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Demência Semântica

setembro 6, 2006

Cientistas encontram área no cérebro que liga palavras a objeto

Jeremy Lovell

Cientistas acreditam que finalmente encontraram a região do cérebro que lida com a função crucial de relacionar palavras a objetos do dia-a-dia. Usando escaneamentos cerebrais de pessoas que sofrem de DEMÊNCIA SEMÂNTICA, o segundo tipo mais comum de demência depois do mal de Alzheimer em pessoas com menos de 65 anos, cientistas descobriram que a parte frontal do lóbulo temporal parece ser crucial para a aplicação de conceitos.

"As pessoas têm discutido sobre como o cérebro codifica conceitos há 150 anos. Acreditamos que descobrimos onde fica", disse Matthew Lambon-Ralph, da Universidade de Manchester, durante reunião anual da Associação Britânica para o Avanço da Ciência, nesta quarta-feira.

Antes da nova pesquisa, cientistas acreditavam que a parte do cérebro que lida com conceitos era a região de Wenicke, que está mais atrás no lóbulo temporal, mas exames e experimentos mostram que uma degradação da parte frontal parece ser a chave.

Pacientes com o problema, apesar de serem capazes de fazer atividades mecânicas diárias como fazer uma xícara de chá, desde que desempenhadas na mesma ordem a cada vez, são incapazes de casar idéias abstratas a ações concretas.

Nos experimentos, uma mulher desenhou com precisão um pato quando uma fotografia ficou mantida na frente dela, mas, um minuto após a imagem ser removida, ela conseguiu esboçar apenas uma criatura de quatro patas com traços de galinha e gato.

"Eles conseguem identificar tipos gerais, mas não específicos", disse Lambon-Ralph, citando que o mesmo se aplica a cheiros e toques quando os pacientes são colocados sob isolamento.

"Sempre fui fascinado sobre como o cérebro atribui significado. Conseguimos alguns avanços em direção a isso", disse o cientista.

Pacientes com DEMÊNCIA SEMÂNTICA demonstram progressiva deterioração na capacidade de entender e reconhecer palavras, enquanto outras funções frequentemente ficam intactas.

Apesar das descobertas, muito ainda falta ser compreendido sobre essa função particular do cérebro.

Os cientistas não somente não sabem qual dos dois lóbulos temporais está envolvido, como também não sabem se outras partes do cérebro tomam parte do processo de atribuição de conceitos.

Somente quando eles descobrirem as respostas a essas questões fundamentais eles serão capazes de trabalhar para desenvolver terapias que combatam os efeitos destrutivos da doença progressiva que pode matar. (Terra)

Walter Valdevino Demência , Estudo , Miolos Comentários (0) Comentários (0)