Clássico em zero

A proposta do treinador gremista foi clara: rechear o meio do campo com o maior número de jogadores possível e impedir o Inter de jogar. Apesar disso, o time de Abel foi melhor na primeira etapa. Conseguiu prender a bola e teve três chances de gol, com Michel, Iarlei e Tinga. A marcação, no entanto, era precária e Lucas permaneceu livre durante todo o jogo, apanhando a bola atrás dos volantes colorados.

Na segunda etapa, o Grêmio viu que a coisa não era tão feia e adiantou a marcação. Rubens Cardoso sucumbiu totalmente e já nos primeiros minutos armou um contragolpe que gerou duas situações claras de gol para o Grêmio. Passados 15 minutos, o Inter equilibrou o jogo, mas como Perdigão havia saído o time não conseguia prender a bola e não criava nada. O time de Mano Menezes voltou a pressionar, embora não tenha tido chances claras. A mesma estratégia que impediu o Inter de jogar não deixou o Grêmio vencer. O Grêmio perdeu a chance de ganhar. E perdeu pela falta de ousadia.

Simon

Totalmente infeliz a arbitragem de Carlos Simon. Árbitros como ele não deveriam mais apitar antes da Copa, ele não quer mais saber disso, está pensando no pato ao molho de laranja que vai pedir no seu hotel cinco estrelas. Vejo que ele equivocou-se em diversos aspectos. Alguns deles:

a) Errou redondamente ao não marcar tiro indireto no recuo de Bolívar que Clemer, usando toda sua inteligência e discernimento, apanhou com as mãos. Simon disse que não viu o lance, que estava de costas (fazendo o que eu não sei), e que seus auxiliares não o avisaram. Errou feio.

b) Não teve critérios na marcação de faltas. No segundo tempo, muitos lances idênticos aos que eram apitados para o Grêmio não eram marcados para o Inter, talvez por ter sido avisado no vestiário sobre a sua falha grotesca e querer compensar.

c) Alessandro merecia ser expulso, mas Fabiano Eller deveria ter tomado apenas cartão amarelo. Fica claro pela televisão que o jogador gremista entrou por cima, na canela. Se o vermelho foi porque Eller empurrou o jogador, então mais uns quatro deveriam receber vermelho também.

d) Tinga e Pereira deveriam ser expulsos. Fizeram repetidas e duras faltas depois de já terem tomado cartão amarelo.

e) O lance de Tinga em Tcheco foi falta, mas fora da área. A impressão em um primeiro momento é de que o jogador tenha sido atingido dentro, mas ele foi tocado antes da risca e caiu na área. Não foi pênalti, mas Simon errou ao não dar a falta.

Saudações,
Douglas Ceconello

Quase tudo ok, fora "embora não tenha tido chances claras." No mínimo dois lances podem ser considerados claras chances de gol. A que o Ricardinho chutou em cima do Clemer e a cabeçada do Herrera. O chute bisonho do Ramón depois da bela jogada do Ricardinho pela direita não pode ser considerado futebol.

e, por favor, imparcialidade não existe. complete ali:

"saudações COLORADAS, Douglas"

Imparcialidade é o primeiro conceito na lista negra de Impedimento, ninguém aqui se propõe a isso e todos têm suas preferências clubísticas totalmente assumidas e conhecidas.

Minha vida, por exemplo, é um livro aberto:

Colorado, mulher, cerveja e livros. A ordem de preferência depende do dia da semana.

quanto ao Simon, duas ressalvas:

- Ceará fez pênalti em Ricardinho. negar isso não é ser parcial, mas cego.

- Clemer deveria ter sido expulso pela "peitada" em Herrera. o uruguaio se chocou com ele, e até poderia ter sido dada a falta, mas a reação do goleiro colorado foi absolutamente exagerada e digna de um vermelhinho por incitar confusão.

o jogo dos 7 erros.
mas só para um lado

o Grêmio jogou com 12 jogadores no treino da semana passada, mas o inter foi com 12 no gre-nal. Baita jogador esse simon.