida no textinho e vê se tu lembra das músicas da coletânea. Se tiver o disco então, ganha o meu blog de presente. É de grego, eu sei, mas é merecido.

março 20, 2007

DISCOS QUE TU NUNCA VAI OUVIR (porque te acha bom demais) - Parte 3

E aí vieram os paulistas querendo fazer pagode. Pagode romântico, diga-se de passagem. GRAÇAS A DEUS, diga-se de passagem. O Raça Negra comandou a invasão do estilo no Brasil inteiro, chamando no teclado e exalando paixão.

O segundo disco, intitulado Raça Negra (como 99% dos discos deles), de 1992, estourou a banda pra valer com sua coleção de hits. Também pudera. Um álbum que começa com uma faixa chamada OI (ESTOU TE AMANDO) só pode fazer sucesso. A seqüência com Perdi Você e Jeito Felino comprova isso.

raca_negra_1992-1.jpg
Reparem na url: NENHUM SENTIDO.

Na segunda metade do disco (ou lado B, pros mais puristas), o ataque é ainda mais arrasador: Que Pena, Cheia de Manias (do antológico verso Estou na sua casa quero ir pro cinema/ Você não gosta/Um motelzinho você fecha a porta) e Cigana acabam com qualquer coração, até os de lata. Pra fechar, um trecho magistral de Só com você, a última do disco:

Escrevi seu nome a laser
Pelos muros
Nosso amor não pode mais
Se esconder
Quero andar
Nas avenidas do futuro
Só com você, só com você

Luiz Carlos e cia. fizeram um disco definitivo no pagode brasileiro. Praqueles que viram a cara pra esse estilo, ficam aqui as minhas condolências. É uma pena que vocês não se dêem ao trabalho de ouvir esse álbum na boa. Poderia ser uma experiência deveras interessante.

Vale a pena escutar. Se bem que tu nunca vai ouvir, mesmo.

março 21, 2007

Músicas que eu tinha esquecido que existiam e que alguém resgata só para arruinar a minha vida - Parte 5

Boneca de Fogo - As Sublimes

Andrey Damo, o homem que já foi sonoplasta em rádio no interior, é GENTE QUE MALTRATA. Com uma memória musical fudida, ele fez o desserviço de relembrar uma música obscenamente boa na época em que trabalhamos juntos. Ao cantar o refrão de Boneca de Fogo, das Sublimes, me fez ruir em questão de segundos, antes mesmo do último verso.

Não demorou muito pra que o mp3 circulasse pelos HDs da firma, machucando geral. Ouvir a voz da Isabel Fillardis dizendo No elevador/Pelo corredor/Explodindo de prazer/Ser tua boneca de fogo me fez uivar sem pudor. Acho que não ouvia a música desde 1993, quando foi lançada.

sublimes.jpg
Trio letal

A letra é um primor do joguete de palavras, cortesia do poeta Fausto Fawcett. Assim como no caso das músicas do Claudinho e Buchecha, ficaria mesmo difícil de acreditar que elas teriam escrito versos do tipo Fútil beijo quente da beleza/Quente carne fútil, carne fútil e Elétrico, efêmero, cruel/Júbilo do corpo/Mulata cigana.

Quando entra o refrão a vontade de chorar é enorme, culpa da melodia espetacular. E o final com direito à AGUDÊRA nos gritinho enterra tudo, definitivamente. Não sei se fico triste com o fato dele ter revivido essa música ou feliz por ele não ter tirado do baú TYSON FREE (sim, aquela mesma do Free! Free! Mike Tyson Free!). De qualquer forma, o estrago já tinha sido feito.

Valeu por arruinar a minha vida, amigão.

março 22, 2007

Músicas que eu tinha esquecido que existiam e que alguém resgata só para arruinar a minha vida - Parte 6

Come Undone - Duran Duran

O rapaz responsável pelo meu contato com essa música depois de uma década (no mínimo) já classificou-a como "UM FADO BEM TINHOSO". Maior banda de metal dos anos 80 e 90, o Duran Duran tem uma LEVADA LOUCA toda peculiar, que faz com que as canções te obriguem a dançar, mesmo a contragosto.

Mas essa Come Undone realmente passa dos limites. Eu ouço a banda de vez em quando, cantarolo junto e ensaio alguma dança nervosa. Até aí tudo bem. Só que escutar essa faixa que estava hibernando na mente foi demais pra mim.

duran_duran-come_undone.jpg
"Words, play me déjà vu..."

Parte do disco conhecido como The Wedding Album, de 1993, ela é uma aula de suíngue. Começando com a guitarra, pura malemolência. A batida é poderosa, daquelas que te fazem levantar da cadeira na firma e sacolejar pelos corredores, sem exagero algum.

Quando entra a MULHER EM CHAMAS (GALERA, Bruno) então, é impossível permanecer parado. É ela que canta Can't ever keep from falling apart at the seams/Cannot believe, you're taking my heart to pieces, mas sou eu que rasgo o meu peito com um estilete a cada intervenção da moça. É uma música e tanto. Infelizmente.

Valeu por arruinar a minha vida, amigão.

março 28, 2007

Paradoxx é a melhor gravadora do universo

Segue a série de melhores coletâneas lá no fotolog. A bola da vez é a primeira edição da Sete Melhores, da Jovem Pan. Quem nunca dançou alguma música dessa coletânea está morto e ainda não sabe. É uma aula de eurodance pra ninguém botar defeito.

Aliás, foi pesquisando por eurodance na Wikipedia que eu cheguei a uma citação desse disco. E a partir dele, pesquisei mais um pouco e cheguei até o site da rádio, onde descobri um programa chamado Jurassic Pan, que rola de segunda a quinta, da meia-noite a uma, nos 97.5 do dial portoalegrense.

Recomendo a audição. É uma das únicas oportunidades de ouvir música boa no rádio. E o melhor é que não tem distinção de estilo. Ouçam e comprovem. Afinal, eu não ia recomendar coisa ruim pra vocês, néam?

abril 5, 2007

Mãe Rússia

O bom de não ser fã de uma banda e não conhecer toda a discografia é que se pode falar o que quiser sem precisar justificar muito.

Por exemplo: acho NO PRAYER FOR THE DYING o melhor disco do Iron Maiden. Ele tem músicas sensacionais, com destaque pra Holy Smoke, que eu conheci há uns quinze anos assistindo ao saudoso TELE-RITMO na em breve saudosa TV Guaíba. O apresentador Clóvis Dias Costa me apresentou a verdade através do clipe desse clássico, com Bruce Dickinson ostentando uma franjinha espetacular e Janick Gers solando numa guitarrinha de brinquedo dentro duma piscina. Nunca me recuperei da visão.

Como se não bastasse, o disco tem ainda BRING YOUR DAUGTHER... TO THE SLAUGHTER, faixa com o melhor nome de todos os tempos e letra genial. A faixa título também é uma aula, com guitarras endemoniadas. The Assassin e seu começo de NEW WAVE BRASILEIRA dos anos 80 me conquistaram logo na primeira audição. Enfim, destaques não faltam no disco.

Não sei se é algo inconsciente ou não, mas o fato das músicas terem em média quatro minutos de duração podem ter me ajudado a gostar do álbum. Não tenho saco pra músicas muito longas, e alguns discos do Iron têm média de seis minutos ou mais. Certo que é a minha apreciação por música pop falando mais alto, mas não consigo evitar. Como diriam os meus amigos do Roxette, DON'T BORE US, GET TO THE CHORUS. E o No Prayer For The Dying tem refrões letais. Impossível não gostar.

E tenho dito.

Adendo: fui no All Music Guide pra ver o que dizia sobre o Iron. Nas cotações dos discos da banda, No Prayer recebeu a menor cotação: duas estrelas (de cinco possíveis). Isso só reforça tudo o que escrevi aqui e a minha certeza de que os caras do AMG não entendem LHUFAS de metal e hard rock. Pior site.

abril 13, 2007

And now... Deep Thoughts

Gosto muito de ler os textos do antropólogo Hermano Vianna. E por um motivo bem básico: pelo jeito com que ele me apresenta uma realidade próxima (ok, às vezes nem tão próxima assim) geograficamente, mas solenemente ignorada pelo meio em que vivo e com o qual me relaciono.

Num texto publicado na revista Sexta-Feira, em 2006, o Hermano analisa as gigantescas cenas musicais de várias partes do Brasil, propondo uma bela reflexão. O arquivo pode ser baixado aqui e a leitura vale a pena.

Praqueles que têm preguiça de ler tudo, destaco um ótimo trecho que ilustra uma realidade bem curiosa, envolvendo as aparelhagens (equipes de som que tocam nas festas paraenses) e os DJs de classe média:

"Vi, há quinze anos, as aparelhagens ainda tocando discos de vinil. Os DJs passaram usar CDs, depois MDs e agora só trabalham com MP3s, mixando os sucessos do tecnobrega com o auxílio de mouses e teclados, controlando tudo a partir da tela plana de seus computadores. Eles têm o mesmo fascínio diante da última tecnologia que o público. Nesse sentido são completamente diferentes de DJs de música eletrônica da classe média brasileira que se organizam em movimentos pró-vinil, tentando manter a tradição analógica da discotecagem. O pessoal das aparelhagens não vacila na hora de jogar fora os equipamentos antigos. Querem ser reconhecidos como os pioneiros, os primeiros a adotar as novidades."

É aquela coisa: só quem tem acesso a tudo com facilidade pode se dar ao "luxo" de declinar de uma tecnologia que facilita a produção musical em nome de um "purismo" que só os vinis podem trazer. Adoro vinil e não pretendo me desfazer de nenhum, mas é fato que o culto a ele só existe por parte da classe média. Só quem posa de moderno e usa roupa de brecho idolatra o bolachão. O povo quer mais é fazer música com o máximo de tecnologia possível, pra facilitar a produção e a divulgação do trabalho. Nada mais lógico, certo?

É, talvez não. Pelo menos não pra quem faz parte de grupos de formadores de opinião. Até porque não dá pra abrir mão do "charme", né? É aquela coisa: iPod em casa e vinil na noite.

IT'S COOL TO BE COOL.

abril 16, 2007

Te encontro na Oswaldo em dez minutos

A última edição da revista Aplauso traz uma lista com os dez melhores discos do rock gaúcho. Curioso que sou, fui ver que álbuns apareceram por lá, já que também fiz essa lista no ano passado. Apenas três discos são comuns, com o desconto que a lista da Aplauso permitia citar demos, coisa que achei melhor não fazer. Os eleitos podem ser vistos no site da revista, mas para facilitar os atarefados de plantão, coloco abaixo os dez mais votados:

1º) A Sétima Efervescência - Júpiter Maçã
2º) Por Favor, Sucesso - Liverpool
3º) De Falla 1 - De Falla
4º) O Futuro é Vórtex - Replicantes
5º)TNT 1 - TNT
6º) Bixo da Seda - Bixo da Seda
7º) De Falla 2 - De Falla
8º) Coisa de Louco II - Graforréia Xilarmônica
9º) Demo Vórtex - Os Cascavelletes
10º) Olelê - Ultramen

É uma boa lista, sem dúvida. Digamos que está bem democrática, contemplando várias décadas de rock gaúcho. Discos essenciais pra mim ficaram de fora, mas pelo menos foram lembrados na lista geral. Por exemplo, o Andrio Maquenzi, vocalista da Superguidis, colocou o Amnésia Global, do Plato Divorak e do Frank Jorge, em primeiro na sua lista, o que demonstra um bom gosto latente. O Diego Medina também fez uma lista inspirada, com Marcelo Birck, Aristhóteles de Ananias Jr. e Os Atonais, entre outros. Infelizmente, não receberam o número de votos suficiente pra entrar no ranking definitvo.

Claro que sou mais a minha lista, entendam. Coloquei o coração no teclado pra montá-la, puxando da memória discos que me fizeram acreditar que gaúcho é melhor em tudo, pelo menos por alguns momentos. Minha lista afetiva pode ser lida aqui ou aqui, dependendo do gosto do cliente. Ah, convém alertar que ela é apenas alfabética, ou seja, não elege um como sendo melhor do que outro. É que se pra chegar nos dez já foi um parto, que diria apontar preferências entre eles.

Aos preguiçosos, aqui vai a minha prezada listinha:

Aristhóteles de Ananias Jr. - Aristhóteles de Ananias Jr.
Os Cascavelletes - Os Cascavelletes
Coisa de Louco II - Graforréia Xilarmônica
A Sétima Efervescência - Júpiter Maçã
Lovecraft- Lovecraft
Dossiê Camaleão - Luciano Albo
Marcelo Birck - Marcelo Birck
Amnésia Global - Plato Divorak e Frank Jorge
Rosa Tattooada - Rosa Tattooada
TNT 1 - TNT

Me orgulho muito de ter escolhido três discos que não foram citados por NENHUM dos jurados. Heh. Mas entendo, eles têm que contemporizar e prezar pelo CONTEXTO. Já eu posso escolher o que quiser, simplesmente porque me leva às lágrimas a cada audição, mesmo que não seja considerado um clássico e nunca vá alcançar o status de cult.

E aí, o que vocês acharam das listas?

abril 23, 2007

Abaixo-assinado

Aproveitando o clima de listas desse blog, comento a lista organizada pela Rolling Stone com as 40 Músicas que Mudaram o Mundo.

Com um título desses, já é de se esperar problemas, visto que nenhuma música muda o mundo. Mas esquecendo esse pequeno detalhe, pode-se comentar algumas coisas a respeito da votação:

- Por que o Buddy Holly (único nome relevante nos anos 50) não está na lista?

- Duas do Dylan só pode ser piada. Só os Beatles também emplacaram duas, mas isso era obrigação;

- Por que Strawberry Fields Forever? Como todos sabem, qualquer música do Please Please Me ou do With The Beatles é melhor do que essa. Ou alguém vai dizer que o impacto de Twist And Shout (sei que não é deles, mas foda-se) não foi muito maior?

- Se os caras da revista fossem GALOS, eles tiravam Purple Haze e colocavam All Along The Watchtower (que é do Dylan), só pra provar como o negão DEU DE RELHO NO FANHOSO;

- O maior acerto da lista atende por I Feel Love, da Donna Summer. Base de tudo que conhecemos como DANCE MUSIC, o conhecimento dessa música deveria ser obrigatório pra quem se acha descolado e resolve fazer musiquinha eletrônica com sons HORRENDOS. A batida dessa música acaba com qualquer um, acreditem;

- Michael Jackson deveria ter duas músicas também (no mínimo). Tenho certeza que os lançamentos do Thriller e do Bad mudaram a vida de muito mais gente do que metade das músicas dos anos 60 e 70 que aparecem ali;

- A ausência de metal torna a lista uma fraude. Como não colocar ao menos uma do Black Sabbath, base de toda música feita nos últimos trinta anos (beijo, Antenor)? Sem Metallica e Iron Maiden também fica difícil passar credibilidade;

- A presença da Britney me causou estranheza (não porque eu não goste, pelo contrário), mas gostaria que a faixa escolhida fosse Toxic, que definitivamente mudou o MEU mundo nos últimos tempos;

- White Stripes como único representante do rock dos anos 00 é mais do que justo, já que é a única banda a lançar alguma música de verdade na década.

E vocês, o que tirariam ou acrescentariam na lista?

maio 3, 2007

Teu sex levanta meu sax, vendi meu boné do red sox pra viajar pela sixty six do teu corpo

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Hoje é dia de show do grande MARCITO, meu companheiro de rock gaúcho de longa data e compositor de mão cheia. Ele vai destilar sua poesia besuntada com melodias macias no Manjar Pub, na festa Connections. Só vai sair coisa boa, eu garanto.

Eu vou pintar lá pra bailar ao som dos hits do meu faixa e pra participar da canja especial dos POGOBOYS (a.k.a. banda em que eu canto e o MARCITO também canta e toca baixo). As músicas do moço vocês podem escutar no MySpace dele. As dos Pogoboys eu espero que vocês já conheçam. Caso não, a barbada é o nosso MySpace.

Apareçam lá pra ver os shows ou pra reclamar sobre algum post malcriado daqui do blog. O importante é reunir todo mundo!

maio 4, 2007

Toca uma regueira aí

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Mestre.

Acabo de olhar a última edição da Void, comemorativa das botas de prata da revista. Acessando esse link aí, tu pode ler a matéria que fiz sobre a explosão de bandas e artistas gaúchos nacionalmente, a saber: Armandinho, Papas da Língua e Antonio Villeroy.

Recomendo fortemente essa edição, totalmente glamurosa e com uma nova proposta. Eu curti bastante, até porque não simpatizo com coisas underground. Espero que a revista siga assim.

De reclamação, apenas o fato do meu nome ter sido escrito com a grafia errada. Aquele "g" dobrado me quebrou as pernas. Mas tudo bem, não é isso que vai me impedir de alcançar o estrelato.

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TSC.

Colunismo social: AÍ VOU EU.

maio 10, 2007

Comunicado

Aviso que este blog poderá ficar um bom tempo sem atualizações devido ao mal que este cidadão me fez.

Por enquanto, só o que posso dizer é que estou ouvindo toda a discografia do Black Sabbath, em ordem cronológica. Seria impossível descrever o que estou sentindo com palavras, por isso deixo apenas um recado a TODAS AS BANDAS DO MUNDO:

Desistam. Nada mais precisa ser feito depois de Black Sabbath. Tudo o que conhecemos como MÚSICA começou e terminou com eles.

Prometo postar alguma coisa nova assim que conseguir me recuperar do trauma causado pela audição dessa dezena de discos. Até lá, não esperem e nem cobrem coerência de mim.

Eu era triste e não sabia. Obrigado, DIO MIO.

maio 14, 2007

Solo de bandana

Pensei que fosse morrer nesse fim de semana. Podia ter falecido com a gripe fiadaputa que peguei, que quase me fez (e ainda faz, na real) VOMITAR O CÉREBRO pelo nariz. Mas isso não foi suficiente pra me derrubar. Podia também ter falecido com os shows que assisti na sexta e no sábado. Bem, digamos que por causa deles eu estive bem perto do óbito.

Sexta-feira, 12 de maio

O Garagem Hermética recebeu uma dobradinha criminosa. A Hangmen, banda cover de Metallica, implodiu o bar com uma porrada atrás da outra. Reza a lenda que eles tinham uma hora e meia de show, mas foram "convidados" a reduzir pra uma hora. Em represália, tocaram só cavalices como Battery, Master of Puppets, Blackened, One e Whiplash, entre outras. Eles estavam tão mal intencionados que fecharam o show com No Remorse, um petardo do clássico Kill 'Em All.

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Vicente "De Kilt" Canabarro e Mr. Pagode Acebolado

Na seqüência, Crazy Guns no palco. Como o nome sugere, a banda faz cover de Guns N' Roses. Numa homenagem aos 20 anos do maior álbum de rock de todos os tempos, eles tocaram na íntegra o Appetite For Destruction. A cada faixa executada, minha gripe piorava e meu espírito melhorava. Welcome to the Jungle, It's So Easy, You're Crazy, Anything Goes, My Michelle, Out ta Get Me, Mr. Brownstone, Think About You, Nightrain, Sweet Child O' Mine e Paradise City fizeram com que eu e o Vicente chorássemos sangue. Pra encerrar, Rocket Queen, a maior música da face da Terra, que me obrigou a tirar a camisa e me ajoelhar em reverência.

Quando tudo parecia estar soterrado (já que o disco tinha acabado), a banda volta pra tocar You Could Be Mine e... Better. Nada mais me restava a fazer, a não ser tirar a camisa novamente. Como éramos as únicas pessoas de bandana no recinto, creio que essa reação já era esperada pelos demais presentes. De qualquer forma, onde estão os posers dessa cidade? Será preciso importar de São Paulo (o gênio à esquerda na foto) o maior fã de Guns que conheço pra que bandanas sejam vistas num show de rock? Enfim.

O que importa é que a noite foi antológica e serviu pra confirmar que Guns é hors concours. E que o nosso visual é muuuito melhor que o dos ourtos.

O resto?

Bem, o resto é lenda, como todos sabem.

(o show de sábado será comentado no PAlegre, porque esse post aqui já ficou grande demais. Quando estiver lá, aviso aqui. Grato.)

maio 17, 2007

Prazer em conhecê-los*

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Do Flickr da Camom

Por pouco mais de uma hora nessa madrugada de sábado pra domingo, eu me senti em 1990, comprando o vinil do Rock 'A' Ula na Mesbla da Otávio Rocha. Me senti olhando a capa do álbum e lendo o selo "Incluindo o Sucesso Nega Bombom - Tema da novela Top Model". Me senti observando a contracapa do disco e vendo aquelas poses maravilhosas do Flávio Basso, do Nei Van Sória e do Alexandre "Lord" Barea. Me senti vendo o clipe de "Lobo da Estepe" no Tele Ritmo da TV Guaíba quando voltava do colégio.

Por pouco mais de uma hora, me senti na faculdade gravando uma fita cassete com a clássica demo da Vórtex, recheada de pequenas pérolas bagaceiras. Me senti cantando Moto e Jessica Rose aos berros, enquanto um colega tocava violão. Me senti envergonhado de ouvir aquelas letras cheias de putaria em casa, sabendo que a mãe estava na sala escutando tudo.

Por pouco mais de uma hora, me senti em todas essas situações ao mesmo tempo, apesar de fisicamente estar na festa de dez anos da Pop Rock, no Centro de Eventos da FIERGS. Eram quase duas horas da manhã quando os Cascavelletes foram anunciados como a atração mais esperada da noite. E não poderia ser diferente. Nenhum outro show da noite chegava perto do que estava pra acontecer naquele momento. Era difícil acreditar que eu ia conseguir ver um show da maior banda gaúcha (e brasileira) de todos os tempos.

Mas aconteceu. Flávio Basso, Nei Van Sória, Alexandre Barea e Frank Jorge subiram ao palco e foram ovacionados. Mal deu tempo de se recuperar e os trabalhos tiveram início com Ugagogobabagô. A partir daí, foi só clássico (aliás, será alguma música deles não é clássica? - sou suspeito pra responder). Ouvir músicas como Jessica Rose, Minisaia Sem Calcinha e Moto ao vivo me fizeram explodir por dentro. Quando eles tocaram Morte por Tesão e saíram do palco, eu estranhei, mas não consegui ficar frustrado nem gritar pra eles voltarem. Simplesmente fiquei quieto, digerindo tudo.


Vê e CHORA.

Quando o povo começou a gritar, olhei pro palco e o Basso e o Nei - com um violão em punho - estavam de volta. Sim, o que se viu foi Lobo da Estepe, a música mais linda do universo, cantada em coro pela massa. Na seqüência, Eu Quero Estudar, Barata, Eu Quis Comer Você, Pombo Surfista e Sob um Céu de Blues acabaram com qualquer dúvida que houvesse de qual a maior banda já surgida aqui no Estado.

Depois que o show acabou, saí com um sorriso do tamanho do estacionamento da FIERGS e com pena das outras atrações da noite. Não deve ser fácil se apresentar no mesmo espaço que músicos extremamente talentosos e cheios de carisma. E que não tocavam juntos há DEZESSEIS anos. Não sei não, mas eu pediria o dobro do cachê pra ser escalado junto com os Cascavelletes. Afinal, já entrar sabendo que o teu show nunca vai ser o melhor da noite merece uma compensação financeira.

E por pouco mais de uma hora nessa madrugada de sábado pra domingo, o mundo inteiro se restringiu àquele palco e àquele show. E eu me senti completamente realizado.

*frase do Flávio Basso ao saudar a platéia no começo do show.

maio 22, 2007

Deixa eu andar na tua moto, mas quem vai na frente é você

Ao vivente que chegou aqui ao blog através da busca OUVIR MÚSICAS COM SONS DE MOTOS, recomendo essa aqui, que é um resumo de tudo o que significa MÚSICA DE MACHO.

Em termos conceituais, não poderia deixar de indicar o disco Carburador, da Rosa Tattooada. Da capa à faixa-título, o clima motoqueiro está presente, detonando tudo no hard rock, estilo que representa melhor do que qualquer outro o jeito estrada-moto-mulher-cerveja-uísque-bota-de-couro-colete-sem-camisa de ser.

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Por fim, eu não deveria fazer isso, mas recomendo também o hino Turbo Lover, do Judas Priest. Se o clipe não abalar pra sempre o visitante do blog, nada mais abalará. Essa foi a música que fez Rob Halford ficar careca, tenho certeza.

E aí, alguém tem mais alguma sugestão a fazer pro internauta ansioso por uma GARELLI EM CHAMAS?

maio 29, 2007

So you wanna be a rock and roll star

Lá se vão mais de oito anos desde a primeira vez em que cantei ao vivo, com os companheiros de Pogoboys. Mas foi só na última sexta-feira que realizei o sonho de tocar um instrumento ao vivo, mais especificamente o violão. Apesar de quase VOMITAR ACORDES de tão nervoso que estava, a apresentação foi ótima, mesmo com os erros.

Houve também alguns problemas com a gravação das imagens, mas dá pra ter uma idéia do que foi a performance de Nothing Else Matters, do Metallica:


Viola marota - Parte 1


Viola Marota - Parte 2

Não vejo a hora de repetir a dose e seguir nessa vida de tocar ao vivo. Mês que vem derrubarei os alicerces da Casa de Cultura ao apresentar Tardes de Outono, da Rosa Tattooada, dessa vez também cantando.

TE CUIDA, VÉIO QUINTANA.

junho 4, 2007

Músicas que eu tinha esquecido que existiam e que alguém resgata só para arruinar a minha vida - Parte 7

Deeper Shade of Soul - Urban Dance Squad

Dia desses entro inocentemente no MSN (como sempre faço) e me deparo com o nick altamente gratuito do amigo sem blog, conhecido como Dante. "DEEPER SHADE OF SOUL" era a sua mensagem pessoal naquele finalzinho de tarde de sábado. Imediatamente, fui tomado por um transtorno violento, que me fez alternar entre impropérios e declarações de amor em caixa alta pro amigo.

Há muito, muito tempo eu não ouvia essa música do Urban Dance Squad(belíssimo nome, por sinal. Já pensaram se fosse em português? ESQUADRÃO DE DANÇA URBANA. Criarei uma banda com esse nome agora, nem tentem copiar), do disco Mental Floss for the Globe, de 1991. Pedi pra ele me enviar a música na hora, pois precisava ouvir de novo aquela SUINGUEIRA MORTAL.


Ah, meus tempos de skatista calhorda...

Logo lembrei do clássico clipe, com uma rapaziada esperta andando de skate numa piscina verde. Achava muito massa aquele lugar, queria estar lá e fazer de conta que eu sabia andar de skate. Com essa trilha de fundo, claro. A mistureba da guitarrinha marota com o baixo grooveado casa tri bem. E o sax no final foi muito feliz. Esses HOLANDIANOS* são bons em cruzar referências, vou te dizer.

Quando acabei de ouvir a música, já estava em pé em cima do meu SHAPE IMAGINÁRIO, dando banda pela sala. Infelizmente, a incapacidade de dar sequer um ollie me fez voltar à vida e esquecer a poesia musical. De qualquer forma, o estrago já estava feito.

Valeu por arruinar a minha vida, amigão.

*FALCÃO, Paulo Roberto

junho 13, 2007

A D E U S

Bati o martelo.

A música mais linda de todos os tempos chama-se FLUFF, e pode ser encontrada no brutal disco Sabbath Bloody Sabbath. Vinha resistindo a fazer essa afirmação, por saber o poder destrutivo que ela terá sob aquelas pessoas que por ventura não conhecem a canção e venham a ouvi-la em função desse post.

Recomendo bastante prudência, pois NINGUÉM é mais o mesmo depois de escutar essa que é uma das maravilhas do mundo, superando os JARDINS SUSPENSOS DA BABILÔNIA, certamente. Experimentem aqueles 30 segundos que a Amazon permite e arrepiem-se até a espinha. Se quiserem insistir no erro, baixem a música toda ou me mandem um e-mail. Terei o maior prazer em arruinar a vida de vocês.

Ante: te odeio.

Tony: te amo.

Todos: toquem junto e chorem.

junho 15, 2007

Meu refrão é mais pegajoso que o teu

Alguém aí já ouviu o último disco da Avril Lavigne? Ouvi só umas três músicas e não gostei muito do estilo.

Pergunto porque se tiver metade dos hits do Let Go e do Under My Skin já vai ser genial. Aliás, não sei porque demorei tanto tempo pra ouvir Avril. Provavelmente a culpa é do visual dela e da pose de garotinha revoltada.

Pura bobagem, já que o som supera qualquer má impressão visual. São muitas canções boas em seqüência, vou te dizer. Não tem uma música ruim nesses dois discos. Até já convidei uns amigos pra montar uma banda cover da Avril, mas creio não ter sido levado a sério.

É uma pena, pois seria um tiro certeiro. Se algum leitor estiver interessado em participar dessa banda, me procure.

Grato.

junho 25, 2007

Novelletto Facts

Ok, o atendimento na Multisom é um lixo, mas eles têm as melhores sacolas.

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COMBO FATAL

Percebam a seleção de cds na sacola. SÓ TEM COISA BOA. Sinto calafrios só de lembrar do tracklist do Heaven and Hell, do Sabbath (capa da direita inferior). Logo acima, o clássico Ten, do Pearl Jam, que eu ouvia numa fita cassete guerreira com minha camisa xadrez e HOSOI baleado. Ao lado dele, o Ballbreaker, do AC/DC, uma aula de rock de CAMINHONEIRO. E abaixo, algo que dispensa comentários. O que dizer de Beyoncé? Nunca ouvi esse disco, mas posso afirmar sem medo que é excelente.

Até porque, se está na sacola da Multisom, é GARANTIA DE QUALIDADE.

julho 4, 2007

Pílulas para viver melhor

Tenho andando bastante alegre nos últimos dias. E o motivo desse estado atende por duas palavras: IRON MAIDEN.

Que banda. Incrível eu ter passado a adolescência inteira sem contato com o som deles. Só como penitência, ouvirei todos os discos da banda no repeat até o fim dos tempos. E toda a discografia do Bruce Dickinson, claro. Se alguém quiser me passar os discos do maior vocalista de todos os tempos, sinta-se à vontade.

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Na próxima encarnação, terei esse cabelo. (E essa calça, claro.)

(Leo: isso que não tive a oportunidade de ouvir o Killers ainda. Estás me devendo esse disquinho amigo.)

No final das contas, o que importa na vida são GUITARRAS DOBRADAS. O resto é lenda.

julho 5, 2007

Da série "A infâmia não tem fim"

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(ok, prometo não fazer mais associações surreais como essa.)

julho 12, 2007

Rock 'n' roll made me what I am

Seguindo com os planos de abraçar a música com cada vez mais afinco, convido os leitores para o recital da Prediger, escola de música da qual fiz parte nos últimos seis meses. Será nessa sexta-feira 13, no RADICAL BAR'N, em Ipanema, na Avenida Guaíba, 1228 (segundo o flyer da escola) ou 926 (segundo os resultados de busca no Google). Na dúvida, procurem os dois. Heh.

A função começa ali pelas 21h, dá tempo de chegar, pedir uma ceva, uma porção de ovo de codorna e esperar os trabalhos terem início. Vou tocar e cantar duas músicas, a mortal Tardes de Outono, da Rosa Tattooada, e uma versão POCKET (que termo gay) de Used To Love Her, daquela banda chamada Guns N' Roses.

Não prometo calça de couro, mas um lenço no pescoço é certo. Apareçam lá!

julho 13, 2007

KCOR

Ontem, quando postei sobre o recital que vou participar hoje, esqueci que essa sexta-feira, além de ser 13, é o Dia Mundial do Rock. Então, nada mais justo que colocar aqui uma lista de músicas que levam o rock no nome (além de serem excelentes, claro).

E reforçar o convite para quem quiser pintar no RADICAL BAR'N, na Avenida Guaíba 1128, em Ipanema. 21h começa a função. E rock não vai faltar.

- It's a long way to the top (if you wanna rock 'n' roll)
- Rock 'n' roll singer
- Let there be rock
- Rock and roll ain't noise polution
- For those about to rock (we salute you)
- Rock and roll all nite
- God gave rock 'n' roll to you
- Detroit rock city
- Rock and roll hell
- Let me go rock 'n' roll
- Rock bottom
- Blame it on the love of rock and roll

Quem quiser sugerir outras, fique à vontade!

julho 18, 2007

No final, só a música salva

- Quando um milhão de coisas acontecem na tua vida ao mesmo tempo;

- Quando tu tem que resolver diversas pendências num prazo mais do que apertado;

- Quando um acidente de merda como esse da TAM ocorre e tu te sente um lixo humano;

Só o que resta é ouvir uma canção linda de morrer, com uma letra idem. Além de ser perfeita.

Se alguém também se identificar com ela, fique à vontade para cantar.

Força a todos, que precisamos cada vez mais.

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Goin' Where The Wind Blows - Mr. Big

Someone said life is for the takin', here I am with my hand out,
Waitin' for a ride.
I've been livin' on my great expectations, what good is it when I'm stranded here,
And the world just passes by?
Where are the signs, to help me get out of this place?

If I should stumble on my moment in time,
How will I know?
If the story's written on my face,
Does it show?
Am I strong enough to walk on water,
Smart enough to come in out of the rain?
Or am I a fool
Goin' where the wind blows?
(where the wind blows)

Here I sit halfway to somewhere, thinking 'bout what's in front of me,
And what I left behind.
On my own supposed to be so easy, is this what I've been after,
Or have I lost my mind?
Maybe this is my chance, and it's coming to take me away, yeah...

If I should stumble on my moment in time,
How will I know?
If the story's written on my face,
Does it show?
Am I strong enough to walk on water,
Smart enough to come in out of the rain?
Or am I a fool
Goin' where the wind blows?
(where the wind blows)

Here I am, walking naked through the world,
Taking up space, society's child,
Make room for me, make room for me, make room for me.

Am I strong enough to walk on water,
Smart enough to come in out of the rain?
Or am I a fool
Goin' where the wind blows?
(where the wind blows)

julho 26, 2007

Topicando

Não costumo fazer post em tópicos, mas a preguiça de dividir em post diferentes me obriga. Vamos lá:

- Hoje, em meio às compras pra viagem (e acreditem, são MUITAS), passei em frente a uma Multisom no Centro e vi um balaio com CDs a R$ 1,99. ÓBVIO que parei pra olhar. Resultado: saí com um CD do MANGO, ex-vocalista da OFF THE WALL (cujo disco fatal já foi comentado neste post). O clima é o mesmo da antiga banda dele, falando de praia, surf e mulheres. Certamente levarei pra Sydney e DOUTRINAREI UNS COREANOS com a verdadeira surf music. Destaque pros nomes de algumas faixas do disco: Gata do Além, Boca Elástica e Cachinhos Dourados. E destaque pro som de Te Quero Demais (que na real é uma versão de Thinking Tonight da própria Off The Wall. Heh.) e Ficar Junto, dos versos "Eu não consigo parar/De pensar em você (Sex e surf)/Vamo dá linha baby/Vem comigo (Sua programação foi aceita)/Tá tudo bem/Não importa a situação (The situation)/Só tem que ser uma ilha/Só tem que ser você". Enfim, uma bela aquisição.

- Sábado passado, além da nossa primeira despedida, foi dia de um aniversário muito importante: 20 anos de lançamento do melhor disco de rock de todos os tempos, o APPETITE FOR DESTRUCTION, do Guns. Não por acaso, a capa da Rolling Stone norte-americana traz uma imagem emblemática. O grande Vicente foi na GUNNER CONVENTION em São Paulo no último final de semana e ficou de fazer um relato detalhado do encontro aqui no blog. Esperemos.

- Aprender a tocar a introdução de Unbelievable, do Def Leppard, faz qualquer pensamento negativo desparecer. Aliás, vou ali tocar e já volto.

agosto 4, 2007

É o boi, é o boi

Indiscutivelmente, uma das maiores duplas que já existiu foi Claudinho e Buchecha. Além das músicas serem sensacionais, as letras eram uma atração à parte. Eu e o gênio Emiliano costumávamos dizer que as letras tinham sido escritas por um delegado aposentado, que aproveitava as músicas da dupla para contar histórias da sua vida.

Bem, isso infelizmente não é verdade. As letras eram escritas por eles, na sua maioria pelo Buchecha. Mas o que é verdade é que ele abria o dicionário pra procurar palavras incomuns pra usar nas letras. E um dos maiores exemplos dessa prática é Descoberta, do disco Destino, de 2000. Reparem na bizarria da obra:

Eu me auto desconjuro, amor
Fui lascivo à sua inocência
Eu que fiz unânime a dor
Nunca julgue pela aparência

Sou tabelião e reconheço o mal
Foi golpe baixo, ilusão
Recurso corporal
Nem sei se a queda fui eu que dei
Ou que tomei
Se reprisar na mente
Verás, trapaceei

E, porém, se for possível a paz
Vou na via dessa descoberta
Se for sina e ainda assim gilváz
Iminente, bem na hora certa

Eu fiz sem saber, foi pura necedade
Mas o bel-prazer é cópia da maldade
E esse sofrer causa decrepitude
Joga a juventude pro ar
Nesse cafarnaum a gente se ilude
Como é que eu pude distar
Só quis zoar, zurzir, mas também me feri

Agora sim, sou alvo fácil pra dor
Você não está aqui, só no hospital eu vi
Que é minha a culpa, pela falta de amor

Olha, eu juro, não quis te ferir
Mas eu não estava sóbrio
Sei que é difícil de engolir
Mas nada está tão óbvio

Olha, eu juro, não quis te ferir
Nem sei se era eu próprio
Mas me machuquei ao perquerir
Notei o meu opróbrio

Ou vou esquecer
E deixar que essa culpa
Invada a alma pra perdurar
E dizer mais o quê, se você não está?
Se a própria morte faz a vida condenar

É uma senhora letra, hein? Eu não seria capaz de pensar numa letra assim, sem dúvida. Mestres absolutos, que fazem falta na música brasileira.

agosto 20, 2007

It's all about the music

Pra nao perder o costume (e voces nao pararem de acessar esse blog), seguem alguns comentarios musicais relativos a minha vida em Sydney:

- Como existem revistas gratuitas por aqui! Duas em especial sao muito boas: The Brag e The Drum Media. Ambas tem quase cem paginas, sendo a maioria coloridas. Te mete! E muito bom porque o cara fica sabendo de todos os shows e festas que rolam por aqui (e sao MUITOS eventos por dia, acreditem).

- Devido a dificuldade de acessar a internet aqui por enquanto, tenho me distraido com a televisao. Num dos canais, chamado Ten, rola um programa de clipes bem legal. Claro, tem muita merda, mas da pra aproveitar alguns videos. So o que me preocupa e o maldito revival dos anos 80. Quem me conhece sabe que eu adoro o som dessa decada, mas a influencia escarrada nas musicas ta demais. E pior: a estetica dos clipes, com efeitos propostalmente toscos, e cruel. Como se nao houvesse computacao grafica. Menos, gente.

- Sabado fomos no The Scruff Murphys, um pub que tem show todos os dias da semana. Tava rolando um show da banda Hair Guitar, que obviamente so podia ser bom. Eles tocaram Unskinny Bop, do Poison, e Pretty Woman, na versao do Van Halen, entre outras perolas. Em seguida vou postar a gravacao que fiz deles tocando You give love a bad name, do Bon Jovi. Do caralho. Fotos da noite podem ser vistas aqui.

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CASTIGA, SLASH.

- Essa semana tenho que comprar meu ingresso pro show do Eric Martin, ex-MR. BIG, que acontece dia 04 de setembro. Espero comprar uma calca de couro ate la.

Mais comentarios musicais em breve. Grato pela audiencia. E sigam acessando o Australia e o Canal!

agosto 22, 2007

Just Take My Heart

Comprei o ingresso pro show do ERIC MARTIN, dia 04, no The Gaelic. Agora fudeu. Se eu arranjar um emprego antes dessa data, cogito comprar uma calca de couro pra estar vestido a altura do espetaculo. E claro que vou contar tudo aqui. E aqui tambem.

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Vai ser algo.

Ja vi que os shows vao ser um problema na minha vida aqui. Tem muita atracao foda e o dinheiro nunca vai chegar pra tudo. Por exemplo, dia 05 de outubro tem MOTORHEAD com abertura da ROSE TATTOO, no Enmore Theatre, e os ingressos ja estao a venda. Mais adiantada ainda vai ser a venda de ingressos pros shows da GIGANTOUR, com participacao do MEGADETH, do STATIC X, da DEVIL DRIVER e do LACUNA COIL, no Big Top, no Luna Park. A partir de amanha, ja da pra garantir o ticket pros shows.

Sera que eu cogito parar de gastar com comida e comecar a trabalhar so pra ir a shows? Alguem ai tem uma ideia melhor?

agosto 30, 2007

Eu vou voltar pra casa

JACQUES MACIEL comentou no meu blog. Sim, ele mesmo, o lider da Rosa Tattooada, a maior banda de hard rock do Brasil. E o motivo foi esse post aqui. Diz ele que nunca esteve nos Estados Unidos, mas que essa e a historia mais engracada que ja leu. Nem preciso dizer que me senti honrado.

Obrigado, Jacques. E volte sempre. Rosa Tattooada e o que ha.

setembro 3, 2007

Alive and Kickin'

Amanha vou participar de um workshop numa loja de instrumentos aqui de Sydney. E a funcao e com ninguem menos do que Eric Martin, que fara show no mesmo dia. Descobri muito por acaso, procurando emprego pelas ruas. Me inscrevi no site da loja e espero que esteja confirmado, caso contrario vou la pra frente e comecarei a tocar "To be with you" no violao ate que a policia apareca.

De qualquer forma, amanha nao devo ter tempo pra postar nada, portanto minha proxima intervencao sera com os relatos do workshop e do show, que acontecem amanha. A funcao promete.

No mais, fiquem com meu ultimo post la no AEOC e com as fotos da nossa incursao por Coogee Beach, um lugar SUPIMPA.

setembro 10, 2007

Superfantastic

Eram duas da tarde da última terça-feira quando entrei na Allans Music, uma das maiores lojas de instrumentos musicais de Sydney. Então chega um baixinho de óculos e me cumprimenta: "Hey, how are you?". E faz o mesmo com todos que estavam ao meu redor, esperando o workshop (ou deveria dizer "pocket show"?) do Eric Martin. Pois eis que aquele baixinho de óculos era o próprio Eric Martin, demonstrando desde o começo que não havia barreira entre artista/público.

Pelos quinze minutos seguintes, ele tocou três músicas acompanhado por um músico no violão e conversou um pouco com a platéia, num clima bem informal. Depois perguntou se alguém queria que ele assinasse alguma coisa ("Podem trazer coisas do Mr. Big que eu assino sem problema") e sentou para começar a sessão de autógrafos. Ele conversou bastante com o pessoal, fazendo piadas e mostrando cara de espanto com algumas raridades que as pessoas desencavaram. Eu só tinha em mãos um poster do show de logo mais à noite e não conseguia pensar em nada relevante para dizer quando chegasse a minha vez de falar com ele. Tudo que consegui articular foi "Hi, I'm from Brazil!", ao que ele respondeu: "Oh, yeah? I'm gonna play there next month, with Ritchie Kotzen!". Só consegui dizer um "Great! My friends are gonna be there" e pedir para tirar uma foto com ele.

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Mestre absoluto (eu, claro. lajksjdlk). Mais fotos aqui.

Missão cumprida, poderia ir para casa sossegado. Mas simplesmente não conseguia sair dali, então resolvi acompanhar toda a fila pegar os seus autógrafos e tirar fotos com ele (essa é a única vantagem de estar desempregado: tempo é algo que não falta). Decidi que ia pedia para tirar mais uma foto com ele, só para garantir. Ele aceitou na boa, claro. Ainda esperei ele tirar foto com a equipe da loja e outras pessoas que imaginei serem da produção do show para finalmente ir embora, com a alma lavada. Realmente não esperava tanta simplicidade. Não que tivesse ido lá aguardando por estrelismo (até porque ele não está no auge do sucesso há um bom tempo), mas é sempre bom conhecer artistas humildes e atenciosos com o público.

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Ali diz: "TO EGS - MY BROTHER FROM ANOTHER MOTHER".
Morram de inveja.

Depois de passar a tarde entrando em lojas de cd e largar uns currículos pela cidade, fui para casa comer e tomar um banho e em seguida já saí de novo, agora para o The Gaelic, onde rolaria o show do Eric Martin. A banda de abertura, Storm Front, era bem competente e jogou (ou tocou) para a torcida, emendando dois covers de Van Halen, um da safra David Lee Roth (Ain't Talking 'Bout Love) e um da safra Sammy Hagar (Aftershock). Tocaram mais três músicas e deixaram o palco, apenas para voltar meia hora depois como a banda de apoio do Eric Martin, com exceção do vocalista, que só participou como backing em algumas músicas.


CHORA, CAT STEVENS.

O show começou com a pedrada Daddy, Brother, Lover, Little Boy (The Electric Drill Song), do clássico Lean Into It e variou bastante entre músicas do Mr. Big e da carreira solo dele. Da carreira solo eu não conseguia nenhuma, mas gostei de todas. Já do Mr. Big, rolaram vários clássicos, como 30 Days In The Hole, Just Take My Heart, Wild World e, obviamente, To Be With You, cantada em coro pelo bar inteiro. Com execeção de uns bêbados atrás de mim que não paravam de pedir "Green-Tinted Sixties Mind" (a reação dele foi ótima: disse "Hold on" e fez de conta que estava fazendo tapping no violão, e depois falou que talvez daqui a cinco anos ele aprendesse a tocar a música), o show foi ótimo. E cinco minutos depois do final, ele já estava numa banquinha vendendo camisetas e cds, além de dar autógrafos e tirar fotos com a gurizada. Ou seja, simplicidade total.


Quem nao souber a letra dessa apanha.

Em resumo, diria que a noite foi muito boa. Aliás, perfeita para a minha estréia de shows em Sydney. E é bom eu arrumar um emprego logo, porque em outubro tem TESLA.

Já vi que "Hard as a Rock" vai ser o meu lema por aqui.

setembro 17, 2007

Eu amo coracao

Enquanto nao surgem novidades nessa minha vidinha australiana, resolvi reativar o Roxbury, meu prezado fotolog textual. Cliquem e leiam minha resenha sobre o disco Brigade, do Heart.

Eu juro que foi um sinal divino escrever sobre ele. Afinal, olhei a capa dessa revista aqui de Sydney e dei de cara com um magrao usando uma camiseta com a capa do disco. Isso significa alguma coisa, certo?

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A CAPA.

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A CAMISETA.

Enfim, leiam o meu depoimento e tirem suas proprias conclusoes. E se puderem, oucam essa perola sonora.

outubro 25, 2007

My name is Eddie

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MASCOTE FROM HELL

A edição de outubro da revista Mixdown (cujo slogan é "Made by musicians for musicians") tem como matéria de capa os shows do Iron Maiden aqui na Austrália, como parte da Somewhere Back In Time Tour '08. A entrevista com o Bruce Dickinson é bem interessante, mas o que me pegou foi essa capa belíssima, com o meu xará Eddie em chamas. Boa revista.

Mas toda essa introdução foi só pra falar do show do Iron no dia 09 de fevereiro, na Acer Arena, que esgotou os ingressos em questão de minutos. Sim, aqui também existe uma máfia de cambistas, que faz com que os ingressos apareçam no e-Bay meia hora depois que começaram a ser vendidos por um preço cinco vezes maior. Lamentável.

Mas o que não é lamentável é o fato de eles terem agendado um segundo show no dia seguinte, 10 de fevereiro. E pra esse show os ingressos não se esgotaram, o que possibilitou que um rapaz latino-americano como eu pudesse adquirir o seu passaporte da alegria pagando o preço normal.

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LINDEZA DO PAPAI

Agora é só começar a contagem regressiva de três meses e meio e chamar no metal supremo. Já aviso aos amigos que tentarei pegar carona no avião da banda (guiado pelo Bruce HIMSELF, como todos sabem) pra visitar o Brasil. Aguardem.

novembro 14, 2007

Eu nunca tive um Moving Sound

Até a semana passada, eu nunca tinha ouvido um disco de dance. Claro que já ouvi diversas coletâneas, mas um disco inteiro, do começo ao fim, nunca. Pois sempre há uma primeira vez. E ela se deu ao som de Pump Up The Jam, do Technotronic, de 1989.

Sei que é perigoso falar desse tipo de som em tempos de revival dos anos 80 e dessa modinha de new rave e coisa e tal, mas acabei encontrando esse disco num blog e resolvi baixar pra ver qual era das outras músicas do grupo, o que existia além das clássicas que todo mundo dançava nas festinhas.

Pois acabei comprovando o que já esperava: as músicas boas são as de trabalho. O disco abre com a faixa-título, Pump Up The Jam, conhecida por todo mundo que tenha mais de 20 anos. A batida é realmente boa, além do fator etmológico de ter dado origem ao termo POPERÔ, por causa da frase PUMP IT UP na letra. O termo servia (serve?) pra designar músicas dance de uma época. Sensacional.

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MÚSICA PARA FAZER APOIO.

Depois vem Get Up (Before The Night Is Over), que também bombou horrores. O tecladinho é clássico e o refrão é muito grudento. A música seguinte, Touch, tem um clima meio soturno e não me espanta que não tenha virado hit. Mas a faixa que vem na seqüência, Take It Slow, me surpreendeu. Nunca tinha ouvido, mas acho que podia ter sido um single, fácil. Talvez a RAPAZIADA DO HOUSE não curtisse por ser tão pop, mas como não faço parte de nenhuma cena dance, me dou ao direito de gostar da música.

A dobradinha This Beat Is Technotronic e Move This recupera o fôlego do álbum, depois de uma faixa meia-boca, Come On. This Beat... chama no hip hop por cima da base dançante, já Move This é um dance muito pegado, e que ficou conhecida (pelo menos na minha cabeça) como MELÔ DA VACA, por causa do verso You gotta mooo, mooo, move this and groove this on/Shake that body for me. Dá pra mugir legal nessa parte.

Depois disso o disco vai ladeira abaixo. Come Back é lamentável, Rockin' Over The Beat tem a mesma introdução de Move This, e Raw, Wave e String não acrescentam nada à obra. Mas tudo bem, agora já aprendi a lição: artistas dance existem pra fazer singles. Deixem os álbuns pra quem faz rock.

E assim todos ficamos felizes. Ok?

novembro 22, 2007

My name is Tico Torres

Daqui a exatos dois meses estarei na Acer Arena pra testemunhar o show de ninguém mais ninguém menos do que John Bongiovi, ou simplesmente BON JOVI.

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AI, MINHA NOSSA SENHORA DE NEW JERSEY

Quando li numa das revistas de música semanais daqui que rolaria o show dele, fiquei transtornado com a possibilidade de não conseguir ingresso. Ao comentar isso com a Ale, ouvi que era difícil esgotar, já que "o público dele é formado por tias". Concordei, pensando que seria improvável acontecer o mesmo frenesi indie que ocorre quando alguma bandinha do momento vem pra cá.

Por isso, no dia em que os ingressos começariam a ser vendidos fui pra fila lá pelas nove e vinte (a venda começaria às nove). Ao chegar no local, percebi que a fila dobrava a esquina. Gelei. Quando li na porta do recinto que eles abriam às oito e não às nove (como eu pensava), congelei.

Entrei na fila já esperando pelo pior. Quando um casal saiu de dentro da loja dizendo que tinha chegado às SEIS E MEIA na fila e que os ingressos já tinham se esgotado, pensei em largar tudo. Mas aí alguém descobriu que um segundo show havia sido anunciado e que deveríamos esperar. Pois lá fiquei.

Depois de alguns minutos, um dos funcionários da loja disse que os ingressos pro segundo show estavam esgotados e que não havia previsão de um TERCEIRO show. "Fudeu, gaucho", foi o que pensei na hora. O cara anunciou que só tinham sobrado uns poucos ingressos individuais, ou seja, não dava pra comprar dois e tentar ficar junto no estádio.

E lá ficamos todos, esperando alguma notícia na fila. Até que uma funcionária pergunta se alguém queria um ingresso gold (relativamente caro) que tinha sido comprado pela internet mas que não tinha sido efetivado. Levantei o braço e fui em direção ao balcão. Minha intenção era comprar ingressos pra mim e pra Ale, mas como ela disse que se não desse eu deveria comprar só pra mim, efetuei a compra, sob o olhar do povo que não sairia de lá enquanto não comprasse dois ou mais ingressos.

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"NON ALCOHOL", QUE É PRA MANTER A SANIDADE

Agora é só fazer a contagem regressiva e preparar a bandana, que o resto vai ser lindo. Tenho certeza que o show será memorável. Afinal, como esperar algo diferente de uma banda que não tem UMA música ruim?

P.S.: se eu sobreviver ao show, prometo contar como foi a ORGIA SONORA.

novembro 29, 2007

Seattle was a crime

Uma das coisas que mais agradou nos últimos tempos foi ver vídeos do New Kids On The Block no YouTube. Como grande fã da banda na infância, me emocionei vendo vários clipes em seqüência, especialmente I'll Be Loving You (Forever), Please Don't Go Girl, Cover Girl e This One's For The Children.

Mas o mais interessante foi ver um documentário sobre a história da banda. E um dos momentos curiosos foi a constatação de que o grunge ajudou a sepultar a banda. Me pergunto quantos estilos musicais o grunge ajudou a enterrar. Será que em alguma outra época um determinado estilo conseguiu esse feito?

Não me entendam mal: passei anos da minha vida ouvindo as bandas de Seattle. Acho Alice In Chains sensacional, chorei quando Kurt Cobain morreu e tenho duas camisetas do Nirvana. Mas será que o grunge não foi um dos maiores crimes da história da música?

Enfim, discutam entre vocês.

dezembro 27, 2007

This Romeo is bleeding

Ontem sonhei com o Bon Jovi. Calma, não foi só com o Jon Bon Jovi nu na minha cama, ou algo do tipo. Foi com a banda toda.

Eles tavam fazendo um show num lugar muito chinelo, em algum buraco dos Estados Unidos. E eu tava bem na frente na platéia, filmando tudo. De repente, alguém sobe no palco e diz que o show tem que ser transferido.

Daí a banda sai do palco e vai caminhando (eu junto) até o local do outro show, em algum canteiro de obras inacabado em MON'T SERRAT (sim, agora já estamos em Porto Alegre). Caminhei do lado deles como se fosse amigo, não pedi autógrafo nem nada.

Não lembro o que aconteceu depois, pois acordei atônito com a bizarria do sonho. Mas sei que certamente foi um sinal pra dar início à série A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO BON JOVI, a se encerrar na véspera do show, que rola dia 22 de janeiro.

Mas não, a série não começa agora. Esperem até amanhã e, enquanto isso, curtam como foi o nosso Natal aqui na Austrália. Com Bon Jovi de fundo, é claro.

dezembro 29, 2007

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO BON JOVI - Parte 1

Bon Jovi (1984) - Runaway

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O primeiro disco do Bon Jovi é bem irregular. Acho que a influência de Journey e coisas do tipo é muito marcante, principalmente nos teclados. O estilo clássico da banda só viria a se desenhar dois discos depois, na verdade. Mas o disco tem bons momentos, sendo o melhor deles, a faixa de abertura, Runaway.

O tecladinho martelado no começo já empolga afu e o resto da música não decepciona. O clipe é um primor de tosqueira, mas como o que importa aqui é o som, curtam esse paulada com vontade:

janeiro 3, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO BON JOVI - Parte 2

7800 Degrees Fahrenheit (1985) - In And Out Of Love

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Bon Jovi está em chamas na capa desse disco, mas não nas músicas. Ainda é muito semelhante ao anterior, ou seja, falta a identidade que faria a banda tão famosa no ano seguinte. Mas tem bons momentos, como na faixa que abre o disco, In And Out Of Love.

O clipe é tosco, pra variar, mas a música é um pop bem pegado, com direito ao Sambora de calça de couro solando pra detonar o universo. Divirtam-se:

janeiro 7, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO BON JOVI - Parte 3

Slippery When Wet (1986) - Never Say Goodbye

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O terceiro disco do Bon Jovi é obsceno de tão bom. E não falo só pela capa original ( e proibida). Heh. É tanta música boa que fica difícil de escolher a melhor, mas fico com a balada Never Say Goodbye. Acho que ela marca o início no estilo clássico de baladas da banda, que já gerou dezenas de pérolas. Pra mim é um exemplo perfeito de música pop, e tem o verso mais genial de todos os tempos: "Remember when we lost the keys/And you lost more than that in my backseat". Fora de série.

janeiro 13, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO BON JOVI - Parte 4

New Jersey (1988) - Stick To Your Guns

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New Jersey é o meu disco preferido do Bon Jovi. Só tem música excelente, sem exagero algum. Convenhamos, um álbum que tem faixas como Lay Your Hands On Me, Bad Medicine, Born To Be My Baby e I'll Be There For You só pode ser considerado um clássico.

Mas a minha favorita é Stick To Your Guns, que começa de sola, emendada em Ride Cowboy Ride e detona o universo. A viola é muito mortal e o refrão me quebra as perna, de tão bom. Juro que só penso em colocar uma bota, pegar um chapéu e solar na beira dum penhasco.

Essa música não tem clipe, mas dá pra ter uma idéia do petardo assistindo a esse vídeo feito por algum fã com diversas imagens da banda. Chorem se forem fortes.

janeiro 17, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO BON JOVI - Parte 5

Keep The Faith (1992) - In These Arms

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Num disco que tem baladas mortais como Bed Of Roses e I Want You, uma música tem que ser muito boa pra se destacar. E esse é o caso de In Theses Arms. Que refrão, meu bom Deus. A música toda na real é incrível. A introdução é poderosa, com uma linha de baixo pegada. E o resto só melhora, como dá pra comprovar nesse vídeo. Vê aí, dusmeu:

janeiro 18, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO BON JOVI - Parte 6

These Days (1995) - Something For The Pain

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Theses Days é um disco muito bom, com várias canções excelentes como Hey God, This Ain't A Love Song e Lie To Me. Mas a paulada derradeira é Something For The Pain, com seu refrão de demolir o universo inteiro. A introdução com guitarra hipnótica também ajuda - e muito. A música vai crescendo aos poucos e explode afu no refrão. Amo sem limites.

Na ausência de clipe, fiquem com esse vídeo gravado na Finlândia, em 1996. Não assisti inteiro, mas pelos primeiros segundos só pode ser bom.


janeiro 19, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO BON JOVI - Parte 7

Crush (2000) - It's My Life

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Impossível não escolher a faixa de abertura desse álbum como a melhor. It's My Life é um míssil daqueles, que detona tudo que vê pela frente. O disco tem ótimas músicas, como Say It Isn't So e Thank You For Loving Me, mas é a primeira faixa que garante alegria infinta com a introdução pegada e solo de talkbox do mestre Sambora.

O clipe é todo modernoso, mas o que interessa mesmo é a camiseta da guria, que eu cobiço horrores. Assistam e cobicem também.

janeiro 20, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO BON JOVI - Parte 8

Bounce - (2002) - Misunderstood

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Bounce é um disco bem pesado, em se tratando de Bon Jovi. Mas em se tratando do mestre, um pouco de leveza sempre é bom. E ela vem na forma de Misunderstood, uma baita faixa desse álbum. Os acordes dela me fazem uivar de tão afudê que são.

E o clipe é uma atração à parte, com a história muito bizarra dum cara se explicando pra mulher. Assistam e tentem comprar:

janeiro 21, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO BON JOVI - Parte 9

Have A Nice Day (2005) - Last Cigarette

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Que belo disco esse Have A Nice Day, vou te dizer. Me surpreendi positivamente com as músicas. Tem muita coisa boa, da paulada da faixa-título, passando por I Want To Be Loved e I Am. Mas a maior atração do álbum chama-se Last Cigarette. Uma das melhores músicas que ouvi nos últimos tempos, sem dúvida alguma.

A melodia é ótima e a letra também. Gosto muito da associação do amor com a sensação de fumar (apesar de odiar cigarro), acho que a metáfora ficou muito boa, especialmente no refrão:

Your love's like one last cigarette
Last cigarette, I will savor it
The last cigarette
Take it in and hold your breath, hope it never ends
But when it's gone, it's gone
The last cigarette

Baita letra. Uma pena que não tem clipe, mas dá pra ouvir/ver a música nesse vídeo feito por algum fã. Reparem na parte Beach Boys da música. De chorar.

janeiro 22, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO BON JOVI - Parte 10

Lost Highway (2007) - Everybody's Broken

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Taí um disco que não me desceu muito bem. Acho que falta pegada, apesar da faixa-título abrir o álbum com empolgação. Porém, uma faixa vale por todas as outras que não batem tão bem: Everybody's Broken. É uma balada das boas, com uma bela letra e guitarra interessante. Aqui vai uma performance ao vivo dela:

E com isso, encerro a série de melhores músicas do Bon Jovi. Agradeço aos guerreiros que se deram ao trabalho de comentar a série. Agora me dêem licença que hoje de noite eu tenho que ver ele ao vivo, num show que promete ser inesquecível.

Prometo contar tudo, se eu sobreviver.

Fui!

janeiro 23, 2008

Vi Deus ao vivo. E ele se chamava Bon Jovi.

2008 acabou. Esqueçam o fato de que estamos apenas em janeiro. Não há nada mais a ser feito. E principalmente, a ser visto e ouvido.

Pois tudo que podia ser visto e ouvido foi devidamente absorvido pelos olhos e pelas ouvidos deste que vos escreve na noite desta última terça feira, aqui em Sydney. Mais precisamente, na Acer Arena, um ginásio no Sydney Olympic Park, mas que bem poderia ser chamado também de TEMPLO DOS DEUSES, transformado em um verdadeiro Olimpo dos tempos modernos devido à banda que se apresentou lá no dia 22 de janeiro de 2008.

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MAIS FELIZ QUE PINTO NO LIXO.

Jon Bon Jovi, Richie Sambora, Tico Torres e David Bryan (ou simplesmente BON JOVI, A BANDA) mostraram todos - eu disse TODOS - os elementos de um autêntico show de rock. É a maior aula a que já assisti na vida e nem foi preciso assinar a chamada, porque os professores só queriam ministrar o que sabem de melhor: música de verdade, sem putices introspectivas ou postura blasé no palco.

O show começou de forma curiosa com Great Balls of Fire, o clássico do Jerry Lee Lewis. A música é empolgante, mas não pareceu incendiar o público (com perdão do trocadilho infame). Metade da platéia ficou sentada, como se estivesse vendo uma peça. Daí o Bon Jovi provocou a massa, perguntando se tava tudo bem e dizendo que o show da noite anterior tinha sido matador.


MAIOR TECLADO DA HISTÓRIA.

Isso mexeu com os brios da gurizada, que ficou em pé pra ouvir o ÜBER clássico You Give Love a Bad Name. Desnecessário dizer que daí em diante foi só alegria num repertório inundado de hits mortais. O Bon Jovi fica levantando a platéia o tempo todo, seja com sorrisos e requebrados que arrancam suspiros do - enorme - público feminino, seja com as convocações pro pessoal gritar cada vez mais alto.


CATARSE COLETIVA, TEU NOME É BON JOVI.

E a química entre o Bon Jovi e o Richie Sambora é incrível. É uma das maiores duplas de todos os tempos, sem dúvida alguma. Quando depois de Bad Medicine o Bon Jovi saiu do palco, não podia esperar o que estava por vir: Sambora sozinho no palco pra tocar (e cantar!) I'll Be There For You. De matar o guarda. Não por acaso, gritei CHUPA, JIMMY PAGE ao final dessa perfomance antológica. Maior guitarrista, o resto é lenda.


SÓ FALTOU O EMILIO ESTEVEZ.

E o sumiço do Bon Jovi não foi à toa. Ele reapareceu no meio do público, num dos lados do ginásio. A massa foi ao delírio quando ele começou a tocar Blaze of Glory na viola, sozinho. E a coisa só foi melhorando, quando o Sambora se uniu a ele pra tocar Someday I'll Be Saturday Night e a soberba Never Say Goodbye.

Depois eles voltaram ao palco principal pra continuar o tiroteio de clássicos pra cima de todos nós, sem dar descanso. Quando, ao final de Livin' On a Prayer, eles se despediram do público, a violência sonora parecia ter chegado ao fim. Ledo engano.

A banda retornou com força total pra tocar Have a Nice Day, seguida por Wanted Dead or Alive e I Love This Town. Se eles amam esta cidade (no caso, Sydney, só pra deixar claro) eu não sei, só sei que eu amo cada vez mais essa que é uma das maiores bandas do universo, que fez um show que não vou esquecer pelos próximos 100 anos (quem é fã da banda pescou a referência).

E que venha 2009, pois Jon Bon Jovi e cia. simplesmente implodiram o ano com o melhor show desse e de qualquer outro mundo.

Setlist - Acer Arena, 22/01/2008

- Great Balls Of Fire
- You Give Love A Bad Name
- Wild In The Streets
- Lost Highway
- Runaway
- Summertime
- Story Of My Life
- In These Arms
- Whole Lot Of Leaving
- Born To Be My Baby
- We Got It Going On
- It's My Life
- Bad Medicine
- I'll Be There For You
- Blaze Of Glory
- Someday I'll Be Saturday Night
- Never Say Goodbye
- Blood On Blood
- Kepp The Faith
- I'll Sleep When I'm Dead
- Who Says You Can't Go Home?
- Livin' On A Prayer
- Have A Nice Day
- Wanted Dead Or Alive
- I Love This Town

P.S.: mais fotos aqui e mais vídeos em breve, quando o YouTube colaborar. Grato.

janeiro 26, 2008

Não pára, não pára, não pára, não

Esse foi o primeiro show de repercussão internacional que fui nos últimos tempos e o primeiro com uma câmera na mão, também.

Quando subi os vídeos no YouTube, não me dei conta do alcance que o site tem. Em questão de horas, os acessos começaram a subir horrores, com um deles ultrapassando 1000 views. É muito massa ver as pessoas comentando e linkando, como esse link prum blog de Barcelona, que postou o vídeo de I'll Be There For You que fiz. Barcelona, por sinal, que é a cidade em que a Vanessa, minha colega dos tempos da Fabico, se encontra. E é ÓBVIO que ela vai no show, como qualquer pessoa sensata faria. Ê mundinho pequeno!

Ah, finalmente terminei de subir todos os vídeos do show, que podem ser achados no meu perfil. Mas o destaque aqui fica por conta dum vídeo que um cara fez da noite de 22 de janeiro, tri bem editado. Cara esse que, por sinal (parte 2), também estava no show do Eric Martin, o que demonstra excelente gosto musical. Acho que o cara tava sentado perto de mim, porque o ângulo da filmagem é quase o mesmo que o meu. Reparem:

fevereiro 7, 2008

Tatuado Milionário

Neste próximo domingo enfrento mais um desafio que tem como objetivo abalar as minhas faculdades mentais: o show do IRON MAIDEN na Acer Arena, mesmo local do show do Bon Jovi.

Vai ser letal, como sempre. E pra fazer um aquecimento pra esse evento de proporções magnânimas, preparei a minha humilde lista das DEZ MELHORES MÚSICAS DO IRON MAIDEN.

Sei que muitos conhecedores do som da banda ficarão furiosos, pelo fato de eu ter incluído algumas heresias e ter excluído certos clássicos. Mas entendam: sou um mero aprendiz quando se trata da Donzela. Coloquei apenas as faixas que me atiçam, que me fazem querer socar uma parede de aço ou chorar de inveja pela melodia obscenamente boa. Não procurei analisar questões históricas da banda ou elementos técnicos das composições. É simples de coração, como diria Humberto Gessinger.

(Antenor, aguardo tua fúria em forma de palavras)

- Running Free
- Prodigal Son
- Run To The Hills
- The Trooper
- 2 Minutes To Midnight
- Wasted Years
- Can I Play With Madness
- Holy Smoke
- Wasting Love
- The Thin Line Between Love And Hate

fevereiro 12, 2008

Heavy Metal Lives

Quando as luzes da Acer Arena se acenderam no final do show e vi um magrão com a frase do título deste post estampada na camiseta, senti que estava fazendo parte de algo importante: um dos maiores shows de rock que se pode ver. Bruce Dickinson, Steve Harris, Dave Murray, Adrian Smith, Janick Gers e Nico McBrain fazem uma escalação dos sonhos. Os melhores de todas as formações da banda, num só palco. Só podia dar coisa boa.

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Mais fotos do massacre aqui, como de praxe.

E deu. Num começo arrasador com imagens da banda aterrisando no avião guiado por Bruce seguido pelo trecho de um discurso de Winston Churchill, a hecatombe estava prestes a se formar. Aces High botou fogo em tudo e daí em diante, foi uma destruição total. O fundo de palco mudava à medida em que as músicas trocavam de disco, com cenários evocando as capas do Powerslave e do Somewhere in Time, principalmente.


Caiu a casa nesse instante

Bruce Dickinson é uma atração à parte, como todo vocalista deveria ser. Se movimenta o tempo inteiro, incorpora figurinos e gesticula sem parar. Que ele usa mas melhores calças do rock eu já sabia, mas vê-lo ao vivo é uma experiência única. Mesmo a voz não sendo tão potente como antes (especialmente naquelas notas absurdamente altas), ele sempre será um dos maiores vocalistas de todos os tempos.


Que riff fatal, meu bom Deus

E eu não tenho do que reclamar, já que 50% das músicas que coloquei como favoritas aqui no blog foram tocadas. Quando Can I Play With Madness foi executada, juro que pensei em rasgar meu passaporte e ser pedir pra ser deportado no 757 da banda. Isso sem falar na música anterior, Heaven Can Wait, que contou com um coro de fãs que foram convidados a subir ao palco, numa catarse coletiva do metal.


Maior pop do universo

Quando Eddie entrou no palco durante Iron Maiden, tive certeza de que estava diante de algo memorável. É assim que um verdadeiro show de rock deve ser. Todo o resto é farsa em forma de música. Assim que a música acabou, todo o ginásio começou a gritar o nome da banda, aguardando o bis. E ele veio arrasador, na forma de Moonchild, The Clairvoyant e Hallowed Be Thy Name, pra não deixar dúvida do baita show que estávamos assistindo.

No final, só me restou deixar a câmera ligada pra registrar a marcha triunfal dos súditos da Donzela de Ferro ao deixar o front do rock com um lema permanente: HEAVY METAL LIVES.

Sempre.

- Intro - Churchill's Speech / Aces High
- 2 Minutes To Midnight
- Revelations
- The Trooper
- Wasted Years
- The Number Of The Beast
- Run To The Hills
- Rime Of The Ancient Mariner
- Powerslave
- Heaven Can Wait
- Can I Play With Madness?
- Fear Of The Dark
- Iron Maiden
- Moonchild
- The Clairvoyant
- Hallowed Be Thy Name

fevereiro 19, 2008

Put your hand in my pocket/Grab onto my rocket

Não lembro onde eu estava na noite do dia 15 de abril de 1999. Provavelmente bêbado em algum bar de reputação duvidosa, visto que saía seis vezes por semana nessa época. O que sei com certeza é que eu não estava no Jockey Club de Porto Alegre, assistindo ao show de uma das maiores bandas do universo.

Sim, os mais guerreiros já se ligaram: estou falando do show do KISS. O motivo de eu não ter ido a esse concerto dos sonhos tem a ver com o meu gosto musical à época. Como já comentei com vários amigos que me perguntaram estupefatos como eu tinha deixado passado a oportunidade: eu vivia uma fase extremamente indie. Isso mesmo. BELLE AND SEBASTIAN era mais importante do que Kiss naqueles dias (e inclusive do que METALLICA, minha paixão por muitos anos e que também tocou em POA no mesmo ano).

Sei que essa desculpa é inaceitável e já pedi perdão aos amigos, mas essa é a verdade. Como não se pode voltar no tempo, nunca sentirei o que foi estar lá vendo aqueles quatro mascarados detonar o rock and roll. E isso é fato.

Porém, o mundo dá voltas. Bastante, eu diria. Tanto que me encontro do outro lado do globo, na Austrália. "Tá, e daí?", pergunta o leitor irritado com tanta divagação. Daí que estando aqui eu terei a oportunidade de ver essa banda estupenda ao vivo, finalmente:

dupla_letal.jpg
"...mas os meus cabelos, quanta diferença!"

Sim, dia 20 de março eu voltarei a Acer Arena pela terceira vez nesse ano pra esse show antológico. Ok, não é a formação clássica banda (Tommy Thayer substitui Ace Frehley e o mestre Eric Singer ocupa o lugar do Peter Criss), mas pra quem é fã da fase UNMASKED da banda, sendo inclusive membro da comunidade KISS - UNMASKED ERA 83-95 no Orkut, essa formação tá excelente.

E até porque vou lá pra ver, acima de tudo, o homem com as melhores expressões faciais do rock: PAUL STANLEY. Coincidência ou não, nesse exato momento estou escrevendo da nossa casa, que fica no seguinte endereço:

maior_endereco.jpg
A roupa também é em homenagem ao mestre. Mais fotos aqui

Pra variar, farei uma série de posts sobre a banda aqui. Mas seria bem peculiar (quem me conhece já deve imaginar).

ATÉ.

fevereiro 27, 2008

Kiss: Unmasked Era - Parte 1

Lick It Up (1983)

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Sim, muitos já deviam imaginar que isso ia acontecer. Como contagem regressiva pro show do Kiss em Sydney, dia 20, começarei agora uma lista com os discos da fase sem máscara, e que, na minha humilde opinião, é a melhor da banda.

O primeiro dessa época gloriosa é o Lick It Up, de 1983. O disco é bem pesado, com a faixa de abertura, Exciter, detonando tudo num refrão poderoso. A faixa-título é um clássico absoluto, com um riff pegado e refrão em coro. Outros destaques são Young And Wasted, All Hell's Breakin' Loose e A Million To One, uma das melhores do álbum.

E como não podia deixar de ser, o vídeo de Lick It Up tinha que ser postado aqui. Claro.

março 8, 2008

Ari Toledo da Guitarra

Com uma semana de atraso, cá estou eu postando sobre o workshop do Paul Gilbert em Sydney, na Allans Music. Como disse meu amigo Otávio numa frase que gerou o título desse post, o cara é muito palhaço, fica fazendo brincadeira o tempo todo. E debulhando a guitarra, claro. Fiz uma edição dos melhores momentos do workshop, saquem só:

Pra mim, um das melhores músicas executadas foi uma versão de I Still Have That Other Girl, do Elvis Costello e do Burt Bacharach. De chorar de tão bela:

Resumo da história: mais um evento mortal a que compareci aqui, que me fez querer comprar uma Ibanez na volta pra casa.

Mais vídeos no meu perfil do YouTube e, pra quem quiser ver fotos da noite, é só chamar no Picasa.

março 10, 2008

Kiss: Unmasked Era - Parte 2

Animalize (1984)

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Entendam o seguinte: praticamente toda a moda de hoje em dia está baseada na capa deste disco. Estampas simulando peles de animais voltaram com tudo e nada define melhor do que essa arte. Não por acaso, tenho usado muito a seguinte gíria de minha autoria: "PURO ANIMALIZE" (por enquanto só quando falo sozinho), pra definir algo massa. Vejamos se pegará.

Bem, de volta à música. Esse disco é um trabalho literalmente EM CHAMAS, a começar pelos nomes das músicas: I've Had Enough (Into The Fire), Heaven's On Fire, Burn Bitch Burn, entre outras. Coincidência ou não, essas são as melhores faixas do álbum, ao que incluiria também na lista a soberba Thrills In The Night. Um belo disco, em resumo. E com um clipe de Heaven's On Fire que dispensa comentários:

março 13, 2008

Kiss: Unmasked Era - Parte 3

Asylum (1985)

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O disco começa com um solo de bateria do finado Eric Carr abrindo uma faixa chamada King Of The Mountain. Sim, amigos, isso é Kiss sem máscara. Muitos solos virtuosos e peso às ganha. A primeira faixa é um dos destaques do álbum, assim como Who Wants To Be Lonely e Uh! All Night.

Mas o destaque absoluto fica por conta de Tears Are Falling, uma música sensacional. O refrão é de rasgar a alma com chave de fenda, de tão potente. Se alguém duvida, essa agressão videoclípica fala por si:

março 16, 2008

Kiss: Unmasked Era - Parte 4

Crazy Nights (1987)

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A faixa-título (com o acréscimo de mais um Crazy) é o destaque desse disco, com seu refrão muito pegado. Pop clássico, sem dúvida. Aliás, pop é a palavra perfeita pra descrever esse álbum. É o mais "amaciado" da fase sem máscara. Tanto que músicas como I'll Fight Hell To Hold You e Bang Bang You são pop deslavados.

A única realmente pesada é No, No, No, com direito a introdução metaleira de mais de 30 segundos. Coincidência - ou não -, ela foi composta pelo guitarrista Bruce Kulick. Em resumo, esse é o disco mais fraco dessa fase. Mas ainda assim, vale a audição. E uma olhada nesse clipe, claro:

março 18, 2008

Kiss: Unmasked Era - Parte 5

Hot In The Shade (1989)

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Hard rock na sua forma mais clássica. Essa é a melhor definição que encontro pra falar sobre esse disco, o melhor da fase sem maquiagem. O começo com Rise To It é arrasador e depois só vai melhorando. Read My Body é um belo exemplo de hard, com direito a paradinha pro cara cantar só com a batera ao fundo e subida de tom no final. Para os leigos, é bom lembrar que esse é o álbum que tem Forever, a maior balada já feita no universo e que dispensa qualquer comentário.

Mas o grande destaque do disco é a estupenda Hide Your Heart, com o refrão mais poderoso do sistema solar. E é óbvio que é esse clipe que tu vai ver, nem que eu tenha que te obrigar a isso:

UPDATE: graças à maravilha que é o YouTube, acabo de descobrir que o YAHOO fez uma versão de Hide You Heart, chamada Pára-Raio. Não estou mais respirando:

março 19, 2008

Kiss: Unmasked Era - Parte 6

Revenge (1992)

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Esse é o último disco relevante da fase sem maquiagem (Carnival Of Souls é um embuste). E que disco, meu bom senhor. Lançado quando o grunge estava bombando, mostra um peso acima da média dos outros álbuns da banda. Já começa implodindo tudo com Unholy, um metal daqueles.

Outros destaques são a famigerada Take It Off, God Gave Rock And Roll To You e I Just Wanna, todas faixas excelentes. Mas o destaque supremo fica por conta da balada de outro mundo, chamada Every Time I Look At You. Me reservo o direito de não comentar nada a respeito da faixa. Deixarei que o clipe fale por mim:

E chega de resenhas do Kiss. Hoje à noite vou ver esses monstros sagrados ao vivo e espero voltar pra casa com um pedaço da cueca do Paul Stanley. Me desejem sorte.

março 28, 2008

I wanted the best. I got the best

Depois de quase uma semana de distância do show do Kiss na Acer Arena, eu pensei em escrever várias coisas. Mas a junção da mudança de casa com uma internet cagada me atrasaram por demais.

Por isso, serei breve: PUTAQUEPARIUCARALHOOLHODOCU.

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Para mais ANIMALIZE, clique aqui

Que show. Quando o locutor anunciou: "The hottest band in the world: Kiss!", pensei: e quem vai discordar dele? Com um palco em chamas (literalmente), eles abriram o show com Deuce, explodindo tudo. As trocas de lugar no palco, as coreografias com os instrumentos, as caras e bocas pro público: tudo que um verdadeiro show de rock deve ter estava acontecendo lá. na minha frente. E dê-lhe um clássico atrás do outro.

Quando Gene Simmons pegou um sutiã e pendurou no seu pedestal, senti que algo grandioso estava por vir. E foi só Paul Stanley perguntar: "QUEM AQUI GOSTA DE BOTAR COISAS NA BOCA?" pra eu sentir o perigo. Sim, amigos: Lick It Up me deixou quase sem voz. A essa altura, já não sabia mais quem eu era. Só não era melhor porque essa foi a única música da fase sem máscara do repertório.

stanley_tela.jpg
STANLÊRA NO TELÃO

Mas tudo bem, porque petardos como I Love It Loud, Calling Dr. Love e Firehouse fizeram a casa cair. Tommy Thayer e Eric Singer também fizeram a sua parte, cantando Shock Me e Black Diamond, respectivamente. Porém, a morte súbita se deu perto do fim, quando o palco escureceu e somente Paul "MESTRE ABSOLUTO" Stanley apareceu, com um violão. Percebi a agressão quando os primeiros acordes de Shandi se fizeram ouvir. Pronto. Nada mais a fazer senão cantar junto e dilacerar o que restava das cordas vocais. Que momento indescritível.

Depois disso, foi só tentar se manter em pé com a dobradinha I Was Made For Lovin' You e Rock And Roll All Nite, quando uma chuva de papel picado tomou conta do ginásio. Saí de lá com a alma lavada e a camiseta da banda suada, único jeito aceitável de se estar ao final de um (verdadeiro) show de rock. Mais uma noite pra história de 2008, o ano em que mais vi shows antológicos na minha vida.


Mais vídeos assim que eu tiver internet de gente

Obrigado, Sydney.
Obrigado, Braziu.
Obridado, Deus.
Obrigado, Eu.

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POESIA EM SUA FORMA MAIS PURA

Deuce
Shout It Out Loud
C'mon And Love Me
Lick It Up
I Love It Loud
Calling Dr. Love
Shock Me (Tommy on vocals)
Let Me Go, Rock 'N' Roll
Firehouse
100,000 Years
God Of Thunder
Black Diamond (Eric on vocals)
Love Gun
Detroit Rock City
Shandi
I Was Made For Lovin' You
Rock And Roll All Nite

abril 1, 2008

Bem que se KISS

Finalmente consegui subir os outros vídeos do show no YouTube, depois de muito tempo brigando com a Internet. Tomem lá:


MELHOR PERFORMANCE NA VIOLA QUE JÁ VI


SIM, LICK IT UP AO VIVO. A D E O S


SYDNEY ROCK CITY NOS CANO

Depois disso, nada mais a declarar sobre o show. Vejam e chorem maquiagem pelos poros.

abril 15, 2008

Música ao longe

Desde que cheguei à Austrália, já adquiri vários CDs e alguns compactos em vinil. Até aí tudo bem, porque são fáceis de carregar e não creio que terei problemas em achar lugar pra eles na babagem na hora de voltar.

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NÓS ERAMOS ASSIM...

Porém, agora resolvi complicar as coisas um pouco, comprando também vinil em tamanho normal, o famigerado BOLACHÃO. E minha primeira aquisição foi o Little Queen, do HEART. Já vinha namorando o dito cujo há mais de uma semana, mas depois de ver a performance da banda tocando BARRACUDA no Idol Gives Back, fui correndo pra loja e garanti o clássico, por módicos AUD 4.95. Esqueçam a Fergie de calça de couro atochada e foquem na banda, por favor:


....E FICAMOS ASSIM.

Agora que a porteira abriu, não tem mais volta. Vou comprar todos os bolachões possíveis e terei que voltar pro Brasil de NAVIO, porque a carga vai ser gigantesca.

abril 24, 2008

O Rio de Janeiro continua lindo

A Cidade Maravilhosa não é mais o centro do poder no Brasil desde 1960, mas pelo menos neste próximo sábado, ela será a nossa capital. Bom, pelo menos a CAPITAL DA BOA MÚSICA.

Tudo isso porque no dia 26 de abril acontece o HARD IN RIO II, um festival que promete DERRUBAR A BAIA de qualquer roqueiro que se preze. A escalação é puro deleite: TYKETTO, WHITE LION e HOUSE OF LORDS. Haja coração, diria Galvão Bueno.


TYKETTO = MAESTRIA


WHITE LION = PERFEIÇÃO

Juro que se eu não estivesse do outro lado do mundo pegaria um vôo pro Galeão e desceria na pista de calça de vinil e bandana a postos. Mas como a distância é um POUQUINHO grande, faço um apelo aos amigos cariocas:

VÃO E ME CONTEM TUDO, POR FAVOR.

Minha alma de lycra agradece.

maio 20, 2008

Meu sonho era ter o cabelo dele

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CAN'T STAND THE HEARTACHE

E ainda é. Mas como isso não é possível, me contento em ir ao show dele nesta terça, no Enmore Theatre. Cogitei não ir, já que vi o rapaz ao vivo em 2005, no Opinião. Mas, como ROCK DE VERDADE é algo que não se vê mais toda hora, comprei meu ingresso e estou me preparando psicologicamente pro evento.

Portanto, não vou encher linguiça nesse post. Fiquem com Baz ao vivo no PORTINHO e me desejem boa sorte.


EU ESTAVA LÁ

maio 26, 2008

Gurizada gone wild

No dia 18 de novembro de 2005 eu fui até o Opinião para ver o show do Sebastian Bach. Foi excelente. Dois anos e meio depois, morando do outro lado do mundo, eis que tenho a oportunidade de assistir ao ex-vocalista do Skid Row novamente. Confesso que quando soube do show pela primeira vez não me emocionei muito, pois tenho procurado reservar dinheiro para shows que nunca vi. Porém, quando a data fatal se aproximou, comecei a me sentir culpado por não ter comprado o ingresso. Resultado: adquiri o famigerado faltando três dias antes da grande noite.

E me fui para o Enmore Theatre na última terça-feira, acompanhar o homem com o melhor cabelo do rock. Cheguei lá às oito horas em ponto (como dizia no ingresso) e mal tive tempo de comprar uma cerverja. Cinco minutos depois, a banda de abertura, Hell City Glamours, abria os trabalhos da noite. Bem bons, os rapazes. Com visual hard rock e som poderoso, ganharam minha simpatia imediata. Fizeram um show bem interessante, que manteve o público interessado, o que já é um grando mérito para uma banda nova com a responsa de abrir para alguém do porte do Sebastian.

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MOSTRA PRA RAPEIZE COMO É QUE SE CANTA, BAZ

Depois de alguns minutos para a troca de equipamentos no palco, eis que entra a banda no palco, logo acompanhada por SEBASTIAN HIMSELF, já detonando Back In The Saddle, do novo disco, Angel Down. Mal deu tempo do pessoal se ajeitar e Slave To The Grind veio na sequência, aniquilando toda a existência. Como já era de se esperar, rolaram várias do último álbum dele, como You Don't Understand, Stuck Inside, American Metalhead (que virou Australian Metalhead aqui) e By Your Side, uma balada letal que ele disse que acabou de fazer o clipe.

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WE ARE THE YOUTH GONE WILD

Mas claro que não faltou o que todo mundo esperava: vááárias do Skid Row. Que eu me lembre, foram Big Guns, 18 And Life, Piece Of Me, Youth Gone Wild, Here I Am, I Remember You, Monkey Business, Slave To The Grind e Riot Act. Ou seja, dá para imaginar o quão arrasador foi. Achei que ia conseguir fazer vários vídeos, mas a gurizada nova começou a se empolgar e partir para o pogo pegado, enquando os tiozões tentavam conter a massa juvenil. E eu, na idade intermediária entre eles, fiquei dividido entre pular o tempo inteiro e filmar aquele momento antológico. Acabei fazendo um pouco das duas coisas. Aguardem vídeos na sequência, quando a internet colaborar. Já as fotos podem ser vistas aqui.

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(licença poética) I TELL YOU PARK AVENUE LEADS TO SKID ROW

O que importa é que felizmente resolvi comprar o ingresso e não ficar me fazendo. Porque show desse calão nesse encontra por aí toda hora. Ah, mas não mesmo.

P.S.: me empolguei tanto com o show que uns dias depois achei numa loja de discos um single do Skid Row e não me contive: levei para casa um cd com In A Darkened Room, Beggar's Day e um cover de C'mon And Love Me, do Kiss. Ótima aquisição.

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RELÍQUIA DOS DEUSES

junho 3, 2008

I <3 Heart

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COISINHA LINDA DO PAI

Onde você estava em 28 de novembro de 1990? Eu não faço idéia, mas sei que foi um dia especial, pois nessa data foi gravado o disco Rock The House Live!, do HEART.

Lançado em 1991, o álbum mostra um dos shows da turnê do Brigade, um dos melhores discos de todos os tempos. O repertório é excelente e a performance, sem comentários. IRMÃS WILSON COMANDAM.

Bom, mas por que eu resolvi escrever sobre esse álbum? Porque, seguindo com meu projeto de pagar excesso de babagem na volta ao Brasil, comprei o CD na semana passada e achei que deveria informar por aqui. Agora o próximo passo é fazer uma camiseta com a arte da contracapa.

Aguardem notícias.

Ah, sim: o tracklist do disco.

01. Wild Child
02. Fallen from Grace
03. Call of the Wild
04. How Can I Refuse
05. Shell Shock
06. Love Alive
07. Under the Sky
08. The Night
09. Tall, Dark, Handsome Stranger
10. If Looks Could Kill
11. Who Will You Run To
12. You're the Voice
13. The Way Back Machine
14. Barracuda

junho 19, 2008

Meu nome é Edu K

Conforme o Nego já escreveu no seu blog no timing certo e comentou magistralmente nas legendas das fotos no seu Flickr, o show do Edu K foi CATÁRTICO. É o típico caso em que as imagens falam mais do que as palavras, por isso vou deixar que elas se manifestem.

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É NÓIS NA ÁREA

Só queria deixar registrado que o Edu K é uma figuraça e agradecer pela parceria de conseguir entrada pros dois shows que ele fez aqui em Sydney. VALEU, XARÁ.

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:-L NELAS TUDO

SALVE OS OSWALDÊRO!


PRIMEIRA CHALAÇA


SEGUNDA CHALAÇA

julho 7, 2008

Chorei um Mississipi

Apesar deste blog andar às moscas, eu tinha dois posts programados pra escrever. Porém, o destino me fez mudar os planos e agora cá estou, completamente transtornado por causa do disco que ouvi há algumas horas.

Com catorze anos de atraso, ouvi o Grace, do Jeff Buckley, enquanto executava tarefas domésticas. Coloquei o álbum pra tocar sem pretensões, só porque estava na pasta que copiei do computador do canadense que morava aqui em casa.

Claro que já tinha ouvido falar no sujeito, principalmente pela morte emblemática dele, mas nunca tinha ouvido sequer uma música. Confesso que não fazia a menor questão, por pensar se tratar de mais um daqueles TROVADORES DE VOZ ROUCA, que não fazem o meu gênero.

Ledo engano.

Com uma voz macia e aguda, me lembrou de certa forma o Chris Cornell, inclusive no som, que achei semelhante a Soundgarden nas horas mais roqueiras, pra minha surpresa total. O disco é perfeito, com arranjos lindos e violões que me deram vontade de aprender todas as músicas e nunca mais chegar perto de um instrumento de seis cordas ao mesmo tempo.

O cover de Hallelujah é sem dúvida a melhor versão já feita dessa que é uma das canções mais belas do universo, e faixas como Last Goodbye, Lover, you should've come over e Dream Brother são provas do que alguém talentoso e que ama fazer música de verdade pode fazer.

É realmente difícil descrever a sensação que tive ao ouvir esse álbum. Me fez sentir com quinze anos de novo, descobrindo músicas com uma voracidade que há muito perdi. Agora vou ter que ir atrás de todas as gravações dele. Se alguém quiser me ajudar, será ótimo.

Obrigado, Senhor. Graça, Jeff.

julho 30, 2008

Morfina no olho

Faz semanas que estou pra escrever, mas a preguiça de blogar anda maior do que a empolgação e dividir minhas descobertas.

De qualquer forma, preciso dizer que me viciei em morfina. Ok, a piada é lamentável, mas serve pra dizer que MORPHINE INVADIU MINHA ALMA. Que banda PEGAJOSA, meu bom Deus. E não no sentido negativo.

Ao ouvir o disc Cure For Pain, graças à mesma pasta de cds que copiei daquele cara que morava aqui em casa (e que tinha o disco do Jeff Buckley), fui totalmente hipnotizado pelo BAIXO DO DEMÔNIO (a/c Andrey Damo) e pelo sax SEDUTOR (pior adjetivação possível). Todas as músicas são excelentes, sem exceção. A trilogia In Spite Of Me, Thursday e Cure For Pain me deixa em FRANGALHOS toda vez que ouço. Genialidade sem limites.

Quem ler apenas os dois últimos posts desse blog pode achar que tenho alguma atração MÓRBIDA, já que só tenho falado de músicos que já morreram. Mas acreditem, é pura coincidência. Juro que gostaria que tanto Jeff Buckley como Mark Sandman estivessem vivos, pra que eu pudesse ir aos seus shows e, quem sabe com um pouco de sorte ou suborno dos seguranças, conseguir dizer pessoalmente como a música deles me RASGA A ALMA.

E agora vou aproveitar a empolgação pra baixar a discografia toda do Morphine e fazer um baixo de duas cordas com as minhas tripas.

É a única saída possível, entendam.

setembro 30, 2008

Saudades de Rock

Eu tenho tantos, mas tantos discos pra comentar por aqui que sei que nunca vou escrever a respeito. Mas só quero deixar registrado que esse foi o ano em que redescobri a música, por mais amplo que isso possa parecer.

As aulas de violão tem me feito um bem enorme e tenho me apaixonado por bandas e cantores como não acontecia desde a adolescência, provavelmente. Estou aliando a teoria das aulas à descoberta de bandas, associando sons de uma maneira nova, o que é ótimo. E pensando que dessa vez a música (e por consequência o violão) não sai mais da minha vida.

Ainda não sei onde isso vai me levar, mas o caminho parece ser acolhedor.

outubro 1, 2008

Gamei no teu charm

Ok, motivado pelo post anterior e pelo comentário do Ponso (todo mundo quer dominar o mundo, cara), vou comentar os discos que ouvi recentemente e que me deixaram em chamas profundas, pela ordem em que foram escutados:

NKOTB - Face The Music (1994)
O último disco que eu tinha da banda anteriormente conhecida como New Kids On The Block (e atualmente conhecida de novo por esse nome graças ao comeback) era o No More Games, o disco caça-níqueis de remixes dos sucessos da banda. O ano era 1991. Depois disso, abracei Guns N' Roses, Skid Row, Nirvana. Metallica e Pantera e era humanamente impossível continuar ouvindo os cinco garotos de Boston ao mesmo tempo.

Mas eis que, com a surpreendente notícia da volta deles esse ano, surtei e resolvi ouvir o único disco que ma faltava no catálogo da banda. Já sem a influência de Maurice Starr (criador e compositor de todas as músicas deles), e adotando a sigla em vez do nome completo, os guris resolveram chamar no CHARM e no R'N'B da metade dos anos 90 (claramente superior ao de hoje em dia) e o resultado foi bem interessante. Baladas como If You Go Away (música mais linda do universo) e Since You Walked Into My Life fazem qualquer alma se dilacerar em questão de segundos. Ao mesmo tempo, faixas dançantes como You Got The Flavor e Mrs Right tornam não mexer os ombros num GROOVE FUDIDO uma tarefa impossível.

O resultado final é um disco um pouco longo demais (podia ter doze faixas ao invés de quinze), mas cheio de baladas fatais e dances pegados. Não preciso ouvir nada de Chris Brown ou Akon pra saber que ele é melhor do que qualquer disco lançado esse ano pelos artistas no topo do R'N'B atual.

outubro 8, 2008

Me castiga, mulher

Neneh Cherry - Man (1996)

Acabei escutando este disco muito por acaso. Embriagado e assistindo aos Jogos de Pequim em meio a passagem relâmpago pelo Brasil, ouvi uma voz doce ecoando no som durante aquele churrasco pegado. Perguntei ao anfitrião o que era e a resposta veio eufórica: Neneh Cherry. Minha memória só conseguia lembrar de 7 Seconds Away, no dueto fatal com Youssou N'Dour. Mas o disco tem muito mais. Ah, se tem.

Fui lembrando aos poucos da faixa inicial, Woman. Bela guitarra e vocal emocionado foram abrindo os caminhos da mente pro que ainda estava por vir. Feel It, a música seguinte, é outra excelente, assim como a obscenamente linda Golden Ring, com uma viola no estilo flamenco que me deixou envergonhado por existir e não saber tocar assim. Mal ela acaba e já emenda a citada 7 Seconds Away, com refrão perfeito.

Na sequência vem Kootchi, uma musical sensual às ganha, com uma letra totalmente provocativa: "Kiss my dirty feet/I'll take you out for dinner/Laugh at my jokes/I wanna sit on your back/Close my eyes/Take your pulse/It's 120...ohh yeah/And it's rising/All I wanna do, is kootchi koo with you". E a guitarra tem muita distorção, total pós-grunge. Depois da barulheira, vem Bestiality, cujo assunto já se pode imaginar. A letra fala por si: "As I take you through the bedroom door/You can be my mother/You can be my whore/Take a lesson in geography/Wash me down in Pepsi/Sweet obsess possess me". Perfeita.

O álbum acaba com Everything, uma faixa bem introspectiva, com um piano excelente, finalizando os trabalhos da melhor forma possível. Pesquisando sobre ela, descobri que os outros dois discos são baseados em hip hop e dance. Sinceramente não sei o que acharia deles, mas tenho certeza de que esse é o melhor, pelo som que ela resolveu adotar. Ouvi e fiquei transtornado, de tão bom que é esse Man. Me castiga, mulher.

outubro 14, 2008

There's no such thing as too much cowbell

Mötley Crüe - Too Fast For Love (1981)

Este ano finalmente tomei vergonha na cara e fui atrás dos discos do Mötley Crüe pra comprovar se eles são realmente a banda mais influente do hard rock oitentista. E não é que é verdade? Ouvi à exaustão todos os trabalhos lançados nessa década e a sensação é de uma descoberta excitante. Apesar das pessoas se dividirem em achar que o melhor álbum é o Shout At The Devil (pros mais puristas e old school) ou o Dr. Feelgood (pelo número de hits), meu voto fica com o Too Fast For Love, a estréia deles.

Começar um trabalho com Live Wire já mostra que os caras vieram pra detonar tudo, com uma sonoridade punk, porém no bom sentido (ou seja, com habilidade pra tocar instrumentos). A sequência com Come On And Dance e Public Enemy #1 continua num ritmo pegado, até que vem Merry-Go-Round, uma balada (se é que pode ser chamada assim) excelente.

A dobradinha Take Me To The Top e Piece Of Your Action chega com tudo, sendo que a primeira tem uma introdução muito foda e a segunda, um riff poderoso. Mas a minha preferida é Starry Eyes, uma música obscenamente boa. Nem sei por onde começar os elogios. O início só com a batera, o riff, o vocal, a linha de baixo. Enfim, a faixa inteira. O refrão é de uma perfeição inexplicável, isso que é só o nome da música repetido duas vezes. Imagina se tivesse algo mais na letra!

A faixa-título é uma paulada só, numa espécie de manifesto do espírito de urgência que permeia a banda (ok, essa foi frase foi uma putice sem tamanho, mas quem ouvir o disco vai entender o que eu quero dizer). Encerrando essa obra-prima, uma balada (mais uma vez, não sei se esse é o melhor termo, mas uso na falta de outro melhor) chamada On With The Show. A guitarrinha do início me rasga a alma e a letra também. Fico emocionado toda vez que ouço.

Outro destaque do disco é o uso indiscrimado de COWBELL. Tommy Lee usa o tempo inteiro e isso só pode ser louvado à exaustão. Maior componente de uma bateria, sem dúvida alguma. Das faixas bônus que vêm na última versão lançada nem vou falar nada, pois precisaria de outro post. Só deixo dito que Too Fast For Love é obrigatório pra qualquer pessoa que gosta de rock - de verdade, só pra lembrar pela enésima vez.

outubro 21, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 1

Pois então, é chegada a hora. Faltando duas semanas pro show do DEF LEPPARD, urge fazer a lista de definitiva de clássicos da banda. Quem frequenta estes pagos deve lembrar que fiz o mesmo detalhadamente antes do show do BON JOVI e totalmente nas coxas antes do show do IRON MAIDEN.

O bom é que o Def Leppard tem exatamente dez discos oficiais lançados, o que nos leva a um TOP TEN DO BARULHO. Comecemos pelo começo:

On Through The Night (1980) - Sorrow Is A Woman

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Considero o disco de estréia deles bem irregular. Possui bons momentos, mas ainda longe da perfeição que eles alcançariam nos álbuns seguintes. Algumas guitarras são excelentes, porém as músicas em geral não são. Sei que alguns fãs da banda acham que esse é o melhor disco, por ser mais pesado. Não na minha opinião, heh.

O destaque fica por conta da poética Sorrow Is A Woman, uma balada com guitarrinha perfeita e letra inspirada: "You're always pretending to be/Someone who prefers to be free/You think you can fool me with your lyin' eyes/But what is this game that you play/When all that your trying to say/Is that your lonely, in need of a friend".

Como a música não tem clipe, fiquem com o áudio e a capa do disco pra contemplar:

outubro 22, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 2

High 'N' Dry (1981) - Bringin' On The Heartbreak

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A melhora neste segundo disco é enorme. O som é muito mais potente e os riffs, avassaladores. O começo com Let It Go já detona tudo. High 'N' Dry (Saturday Night) é um hino e a instrumental Switch 625 mostra do que o finado Steve Clark era capaz.

Outros destaques são You Got Me Runnin', com um solo furioso, e Lady Strange, com um riff muito pegado. Mas a minha favorita é a balada Bringin' On A Heartbreak. A introdução já dá um climão fodido e quando entra a guitarra pesadona no refrão, fica ainda mais excelente.

O clipe é aquela tosqueira ao vivo, mais básico impossível. Mas é interessante pra ver essa baita banda no palco. Mal posso esperar pra ver ao vivo. AI, DORINHO.

outubro 23, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 3

Pyromania (1983) - Photograph

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Aqui o bicho começa a pegar. AFU. Este disco não tem uma música ruim. Do começo avassalador com Rock Rock ('Til You Drop), passando pela paulada de Stagefright e a cavalice de Die Hard The Hunter, tudo é excelente.

O som já é bem mais pop do que nos álbuns anteriores, mas ainda tem um peso legal. Faixas como Rock Of Ages e Action! Not Words são verdadeiros clássicos do hard rock em qualquer época. Mas a que me faz uivar mesmo é Photograph. A letra é genial, e quando descobri que foi escrita em homenagem a Marilyn Monroe, só melhorou as coisas: "I'd be your lover, if you were there/Put your hurt on me if you dare/Such a woman, you got style/You make every man feel like a child". ADORO.

O clipe, alterando imagens de uma sósia da Marilyn com a banda no palco, é algo. Mataria pra ter o visual do Joe Elliott. QUE CABELO, MEU BOM DEUS.

outubro 27, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 4

Hysteria (1987) - Hysteria

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Violência pura. Não acho outras palavras pra descrever este disco. Das guitarras cristalinas à bateria DE PISADA EM POÇA D'ÁGUA (acho que vocês entendem o que eu quero dizer), tudo aqui é grandioso. E deslavadamente pop. Não por acaso, o álbum vendeu afu e fez eles explodirem no mundo todo.

A tríade inicial Women, Rocket e Animal agride pra valer e a sequência com Love Bites dispensa comentários. A música que gerou o clássico Mordida de Amor está eternizada no coração de qualquer pessoa que tenha coração (amo ser poeta). E nem dá tempo de se recuperar, pois Pour Some Sugar On Me aniquila a existência com seu clima NAUGHTY.

Fechando o lado A, Armageddon It derruba a báia do cara com vontade. Seria impossível manter o mesmo nível no outro lado, mas a coisa chega perto. Gods Of War e Run Riot são porradas fortes, mas o auge é a faixa-título, Hysteria. As guitarras são lindas e o refrão é foda, fazendo os seis minutos exatos da música serem uma experiência fatal.

Sobre o clipe só tenho uma coisa a dizer: Joe Elliot deveria ser preso por usar o cabelo assim.

outubro 29, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 5

Adrenalize (1992) - Have You Ever Needed Someone So Bad?

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"Do you gonna get rocked?". É com esta frase que começa o quinto disco do Def Leppard. E que baita disco, devo dizer. A abertura com Let's Get Rocked, seguida por Heaven Is e Make Love Like A Man (maior nome) tira o fôlego do vivente. E a interessante quebra que rola depois, com Tonight (arpeggios fatais) e White Lightning (sete minutos de New Wave Of British POP Metal) fecha o primeiro lado com estilo.

O lado B começa de forma arrasadora com Stand Up (Kick Love Into Motion) (adoro música com nome entre parênteses - e adoro falar através deles também, como já deu pra notar), um pop perfeito. Outro destaque é a safada I Wanna Touch You, que fala sobre... bem, TOCAR. Mas o auge do auge dos auges é Have You Ever Needed Someone So Bad, que de tão linda que é, me fogem as palavras.

O clipe é aquele coisa clássica de qualquer balada hard rock: a banda tocando, imagens em P&B e uma mina sofrendo por amor. Também, quem precisa mais do que isso? Eu certamente não. Chorem se forem capazes:

novembro 1, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 6

Retro Active (1993) - Two Steps Behind (Acoustic Version)

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Resolvi incluir este disco na lista e tirar o Yeah!, pois só tem covers. Tá certo que esse aqui é composto basicamente por lados B, o que o colocaria na categoria coletânea, mas foda-se. O que importa é que é bom.

Desert Song, faixa que abre o álbum, é Def Leppard das antiga, com guitarras pegadas. Fractured Love começa de mansinho pra depois explodir num hard furioso e Action é um cover excelente de Sweet. As coisas desaceleram um pouco com a sequência de baladas, sendo Miss You In A Heartbeat uma das melhores.

Mas na hora do vamos ver a favorita da casa é a versão acústica de Two Steps Behind, com um violões pra lá de especiais e refrão de SURFAR NO COSMOS DAS CANÇÕES IMORTAIS (lamentável, mas foi o que pensei na hora de escrever). O clipe não tem nada de mais, mas com uma música dessas, quem se importa? O lance é ouvir e chorar.

novembro 2, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 7

Slang (1996) - Breathe A Sigh

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O disco tem uma pilha meio MIDDLE EAST nas primeiras faixas, com uns toques de eletrônica no meio. Sei que parece bizarro, mas não é. Apenas irregular. A sequência Truth?, Turn To Dust e Slang demonstram bem esse clima de tentativa de modernização do som.

Mas quando eles se voltam pras baladas, bem, daí a coisa muda de figura. E muito. Faixas como All I Want Is Everything, com ótimo refrão, e Blood Runs Cold, com clima OITENTÊRA total, equilibram a qualidade do álbum. E quando entra Breathe A Sigh, com uma guitarrinha na introdução muito a la Smashing Pumpkins circa Pisces Iscariot, é que sou realmente fisgado. É sem dúvida a melhor música do disco, com backings fatais. Não existe clipe dela, por isso fiquem com aquela imagem congelada da capa. É o que a casa oferece.

novembro 3, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 8

Euphoria (1999) - Disintegrate

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Depois dos experimentos do disco anterior, o Def Leppard resolveu voltar ao que sabe fazer melhor: tocar hard rock (ou pop metal, como preferem alguns) de qualidade. A dobradinha Demolition Man e Promises no começo já mostra as intenções. A balada Goodbye retoma a maestria da banda em destruir qualquer alma com refrões e dedilhados perfeitos.

21st Century Sha La La La Girl é outro ponto alto do álbum, mas a melhor é Disintegrate, uma faixa instrumental do grande Phil Collen. Guitarras em chamas e uma capacidade de fazer sons grudentos mesmo sem vocal. Uma aula de hard rock, como esse clipe que não é clipe mostra:

novembro 4, 2008

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 9

X (2002) - Unbelievable

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X é um disco irregular, com seus momentos ótimos e algumas faixas bem genéricas. O começo é forte, com Now, You're So Beautiful e Everyday, mostrando o poder do pop com guitarras de verdade. A viola no começo de Long Long Way To Go arruina qualquer um, levando a um refrão grandioso.

Four Letter Word é pegajosa e roqueira, e quando Torn To Shreds entra, dá para lembrar do Def Leppard soberano das baladas. E por falar nelas, é justamente uma representante nata que me derruba: Unbelievable. Com um riff poderoso e uma melodia perfeita, essa música me destrói todas as vezes que ouço. Comprovem em mais um clipe inexistente:

A MELHOR MÚSICA DE CADA DISCO DO DEF LEPPARD - Parte 10

Songs From The Sparkle Lounge (2008) - Love

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O último trabalho do Def Leppard começa forte, com Go e suas guitarras quase nu metal. Nine Lives dá segmento com um clima mais pop, enquanto C'mon C'mon puxa prum hard rock mais clássico. A coisa só começa a mudar de figura do meio pro fim.

A partir daí, a referência na capa do álbum passa a fazer sentido. Hallucinate tem uma pilha meio Beatles fazendo hard, com refrão psicodélico e tudo, mas é quando Only The Good Die Young entra que o clima Strawberry Fields Forever pega de verdade, com órgão de fundo e vocal pastoso.

Tudo muito interessante, mas a vencedora é Love, de título simples mas violão arrasador. Amo músicas com dedilhado mais clássico, não adianta. Confiram o último da série dos clipes que não existem e me enviem a tablatura por e-mail:

E era isso. Agora o lance é sair de casa e ir pro show, daqui a algumas horas. Já disse por aí que não sei se vou sobreviver, portanto aproveitem bem essa série que eu fiz e fiquem longe das drogas. Beijos.

novembro 6, 2008

Rock Rock (Till You Drop)

Pois então, sobrevivi. Mas devo confessar que durante aproximadamente duas horas, morri de maneira fulminante. Já sabia que seria atingido com força pelos petardos dessa que é uma das melhores bandas de todos os tempos, porém não sabia a extensão dos estragos.

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Setor "Hysteria" (leia-se: na frente do palco. A DE O S)

Ao entrar na Acer Arena enquanto CHEAP TRICK já se apresentava, percebi que não havia espaço pra amadorismo. Apesar de não conhecer nada deles, curti todas as músicas e principalmente a energia dos caras, que estão na estrada há TRINTA E SETE ANOS. Ótima escolha de parceria pra se fazer uma turnê.

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HERE WE GO OGUÊN

Mas a agressão de fato começou quando as luzes se apagaram e um telão gigante com uma bandeira do Reino Unido se acendeu, iniciando uma contagem cronológica da história do DEF LEPPARD, de 1979 até hoje (ou seja, minha vida - ns). Quando acabou, as luzes do palco mudaram e a banda entrou ao som de Rocket, um clássico sem precedentes. Antes da música acabar, fui interrompido por uma segurança, que disse que era proibido filmar. Maldito lugar na frente do palco. Heh.

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CABELOS SEDOSOS USAM PANTENE (ns)

Como brasileiro que sou, falei que iria parar e até parei, mas só até a música seguinte, quando liguei de novo e fiquei disfarçando como se estivesse tirando fotos. O resultado foi que todos os registros em vídeo mostram um pouco do palco e um pouco da bunda de quem tava na frente, mas era o único jeito de DIBLAR OS HÔMI.

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Na hora de filmar, foi desse ângulo pra baixo

O que importa é que isso não influiu em nada no aproveitamento da noite, que correu perfeita. O desfile de hits foi impecável, com direito a set acústico e tudo. Quando o Joe Elliott disse que a próxima canção era da trilha do LAST ACTION HERO, senti que o mundo ia desabar. Two Steps Behind me estilhaçou com três violões e coro bonito da platéia. Convém dizer que eles tocaram METADE do Hysteria, ou seja, impossível não desfalecer com tanta música boa de um disco tão genial.

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Qual é mais CAVALAR é difícil dizer

Eles tocaram todas que eu esperava, com exceção de Have You Ever Needed Someone So Bad, até porque se tivesse rolado eu teria que ser invariavelmente removido pela SAMU local. Em compensação, fui brindado com When Love And Hate Collide, uma balada fatal da coletânea Vault. Escolha impecável prum bis que encerrou com Let's Get Rocked, um hino de como se fazer rock. E como eles sabem fazer. Dos instrumentos detonando o universo à presença de palco de todos, com direito a COLETES SEM CAMISA, LUVAS DE COURO E CALÇAS JUSTAS, nada ficou faltando.

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MAIOR QUE DUFF

Pelo contrário: sobrou música boa. Mas em se tratando de Def Leppard, mais é sempre mais. E o que mais eu poderia querer?

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:~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

As fotos (que dessa vez ficaram muito boas, me permito dizer) podem ser vistas no Picasa. Como de praxe, os vídeos serão postados em breve, assim que eu editar um clipe MAROTO sobre a noite toda. Aguardem.

novembro 12, 2008

Mais do mesmo

Finalmente subi todos os vídeos do show do DEF LEPPARD no YouTube. Esse aí acima mostra o warm up pro show e a primeira música, cortada pela prensa que tomei da segurança. Depois disso, tive que fingir que tirava fotos na hora de filmar, o que produziu esse PLANO DE BUNDA na maioria dos vídeos:

Já este aí abaixo é a finaleira do show, acompanhando a saída do povo. Sintam O CÍRCULO SE FECHANDO com meus tênis. Ah, como sou cineasta. Pra ver os outros vídeos da noite, clique aqui e seja feliz.

novembro 19, 2008

I wish I was a melody

Depois de comprar ingressos com quatro meses e meio de antecedência e fazer contagem regressiva pra shows, hoje passarei por uma experiência bem diferente. Descobri na quarta da semana passada que Dan Wilson, vocalista do SEMISONIC, faria show em Sydney no dia 19 de novembro, ou seja, hoje.

Dessa vez, não me preocupei em garantir ingresso nem nada, até porque provavelmente ainda vai ter na hora. O que fiz foi baixar os discos do Semisonic e o primeiro disco solo dele, chamado Free Life. Que coisa linda. Aula de melodia e de como fazer música pop de verdade. Estou muito curioso pra ouvir essas canções ao vivo, com seus pianos fatais. É o tipo de show pra observar e ficar admirado com o resultado do processo de se compor uma música, algo que ainda pretendo fazer no futuro.

Por ora, deixo uma frase do release do show e um vídeo promocional do álbum.

"This is songwriting that exists millions of miles away from the factory manufactured fodder that plagues contemporary pop music."

novembro 20, 2008

Let's fall in love again with music as our guide

O título deste post foi tirado de uma frase da música Free Life, faixa-título do primeiro disco solo do Dan Wilson. Nada pode ser mais intenso do que música. E quando ela é entregue de forma passional e verdadeira, a experiência torna-se transcedental.

Pois foi isso que aconteceu na noite de ontem no Factory Theatre, uma espécie de depósito em Marrackville, um bairro de classe média baixa de Sydney, que me lembrou aquelas mecânicas chinelas na OSCAR PEREIRA. Entrando no local, porém, a atmosfera era outra. Belas cortinas de veludo e um foyer muito acolhedor, com barris de vinho servindo de mesas.

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Aproximadamente DEZ das trinta pessoas estão na foto.

Depois de um show de abertura bem irregular, com um cara no estilo TROVADOR Bob Dylan/Neil Young (pior raça que existe), Dan Wilson entrou no palco enquanto eu comprava uma cerveja. Perdi a entrada, mas voltei a tempo de pegar o começo da primeira música, Easy Silence. O público, de aproximadamente TRINTA PESSOAS, respondia friamente, sem cantar ou se mexer nas cadeiras.

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BIGODE e DAN

Foi só a partir do momento em que ele tocou Secret Smile ("sonhei com essa música e quando acordei ela já estava pronta") que os aplausos deixaram de ser vergonhosos. Emendando com o clássico Closing Time, quando ele contou uma ótima história e revelou que a música é uma homenagem ao nascimento da filha dele e nunca ningúem entendeu, as coisas começaram a ficar mais ORGÂNICAS no local.

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"Sorry, but I can't spell TUDO BEM" - Dan Wilson

Pedindo interação do público durante Baby Doll e principalmente durante a linda All Kinds, ao sentar na beira do palco e pedir para todo mundo cantar o refrão, Dan Wilson mostrou ser um cara simples e abençoado com o dom de fazer músicas obscenamente boas. Definitivamente uma inspiração para mim no que diz respeito a qualquer pretensão musical.


MAIOR PERFORMER DO UNIVERSO

Se eu precisava de algúem como modelo para levar o violão a sério e cogitar escrever canções, achei a melhor referência que poderia encontrar numa noite chuvosa de quarta-feira. É impossível não se apaixonar com a música como nossa guia, Dan Wilson.

(mais fotos podem ser vistas no Picasa e os vídeos, no YouTube velho de guerra.)

novembro 25, 2008

(Don't) Lose Your Illusions

Pois então, saiu o CHINESE DEMOCRACY. E como eu moro do outro lado do mundo, tive o privilégio de poder comprar na quinta passada, dia 20. Na real já estava me programando pra comprar na sexta, na festa NO LIFE 'TIL LEATHER de lançamento do disco. Mas ao passar em frente a uma loja de música no intervalo do trabalho, vi A LUZ. Entrei e comprei imediatamente.

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O DIA EM QUE A TERRA PAROU.

Passei o resto do tempo sem conseguir trabalhar direito, pensando se ouvia ou não o disco antes da festa. Quando cheguei em casa, escrevi transtornado pro Vicente (a.k.a. O MAIOR FÃ DE GUNS NA FACE DA TERRA), perguntando se ele achava que eu devia ouvir o disco ou esperar a audição pública na festa. Ele disse que não aguentaria esperar - e na real eu também não -, por isso resolvi seguir o conselho do amigo e ouvir o disco mais esperado dos últimos 15 anos.

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SIM, COMPREI O DISCO DE NOVO.

O que achei do disco vocês não vão saber agora, em respeito ao Vicente, que ainda está esperando o começo das vendas no Brasil. Mas o que posso escrever aqui é que a festa de lançamento foi foda. Todo mundo insandecido, cantando os clássicos da banda no show da LIES N' DESTRUCTION e fazendo air guitar direto. Deixo que as fotos - e o vídeo - falem por si.

dezembro 27, 2008

Bermuda branca de lycra

Mais atrasado do que nunca, vou falar sobre tudo que adquiri musicalmente nesses ultimos dois meses. Posso dizer que me senti em 1994, ja que em novembro, gastei mais de 100 dolares em CDs, algo que sempre me alegra.

Nao adianta, minha relacao com a musica eh FISICA, preciso ter cds e dvds, pra poder olhar a capa, folhear o encarte e segurar nas maos. Tenho milhares de discos baixados, claro, mas nada se comparar a ter uma copia de verdade de um album que tu gosta. O primeiro foi o do DAN WILSON, no show do proprio. No dia seguinte, 20 de novembro, fui pro trabalho e ao passar na frente duma loja de musica, descobri que o CHINESE DEMOCRACY ja estava a venda. Devo ter sido uma das primeiras pessoas no mundo a comprar o disco (ta, mentira, mas um dos primeiros brasileiros eu sei que fui. heh). Nao contente, ainda adquiri outra copia no dia seguinte, na festa de lancamento do album.

Perto do final do mes, comprei o ALONE II: THE HOME RECORDINGS OF RIVERS CUOMO. Ler o encarte me fez comprovar que ele eh um dos poucos compositores relevantes do dito rock alternativo dos anos 90 em diante. Eh comovente como ele descreve com sinceridade que queria saber compor musicas pop como as do Nirvana, do Oasis e do Green Day. O encarte explica tambem a mudanca no som do Weezer, que tanto faz os indies de plantao dizerem que bom mesmo era no tempo do Blue Album e do Pinkerton. Esses discos sao excelentes, mas esse BLASEZISMO (pior neologismo) me irrita.

E como estou numa fase meio LITERARIA da vida, o lado musical se estendeu pra aquisicao de livros tambem, com a compra do WATCH YOU BLEED, uma biografia do GUNS que arruinou a minha vida. So me fez ter a certeza de que essa eh a MAIOR BANDA DE ROCK DE TODOS OS TEMPOS. Axl eh genio e doente ao mesmo tempo, nao adianta. E como se nao bastasse, ainda ganhei de amigo secreto natalino o LIVE ERA: 87-93, tambem do Guns, eh claro. QUE ENCARTE, MEU BOM DEUS. Os posters dos primeiros shows deles sao mais importantes que a CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA.

Agora vou pra casa ouvir essa perola e cantar ROCKET QUEEN de bandana. Feliz Ano Novo a todos e ate 2009, quando pretendo escrever com mais frequencia nesse blog.

(mentira)

janeiro 16, 2009

The sound that rules the world

Desde que descobri o blog HOUSE OF HAIRSPRAY, tenho dado uma de INDIE DA FAROFA e baixado discos de bandas desconhecidas, algumas cujos discos foram gravados na virada dos 80 pros 90 e só foram lançados recentemente, por selos pequenos.

Tem de tudo, de banda influenciada por Journey, passando por cópia de Led Zeppelin até metal mais tradicional. Alguns são boas e outras, nem tanto, mas uma em particular merece ser a razão deste post: SWEET CHEATER.

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Visual do guitarra = MEU SONHO DE CONSUMO

Com um vocal que lembra SEBASTIAN BACH em algumas faixas e baladas mais letais que ROJÃO NO MARACANÃ (ns), o disco EATIN' AIN'T CHEATIN' (gravado nos anos 80 e lançado só em 2006) tem uma pilha meio FIREHOUSE de fazer rocks pegados e canções de amor excelentes. Do lado roqueiro, destacam-se Summer, com ótimos GANG VOCALS, Money's Tough, que poderia muito bem estar no disco de estréia do SKID ROW, Holding Out On Love, quase psicodélica em alguns momentos, e Subway Train, com um clima meio southern rock.

Do lado baladeiro, amor incondicional pra One Love, a.k.a. BALADA PERFEITA, It's Our Love, que é puro POISON, e I've Got You, uma aula de melodia. Em resumo, uma grata surpresa e prova irrefutável de que o estilo dessa banda é o MELHOR TIPO DE MÚSICA DO UNIVERSO. Sem espaço pra discussões.

janeiro 31, 2009

Pioneirismo rules

Como todos devem imaginar, muito eletrônica não é a minha praia. Pra mim banda tem que ter guitarra, baixo e batera, sendo teclado opcional de acordo com a PROPOSTA. Porém, não sou xiita, claro. Se fosse, não adoraria EURODANCE e não teria sido o responsável pelo ressurgimento do estilo nas Chinelagens Fabicanas. Mas fora esse estilo, pouca coisa eletrônica me chama atenção e tem espaço na minha coleção musical. Arrisco inclusive dizer que a única música ESSENCIALMENTE eletrônica que possuo além dos eurodances é I Feel Love, da DONNA SUMMER.

Descoberta por acaso há alguns anos, numa coleção obscura de compactos da família lá em casa, veio com a forte recomendação do pai: "BAH, ESSA É MUITO BOA." Resolvi apostar no conselho paterno e botei pra tocar. Jesus suado. O som que saía daquele vinil era surreal. Fui conferir a data do disco e não acreditei: 1977. Impossível. Parecia mais moderno do que TUDO que já tinha ouvido até hoje. Tratei imediatamente de baixar a música pra ter no computador também, mas depois de um tempo esqueci que ela existia no HD.

Pois ao fazermos um churrasco nessa última segunda, em pleno feriado de Australian Day, a famigerada música cai no SHUFFLE AMIGO e percebo que o Nego está em chamas, assim como o Gui, parceiro dele e do Lique que está de férias em Sydney. Transtornado, o Nego diz que é igual a uma música do CHEMICAL BROTHERS, e puxa seu iPod pra conferir. Me pergunta de quando é eu (erroneamente) digo que é de 1979, "O MELHOR ANO".

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HISTORY IN THE MAKING

A música que o Nego me mostra é Out Of Control, e a semelhança é realmente impressionante. Vejo que ele ficou abalado com a descoberta musical, tanto que no dia seguinte, me manda um link da Wikipedia sobre o criador desse petardo, Giorgio Moroder. Eis que ele, um cara chamado Pete Bollette e a Donna Summer criaram um álbum conceitual (como os outros três que ela tinha lançado antes) em 1977, chamado I Remember Yesterday.

Apesar da música Can't We Just Sit Down (And Talk It Over) ter sido escolhida pro lado A do single, foi justamente com o lado B, I Feel Love, que CAIU A CASA. A faixa é tão moderna que é compreensível achar que ela não pode ter sido feita em 1977 e sim em 1997. Não por acaso, eis o que diz o verbete sobre a música na Wikipedia:

"Previous disco tracks had usually been backed by an acoustic orchestra, and it has been reported that this was the first ever track to use an entirely synthesized backing track, which would later help develop genres of music such as dance and techno."

A lembrança do som das raves é imediata, como aparece na página dedicada a Donna Summer no AllMusicGuide: "I Feel Love" was the first major pop hit recorded with an entirely synthesized backing track; its lean, sleek arrangement and driving, hypnotic pulse laid the groundwork not only for countless Euro-dance imitators, but also for the techno revolution of the '80s and '90s.".

Mas talvez nada seja mais definitivo do que o comentário que esta no vídeo de I Feel Love no YouTube e que transcrevo aqui abaixo. Para o pessoal DESCOLADO, sugiro com atenção o texto pra tentar entender de onde vem TUDO O QUE SE OUVE HOJE EM DIA:

bleepwiver (1 day ago) Show Hide
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According to David Bowie, then in the middle of his own groundbreaking 'Berlin Trilogy', its impact on the genre's direction was recognized early on:

One day in Berlin ... Eno came running in and said, 'I have heard the sound of the future.' he puts on 'I Feel Love', by Donna Summer He said, 'This is it, look no further. This single is going to change the sound of club music for the next fifteen years.'

Por isso, quando o Nego me mandou uma mensagem hoje ÀS DUAS DA MADRUGADA dizendo que tava tocando I Feel Love na festa que eles estavam, me senti no dever moral de escrever este post e, quem sabe com sorte, influenciar pessoas a irem atras das influencias das músicas que elas ouvem e que muitas vezes consideram inovadoras. Com voces, A música:

fevereiro 4, 2009

Living the new awareness

Ja falei sobre o Dan Wilson num outro post, comentando o disco solo e depois falando do show maravilhoso que ele fez aqui. Mas nao falei especificamente sobre a faixa-titulo do album, chamada Free Life. Na real, nao tenho muito o que dizer, eh um daqueles casos em que a letra fala - e MUITO - por si. So proponho um desafio:

Tentem ler essa letra e ouvir a musica, se possivel. Duvido que qualquer pessoa consiga seguir a vida no mesmo rumo depois disso. Essa cancao chegou ate minha na hora certa e hoje sei que nao sou mais o mesmo apos conhece-la. Espero que possa transformar voces tambem.

Dan Wilson - Free Life

Let's take a little trip down where we used to go
It's way beyond the strip a place they call your soul
We'll sit down for a while and let the evening roll

Don't worry 'bout the time we'll find a place to stay
The people 'round here seem familiar in some way
Look kinda like we did before we got so cold

And in the air the questions hang
Will we get to do something
Who we gonna end up being
How we gonna end up feeling
What you gonna spend your free life on?
Free life

Let's fall in love again with music as our guide
We'll raise our ready hands and let go for the ride
Down into unknown lands where lovers needn't hide

We got these lives for free we don't know where they've been
We don't know where they'll go when we are through with them
The starlight of the sun the dark side of the moon

And in the air the questions hang
Will we get to do something
Who we gonna end up being
How we gonna end up feeling
What you gonna spend your free life on?
Free life
Free life
Free life

It seems so long ago those empty afternoons
With nowhere much to go and nothing much to do
But sit up in my room and let the world unfold

In the air the questions hang
Will we get to do something
Who we gonna end up being
How we gonna end up feeling
What you gonna spend your free life on?

In the air the questions hang
Will we get to do something
Who we gonna end up being
How we gonna end up feeling
What you gonna spend your free life on?
Free life
Free life
Free life
Free life

fevereiro 14, 2009

O dia em que a Praia do Barco parou

Janeiro acabou e eu esqueci de escrever sobre os 15 anos do MAIOR FESTIVAL JA REALIZADO NO RIO GRANDE DO SUL. Sim, muito maior do que o Planeta Atlantida, acreditem.

No dia 21 de janeiro de 1994 (se nao me falha a memoria), aconteceu na PRAIA DO BARCO - pertencente ao municipio de CAPAO DA CANOA - o M2000 SUMMER CONCERTS, um festival que tambem se estendeu a Florianopolis, Santos e Rio de Janeiro. Com uma escalacao absurdamente ecletica e sendo DE GRACA, o M2000 foi uma aula de surrealismo na beira da praia, literalmente no meio do nada.

Sai a pe do centro de Capao da Canoa com mais dois amigos, numa bela caminhada rumo ao desconhecido (nunca tinha pisado na Praia do Barco na minha vida). Chegamos cedo e ainda nao tinha muita gente por la, o que nos permitiu explorar a area. O palco era enorme, nao devendo nada pra outros festivais. Ao todo, foram sete atracoes que tocaram do comeco da tarde ate o comeco da madrugada, mas minha memoria nao conseguiu resgatar a ordem exata.

Pra ser sincero, uma das atracoes tambem me escapa. Ja tentei resgatar em conversa com o Bruno (uma das poucas pessoas que sei que tambem estava la), mas falhamos miseravelmente. Alguem poderia argumentar que uma busca pelo Google nao custa nada e eu concordaria na hora. Porem, reparem que NAO EXISTEM INFORMACOES sobre o festival na Internet. Justica seja feita: ate existem links (poucos, eh verdade) sobre o festival em Santos e alguma coisa no Rio de Janeiro. Mas de Capao da Canoa (desculpem, PRAIA DO BARCO), nada. Zero. Vazio.

Um que outro blog menciona lembrancas pessoais do evento, mas sem citar a data ou a escalacao das bandas. "YouTube, quem sabe?", alguem pode dizer. YEAH, RIGHT. Nao ha um misero video arquivado, ainda mais sobre um tempo em que cameras digitais eram obra de FICCAO CIENTIFICA. A nao ser que alguem tivesse levado sua filmadora VHS pra pegar MARESIA NAS BOBINA (ns), arrisco dizer que NINGUEM tem registro desse festival.

Por isso, fica mais dificil ainda de lembrar qual a primeira atracao do dia. Pode ter sido CIDADAO QUEM, como tambem pode ter sido outra. Sei que eles foram um dos primeiros a tocar, o que pra mim nao fez diferenca, ja que nao prestei atencao no show. Hoje me arrependo afu, pois eh uma das melhores bandas que o BOVINAO ja produziu. Na epoca eu so ouvia SOM DE MACHO e nao devia curtir o VIES POETICO de Duca Leindecker e cia.

A segunda atracao eh uma incognita, visto que pode ter sido a propria Cidadao ou outra banda. Agradeco encarecidamente se alguem usar os comentarios pra dizer quem foi. Na sequencia, creio que DR. SIN subiu ao palco. Novamente, pra mim nao fez a menor diferenca, ja que nao estava interessado no virtuosismo de Eduardo Ardanuy e seus companheiros. Hoje assistiria ao show com interesse, sem duvida.

A tarde comecava a cair (nao sei se eh verdade, mas soa bonito) quando - acho - ROBIN S. subiu ao palco. Sim, ela mesma, cantora de sucessos como Show Me Love e... bem, Show Me Love. Alguns podem achar que ela eh uma novata, ja que essa musica voltou as paradas com tudo ano passado. Mas foi em 1994, quando EURODANCE WAS KING, que ela apareceu e botou tudo mundo pra dancar. Menos eu, claro, que achava tudo aquilo ridiculo. Ironicamente, varios anos depois seria eu o responsavel por reviver Robin S. e outros artistas da epoca nas famigeradas Chinelagens Fabicanas. ENFIM.

A partir da quinta atracao, a ordem eh 100% correta, comecando com ninguem menos do que DEBORAH BLANDO, a MADONNA DO MAMPITUBA. Confesso que nao lembro muito do show, pois passei o tempo dividido entre olhar pras pernas da moca (o shortinho dela era menor que um CINTO) e xinga-la de nomes impublicaveis junto com a MASSA METALEIRA, num comportamento digno de estadio de futebol. Nenhum sentido, eu sei, mas a mente de um rapaz de 14 anos nao pensa por si propria.

Acabada a apresentacao da loirosa, surgiu algo ainda mais tenebroso: FITO PAEZ, a versao argentina de Herbert Vianna. Lembro de xinga-lo ainda mais do que a pobre Deborah, enquanto ele tentava extravasar lirismo com seu teclado e seu sotaque de quem come CHURROS na frente do GUT-GUT (ns). Mais uma vez, gostaria de poder ter visto aquele show com a minha mente de hoje, ele ate que tem boas musicas.

Pois eis que na CALADA NOITE PRETA (LEONEL, Vange) o pessoal do HELMET entrou no palco e minha presenca naquele fim de mundo finalmente se justificou. Eu era fa da banda, sabia o Meantime de cabo a rabo, mas nao lembro exatamente das musicas tocadas. Talvez porque assim que o show comecou e o pau comeu com rodas de pogo por todos os lados, eu sai de MOONWALKER e assisti ao show de longe.

Aquele era o meu primeiro SHOW DE ROCK na vida e a violencia gratuita da gurizada me apavarou. Meus amigos se meteram no meio da massa e sairam de la com hematomas, mas felizes da vida. Eu tambem sai feliz, mesmo que nao tenha SUADO COM A GALERA. Aquele era o meu jeito de curtir o show, por mais cagao que parecesse aos olhos dos amigos. Quando era um pouco mais velho, comecei a ir em shows e pogar junto, eventualmente ficando sem ar e voltando pra casa roxo. Mas naquele dia na beira da praia, so o fato de estar assistindo a diversas atracaoes nacionais e internacionais pela primeira vez ja me bastava.

Ate porque, dois anos depois, um outro festival surgiria no Estado e se consolidaria como a maior atracao para os jovens gauchos. So que dessa vez, nada seria de graca e a Praia do Barco nao passaria de uma lembranca para os afortunados que la presenciaram a historia sendo feita.

fevereiro 26, 2009

Solo de estilingue

Como o Nego ja comentou la no blog, domingo fomos no SOUNDWAVE FESTIVAL, uma miscelanea de bandas de varios estilos espalhadas por seis palcos. Ele ja descreveu bem o PERRENGUE que foi o deslocamento e principalmente a entrada no recinto, por isso nao vou repetir aqui. Quero me concentrar mais nas bandas a que assisti e na VIBE do festival.

Quando entramos estava rolando o show da GOLDFINGER num dos palcos principais, e assistimos da area do bar por alguns minutos. Na sequencia, fomos ate o palco tres conferir a SAVES THE DAY, da qual eu nao sabia absolutamente nada, mas que o Nego parecia gostar. O vocal me incomodou um pouco, por ter aquele tradicional REGISTRO EMO de quem vai chorar a qualquer momento. Mas algumas musicas eram interessantes e o guitarrista com cara de que tinha saido de WOODSTOCK valeu os trinta e cinco minutos de performance.

Depois voltamos pros palcos principais pra ver ANBERLIN, outra banda que o Nego queria ver. Nao curti o show, mas pelo menos assistimos sentados na grama, pra descansar um pouco. Em seguida resolvemos dar uma banda pelo lugar pra ver os outros palcos e banquinhas espalhadas pela TARUMA DE SYDNEY.

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Cogitei seriamente roubar o tenis desse magrao. Inveja mortal.

Paramos em frente ao palco cinco e tava rolando show da INNERPARTYSYSTEM, uma banda com dois sintetizadores, guitarra e batera. Bem interessante, tanto que fiquei ate o fim do show dos caras, enquanto o Nego foi ver outra banda. Souberam dosar bem a influencia eletronica com uma estrutura pop e bateria pegada. Irei atras das gravacoes deles, certo.

Voltando ao palco principal, peguei o final do show da DILLINGER ESCAPE PLAN, que era muito mais pesado do que eu esperava. Guitarristas completamente ensandecidos, um deles subindo nos amplis e se jogando afu no palco. O publico adorou e os caras realmente sao bons de performance.

Corri ate o palco do lado pra ver BLOODHOUND GANG, por ter descoberto numa entrevista pruma revista daqui que eles cantavam aquela musica do Discovery Channel: "You and me ain't nothing but mammals/So let's do it like they do on the Discovery Channel". E o show foi a coisa mais divertida do dia. Impossivel descrever todas as bobagens que eles fizeram no palco, mas basta dizer que o vocalista chamou OS PAIS DELE no palco e ainda ficou fazendo piadas de cunho sexual com eles. Sensacional.

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Unica camiseta possivel para se ir a um festival. Cobicei horrores.

Assim que o show acabou, fui me aprochegando do palco pra esperar pelo ALICE IN CHAINS, o real motivo de eu ter ido ao festival. Fiquei la na frente, olhando os equipamentos serem montados, enquanto no palco ao lado uma tal de BILLY TALENT machucava nossos ouvidos. Quando Jerry Cantrell, Mike Inez, Sean Kinney e William Duvall entraram no palco e lascaram Again sem piedade, senti que nao sairia vivo dali. Todo mundo pulando junto, completamente grudado, e cantando a plenos pulmoes. Foi lindo, mas senti que nao ia aguentar muito tempo e fui andando de MOONWALKER ate parar num lugar mais tranquilo.

De la assisti ao massacre sonoro que foi o show de (infelizmente) uma hora, so com classicos absolutos. O William Duvall canta bem e nao fez feio nos duetos com o Jerry Cantrell, numa tarefa ardua de substituir a dupla que existia com o finado Layne Staley. Afinal, eles faziam a MELHOR DOBRADINHA VOCAL DE TODOS OS TEMPOS. Duvall e Cantrell tocando guitarra em Nutshell me fez querer chorar por toda a eternidade, de tao lindo que foi. O final com Rooster foi soberbo tambem, com o povo gritando cada frase da letra. O setlist da uma ideia de como foi a brincadeira:

Again
Angry Chair
Man In The Box
Them Bones
Dam That River
Rain When I Die
Nutshell
Down in a Hole
No Excuses
It Ain't Like That
Would?
Rooster

Em extase completo, sai de la e fui sentar na grama pra ver o NINE INCH NAILS. Nao fiz questao de ver muito porque ja tinha visto eles ao vivo no Claro q eh Rock em 2005, mas principalmente porque o show do FACE TO FACE ia comecar em breve. So conhecia uma musica deles dos tempos de GAS TOTAL na MTV, mas adorava e tenho ate hoje o clipe gravado em VHS. Umas duas outras musicas eu conhecia pedacos por causa de um MTV NO AR com eles, la por 1994 ou 1995. Mesmo assim, queria ver o show pra ver se batia alguma coisa. E bateu.

Eles mal comecaram a tocar e a gurizada ja chamou num pogo furioso, que gerou um clarao no meio do publico. O Nego nao se segurou e foi la confraternizar com a rapeize, enquanto eu fiquei tirando umas fotos e olhando de longe. Perto do fim, o Nego foi ver as ultimas musicas do show do Nine Inch Nails e eu fiquei por la, sereno. Ate que Disconnected comecou a tocar e eu filmei o primeiro minuto de musica, pra depois chegar perto do pogo e gritar o refrao com vontade. Me senti com 15 anos tomando Guarana Polar em garrafa de vidro e querendo ser punk.

Pra encerrar a noite, fomos conferir o MIKE HERRERA, do MxPx, num show acustico. Nao sabia o que esperar, mas curti as cancoes de dor-de-cotovelo dele. Serviu tambem pra me lembrar que acordes basicos tambem fazem belas musicas e que eu devo tentar comecar a compor o mais rapido possivel. Assim como o Nego, cheguei podre em casa depois da uma da manha, mas feliz com o fato de ter assistido a varios shows num so dia. E tambem por ter andado no brinquedo fatal que o Lique e o Gui andaram na Gold Coast. Eh muito massa se sentir voando, quase beijando as estrelas. Foi uma bela experiencia pra coroar um domingo bem diferente do habitual.

Fotos? No Picasa, claro.

abril 7, 2009

Quente na sombra

Pois entao, fui e voltei da Tailandia e nem um comentario no blog. Mas isso ja era esperado, visto que o lugar oficial de relatos sobre o que se passa na nossa vida eh aqui.

No que diz respeito ao maravilhoso mundo da musica, a noticia mais recente foi o workshop do BRUCE KULLICK no sabado passado. Para os desinformados, ele foi o guitarrista que mais tempo ficou no KISS, de 1984 a 1996. Como era de se esperar, 95% das perguntas feitas eram sobre a banda, e ele respondeu todas. De declaracoes sobre a competicao eterna entre Paul Stanley e Gene Simmons (nao diga!) ate revelacoes sobre a habilidade de Eric Carr em varios instrumentos, Bruce Kullick contou boas historias sobre uma das maiores bandas de todos os tempos.

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Vencedores usam BANDANAS

E eh claro que nao podiam faltar musicas do KISS no repertorio. Ele comecou com Unholy e depois tocou Heart Of Chrome, ambas do Revenge, de 1992. Alias, sobre a fase desse disco, ele disse que foi quando o Gene Simmons finalmente encontrou o seu visual. Isso porque alguem perguntou o que ele achava do visual do baixista no clipe de Tears Are Falling. Maior pergunta.

Ele ainda tocou duas musicas dos dois primeiros discos solo e mais duas do ultimo trabalho. Todas muito boas, mas o que valeu mesmo foi o fato de estar vendo um baita guitarrista que tocou com gente como Steve Lukather, Roger Daltrey, Meat Loaf e outros. Uma bela aula de historia do rock, sem duvida.

Mais fotos aqui.

abril 18, 2009

Agora era fatal

Sucinto como se deve ser:

MAIOR MUSICA DO COSMOS.

O resto eh lenda.

Obrigado.

abril 29, 2009

Me chama de cowbell

Eis que ninguem menos do que STEVEN ADLER vai fazer um workshop em Sydney. E eu ja garanti meu ingresso, claro. Apresentar ele seria duvidar da capacidade dos leitores deste blog, ate porque a melhor descricao mesmo esta la no blog do meu amigo Tiago Ritter, baterista da Gilez e eterno baterista da minha eterna banda Pogoboys.

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Steven eh o da direita

A lindeza de tudo eh que no dia 27 de maio terei a oportunidade de ver um EX-GUNNER pela primeira vez na vida. E, apesar da possibilidade de pegar autografo e trocar umas palavras com ele, agradecerei apenas mentalmente - ja que a timidez me impedira - por ter sido baterista da MAIOR BANDA DE TODOS OS TEMPOS.


ASSISTAM E IMPLODAM SUAS VIDAS.

Vai ser foda.

maio 28, 2009

Jesus Loiro

Confesso: sou devoto de Steven Adler. Ele eh meu pastor das baquetas e nada me faltara, pois sei que toda vez que lembrar que vi esse monstro sagrado tocar ROCKET QUEEN ao vivo, minha vida se enchera de luz e eu subirei ao paraiso das musicas que mudam uma existencia.

A noite de ontem em Sydney me fez querer largar o violao e a guitarra e comprar um bumbo e uns pratos. Que instrumento poderoso. Steven Adler entrou no palco muito aplaudido e nao falou uma palavra. Sentou no banquinho e esperou o responsavel pelo som apertar o play. Aos primeiros acordes de Welcome To The Jungle, ele iniciou a destruicao sonora sobre a face da Terra.

O som da bateria era alto e cristalino e ele se mexia compulsivamente, levantando a perna esquerda do chao enquanto esmurrava o kit sem misericordia. Eu nao conseguia entender como tinha perdido tempo em workshops de guitarra se toda a verdade universal estava sendo revelada ali, nos pes e maos do messias do rock. Assim que a musica acabou, ele se levantou e foi ovacionado pelos fieis.

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CASTIGA ESSAS PELE.

Depois de agradecer varias vezes pela presenca de todos, comecaram as perguntas. Algumas foram interessantes, como o relato do primeiro encontro dele com Slash. Ele disse que tinha onze anos e estava andando de skate. De repente levou um tombo e Slash foi a unica pessoa que parou para perguntar se ele estava bem.

O unico ponto fraco da noite foram as pessoas que ao inves de usar a oportunidade para fazer perguntas ficavam pedindo as baquetas dele. Eh compreensivel o comportamento de fa, mas isso fez com o que o tempo para questionamentos ficasse bem menor. Mas a musica estava acima de tudo e quando ele comecou a tocar Sweet Child O' Mine, tudo virou belo novamente.

A sequencia reservava o momento mais sublime da historia da Humanidade: a execucao de Rocket Queen, com seus seis minutos e doze segundos irretocaveis. Maior bateria ja gravada na historia da musica, tenho certeza absoluta. Quando chegam os tres minutos e trinta segundos de execucao, o ceu se abre e a graca divina domina tudo ao redor.

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QUE CABELO

Sei que, assim como eu, todos ali atingiram o extase supremo vendo Steven humilhar o cosmos com a mudanca de ritmo que carrega o sinonimo de PERFEICAO no dicionario. Nao seria nada decepcionante se a noite tivesse acabado ali, mas ele ainda aproveitou para tocar Nightrain, motivado pela pergunta que alguem fez sobre o nome do vinho que da nome a musica. A quem interessar possa, ele ainda eh vendido hoje em dia.

Quando tudo parecia se encaminhar para o apocaliptico final, ele ainda atacou de Mr. Brownstone, dessa vez sem a base de fundo. Exatamente, foi apenas Steven Adler acompanhado das centenas de vozes cantando A CAPELLA. Nada poderia ser mais redentor do que isso.

Na fila para os autografos, eu suava e tremia sem parar. Quase na minha hora de falar com ele, a bateria da maquina acabou e tive que trocar rapidamente. Quando chegou a minha vez, nao tive de tempo de olhar o estande com camisetas e cds, pois la estava Steven Adler, sorrindo para mim.

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HISTORY IN THE MAKING

Assim que apertamos as maos, ele olhou para a camiseta do Slash que o Vicente me deu e disse que queria uma. DUAS, na verade. Disse que eu ia mandar (e agora?) e depois tirei a foto que sera herdada pelos meus filhos, netos, bisnetos e assim por diante, para toda a eternidade.

Sera com lagrimas nos olhos que direi a eles que aquele homem loiro de cabelos volumosos foi baterista da banda mais importante de historia e com ela gravou aquele que para sempre sera lembrado como o MAIOR DISCO DE ROCK DE TODOS OS TEMPOS, uma verdadeira biblia sagrada da boa musica. E essas palavras ecoarao por todo o espaco, permanecendo vivas ate que mais nada nem ninguem habite esse mundo.

Que assim seja.

(as outras fotos podem ser vistas aqui)

outubro 5, 2009

Acerto de contas

Eis que quatro meses depois eu tomo vergonha na cara e finalmente subo um vídeo do workshop do STEVEN ADLER em Sydney. De lá pra cá eu fui embora da Austrália, viajei pela Nova Zelândia, voltei pra Porto Alegre, me mudei pra Floripa, voltei de novo pra Porto Alegre e cá estou, sem uma boa desculpa pra não escrever nesse blog.

O mais provável é que esse seja o último post do Pagode Acebolado e que um novo blog surja. Não sei quando, mas acho que é o mais acertado. O Insanus foi a minha estréia no mundo dos blogs, logo eu que sempre ironizava os blogueiros e só comentava no blog dos amigos pra avacalhar.

E durante um ano curti muito escrever e ver a repercussão dos posts, até ir pra Austrália e perder a vontade de postar. Meu objetivo principal sempre foi falar sobre música e lá eu achei que era melhor falar sobre as minhas experiências no país, algo que não combinava com esse blog.

Agora que estou de volta, pretendo retomar os escritos musicais em outro lugar, mas não podia fazer isso sem fechar um ciclo, que começou exatamente há três anos, com um post sobre GUNS N' ROSES. Nada mais justo do terminar as coisas da mesma forma, com outro vídeo relacionado à maior banda de todos os tempos.

ADEOS.

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