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Hey, that´s no way to say goodbye Anteontem olhei meu antigo apartamento vazio pela primeira vez e tive uma daquelas sensações. Quando entrei no mesmo apartamento, quatro anos e meio atrás, não deu tempo de vê-lo vazio. A mudança aconteceu horas depois da saída dos operários e a escolha, antes, com a reforma em curso (um conselho: não faça). Não imaginava que seria este o endereço onde mais duraria em Porto Alegre. Teve a parte em que a mudança terminou, todos foram embora de caminhão para o apartamento novo e ficamos eu e os gatos para trás. O Santino (o macho – está aqui ao lado agora), para quem o apartamento e, principalmente, o pátio dos fundos (que é bem grande), foi o único mundo, descobriu, fascinado, o buraco que ficou com a retirada do aparelho de ar condicionado e começou a pular de um lado para o outro e, como é desajeitado, se demorava muito preparando cada salto. Ignorava que, no que tocava a ele, o lugar onde passou quase a vida inteira em menos de uma hora deixaria de existir e teria de lidar com um novo, menor, diferente (sem pátio, mas com sacada) e mais ou menos definitivo mundo (reage desde então miando sem parar e batendo a porta da mesa do computador, que é um truque... deixa pra lá). Considerando que você é uma soma de fatos, eventos, encontros e relações que em grande parte são aleatórios, a cada mudança fatalmente se torna pelo menos um pouco diferente porque o processo continua, lidará com novas pessoas e o enredo é outro. Então o blog fica por aqui. Foi bom fazer parte do Insanus, razão de querer dizer algo. Para quem desiste meio fácil de projetos, três anos e meio aqui são uma marca. Serei eternamente do Insanus, mas o blog não será mais. Será outro – em outro endereço. Volto uma hora dessas. Por enquanto o silêncio. # alexandre rodrigues | 21 de maio Comentários (0) | TrackBack (0) |
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