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Estudo defende sexo para melhorar comportamento de presos

maio 6, 2007

O trabalho de pesquisa, elaborado a partir de uma amostra de 80 internos de segundo grau --60 homens e 20 mulheres-- do centro penitenciário de Topas, em Salamanca (oeste), considera comprovado empiricamente que a vida sexual contribui para forjar uma melhor conduta na prisão. (Folha de São Paulo)

Um estudo do Instituto Interuniversitário de Criminologia da Andaluzia (sul da Espanha), defende aumentar relações íntimas de presos para melhorar seu comportamento e favorecer a interação social.

O trabalho de pesquisa, elaborado a partir de uma amostra de 80 internos de segundo grau --60 homens e 20 mulheres-- do centro penitenciário de Topas, em Salamanca (oeste), considera comprovado empiricamente que a vida sexual contribui para forjar uma melhor conduta na prisão. Em uma série de entrevistas, a cujos resultados a Efe teve acesso, são analisadas as relações íntimas dos presos.

O estudo conclui que as mulheres tinham uma vida sexual mais ativa que os homens, entre outras razões porque 82% tinham seu parceiro dentro do centro penitenciário.

Para esta proporção de presas, as palavras solidão, insatisfação sexual ou necessidades afetivas tinham uma menor presença em sua escala de sentimentos, o que, segundo o estudo, significa que ter um companheiro na prisão tem efeitos beneficentes imediatos sobre o bem-estar social dos internos.

A pesquisa recomenda aumentar a freqüência dos contatos entre casais detidos, tanto nas salas de comunicações íntimas como em outros espaços da prisão onde possam conversar e compartilhar preocupações. Também sugere que se facilitem as relações, assim como as comunicações íntimas, entre pessoas de diferentes sexos na prisão, sem que intermedeie um vínculo de casal estável.

Os contatos deveriam ir acompanhados, segundo o estudo, de um serviço de assessoria sexual e de casal, onde se possam trabalhar aspectos como a ética das relações interpessoais, o controle do contágio da Aids e a prevenção de uma gravidez não-desejada. Além disso, para os internos que têm seu parceiro fora da prisão, recomenda-se que os contatos íntimos sejam mais freqüentes.

A implantação de centros penitenciários com módulos para mulheres e homens estabeleceu relações de casal que, até recentemente, eram impensáveis.

"Antes, nem se podia ver uma mulher na prisão. Era uma vida muito tensa. Na prisão, chamávamos de tortura sexual, era mais tenso, mais agressivo", segundo um dos testemunhos recolhidos no estudo. (Folha de São Paulo)

Sabrina Fonseca Sexo Comentários (1) Comentários (1)