« solstício, | Main | Sobre audiovisuais »

Sobre o blog

Acho que passo tanto tempo sem postar por causa do verão, que é insuportável.
Mas as chuvas e o frio começam a chegar, o céu fica cinza e tudo parece mais vivo. Eu, inclusive. É claro, o famoso "veranico de maio" deve trazer os 50 graus de volta a Porto Alegre, e os posts escassearão novamente.

Conversava sobre o Cisco sobre isso. Sou um mau "blogueiro", possivelmente porque não leio blogs. Não sou organizado, esqueço os endereços, etc. Vou começar a ler por rss somente agora.

Todos sabem que nunca tive grande pretensão em manter o blog, mas devo algum respeito aos cerca de 20 leitores que vêm aqui todos os dias, e não encontram nada.
Take care.


sobre casamento

O Lopes e a Alessandra nem lêem este blog, mas torno público meus parabéns e meu desejo de felicidades para o casal. Boa cerimônia, padre muito divertido, citando Nietzsche, Jesus e Litbarski. Casar é a única coisa coerente a ser feita.

Imagino que a confirmação de uma relação, às vezes simbolizada pelo casamento, tenha a ver com um tipo de "revelação" para o casal: quando percebe-se que cada um tem suas prioridades, e ambos aceitam que muitas delas jamais serão comuns. Bonito isso. Rá!, mas tudo que falo é especulação, e talvez casar seja um desastre.


Sobre estradas

Algo tão óbvio permanece em segundo plano em qualquer discussão acerca dos perigos nas rodovias: muitos acidentes seriam evitados se não houvesse tráfego no sentido contrário da pista - ou seja, se existisse pista dupla em todos os locais. Ingênuo de minha parte, não? já que simplesmente não há grana para duplicar todas as estradas do país. Ainda assim, é hipocrisia fazer propaganda dizendo que as estradas no Brasil matam mais que o Vietnã em um ano por culpa dos motoristas.

É claro, a imprudência também é responsável por muitos acidentes de trânsito.
Mas a condição das estradas ainda é vilã. É perceptível uma melhora na qualidade das rodovias, ao menos aqui no RS, nos últimos 10 anos - refletindo provavelmente a implantação de pedágios. Ainda assim, essa evolução é ridiculamente lenta. Outro fato óbvio é o total fracasso ferroviário brasileiro, que obriga gigantesca fatia de toda produção do país a circular em caminhões nas estradas de rodagem junto aos veículos de passeio.


Sobre o acidente

Duas semanas depois, posso tentar explicar racionalmente que, talvez por não estar em uma velocidade tão alta, a aquaplanagem e a colisão de frente na base rochosa do morro fez o carro capotar não mais que uma ou duas vezes, o que poderia piorar se o marcador estivesse uns 30 km/h mais rápido. Nos poucos segundos em que tudo acontece, muita coisa passa pela cabeça.

O que não posso, e nem tento explicar, é o fato de nenhum carro estar vindo na outra direção quando cruzei a pista. De o lado do carona ficar totalmente esmagado na capotagem, e não o do motorista. De o carro ter ficado de cabeça para baixo, sem eu saber se estava no meio da pista, ou no meio do mato. De eu ter saído rastejando pela janela do motorista, olhando para o carro destruído, apenas com um arranhão no cotovelo, nada mais. E, sobretudo, de ninguém estar viajando comigo, pela primeira vez em tanto tempo.

Tudo isso, eu só agradeço.


Sobre conseqüências

Por uns tempos, voltei a caminhar bastante, calcular roteiros mais econômicos para ônibus e táxi, e a me molhar com a chuva. Divertido até, andava meio sedentário. Em minhas caminhadas, agora utilizo a principal função do meu celular, a de rádio FM. Infelizmente, alguns dias bastaram para comprovar que nenhuma rádio presta em Porto Alegre. O arsenal de músicas ruins e jabás é algo inacreditável. Com isso, acabo passando a maior parte do tempo ouvindo a Band News, com gosto. Reflexo de que a faculdade escolhida não foi totalmente aleatória.