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Morreu o Will Eisner, criador do Spirit, um personagem bem bobo, mas também de O edifício e Um contrato com Deus, as duas histórias em quadrinhos mais maravilhosas jamais criadas. Por causa dele existe a expressão "graphic novel", já que aqueles álbuns extrapolavam o formato de quadrinhos que se conhecia.

Um dos pontos altos da minha vida foi me sentar no chão diante do Will Eisner na bienal dos quadrinhos do Rio. Não havia superprodução para a palestra. O velho pegou uma cadeira, foi para um canto da Fundição Progresso, se virou para umas quinze pessoas em volta dele, eu inclusive, e disse:

"Agora vamos falar do que vocês quiserem".

A conversa durou mais de duas horas, ele sem nenhuma pressa de ir embora, simpático pra cacete.

Vou pegar minha edição autografada de O edifício e ir chorar num canto.

# alexandre rodrigues | 5 de janeiro Comentários (8) | TrackBack (0)