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Fumantes têm mais chance de ter meninas, diz estudo

abril 10, 2007

"O que nós descobrimos quando levamos outros conhecidos fatores de risco em consideração, como a idade da mãe, o número de filhos e a situação sócioeconômica, é que o fumo durante a gravidez está associado a mais nascimentos de meninas", diz Delpisheh. (Folha Online)

Fumantes têm mais chance de ter meninas, diz estudo

Pais que fumam têm mais chances de ter bebês do sexo feminino, de acordo com estudo realizado pela Liverpool School of Tropical Medicine, na Inglaterra.

A pesquisa, envolvendo quase 9.000 bebês nascidos entre 1998 e 2003, revelou que mulheres que fumam bastante têm mais chances de ter meninas. A probabilidade aumenta se o pai também for fumante.

Este grupo tem 50% menos chances de ter um bebê menino do que o grupo integrado por pais que não fumam.

O estudo também encontrou um possível vínculo entre o fumo passivo e uma maior probabilidade de nascimentos do sexo feminino se o pai for fumante.

"Nós já sabemos, a partir de estudos anteriores, que fumar durante a gravidez afeta o peso do bebê e a duração da gravidez", diz Ali Delpisheh, coordenador da pesquisa.

"Também sabemos que filhos de mães que fumam durante a gravidez sofrem mais risco de desenvolver doenças respiratórias como a asma", acrescenta.

Embriões

Segundo Delpisheh, os registros de nascimentos em países desenvolvidos nos últimos 50 anos mostram um declínio significativo na proporção de nascimentos de bebês meninos em relação aos de meninas.

O cientista afirma que a relação entre o número de nascimentos de meninos e o de meninas é um indicador importante da saúde de uma população, porque embriões masculinos são mais frágeis do que os femininos.

"O que nós descobrimos quando levamos outros conhecidos fatores de risco em consideração, como a idade da mãe, o número de filhos e a situação sócioeconômica, é que o fumo durante a gravidez está associado a mais nascimentos de meninas", diz Delpisheh.

"Essa associação aumenta entre os que fumam muito, e se o pai também fuma."

O pesquisador afirma que os números também variam de acordo com a intensidade do hábito.

Os cientistas não sabem ao certo o que causa esse efeito, mas a hipótese é de que as células do espermatozóide que carregam o cromossomo Y, associado ao nascimento de meninos, são mais sensíveis a mudanças desfavoráveis associadas ao fumo.

"Estes resultados são importantes quando se avalia os danos para a saúde pública provocados pelo fumo na gravidez. Mas precisamos fazer mais pesquisas para descobrir exatamente o que causa esse efeito", concluiu Delpisheh. (Folha Online)

Walter Valdevino Estudo , Fumo , Sexo Comentários (1) Comentários (1)