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julho 8, 2006

Final em azul

Nesse domingo carcamanos lutam pelo tetra e franceses tentam conquistar o bicampeonato. Tentarei provar por que considero a Itália favorita, apesar do confronto ser um dos mais equilibrados das últimas finais.

De começo, vamos à análise dos times:

Goleiros

Indubitável a superioridade italiana nesse quesito. Enquanto o time de Lippi tem a sua meta guardada por Buffon, um dos maiores do mundo e talvez o melhor da Copa, a França conta com o fanfarrão do Barthez que, mesmo não sendo muito exigido no Mundial, quase comprometeu a campanha em alguns momentos.

Defesa

Ambas seleções contam com defesas eficientes, mas penso que o conjunto Zambrotta, Cannavaro, Materazzi e Grosso é superior a Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal. Os laterais italianos cresceram durante a competição, constituindo-se em um dos destaques da Azzurra.

Os laterais franceses não tem essa polivalência de saber atacar e defender. Cannavaro é não só um excelente zagueiro como também é o melhor jogador da Copa para este que vos fala. E Materazzi, bom, vem me surpeendendo cada dia mais.

Além de tudo isso, a Itália foi mais agredida que a França no Mundial e sua zaga passou incólume por todos os testes. O único gol que a equipe tomou foi de um zagueiro seu.

Meio

As coisas ficam mais equilibradas. A França conta com Makelele e Vieira na "volância", enquanto a Itália tem Gattuso e Perrota. Vieira está jogando muito, sendo uma boa valvula de escape para a saída de bola.

Os volantes italianos tentam demolir todas as jogadas e liberam os laterais para atacar. Pirlo, que é segundo volante mas vem atuando mais adiantado, está sendo um dos grandes destaques da competição, e Camoranesi é um jogador veloz.

Do outro lado há o também ligeiro Ribery e ninguém menos que Zidane, que pode decidir o jogo em um passe. Malouda ainda não disse a que veio.

Ataque

As duas seleções jogam com apenas um atacante na frente. Henry de um lado, Luca Tony do outro. Malouda e Ribery chegam pelos flancos, auxiliando Henry. Camoranesi, Totti e os laterais tentam criar para Toni.

Mesmo quando escalado no ataque, Totti recua para armar. É um jogador de extrema qualidade e, mesmo pipocando ocasionalmente, pode deixar os companheiros na cara do gol nas horas mais improváveis. Luca Toni, bem, ele tem o dever de segurar os zagueiros e disputar todas as bolas altas. Por isso, geralmente está morrendo aos 20 do primeiro tempo.

Apesar de ser um atleta diferenciado e atacante matador, Henry não rende na seleção o mesmo que no Arsenal. Na posição de centroavante, os franceses levam vantagem, mas as coisas ficam equilibradas quando analisamos quem deve alimentá-los.

Conjunto

Como conjunto, portanto, considero a Itália superior. É uma equipe mais compacta e desempenha um futebol coletivo mais evoluído.O ataque francês não parece ser tão eficiente a ponto de superar a defesa dos azzurri, bem como os defensores de Domenech não são bons o bastante que mesmo o apenas razoável setor ofensivo italiano não possa vencê-los.

Os italianos também levam vantagem se precisarem mudar o jogo usando reservas. Del Piero, Iaquinta, Inzaghi e mesmo Gilardino são superiores às alternativas dos bleu, como Trezeguet, Saha e sei lá mais quem.

Diferencial

Se Zidane estiver inspirado, pode decidir a Copa. Lippi deve colocar Gattuso ou Perrotta fungando no seu cangote para não ser surpreendido. E não adianta apenas marcá-lo, é necessário que o francês não possa nem dominar a bola.

Problema

Entrar como favorita não é com a Itália, pelo menos na época pós-Benito, quando não há bilhetes "vençam ou morram" sendo enviados para o vestiário antes da partida.

Remember 1982

Apesar do linchamento moral imposto pela imprensa e pela sociedade, o caso da manipulação de jogos parece estar incentivando ao extremo Buffon, Lippi, Cannavaro e o resto do elenco. Mais do que isso, o ocorrido garantiu o apoio espiritual de Buschetta, Provenzano, Riina e Capone. Afinal, os azzurri são sua gente, e não apenas por apreciarem um bom moscato.

Argumento definitivo

Além de tudo isso, as italianas são mais gostosas. E francesas tem pêlos no sovaco.

Saudações,
Douglas Ceconello.

Publicado em julho 8, 2006 3:22 PM

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