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novembro 25, 2006

Peñarol, três vezes o maior do mundo

O primeiro campeão mundial da América do Sul foi o Peñarol, que em 1961 bateu o Benfica numa melhor de três partidas. Os carboneros venceriam a disputa também em 1966 e 1982.

O clube uruguaio já havia chegado à disputa do Mundial em 1960, o primeiro da série, mas perdeu para o Real Madrid. Em 1961, o adversário foi o Benfica, que andava fazendo chover na Europa. Mas a esquadra portuguesa foi batida pelo Penãrol duas vezes e o título ficou na América do Sul.

No primeiro jogo, disputado no Estádio da Luz, os uruguaios caíram por 1 a 0, gol de Coluna. Na partida de volta, o Peñarol amassou o Benfica, aplicando 5 a 0 no Estádio Centenario. O desempate ocorreu dois dias mais tarde, em 19 de setembro, também em solo uruguaio. Num jogo equilibrado, os carboneros venceram por 2 a 1, com gols de Sacía. O jovem Eusébio descontou para o Benfica. Pela primeira vez um sul-americano conquistava o principal título do futebol mundial.

Em 1966, o Peñarol teve a chance de vingar-se do Real Madrid, a maior equipe da Europa. Mas o Peñarol vivia uma década sagrada. Duas vitórias por 2 a 0 sacramentaram o elenco carbonero como o maior time daquele ano. O primeiro jogo ocorreu em 12 de outubro, no Centenario, e Spencer anotou os dois gols. Na volta, em 26 de outubro, no Santiago Bernabeu, Spencer e Rocha completaram o serviço.


1966.JPG

1966: Máspoli, Caetano, Mazuerkiewiez, Lezcano,
González, Varela, Rocha, Cortés, Joya, Spencer,
Abbadie y Goncalvez


Passados 16 anos, o Peñarol conquistou o seu terceiro título mundial. Em 1982, o adversário foi o Aston Vila. Na partida realizada em 12 de dezembro, no Estádio Nacional de Tóquio, o time sul-americano venceu por 2 a 0, com gols de Jair e Silva. A equipe uruguaia contava ainda com o genial arqueiro Fernandez e o indefectível Saralegui.

E assim por três vezes o planeta foi coberto com o manto aurinegro.

Escalações:

1961
Luis Maidana, William Martínez, Núber Cano, Edgardo González, Néstor Gonçálvez, Walter Aguerre, Luis Cubilla, Ernesto Ledesma, Alberto Spencer, José Sacía, Juan Joya. T: Roberto Scarone.

1966
Ladislao Mazurkiewicz, Juan Lezcano, Luis Varela, Tabaré González, Nestor Gonçálvez, Omar Caetano, Julio C. Abbadie, Pedro V. Rocha, Alberto Spencer, Julio C. Cortés, Juan Joya. T: Roque Gastón Máspoli.

1982
Gustavo Fernández, Victor Hugo Diogo, Walter Olivera, Nelson Gutiérrez, Juan Vicente Morales, Mario Saralegui, Miguel Bossio, Jair, Venancio Ramos, Fernando Morena, Walkir Silva. T: Hugo Bagnulo.

Por questões logísticas, não vamos falar de todos os títulos de forma separada. Colocaremos os posts por equipes campeãs.

Saudações,
Douglas Ceconello

Publicado em novembro 25, 2006 5:42 PM

Comentários

Fernandez, el GATO? Não sabia disso.

Bah, agora ganhei a noite.

Publicado por: Francisco em novembro 25, 2006 10:57 PM

E detalhe para os técnicos: em 61, Scarone, campeão mundial em 30, e em 66 Máspoli, arqueiro do Maracanazo.

Publicado por: Francisco em novembro 25, 2006 10:58 PM

Não, Francisco, esse não era o gato Fernandez detentor do penúltimo bigode a colocar-se embaixo das traves - o derradeiro foi o do Rodolfo Rodrigues. A essa altura o ex-colorado Roberto Eladio Fernandez Roa andava pelo Cerro Porteño.

O arqueiro do Peñarol era um também genial Fernandez, mas de nome Gustavo, que defendeu os carboneros entre 82 e 84, se não estou enganado.

Publicado por: Douglas Ceconello em novembro 26, 2006 3:15 PM

Sugiro um post sobre o fim da BIGODAMA nos jogadores de futebol. Acho queo último destaque foi o nobre VALDIR, que fez a alegria da torcida do galo por vários anos.

Publicado por: Bruno Galera em novembro 26, 2006 9:30 PM

Na verdade o Bigode (adereço capilar estético) nos deixou faz tempo...

A entrada do Marketing no futebol arruinou tudo: chuterias brancas, barbas feitas, faixas na cabeça (antigamente elasticos improvisados) que levam uma marca, e claro, o fim do bigode!

Pela volta do Bigode e das chuteiras bem engraxadas

Desde já,
Abraços

Publicado por: Leonardo Vigolo em novembro 26, 2006 11:51 PM

Concordo com vocês. Abriremos a "CPI do Bigode" para descobrir se o patrocínio das empresas de gilete exige jogadores de cara completamente lisa.

E engraxar sua própria chuteira é uma atividade realmente nobre, cria caráter.

Publicado por: Douglas Ceconello em novembro 27, 2006 1:46 AM

Ceconello,

Seria bacana se tu fizesse um post com as participações dos clubes brasileiros na Libertadores. Quem sabe com a posição final em cada ano, alguns dados curiosos... Mas somente as participações já tá valendo!!!

Abraço

Publicado por: Hans em novembro 27, 2006 2:13 PM

Boa sugestão, Hans. Acredito que há tempo para a empreitada.

Abraço.

Publicado por: Douglas Ceconello em novembro 28, 2006 1:24 AM

Sem esquecer, é claro, da CPI do bigode e a construção do caráter.

Publicado por: Leonardo Vigolo em novembro 28, 2006 10:01 AM

Sem esquecer, é claro, da CPI do bigode e a construção do caráter.

Publicado por: Leonardo Vigolo em novembro 28, 2006 10:01 AM

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