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![]() "Cada história foi escrita em preocupação com o espaço que ocupasse e seu formato surgiu da própria narrativa. Aos quadrinhos normais associados à arte sequencial (HQ) foi dada a liberdade de tomar as suas próprias dimensões. O texto e os balões misturam-se à arte. Eu os considero como fios de um mesmo tecido e faço uso deles como uma linguagem. Caso tenha chegado ao que queria, não haverá cortes no fluxo da narrativa porque figura e texto serão tão interdependentes a ponto de serem inseparáveis". Will Eisner explica no prefácio da edição brasileira de Um contrato com Deus, lançada pela Brasiliense, o que pretendia ao criar a primeira graphic novel. O termo foi usado para dissociar o trabalho de Eisner das histórias de heróis ou underground que dominavam os quadrinhos em 1978. Mais tarde, por questão de mercado, dele se apropriaram as editoras para qualquer história adulta ou que começa e termina na mesma revista. Mas Um contrato com Deus é das poucas que merece ser mesmo chamada de graphic novel. Os quatro contos são aquilo que me fez sentar aos pés de Eisner, já velhinho, durante uma palestra que não passava de um bate-papo com os fãs, no Rio. O texto, como queria Eisner, é elemento visual, se acomodando aos desenhos de uma maneira pouco habitual até então e que depois passou a ser copiada ao infinito. Agora a história está sendo relançada no Brasil pela Devir. A nova edição tem capa mais bonita do que a da Brasiliense, mas a R$ 48 (preço, o problema eterno dos quadrinhos) é cara. # alexandre rodrigues | 26 de junho Comentários (0) | TrackBack (0) |
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