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Edson, 41 anos, corretor de imóveis, acordou na hora habitual, pulou da cama e se dirigiu sonolento ao banheiro, esfregando o rosto para sentir a barba crescida nas palmas das mãos. Escovou os dentes, examinou o fundo dos olhos e, depois de defecar, quando se desnudava para o banho matinal, olhou-se no espelho e notou que estava sem o pênis. José, 61, jornalista de amenidades, endireitou a folha de papel na única máquina de escrever ainda em atividade na imprensa, já que nunca se acostumou com os computadores. Gosta do tec-tec na ponta dos dedos e de sentir o odor da tinta vermelho-preta, o que faz aproximando o nariz do buraco acima do teclado. Curvado assim, mudou de posição na cadeira e minutos depois se deu conta de não havia nada no lugar do pênis. Menestrel, 47, compositor de sambas-enredo, casado há 22, ouviu com paciência a admoestação da mulher, que não entende porque tem a mania de comer pão sem carregar um prato para recolher os farelos. Deixou Marisa, ainda irritada sobre sua falta de cuidado, e foi até o armário dos fundos buscar o ventilador quebrado que tenta consertar sempre que briga com a mulher. Lutava para fazer o motor funcionar, ajeitado em um banquinho de madeira, quando sentiu o calor no meio das pernas, onde faltava agora o pênis. Aureliano, 39, coveiro, cavou um buraco tão fundo que quase não conseguiu sair dele. Depois de escalar até o topo e ainda por cima ter de voltar, pois esquecera a pá no fundo da cova, limpou o suor dos olhos diante do resultado do trabalho. O buraco exalava um cheiro agradável de terra úmida, como se tivesse chovido. Uma rajada de vento refrescou a tarde de primavera e um formigamento intenso na região do baixo ventre veio anunciar que seu pênis estava quatro vezes maior. # alexandre rodrigues | 28 de outubro Comentários (2) | TrackBack (0) |
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