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Sexta-feira – 11:33 Enquanto recheava de serragem e formol a carcaça aberta de um melro, descobriu que podia flutuar no vazio. Seus pés decolaram devagar do chão – no meio da sala. Só se deu conta quando já flutuava a alguns centímetros. Percorreu o teto de quase todo o apartamento, admirado de como mesmo os objetos insignificantes, um velho candelabro, um armário, um pufe, são diferentes vistos do teto. Saiu depois pela janela para ver do alto os outros lugares, pessoas, objetos e tudo mais. As árvores, por exemplo. O melro continuou em cima do balcão, um peito aberto e vazio, um feixe de palha amarelado em vez de coração e vísceras. # alexandre rodrigues | 26 de maio Comentários (1) | TrackBack (0) |
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