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Falar duas línguas ajuda a adiar demência, sugere estudo

janeiro 11, 2007

"Estamos bem surpresos com o resultado", diz a principal encarregada da análise, Ellen Bialystok. (Estado)

Falar duas línguas ajuda a adiar demência, sugere estudo

Os pesquisadores examinaram os registros de diagnóstico de 184 pacientes que procuraram uma clínica com queixas sobre suas faculdades cognitivas

TORONTO - Cientistas canadenses encontraram evidências de que o uso, por toda a vida, de duas línguas pode ajudar a adiar o início de sintomas de demência por até quatro anos, em comparação com pessoas que falam apenas uma língua.

Pesquisadores vêm estudando, há tempos, fatores do estilo de vida que podem ajudar a criar uma "reserva cognitiva", uma flexibilidade maior do cérebro que parece ajudar a compensar as perdas de função que dão início aos sintomas de demência.

Agora, cientistas do Rotman Research Institute encontraram sinais de que o bilingüismo pode ser um desses fatores. O trabalho será publicado na edição de fevereiro do periódico Neuropsychologia.

"Estamos bem surpresos com o resultado", diz a principal encarregada da análise, Ellen Bialystok.

Os pesquisadores examinaram os registros de diagnóstico de 184 pacientes que procuraram uma clínica com queixas sobre suas faculdades cognitivas. Desses, 91 eram monolíngües e 93, bilíngües. Em conjunto, os bilíngües falavam mais de 25 línguas, sendo as mais comuns polonês iídiche, alemão, romeno e húngaro.

Cento e trinta e dois dos pacientes satisfaziam os critérios para provável Alzheimer. Os demais 52 foram diagnosticados com outras formas de demência. A pesquisa determinou que a idade média de início dos sintomas de demência no grupo monolíngüe foi de 71,4 anos, e no grupo bilíngüe, 75,5 anos. A diferença se manteve mesmo depois de controlados outros fatores, como diferenças culturais, educação e sexo. (Estado)

Walter Valdevino Demência , Estudo , Terapias Alternativas Comentários (0) Comentários (0)