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« junho 2006 | Principal | agosto 2006 »


NÃO É FUTEBOL

Faz tempo que o pó de arroz gaúcho protagoniza episódios que transcendem de forma negativa o futebol. Desta vez, conseguiram superar todos os limites da racionalidade e tacaram fogo em banheiros químicos no Beira-Rio, como todo o país pôde ver — o jogo teve transmissão nacional pelo Sportv. Aquela torcidinha marginal cheia de loló na alma pulando enquanto aspirava a fumaça preta do plástico em chamas é o símbolo do que se tornou a segunda maior torcida do Rio Grande do Sul. Na ânsia por imitar o argentinismo de seus modelos portenhos, ainda conseguirão acabar com o clássico grenal, fazendo com que seja proibido o comparecimento de torcida adversária nos estádios portoalegrenses em dia de clássico — aliás, como é em Buenos Aires.

Podiam continuar só se encoxando nas avalanches de vida e cantando em portunhol que já tava lamentável o suficiente. No começo eu até achei graça, agora já tá se tornando um problema de saúde pública.

30/07/2006 21:31    | Comentários (17)


LISTAS INDIES

Porque eu sei que sou indie, não perco um Top Top. Melhor programa da MTV disparado, esta semana mostrou os maiores plágios da história da música — i.e., o que os pauteiros deles conseguiram arranjar. Achei inacreditável, por exemplo, que o simplesmente sensacional hit Connection, do Elastica, tenha sido plagiado. Fora as obviedades, como a toda-copiada Oasis, tem surpresas como Come as you are e surpresas pela conseq6uência do plágio: por exemplo, não tinha a menor idéia de que o Rod Stewart tinha tido que doar os direitos de "Do you think I'm sexy?" por tê-la copiado descaradamente de Taj Mahal. Impressionou também a cara de pau do Tim Maia, que simplesmente letrou uma música e chamou de Sossego. Gostei de ver na primeira colocação uma das bandas que eu mais tenho prazer de encher a boca para dizer que odeio, Led Zepellin, que teria copiado o dedilhado inicial de Starway to heaven de uma banda chamada Spirits. Cultura inútil da mais alta qualidade.

Outro destque da programação é o Ponto P, com a filha do Marcelo Nova dando conselhos sexuais cada vez mais evidentemente louca de alguma anfetamina.

29/07/2006 23:37    | Comentários (7)


MONDO ESPORTO 2

O resultado do Inter no Paraguai não foi nem uma maravilha nem uma desgraça. Já houve tempos em que um empate fora de casa era um bom resultado de qualquer forma, mas neste regulamento atual as copas oferecem uma emoção a mais ao dar como diferencial em caso de empate a vantagem do gol na casa do adversário. Poderia ter ganhado bem mais do que poderia ter perdido, mas o mais positivo para o colorado foi constatar que o Clemer está com sorte pela primeira vez na vida: a mesma bola que neste jogo foi para fora, num outro, no ano passado ou retrasado, contra o Boca se a memória não me falha, ela bateu na trave e entrou. Bom augúrio, que não dá certeza de coisa alguma, só a boa sensação de que há forças ocultas conspirando a favor, para variar.

* * *

Estava na sala de ginástica do prédio fazendo uma esteira quando me ocorreu uma imagem interessante. O meu corpo é como o planeta Terra: está em processo de aquecimento acelerado, mas é impossível mudar o estilo de vida. Da mesma forma que acontece com a humanidade, que se recusa a parar de emitir gases, eu também me recuso a mudar drasticamente o que entendo por vida. Aceito as conseqüências, assim como aceitam também os seres humanos ao abraçarem seus vícios. Minha conscientização é moderada, como pregam alguns ambientalistas em relação à biosfera 1.

27/07/2006 23:56    | Comentários (2)


MONDO ESPORTO

Poucas vezes vi uma decisão tão podre quanto estes dois jogos da decisão da Copa do Brasil. Era a decisão do ruim contra o pior. O gol de Obina na primeira decisão foi provavelmente o único lance que se salvou. Acho que eu preferia quando era os Paulistas, Cearás e Santo Andrés que ganhavam. Ex-Copa do Brasil.

Pelo jogo de ontem, não tem como entender como o Chivas chegou até a semi. São Paulo na final.

Robinho, tão bonzinho, doa um FUSCA, seu primeiro carro, para caridade. O carro será leiloado na internet e o valor arrecadado no leilão será doado. A cara de pau destes merdas é uma coisa fantástica. Queria ver doar um Porsche Carrera para caridade.

27/07/2006 13:05    | Comentários (2)


ESPÍRITOS

Tive a maior intoxicação alimentar em anos. Mesmo tendo morado um ano numa cidade litorânea, creio que este foi meu pior revés alimentar desde muito tempo. Os suspeitos são um pedaço de salmão cru, mordiscado antes da fritura, maionese sem colesterol, tilápia cozida na véspera, beterraba.

Mas o motivo deste post é dizer como é plausível pensar em um índio atribuindo a sensação de esvair pelos orifícios oral e anal os alimentos ingeridos a alguma indisposição com o alheio. Tenho a mais absoluta certeza de que foi o diabo, não uma salmonella, o que expeli esta madrugada e que me causou tamanho alívio de eliminar.

26/07/2006 20:33    | Comentários (3)


CONVIVÊNCIA

Nesta sexta e sábado pude ter uma medida do que realmente mais mudou nestes dois anos de afastamento de Porto Alegre: convivência com amigos. Muito mais que qualquer espécie de diferença cultural, da falta de churrasco, do barulho ou dos transtornos sociais, o que mais mudou foi a não-convivência diária com amigos, como costumava ser. Um amigo que chegou recentemente em São Paulo sentiu esta mesma carência, que já o havia impedido de "prosperar emocionalmente" em um país estrangeiro.

Mas não gosto disso como dependência. Creio que me desligar da convivência constante foi uma boa coisa. Reviver a diversão de visitar os amigos e com eles beber e ver filmes é um bom revival de uma fase que espero ter ultrapassado.

23/07/2006 13:31    | Comentários (24) | TrackBack (0)


COLORADO ESCALDADO

Meu primeiro jogo em estádio foi há 20 anos, no Beira-Rio. Deu Grêmio 1 x 0. Não posso dizer que ninguém me avisou.

Este ano a final do regional contra o arqui-rival foi talvez a minha maior decepção como torcedor na vida. Não que tenham sido poucas.

Até depois do gol do Rafael Sóbis, minha relação com o jogo, com a Libertadores e com o próprio clube era a de um ex-namorado que já não espera mais nenhuma coisa boa da antiga parceira. Sangue doce, se vier vem bem.

Até o gol de Rentería.

Maluco, instável, mau-caráter, egocêntrico e mega carismático, Rentería é um Romário negro e altão. Ocupa o lugar oposto ao Abel na balança das probabilidades. Ídolo máximo. Muito tempo que não vejo um jogador como este no meu clube.

19/07/2006 21:16    | Comentários (9) | TrackBack (0)


MAIS CAPITALISMO

Quem diria, uma frase de bom gosto e altíssimo realismo partindo do que appear to be um grande intelectual a serviço dos patrões:

“It is probably true that business corrupts everything it touches. It corrupts politics, sports, literature, art, labor unions and so on. But business also corrupts and undermines monolithic totalitarianism. Capitalism is at its liberating best in a noncapitalist environment.”

ERIC HOFFER

17/07/2006 19:18    | Comentários (0) | TrackBack (0)


SANGRIA SERRANA

Seja bem vindo. Já que você está aqui, já é um consumidor...
Consumidor de água, sabonete, toalha, papel...
Então, fique à vontade!
Não pare de consumir...
Quem sabe um café? Ou uma peça de artesanato?
Seu investimento traz benefícios a todos nós

Tinhamos recém saído da Via Dutra, pegando à esqiuerda na Floriano Pinheiro, que sobe a Serra em direção a Campos do Jordão. Estávamos a mais ou menos uns 40 km ainda da cidade serrana, mas já tínhamos uma amostra do que seria a constante da viagem: a sensação de estar o tempo todo sendo constrangido de todas as formas possíveis a gastar. A mensagem transcrita acima, de memória (grifos em negrito nossos), estava afixada no banheiro de uma parada de beira de estrada que chamava atenção por uma enorme xícara de café no telhado. Impossível não ficar no mínimo curioso. Apreciadores de café não tem como resistir. Mas, ao ver esta mensagem do cúmulo do acossamento - creio que uma taxa de uso do banheiro seria mais elegante -, só não deixei de tomar o tal espresso porque já estava lá para isso mesmo. O detalhe é que o café pequeno custava R$ 3, com a desculpa de ser 100% goma arábica. Evidentemente, pelo menos R$ 1 de taxa de uso do banheiro estava embutido no preço. Não perguntamos sobre o custo dos artesanatos. Seguimos adiante.

O pórtico de entrada de Campos do Jordão tinha mais ou menos umas 8 promoters distribuindo folhetos. Uma delas era de algum órgão público da prefeitura, e recomendava o cadastramento eletrônico para o uso da Zona Azul para estacionamento. O procedimento envolvia envio de mensagem pelo celular e uma cobrança de valor fabuloso na conta seguinte. Indaguei como seria possível que uma cidade no Interior tenha zona azul? Passando a Abernéssia, espécie de centro comercial para habitantes - que me deu a nítida e estranha sensação de estar em algum município catarinense - tudo se explicou: a partir do Capivari, o centro turístico, um caos urbano de dar inveja a qualquer Gramado em pleno festival de cinema. Não havia lugar para estacionar nas ruas, apesar da Zona Azul cobrada de forma eletrônica e moderníssima. Os muitos estacionamentos - todos com carros uns por cima dos outros - cobravam taxas mínimas de R$ 17 e seguintes a R$ 8. Um pouco mais para os lados residenciais, a Zona Azul continuava, mas os estacionamentos já baixavam de preço: bom sinal. Subindo mais um pouco, achamos lugares para estacionar gratuitamente na rua. Me pergunto que espécie de fator motivaria o pagamento arqui-exorbitante dos estacionamentos e zonas azuis e foi então que entendi: todos querem estacionar seus carros perto do footing para poder entrar neles o mais rápido possível e evitar o frio que bate à noite. Nada impressionante; uns 8° no máximo, mas a população paulista, mineira e fluminense do local deve achar o cúmulo da virilidade o simples fato de estar num lugar assim.

A superpopulação de carros também se reflete na superpopulação de humanos. Trajados com suas últimas aquisições em viagens a países de clima temperado, desfilam o estilo que devem acreditar ser a sofisticação aplicada. Impressiona a semelhança no modelo de exploração turística de Gramado e Canela tanto quanto a atitude de quem circula. As peles bronzeadas escondidas por gorros e luvas não deixam que a artificialidade se oculte.

Como dissemos anteriormente, tudo é fábula no que tange a economia de Campos do Jordão. os pratos chegam facilmente a R$ 30 e superam muito esta marca. Nos permitimos apenas alguns salgados pouco típicos em uma lanchonete árabe. Para utilizar os banheiros do parque de diversões era preciso passar pelo achaque de um rapaz pouco limpo uniformizado com farda do São Paulo. Aleguei falta de troco.

Conhecido o teleférico - que dá, este sim, uma sensação real de Europa no visual que revela - fomos à famosa cervejaria local. Foi tomado o cuidado de permanecer no balcão, no melhor estilo Dom João criado de si mesmo, para fugir dos 10%. Sábia escolha. Mesmo me valendo da estratégia de comprar uma caneca das de louça para pedir refil, gastei logo de saída R$ 10,80 (a de vidro era R$ 25,80). Já o refil era mais R$ 8,80 cada. Uma fortuna, percebe-se. Mesmo assim, foi uma grata supresa a qualidade da bebida: nas versões Weiss, Bitter e uma que não recordo o nome mas descrevo como de gosto predominantemente de café (não era bem Stout), posso classificar como o melhor chope de fabricação brasileira que já experimentei. De gosto, certamente rivaliza com os importador, mas perde num ponto que não parece ser mas é de fundamental importância: o efeito é de dar risada. Tivesse eu tomado quatro canecas de qualquer chope alemão e estaria me abraçando às pessoas, o que não era o caso.

Como para se vingar da fábula que acabara de gastar em bebida, Carol pediu um chocolate quente de R$ 9 numa badalada chocolateria local. Sem gosto de quase nada, na minha opinião.

E foi assim que conhecemos Campos do Jordão. Faz tempo que não vou a Gramado/Canela, nunca fui muito fã da Serra badaladinha, mas fiquei chocado com a exploração constante. Ainda preciso me acostumar ao capitalismo quendo aplicado de forma mais primitiva. As vantagens de se submeter a isso, no entanto, são óbvias. Voltaremos.

PS - - 'Um chops, dois pastel' e uma cura milagrosa - As dores estomacais que levaram o STF a se compadecer do ex-prefeito Paulo Maluf parecem coisa do passado. Ontem, ele saboreava pastel de carne e goles de cerveja em Campos do Jordão (SP). Satisfeito, deu R$ 20 para o guardador de carros. (pág. 1)

Com esta matéria na capa, o jornal O Globo de 2/11 escandalizou o país ao denunciar a pronta recuperação do ex-prefeito e símbolo máximo de São Paulo, Paulo Maluf. O estabelecimento no qual o político desfrutou de um pastel hoje tem emoldurada a capa desta edição na porta. Também mudou o nome para "Pastel do Maluf". Visão de marketing total.

16/07/2006 16:45    | Comentários (8) | TrackBack (0)


BRUTAL SIMPLICIDADE

Fui completamente de sangue doce. Tomei um chopinho, estávamos ali na banda da Augusta e resolvemos ver um filminho.

Quem disse que consigo dormir?

O terror está no interior, não resta nenhuma dúvida.

14/07/2006 00:53    | Comentários (2) | TrackBack (0)


TRAIDOR

cover-nongmin.jpg

Os autores acham feia esta capa. Eu não acho.

Este livro tem consumido a maior parte do tempo que não dedico mais a este blog. Mais em angústia que em horas de reversão da versão em inflês para o português. Aceito todo tipo de contribuição de quem já tenha ouvido falar, saiba, pesquisou ou queira pesquisar sobre esta bela obra sobre a vida dos camponeses da China. Especialmente no que tange unidades administrativas, instituições e cargos.

13/07/2006 11:39    | Comentários (3) | TrackBack (0)


CASEIRA

Duas garrafas de vinho.

Eu - Olha o cabelo da Nicete Bruno! (era a Betty Lago)

(Risadas descontroladas por 5 minutos.)

Ela - Neste momento eu queria ter um blog de sucesso.

09/07/2006 12:30    | Comentários (0) | TrackBack (0)


NADA PODE SER MAIOR

A reprise da passagem-relâmpago de Sabrina Sato por Buenos Aires no dia da eliminação para a Alemanha não deixa mais nenhuma sombra de dúvida: Pânico é a melhor coisa que já se viu em humor televisivo desde Monty Python. A única desvantagem dos brazucas é o fato de que precisam descer ao nível do povo para serem compreendidos.

08/07/2006 17:47    | Comentários (2) | TrackBack (0)


EMPREGOS, RELAÇÕES E BATATAS

Lembram daquela comparação de empregos com relacionamentos? Claro que lembram.

Pois hoje verifiquei mais uma vez que, além de todas as semelhanças, ainda é possível assinalar mais uma: relações profissionais podem acabar de forma tão repentina e sem critério quanto um casamento. Uma palavra mal colocada e fim. Acabou de forma definitiva. Até pode se arrastar por mais tempo, mas estará azedada. Não haverá mais prazer, só o protocolo da mútua dependência. Mas nem isso é equacional.

As relações humanas estão perdidas, to begin with. É tudo feito ao sabor dos humores, no ambiente dos vai-véns da matéria. Só eu estarei sempre certo, único arrimo da realidade que sou. Única batata do ser.

04/07/2006 19:04    | Comentários (0) | TrackBack (0)


PUTARIA GAY NO MUNDO DE MARLBORO

Foi uma surpresa para algumas pessoas que Crash tenha levado a melhor sobre Putaria na Montanha das Costas Arqueadas. Qualquer um que comungue desta surpresa não apenas não entende nada de cinema como come omelete de merda com Fruitloops de café da manhã. O filme é de um mau gosto tão absoluto que sua única virtude é avacalhar com a cultura country em um de seus mais prezados valores. Sem dúvida, a cowboy culture é a maior tosqueira deste mundo - principalmente em sua versão clonada nos interiores deste braziuzão rural. Guardarei este nome: jamais ver um filme dele novamente.

01/07/2006 21:11    | Comentários (4) | TrackBack (0)


AU REVOIR

A eliminação do Brasil prova a superioridade da Marselhesa sobre o Hino Nacional (que ninguém sabe o título). Ao ouvir o hino francês, os jogadores da Seleção com S maiúsculo imediatamente sentem uma diarréia se formar em seus intestinos, mal estar este que se prolonga por toda a extensão do jogo até o momento de finalmente irem para o vestiário deixar a falta de caráter na privada. Superioridade cultural pode ganhar jogo de futebol, sim.

01/07/2006 18:28    | Comentários (12) | TrackBack (0)

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