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abril 27, 2007

Torcedor no pau-de-arara

Dia desses fui interpelado pela patroa sobre um assunto mui discutido durante os últimos 100 anos. Ela exigia de mim uma resposta sobre os motivos que tornam o futebol essa loucura de Jesus e faz com que um bando de seguidores rendam preces a instituições destinadas a tão singular esporte.

Esse é um assunto que já me tomou algum tempo. Nunca cheguei a qualquer resposta que me acalmasse a nervura. Nem me interesso muito mais pelo assunto e tenho certa aversão a teorizações. Na ocasião do questionamento, em alguma noite da última quinzena, eu andava já pelo sexto chopp. Como bebo profissionalmente, não sou afeito a muitas divagações durante o ato. No entanto, como era uma pergunta da consorte, fiz questão de despender algum esforço.

Gostaria de vos alertar que minha vida torcedorística foi extremamente difícil no início desses oito anos de alegre relacionamento. Era uma mulher que não gostava de futebol, vejam só. Mas não que fosse indiferente. Ela odiava. Chegava ao desplante de nem time de preferência ter. Não para meu pai, que ao primeiro contato com a portadora das melenas louras, acusou: "Mas tu tem uma cara de gremista...".

Pois bem. Na nossa fase pré-jurássica, eu tinha que usar dos mais variados subterfúgios para acompanhar ao menos os jogos do Colorado e, ao mesmo tempo, não parecer um cara negligente com a rotina a dois. E eu fazia tudo que vocês possam imaginar. Andava com escutas pelo corpo, fones que repentinamente apareciam da gola do blusão. Saía no meio da sessão de cinema para correr a um orelhão e ligar para um posto avançado, ansioso por resultados, sendo abastecido de placares por variados informantes.

Quando os jogos eram imperdíveis, misteriosamente eu desejava encontrá-la um pouco mais tarde. A quintessência da malandragem, no entanto, acontecia quando eu a convidava para tomar uma cerveja. Ao chegarmos no bar, eu aparentava espanto: "Bah, tá passando jogo. Olha só, é do Inter", dizia, puxando a cadeira e gritando ao balconista antes que tivesse de buscá-la em uma fuga desenfreada.

Mas essa época ficou no passado. Com o decorrer do tempo, a signorita percebeu que o futebol realmente era um troço importante para mim e que não tolheria meu compromisso com uma vida marital. Hoje, há até simpatida de sua parte pelos rubros da Padre Cacique. Percebi que tinha o aval definitivo quando fomos a um jogo. Não muito importante, claro. Não queria que ela percebesse o fauno delirante que se apossa de mim cada vez que estou na grande estrutura de concreto margeada pelo Guaíba. A cumplicidade futebolística foi selada, embora até hoje ela não entenda muito bem por que diabos eu preciso ver um jogo entre argentinos e mexicanos em um horário esdrúxulo.

Bem. De volta à mesa do bar. De volta ao questionamento. Assim de prima, surpreso, tentei explicar que o futebol é algo que faz parte da tradição, passado pelos familiares, como se fosse uma comunidade. Argumento pedestre, sem dúvida. Não me admira que ela não tenha aceitado. Acossado e espremido, tentando embasar a coisa de qualquer maneira, refugiei-me nos recôncavos da ideologia e do comprometimento pessoal. "Há coisas que não se explica. Talvez seja como na Política. As pessoas também torcem para partidos". Um lixo, claro. Quando existia, a política partidária angariava apoio popular através de diretrizes que influenciavam a vida das pessoas de forma direta. Mas ninguém vai afirmar: "Sou palmeirense, portanto defendo a revisão das taxas de juros". Nenhum sentido. Apenas para completar, hoje não há mais partidos nem ideologias. Tudo se restringe a formas diferentes de manifestar a mais absoluta canalhice.

Não me dei por vencido e continuei. "Tu pode simplesmente simpatizar com um clube, mas quando conhece a história da agremiação, identifica-se com certos aspectos." Citei, no caso do Inter, o fato de o Beira-Rio ter sido construído com ajuda dos torcedores, de o clube ter sido um dos primeiros a aceitar negros, de ser conhecido como Clube do Povo. Melhorou, mas a questão da "paixão", da comoção que provoca na plebe, ainda misturava-se à fumaça de Marlboro.

Eu, que então já não freqüentava os límpidos lençóis da sobriedade, resfoleguei. "Sei lá, se eu tiver que te falar de mim, vou te dizer que foi a cor. A primeira vez que fui ao Beira-Rio ver o Inter jogar, o que me chamou mais atenção foi o vermelho. É uma maravilha ver o sol refletindo no vermelho", poetizei. Bem, se o inquiridor fosse eu, perguntaria por que eu não demonstrava o mesmo entusiasmo pela flamejante tonalidade quando representada nas Artes Plásticas. Óbvio que a incisiva agente da polícia futebolística não ficou de todo convencida. "Como é possível as pessoas se escabelarem quando o time perde? São os jogadores que perdem". Em parte, concordo. Os clubes nada mais são que sociedades com patrimônio. A diferença está no fim e na multidão que se compromete com determinados objetivos. Acontece que os atletas não são o time. Nem são o emblema, nem a torcida. Mas é claro que, na hora, não disse nada sobre minha parcial concessão. Seria como tirar um zagueiro e colocar um ponta para segurar o empate.

Nos estertores da minha resistência, apelei para a irracionalidade e admiti minha necessidade de suave selvageria, acompanhada de doses regulares de insanidade e também pela consciência da total falta de sentido da humanidade. Tratei essa gama de pequenas urgências pessoais como como algo digno dos bons homens e genuíno da espécie - no que de fato acredito. Mais que isso, aventurei-me pela seara antropológica. "Podemos avaliar como um sentimento de TRIBO. Quando o Inter ganha, eu fico feliz e os outros ficam tristes. Isso me agrada. Não torço pela seleção porque todos ficam felizes. É claro que torcedores de outros países não gostam, mas daí a tribo fica grande demais, difícil de atingir. Não tenho sentimento nacionalista." A resposta me alegrou por um momento, mas não posso dizer que foi oi suficiente para aplacar a fúria da oposição.

Entretanto, em respeito ao meu desgaste emocional, a conversa foi interrompida. Dedicamos nossos esforços conjuntos a requisitar um garçom. Ninguém ficou convencido. Entendo o anseio de parcela das mulheres pela comoção dos homens com seu clube, mas eu nem desejava ter chegado a qualquer conclusão. Há tempos não pretendo dissecar o universo do futebol como se fosse o cadáver de uma rã deitado numa superfície clara. Contento-me em achar que é gratuito e não pode ter uma justificativa plausível. No fim das contas, o que vale é a mescla de egoísmo e diversão, condimentada com a devida necessidade de se apaixonar e enlouquecer. Seja numa festinha cheia de lascívia ou no campo de jogo.

Saudações,
Douglas Ceconello.

Publicado em abril 27, 2007 1:27 PM

Comentários

Tudo isso poderia ter sido evitado com um "Porque sim, ora", que, afinal, é a essência do futebol, ficando implícito que os que não conseguem entender a grandeza do "porque sim" não deveria incomodar os outros.

Publicado por: Bruno em abril 27, 2007 1:54 PM

Explicação meio boba... Eu acredito mais em tradição passada de pai para filho... onde podem ocorrer dois fenômenos:
(i) o filho segue os ensinamentos do pai e vira gremista;
(ii) o filho se rebela contra o pai e vira colorado.

Pode ver... 99% dos filhos que se rebelam viram colorados... mas como o percentual de filhos que escolhem a opção (ii) é tão ínfimo que não interfere nas estatísticas...

o pai ensina o caminho correto, mas ele prefere sofrer e apanhar da vida e quando se arrepende não pode mais voltar atrás e admitir que o pai estava correto.

DÁ-LHE GRÊMIO!!!

Publicado por: Guillermo em abril 27, 2007 2:06 PM

muito bom esse relato, me identifiquei em vários aspectos. Quanto ao porquê, é certo que as metáforas de guerra são as melhores explicações. O futebol dá o tesão de decepar membros dos inimigos sem a culpa inerente ao assassinato. No caso gaúcho, onde a rivalidade é necessária, esse aspecto é ainda mais forte. Em outros casos, a simpatia por um time existe mais pelo bom futebol que aquela agremiação apresentou em certo momento das suas vidas.

Publicado por: Luís Felipe em abril 27, 2007 2:09 PM

Bruno, conhecendo a INTERLOCUTORA sei que eu levaria uma FACADA se fosse sucinto assim. dsjidsisd

No mais, o questionamento não era por escolher este ou aquele clube, mas o que faz o torcedor em geral ser um ALUCINADO e não apenas acompanhar o seu time e o esporte.

E concordo com a eficiência da metáfora bélica, Luís Felipe, principalmente com a parte de DECEPAR. srhsgsh

Publicado por: Douglas Ceconello em abril 27, 2007 2:16 PM

Futebol é o começo e o fim de tudo.
O que fazemos entre os jogos é que não tem sentido e carece de explicação.

Publicado por: Luiz Filipe em abril 27, 2007 2:24 PM

Pergunta cabulosa da Sra. Ceconello, nunca parei pra pensar, mas não é facil axar uma explicação convincente.

No momento acompanho o Luiz Filipe "Futebol é o começo e o fim de tudo."

Publicado por: Christian em abril 27, 2007 2:39 PM

"Eu, que então já não freqüentava os límpidos lençóis da sobriedade, resfoleguei." - só um torcedor seria capaz de produzir essa maravilha. E, "Futebol é o começo e o fim de tudo.
O que fazemos entre os jogos é que não tem sentido e carece de explicação." haehhehaehea ... tocante! vocês me fazem sentir menos sozinho neste mundo.

Publicado por: fernando em abril 27, 2007 2:41 PM

Bah, totalmente excelente, como diria o Bonfá.

Minha guria é quase igual, a única diferença é que ela é gremista assumida, mas despreocupada. Mas nunca na vida parou para assistir um jogo nem nada.

E eu nunca fiz de conta também que não gostava de futebol. Desde o começo, e lá se vão três anos, ela sabe que quartas ou quintas, sábados ou domingos - ou todos estes dias, dependendo - ela sabe que por duas horas eu vou estar indisponível.

E quando fui perguntado sobre a mesma coisa, disse que não sabia bem o por que. Tradição, acho; uma família gigantesca em que todos são colorados e só os anexos são infiéis. Mas a cor, o nome, o símbolo mais lindo que existe contaram muito também.

O mais engraçado é que hoje em dia ela até entende um pouco do riscado. Colegas de trabalho dela, sabendo do meu VÍCIO, perguntam sobre jogos. E ela responde.

Publicado por: Francisco em abril 27, 2007 2:56 PM

me fiz a mesma pergunta nessa quarta-feira, nas arquibancadas da boca do jacaré, em taguatinga, ao ver o cruzeiro sendo eliminado pelo bando de peladeiros do luiz estevão.

fui dormir e passou.

Publicado por: m em abril 27, 2007 3:01 PM

"embora até hoje ela não entenda muito bem por que diabos eu preciso ver um jogo entre argentinos e mexicanos em um horário esdrúxulo".

isto resume o futebol: algo sem nenhum sentido.

e é justamente por isso que o amamos tanto.

douglas, chorei ao ler o texto. muito, muito bom.

Publicado por: dante em abril 27, 2007 3:23 PM

Douglas, acredito que é essa idéia tribal que mais se aproxima do razoável. Um clube de futebol, quando representativo, é um grupo social. Os seus semelhantes (ainda que nada semelhantes) se protegem. Os rivais, hostilizados.

Nunca concordarei com a idéia de que "são os jogadores que perdem". Na verdade, os jogadores são os que menos perdem. A instituição é que perde. O clube e a torcida. Tem uma música da geral que diz "passam os anos, passam os jogadores", é bem por aí, os jogadores passam, jogam em muitos clubes, se aposentam, falecem. Os títulos ficam para sempre.

Acho que no Brasil também tem bastante aquela coisa do futebol ser uma fuga dos problemas econômicos e sociais. Eu acho que faz bastante sentido, infelizmente. Neste caso o futebol é uma espécie de droga - o "ópio do povo".

Publicado por: Gustavo em abril 27, 2007 3:44 PM

Douglas, acredito que é essa idéia tribal que mais se aproxima do razoável. Um clube de futebol, quando representativo, é um grupo social. Os seus semelhantes (ainda que nada semelhantes) se protegem. Os rivais, hostilizados.

Nunca concordarei com a idéia de que "são os jogadores que perdem". Na verdade, os jogadores são os que menos perdem. A instituição é que perde. O clube e a torcida. Tem uma música da geral que diz "passam os anos, passam os jogadores", é bem por aí, os jogadores passam, jogam em muitos clubes, se aposentam, falecem. Os títulos ficam para sempre.

Acho que no Brasil também tem bastante aquela coisa do futebol ser uma fuga dos problemas econômicos e sociais. Eu acho que faz bastante sentido, infelizmente. Neste caso o futebol é uma espécie de droga - o "ópio do povo".

Publicado por: Gustavo em abril 27, 2007 3:44 PM

tava tão emocionado que cliquei duas vezes. delete um, por favor.
Ah, e parabéns pelo texto!

Publicado por: Gustavo em abril 27, 2007 3:48 PM

Pessoal, façamos esse texto circular pela internet, como aquelas bobagens da Martha Medeiros.

Isso PRECISA ser compartilhado com o universo inteiro. Talvez (eu disse TALVEZ) seja a melhor coisa que tu já escreveu, amigo. Irretocável.

E quando a patroa me vê vibrando ou sofrendo por futebol, apenas sorri, balançando a cabeça.

E é justamente pela singeleza desse ato que a amo tanto.

Publicado por: EGS em abril 27, 2007 3:48 PM

Não sei o que é melhor neste blog, se são os posts ou os comentários!

"Não torço pela seleção porque todos ficam felizes."

"O que fazemos entre os jogos é que não tem sentido e carece de explicação."

GENIAL.

Publicado por: Gralha em abril 27, 2007 4:48 PM

Diga-se de passagem, minha ex-patroa entendeu TUDO quando acompanhou Náutico x Grêmio em 2005.

IMPOSSÍVEL não se apaixonar por isso.

Publicado por: Gralha em abril 27, 2007 4:51 PM

Só um adendo: futebol é tão importante que até o cachorro da gente tem que ter time. De preferência o nosso.

Publicado por: Luiz Filipe em abril 27, 2007 5:11 PM

Nesse sentido de patroa, acho que sou felizardo. Apesar de ela não ser doente como eu, ela gosta de futebol e entende. Até costumamos conversar sobre futebol quando saímos para janatar e tal. O problema é que ela torce para um time (Figueirense) e eu para outro (Avaí). Já ficamos três dias sem nos falar por causa de uma discussão futebolística (ela veio tirar sarro de mim). Mas, no mais, tudo certo.

Publicado por: Felipe em abril 27, 2007 5:38 PM

Luiz, tu tem td a razão...mas o pior de td é qndo tu desconfia q teu cachorro torce pro co-irmão, no caso do meu cusco, acho q ele torce pro inter...embora euassista com ele tds os jogos do Grêmio...

é o inimigo na trincheira!

Publicado por: alemao em abril 27, 2007 5:56 PM

BELÍSSIMO RELATO.

Felizmente não passo mais por esse problema (que certamente já atormentou - ou vai atormentar QUALQUER torcedor): não só minha patroa quanto meus atuais sogro e cunhados são TÃO FANÁTICOS (ou mais) do que eu pelo tricolor da Azenha e pelo esporte bretão em geral. Ela praticamente CRESCEU em uma casa onde assistir CABOFRIENSE x VOLTA REDONDA ás 11:00 de sábado não era algo OLIGOFRÊNICO e sim material para análises DEVERAS importantes.

Publicado por: Gabriel Divan em abril 28, 2007 10:34 AM

ninguém falou sobre a importância de tomar um trago com outros bolas sem mulheres enchendo o saco por perto.

parece meio talibam, mas é uma parte importante da coisa, digo eu. dashkdas

abrassssssssssssss

Publicado por: mauricio em abril 28, 2007 12:55 PM

Futebol eh a unica coisa que faz um homem de 60 anos se sentir como uma crianca de 6 anos... e ficar feliz por isso...

Publicado por: Matheus em abril 28, 2007 1:00 PM

Muito bom.

EGS: já repassei o texto.

Douglas atingindo a excelência carnal.

Publicado por: Menezes em abril 28, 2007 3:45 PM

De fato, texto sensacional.

Publicado por: Antenor em abril 28, 2007 9:37 PM

Douglas, sempre há a alternativa do contra-ataque - tipo, responder à pergunta com outra, como "ah é ? E por que é que as mulheres passam batom antes de jantar ?". Mas sendo também casado, devo admitir que os resultados não seriam promissores.
Sobre cachorros torcedores, lembrei-me daquela velha piadinha - permite?
Dois sujeitos estão conversando num bar, e um deles diz:
- Acho que meu cachorro é corinthiano.
- Que engraçado, por que isso ?
- Bem, quando o Corinthians empata, ele fica meio tristonho, não sai da casinha, não atende quando eu chamo ... quando o Corinthians, perde, então, ele chega a ficar 3 dias sem comer e beber água !
- Nossa, que coisa ... Mas vem cá, e quando o Corinthians ganha, como ele reage ?
- Bom, isso eu não sei - eu só tenho o bichinho há uns 6 meses ...

Publicado por: Renato K. em abril 30, 2007 5:36 AM

O texto, Douglas, está impecável - ah, sim, quase impecável, pois todos sabem que é o azul que fica mais belo ao sol, vide o céu desta bela segunda-feira. Sério: parabéns. Melhor frase:"Eu, que então já não freqüentava os límpidos lençóis da sobriedade, resfoleguei."

Agora, eu sim gosto de teorizações. Consigo ser insano ainda com a costumeira ânsia de desvelar os bastidores, o que talvez me torne mais insano. E, quanto ao questionamento de vostra signora, tenho algumas acepções que tangenciam umas aqui já mencionadas. O sentimento de tribo me aparece como uma necessidade do homem em ser e ter cúmplices, pois a cumplicidade traz um sentimento parecido com o da amizade (tanto que eu trato alguns aqui como já fossem meus amigos sem nunca ter visto na vida). Afora este benefício, creio que "ser torcedor" funciona muitas vezes como a droga a que se referiu o Gustavo, pois o futebol proporciona vitórias em geral com mais facilidade do que a "vida", e as derrotas na bola são compartilhadas, livres da solidão. Somo a isso um fator mais subjetivo que é conhecido como "a magia do futebol", que é este aplicado como arte, ou seja, o homem suplantando limites (fazendo coisas inimagináveis, seja como time ou individualmente, dentro das quatro linhas, num tempo estabelecido), indo "além de si".

É claro que o futebol não é o único esporte a proporcionar tais sentimentos. Mas é o que escolhemos.

Publicado por: Rômulo Arbo em abril 30, 2007 1:13 PM

Sensacional o texto. Estou salvando uma cópia para imprimir e entregar para todas as futuras pretendendes, para entender o que se passa e o que ocorre com uma pessoa (no meu caso, uma família, tendo em vista que meu pai é treinador de um time) ligada ao futebol.

"Futebol é a coisa mais importante entre as menos importantes da vida"

Publicado por: Marcelo Brazil em maio 2, 2007 3:21 PM

É claro que, como já passou muito tempo, 11 dias, é provável que ninguém veja este comentário, mas é bom colocar as coisas no seu lugar e dar crédito a quem de direito.

Pois bem, a frase:

"Futebol é o começo e o fim de tudo.
O que fazemos entre os jogos é que não tem sentido e carece de explicação."

não é original e seu autor é Nelson Rodrigues, escrita numa crônica dos anos 60.

Publicado por: Vitor VEC em maio 8, 2007 9:32 AM

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