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Há uma resposta ensaiada: "Um homem deve terminar aquilo que começou". Não passa de enrolação para explicar porque, depois de um livro quase pronto, voltei ao início de tudo. Dois capítulos prontos de São Poltergeist, um terceiro em finalização. Idéia de chegar à metade em duas semanas. Muito material, umas quatrocentas páginas, foi escrito em dois mil e um e dois mil e dois, antes da tendinite. Fui obrigado no momento em que não resolvia os problemas que via na história. Agora resolvi-os antes, recomecei buscando muita coisa antiga, mais folhas e folhas de manuscritos. O que me leva a falar sobre escrever à mão. Depois de um tempo, nenhum computador vale a forma das letras, as anotações, setas, indicações, recados com que você dialoga consigo próprio. Voltei a desenhar. Dou risada com a piada mais interna possível. É animador olhar para o caderno como a presença física do que foi escrito. A relação com um computador não é desse jeito. O computador reduziu à metade o inferno da revisão. É muito mais rápido, a única coisa capaz de chegar perto do fluxo das idéias. Fazer tudo na mão segue um ritmo muito mais lento. Mas o caderno está sempre disponível. Dá para escrever na Redenção ou no café do campus. É claro que um laptop faz o mesmo serviço, mas além de meu ombro doer continuamente há o fato de que assalta-se demais nesta cidade. Será que um dia vou agradecer à tendinite? Não. Dor é dor. Queria poder poder usar o computador na freqüência de antes. Mas de todo modo é uma descoberta interessante. # alexandre rodrigues | 24 de junho Comentários (0) | TrackBack (0) |
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