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Como fazer uma suruba alemã
Os participantes são avisados em casa, pelo correio, do dia e horário do bacanal. Hans fica encarregado de anotar os nomes dos presentes. Grünewald verifica se há o mesmo número de homens e mulheres. Lothar, com um laptop, registra o número de orgasmos. Maria faz a estatística das camisinhas usadas. Max prepara a análise sobre o contexto em que cada um se dá e sua devida explicação e Karl, a teoria contestatória do bacanal, provando que os orgasmos estão mal distribuídos e que alguns os têm mais do que os outros. Enquanto isso toca Kurt Weil.
Como fazer uma suruba francesa
Blasé, Ives fuma em um canto do quarto. Jean Paul se recolhe a outro, refletindo sobre a própria náusea. Simone analisa a repressão do catolicismo sobre o prazer feminino. Michel é entrevistado pelos canais de televisão, desmistificando o fenômeno. Jacques nega tudo isso e defende que toda orgia também não passa de uma construção. Pierre elabora uma densa análise comportamental. Com tantas tarefas, não sobra ninguém para participar, exceto Napoleon, agricultor baixinho, barrigudo e bigodudo, o único que apareceu só pelo sexo.
Como fazer uma suruba japonesa
No último andar da sede da Nippon Corp reúnem-se velhos executivos da Sony, Toshiba, Panasonic, Honda, etc. No centro, há uma cama redonda. Aos poucos, eles formam um trenzinho, cantam e dançam sorridentes, dando a volta na cama enquanto comemoram os números da Bolsa de Tóquio.
Como fazer uma suruba americana
Aos poucos, entram no quarto um casal árabe, outro japonês, outro mexicano, outro inglês e ainda colombianos, sul-coreanos, iraquianos e poloneses. De repente, adentra o local uma horda de gordos muito brancos e cheirando a talco, que come todo mundo na pressa e na saída deixa uma gorjeta em cima da penteadeira.
Como fazer uma suruba argentina
As mulheres são meio estranhas e os homens parecem mulheres. Podia até ficar animado, mas tudo o que os homens fazem é reclamar que a suruba no quarto ao lado está muito melhor.
# alexandre rodrigues | 28 de maio
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