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E lá se vai o último jornal relativamente sério do Brasil. Vinte por cento da Folha de S.Paulo agora pertencem à Portugal Telecom, que também é dona da Vivo, junto com a Telefonica. Ou seja, um quinto do jornal foi para uma multinacional.

Como essas coisas nunca acontecem sozinhas, é lógico que essa "holding" vai influenciar o noticiário do jornal. Por mais desmentidos que possam ser feitos a respeito, é assim que acontece. Ou será que a Folha vai continuar noticiando que a sua dona é uma das campeãs de reclamações do Procon? Ou que a empresa sangra as reservas brasileiras ao mandar lucros para o exterior? Ou que é beneficiária de um contrato imoral que reajusta os telefones pelo índice mais alto que existe, muito acima do que qualquer aumento de salário?

Um exemplo é o que acontece em Porto Alegre. O primeiro bairro onde eu morei, o Menino Deus, está sendo destruído por espigões, perdendo toda a identidade sem que a imprensa jamais toque no assunto. Natural esse silêncio quando se descobre que uma das empresas mais empenhadas em destruir o bairro é a Maiojama, que pertence à RBS.

# alexandre rodrigues | 5 de janeiro Comentários (0) | TrackBack (0)