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Correspondência De: Em visto de vossa reclamação acerca dos problemas envolvendo a devolução de imigrantes ao vosso território, cabe-me lembrar de que o assunto está incluso nos tratados de 1973 subscritos por nossos países. Cabe-me lembrar também que a divisão do imenso e saudoso Brasil em três partes, após a sangrenta revolução e da mais sangrenta ainda guerra da secessão, levou todos a serem responsáveis por sua própria população e necessidades. Diante das necessidades mais prementes da população pela qual sou responsável, não é possível deslocar mais recursos visando acolher a população de outro país. Assim, é e continuará sendo necessária a deportação de imigrantes ilegais e impor dificuldades àqueles que continuam em nosso território. Lembro que os mesmos tratados de 1973 deixaram Vera Cruz com a menor área entre os ex-territórios do nosso imenso e saudoso Brasil. Por razões de solidariedade, temos sido bastante tolerantes com a situação, embora não nos sintamos responsáveis pela resolução dos problemas sociais de Terra Brasilis. Com todo o respeito. São Paulo De: A respeito de vossa mensagem, cabe expressar minha decepção e também lembrar alguns pontos do acordo de independência que partilhou o território do nosso imenso e saudoso Brasil. Pelos acordos de 1973, foi estabelecida uma compensação financeira a ser paga por Vera Cruz em virtude de ter ficado com o maior pólo industrial do país e pela violenta e injustificada anexação de vastas áreas que geograficamente não tinham nenhum laço com vosso território. Como é do conhecimento geral, estas são as terras rebatizadas em seu país como Novo Pantanal, Novo Paraná e Nova Bahia. Novo Pantanal tornou-se desde então um dos parques ecológicos mais lucrativos do mundo. Isso por si só já justificaria uma compensação a Terra Brasilis, a quem a terra originalmente pertencia, porém ainda assim só parte da indenização foi paga, sendo depois renegociada com base numa futura alteração da lei de imigração ilegal, acordo tomado por dirigentes mal intencionados com prejuízo inestimável para nossa nação. Diante da situação calamitosa, é meu dever, na defesa do povo de Terra Brasilis, inclusive os imigrantes, cobrar de vossa excelência maior tolerância na questão até ocorrer um acordo definitivo. Como é de vosso conhecimento, Terra Brasilis é formado por aquelas que eram as regiões mais atrasadas do imenso e saudoso Brasil, historicamente as que sempre tiveram menos atenção dos governos. a) Envolvimento do imigrante em um crime. No caso, nenhum dos argumentos está sendo avocado por Vera Cruz, mas a simples e autoritária extradição de imigrantes de Terra Brasilis, mesmo nas áreas pouco povoadas. Um relaxamento de tais políticas traria ajuda valiosa a Terra Brasilis, já que muitos imigrantes têm alto grau de escolaridade. Estes mesmos imigrantes no futuro trariam benefícios a Terra Brasilisis, difundindo entre os conterrâneos as técnicas que aprenderam no exterior. Mas sua política de imigração impede qualquer benefício da parte a parte. Além de tudo, é uma forma de preconceito, já que não atinge os imigrantes de Terra de Santa Cruz, que contam inclusive com facilidades para entrar em vosso território. Em busca de um tratamento mais justo, assumo mais uma vez que estou pronto para novas negociações. Respeitosamente. Brasília
Na qualidade de representante maior dos interesses morais e éticos da nação veracruz, quero repudiar a acusação feita por vosso governo. Vera Cruz desde sempre é conhecida pela tolerância a raça, sexo ou orientação pessoal, tendo leis rigorosas contra qualquer forma de preconceito. Quanto às outras reivindicações, estão em processo de discussão interna. São Paulo
Em nome do povo de Vera Cruz, tenho a obrigação de rejeitar as negociações propostas com vistas à devolução do território que em outros tempos fez parte do antigo Paraná. Tal área, devo lembrar, foi conquistado em batalhas que custaram as vidas de milhares de veracruzes, comandados por nosso saudoso general João Goulart. Enquanto isso, vós, do Sul, buscais a separação do imenso e saudoso Brasil, dando início ao processo que culminou, nos acordos de 1973, na partilha do território nacional. Por este mesmo processo, como todos sabem, nasceram três novos países sob as bençãos da comunidade internacional. A esse respeito, Vera Cruz lembra-se da solução a que teve de se submeter, aceitando não mais usar o nome Brasil diante do mesmo compromisso assumido por Terra Brasilis e Terra de Santa Cruz. Por sorteio, foi realizada a escolha dos novos nomes de cada território, dois dos quais eram antigos nomes e outro um apelido bastante conhecido de nossa amada grande nação. Embora insatisfatória, tal situação sempre foi aceita por nós em nome do entendimento necessário. Cabe ainda recordar om que ninguém quer ver se repetir, os anos de sangue e fraticídio posteriores à sublevação de 1964. A desagregação e guerra fraticida. E por fim a tragédia maior, a destruição de nosso imenso e saudoso Brasil. É claro que estamos sempre dispostos a negociar com nossos irmãos fraternos do Sul e mesmo a regozijarmo-nos com ele, como inclusive fizemos na ocasião em que vós, após uma rápida e eficiente ação, conquistastes os territórios do antigo Uruguai e parte do antigo território da Argentina. Não é possível, porém, estabelecer qualquer discussão que venha a resultar na perda de territórios por nós legitimamente conquistados. Respeitosamente. São Paulo
É com profundo desgosto que recebi vossa mensagem a respeito de nossa legítima reivindicação acerca do território do antigo Paraná. Cabe a nós, brasileiros sulistas, lembrar que foi de Vera Cruz a decisão de repartir o país, assim como foram de seu líder João Goulart as negativas à formação de uma confederação brasileira. E ainda que a violenta conquista do Paraná se deu em pleno cessar-fogo, caracterizando sem dúvida um desrespeito às convenções internacionais. Tal atitude é desde então o principal motor de nossas diferenças. Ainda assim também nos consideramos dispostos a negociar uma forma de reunificação do antigo estado do Paraná que não seja desvantajosa a vosso país, lembrando, contudo, que este mesmo território sempre ficou dentro dos limites do que antigamente se definia como a região Sul do imenso e saudoso Brasil. Reconhecemos, é claro, vossa solidariedade nas questões argentina e uruguaia, mas, como não dizer?, também é possível recordarmo-nos de nossa solidariedade e apoio quando houve a anexação a vosso território do antigo Pantanal Mato-Grossense e de metade da antiga Bahia. Por isso também nos sentimos à vontade para solicitar maiores negociações na questão da imigração, já que diante de vossa rígida política de deportação o território de Terra de Santa Cruz se tornou pouso preferencial dos clandestinos. Tal situação se torna ainda mais absurda diante da falta de fronteiras entre os territórios de Terra de Santa Cruz e Terra Brasilis, não podendo haver tal imigração sem a anuência de Vera Cruz. Respeitosamente. Criciúma
A respeito da questão dos imigrantes, Terra de Santa Cruz quer se solidarizar com Terra Brasilis frente à intransigência de Vera Cruz. Entendemos ser preciso uma solução vantajosa para todos. Também reconhecemos ser necessária nova discussão a respeito dos Acordos de 1973. Sistematicamente Vera Cruz ignora as compensações estabelecidas para Terra de Santa Cruz e Terra Brasilis pela perda de seus territórios. Vera Cruz formou-se, como sabemos, a partir do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e parte da Bahia e do Pantanal, ficando com as melhores indústrias, aeroportos e o petróleo do imenso e saudoso Brasil. Já nós do Sul ficamos com o Rio Grande, Santa Catarina e a outra parte do Paraná, anexando-se depois terras da Argentina e do Uruguai. E vós ficastes com as antigas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, também mutiladas pela perda do Pantanal e da Bahia. Tais discrepâncias econômicas só se aprofundaram com o passar dos anos, visto os seguidos desrespeitos de Vera Cruz aos Acordos Comerciais de Recife, se tornando imperativo algum tipo de compensação, ainda que não prevista nos Acordos de 1973, para os territórios prejudicados. Nossa opção, então, é o estabelecimento de ação conjunta diante de Vera Cruz. A ação deve ser inicialmente diplomática, mas não desprezar nenhuma opção, inclusive a mais extrema. Respeitosamente. Criciúma
SATISFACAO RECEBER VS MENSAGEMPT CONCORDAMOS NECESSARIA ACAO CONJUNTAPT IMPOR LIMITES VERA CRUZPT REUNIAO A SER MARCADA DEPOISPT NO MOMENTO EM VIAGEM INTERIORPT BREVE RETOMAMOS CONTATOPT
RESPOSTA VS MENSAGEM SINTO INFORMAR FATOS PRECIPITARAM ACAOPT TROPAS PARTIRAM MADRUGADA PARA RECONQUISTAR PARANAPT AQUI SITUACAO INTERNA COMPLICADAPT NO MOMENTO ACOMPANHANDO ACAO DE PERTOPT CONTAMOS COM VS SIMPATIAPT DA UNIAO NASCE NOVA ORDEMPT
Caros cidadãos. Como é do conhecimento de todos, nossa nação foi atraiçoadamente atacada pelas forças do sul, que surpreenderam nossos bravos soldados e invadiram algumas poucas terras de fronteira. Como também é do conhecimento de todos, estas terras foram por nós, brasileiros veracruzes, conquistadas em guerras gloriosas. Logo que soube do ataque, determinei imediata resposta e já me chegam notícias dos feitos de nossos bravos soldados na reconquista do território. O Novo Paraná não deixará, eu asseguro, de fazer parte de nosso glorioso país. Da mesma maneira prometo o mesmo em relação a Novo Pantanal e em Nova Bahia, já sob vigilância para inibir possíveis sabotadores. Dizem a verdade aqueles que evocam o espírito de 64. Estamos em luta novamente. Cada cidadão do povo é o olho e o braço da nação. Como nas outras vezes, vamos vencer. Grave Est Fidem Fallere São Paulo
Nesta noite as tropas de Terra de Santa Cruz ocuparam quase a totalidade do território do Novo Paraná, apesar da brava resistência de nossos soldados. Teme-se que eles tentem avançar ainda mais na nossa direção. Diante da gravidade da situação, deve ser cumprida com prioridade as ordens a seguir. Devemos mover tanto quanto possível uma tropa para defender Nova Bahia e Novo Pantanal de possíveis ataques. Há boatos de que a invasão do Novo Paraná não foi um ato isolado e que pode estar em marcha uma conpiração maior visando os outros territórios conquistados. É imperativo: a) Reafirmarmos nossos laços de informação dentro destes territórios com vistas a não sofrermos um ataque-surpresa. À vitória. São Paulo |
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