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HIGH SCHOOL NEVER ENDS

Este ano completa-se uma década que terminei o ensino médio. Era o fim de uma sucessão de calendários letivos nos quais tinha duas preocupações básicas: passar de ano da forma mais digna possível e entrar para a turma.

Não consigo me lembrar de nenhuma outra aspiração que não fossem estas duas. A escolha profissional foi ficando para depois. Acabei entrando 1997 sem nenhuma noção do que queria fazer. O que foi extremamente danoso, uma vez que acarretou fazer um vestibular equivocado para Direito com Filosofia em segunda opção. Entrei nos dois cursos, em duas universidades diferentes. Outro erro. E acabei abandonando ambos para incursar na única opção possível para minhas aspirações. Queria um curso que não exigisse muito, aliás nada. Estava de saco cheio de tudo e acabei no jornalismo.

Não tenho nenhum respeito por quem tenha sempre querido ser jornalista. Não tenho respeito nem por quem tenha respeito pelo jornalismo. Encher o peito para se dizer JORNALISTA é como se orgulhar de ser capaz de arar uma panela até que ela fique brilhando como um reflexo de espelho. Informar é um serviço sujo que precisa ser feito e pelo qual eventualmente se paga bem mas, vamos e venhamos, vá se orgulhar de sua punheta. Qualquer mendigo alfabetizado pode ser jornalista.

E assim me torneium jornalista profissional, como diz o registro na carteira. Não me orgulho em nada disso, como explicito acima, mas vou sobrevivendo. No entanto creio que algo ficou para trás, precisamente no Colégio Farroupilha. Eu deveria ter repetido o ano por conta de Matemática naquele 1997. Como aliás muitos dos que se formaram comigo. Não se apaga de minha memória a cena de uma colega nossa, por sinal chamada Celeste (lindo nome), achegando-se com a prova de recuperação para pedir explicaões ao professor. Cartas marcadas: ninguém falhou naquele ano letivo. Todos se formaram. O material da formatura já tinha sido produzido e a direção do tradicional liceu de Três Figueiras não queria estragar nenhuma festa.

Mas aí que tá. Algo que precisava ser terminado ficou lá. E é por isso que, 10 anos depois, continuam povoando meus sonhos os pátios e quadras e salas de aula. Ainda não terminou. Não entrei para a turma. Para nenhuma turma.

14/02/2007 12:56    | Comentários (8)

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