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A Associação Uruguaia de Futebol divulgou nota onde considera o Nacional vencedor do Campeonato Uruguaio 2005. O Defensor recusou-se a disputar as finais devido a supostos erros de arbitragem na partida vencida pelo Nacional sobre o Rocha por 3 a 2. Dessa forma, os tricolores garantiram participação na Libertadores 2006. Impedimento não reconhece o título do Nacional.
Defensor e Nacional chegaram à ultima rodada empatados. Como o Defensor venceu o Cerrito, esperava um tropeço do Nacional para alcançar o título. O jogo entre os tricolores e o Rocha encaminhava-se para um empate quando, aos 51 minutos do segundo tempo, o juiz Gustavo Méndez assinalou um pênalti para o Nacional. Praticamente todos os profissionais de imprensa consideraram inexistente a falta que gerou o gol da vitória.
A diretoria do Defensor publicou um comunicado onde se negou a jogar as partidas decisivas, afirmando que não compactuaria com o desfecho indigno do campeonato. A situação provocou uma crise que envolveu até membros do goveno uruguaio. O árbitro Gustavo Méndez acionará na justiça o deputado Luis Rosadilla, que teria chamado o juiz de ladrão em rádios do país. Rosadilla é um ex-guerrillero e atual deputado do Movimento de Participação Popular (MPP), integrando a coalizão de esquerda Frente Ampla-Encontro Progressista que elegeu o presidente Tabaré Vásquez.
O torneio uruguaio de 2005 foi estruturado para adaptar o calendário do país ao das ligas européias, a exemplo do que já fazem Argentina e Venezuela. Por isso, a competição durou apenas um semestre. (DC)