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Estudo calcula 'custo da fofoca' no trabalho

maio 22, 2007

Um levantamento realizado com trabalhadores britânicos estimou o custo da fofoca e de outras interrupções aparentemente inofensivas de trabalho, como problemas de computador, simulações de incêndio e atrasos de dez minutos.

Mas o grande responsável pela perda de tempo, disse a consultoria, são as chamadas "táticas de adiamento" dos funcionários: navegar pela Internet, perder-se em digressões e pensamentos ou simplesmente fazer café para os colegas. (BBC)

Estudo calcula 'custo da fofoca' no trabalho

Perdas 'inofensivas' de tempo custam 13 dias de trabalho ao ano

Um levantamento realizado com trabalhadores britânicos estimou o custo da fofoca e de outras interrupções aparentemente inofensivas de trabalho, como problemas de computador, simulações de incêndio e atrasos de dez minutos.

Em um país onde é comum que os empregados se queixem das longas horas passadas no escritório, a consultoria de recursos humanos Office Angels disse que foi "surpreendente" descobrir que tais desperdícios chegam a uma média individual de 13 dias úteis de trabalho por anoquase três semanas da jornada de trabalho.

Dos cerca de 28,9 milhões de trabalhadores britânicos, um porcentual equivalente a 13% admitiu gastar pelo menos duas horas semanais fofocando com os colegas, revelou a pesquisa.

Nos cálculos da consultoria, os britânicos gastam 7,4 milhões de horas semanais nesta atividade. Como o salário médio na Grã-Bretanha é de 11,71 libras por hora, o estudo concluiu que as empresas perdem mais de 86 milhões de libras por ano (cerca de R$ 345 milhões).

A mesma quantia é perdida em encontros que foram descritos como "inúteis" – como reuniões para rediscutir cronogramas de reuniões.

Segundo a pesquisa, 8 milhões de horas são gastas por semana com problemas de computadores na Grã-Bretanha, onde 59% dos entrevistados disse gastar pelo menos 30 minutos por semana reiniciando suas máquinas.

Mas o grande responsável pela perda de tempo, disse a consultoria, são as chamadas "táticas de adiamento" dos funcionários: navegar pela Internet, perder-se em digressões e pensamentos ou simplesmente fazer café para os colegas.

Tempo e dinheiro

Com base nesses números, o estudo estimou que a perda econômica da economia britânica chega a 6,85 bilhões de libras esterlinas – ou cerca de R$ 27 bilhões – por ano.

"Tempo é dinheiro. Saber como gastamos nosso tempo nos permite trabalhar de maneira mais eficiente como equipe", disse o diretor-gerente da consultoria, David Clubb.

"Isto significará, é claro, dar um pouco mais de atenção ao trabalho, mas também assegurar que tenhamos um equilíbrio saudável entre a vida e o trabalho, terminando as tarefas durante o tempo previsto na jornada."

Mas a pesquisa demonstrou ainda que o custo da pausa para o café e da navegação pela Internet está sendo amenizado por comportamentos conscientes em outras áreas.

Os trabalhadores britânicos estão, por exemplo, reciclando mais papel – 39% de todos os respondentes, segundo a pesquisa.

Cerca de 12% deles disseram substituir os copos de plástico por outros de vidro na hora de tomar água.

Além disso, 35% dos empregados britânicos desligam seu computador ao final do expediente, o que, por noite, equivale a uma economia de 83 milhões de libras, ou cerca de R$ 330 milhões. (BBC)

Walter Valdevino Estudo , Trabalho Comentários (0) Comentários (0)