| ![]()
« |
Home
| »
O ano mal passou da metade, mas já há um vencedor para o GRANDE PRÊMIO GABBINETE DENTÁRIO DE MATÉRIA MAIS IRRELEVANTE DO UNIVERSO. Diante da impossibilidade de se encontrar algo tão desimportante nos próximos meses, a comissão julgadora optou por oferecer o prêmio de 2005, com o devido troféu e diploma, ao jornal Zero Hora desta quinta-feira. Ninguém quer parecer Marcos Valério Enquanto o pivô do escândalo investigado pela CPI dos Correios, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, não sai das manchetes de jornais, um sem-número de carecas anônimos ganha um novo apelido e é fustigado por bem-humorados comentários sobre a crise política no país. Nas últimas semanas, a figura que ganhou notoriedade depois de ser acusada de operar o mensalão também parece ter se multiplicado nas ruas e conversas de Porto Alegre. Volta e meia o representante comercial Altair Couto precisa atender quem lhe chama de "Marcos Valério" nas ruas da Capital. Sempre em tom de gozação. – O pessoal quer saber quando irei de novo à CPI – contou. Desde de que o empresário apareceu na revista Veja pela primeira vez, o advogado Jorge Fernandes ouve dos colegas frases como "só não tens o mesmo saldo bancário". – Eles nos acham muito parecidos. Mas, careca por careca, preferia ser igualado a outro. No Salão Fígaro, no Centro, o barbeiro Carlitos conta que atende de quatro a cinco "Valérios" por semana: – A gente cria intimidade, e eles levam a comparação na brincadeira. A fama quase instantânea fez do empresário um personagem comum até a desligados do universo político. Mesmo admitindo estar "por fora" do noticiário, o comerciante Flávio Lorenzini reconhece o nome que virou seu último apelido. – Quando estou de costas, dizem: "É o Valério!". Então, respondo que não tenho mar de dinheiro nenhum. A notoriedade recente de Valério - um dos principais envolvidos no esquema conhecido como mensalão, o suposto pagamento de mesada pelo PT a deputados da base aliada do governo - recebeu outra explicação do representante comercial Breno Brum, ainda a salvo das brincadeiras: – O calvo é sempre um ponto de referência. Quando querem saber onde está algo, apontam: ali, ao lado do careca. * Apesar de irrelevante, isso me leva aos trezentos e noventa e oito dias, entre 2002 e 2004, em que não fiz a barba. O vistoso chumaço se ajeitava feliz abaixo do queixo quando passei a ser vítima de um fenômeno: pessoas estranhas começaram a me parar na rua, às vezes com súbitos agarrões pelo braço, gritando "Bin Laden, Bin Laden". Fora uma vez, em um show, em que um cara veio me dar uns CDs da banda dele e não acreditou de jeito nenhum que eu não era o Marcelo Camelo. # alexandre rodrigues | 21 de julho Comentários (3) | TrackBack (1) |
|