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« maio 2005 | Principal | julho 2005 »


ETERNAMENTE DIVIDIDO

Tá, ver os cabeludos pulando ritmados com o braço direito para a frente é humilhante. Não há dúvida. A vitória na sub-20 prova.

Agora, não há como se identificar com aqueles seres pulando no gramado como um bando de primatas com seus pandeirinhos, cuícas e sei lá que outros instrumentos de percussão. Por que não alguns cachos de banana? Os argentinos não iam colocar gaitas e pessoas de terno bailando tango no gramado, se ganhassem.

Toda vez que tem alguma comemoração de título da seleção brasileira eu fico dividido entre o orgulho e a vergonha. Eu não sou pandeiro, cuíca e muito menos passos sapateados no ritmo. Não serei Brasil também? Todos os indícios apontam para o não. Então por que me incomodaria uma vitória dos cabeludos? Faria muito mais sentido, mas não, não ficaria bem para mim.

Seria bom se o Parreira extirpasse a "micagem", entre as medidas disciplinares. Ajudaria na imagem do Brasil no Exterior.

30/06/2005 00:17    | Comentários (16) | TrackBack (0)


ERA UMA VEZ EM PARATY

Era uma vez em Paraty. A cidade que não admite diminutivos, mas, com seu jeitinho tão literariamente encantador, atraía, há muito, muuuuiiito tempo atrás, escritorzinhos de todos os cantinhos do país bananinha.

Pois foi nesta ilhazinha de fantasia mini que a pequena Carolzinha conheceu o pequeno Santiaguinho. Eles se olharam e viram que, de dentro da pastinha, saía um micro chumaço de originaizinhos.

- Oi!

- Oi!

Eles se cumprimentaram com um sorrisinho. Um gostoso solzinho despontava de manhãzinha.

- Deixa ver o seu (continho inédito) que eu deixo ver a minha (novelinha não publicada)?

- Tá bom.

E, envergonhadinhos, foram num cantinho mostrar um pro outro o que já tinham, ainda tão novinhos. Carolzinha, encabulada, pensou:

- Não é bem disso que eu gosto.

Mas, sem querer magoar o novo amiguinho (é importante ter amiguinhos quando se é escritorzinho), falou:

- É muito bonito!

Animado com o que vira e escutara, Santiaguinho se declarou:

- É muito pequena sua novelinha, mas como promete pela beleza! Sinto que logo crescerá, desenvolvendo-se e virando o orgulho de sua dona! Queria fundir minha pequena porém esforçada obra com a tua e fazer delas uma só!

Ainda mais encabuladinha, Carolzinha falou pra seu amiguinho:

- Olha, eu agora estava indo ver os escritores grandes ali no estande, outra hora a gente conversa, tá?

E lá se foi Carolzinha. Que assanhadinho aquele gurizinho, pensou Carolzinha, tão jovenzinho e já pensando em colocar o continho dele na novelinha dela.

Mas foi então que ela encontrou a amiguinha Julinha. E foi uma profusão de abraços e beijinhos.

- Sabe o que eu trouxe aqui?

- O quê?

- Fragmentos do meu continho!

- Uiiiiiiiiiii!

E assim ficaram as menininhas, felizinhas, brincando de escritorazinhas.

FIM

29/06/2005 09:10    | Comentários (4) | TrackBack (0)


QUAIS MARCAS O SENHOR CONSIDERA LÍDERES NO MERCADO?

No desespero, peguei um trabalho de pesquisa de marquetchim que me pagará por questionário entregue. Nada mau. Mais digno que ir pra Assembléia esquentar cadeira e mais rentável que ir pra Zero Hora deixar sangue por mixaria. O que surpreendeu ainda mais é o quanto é mais JORNALISMO este trabalho que o supracitado trabalhinho meu na grande RBS era.

Antes sair às ruas perguntar qual a melhor tinta que mofar numa redação digitando grade da televisão. E que eu vá ao céu, porque ele me pertence.

28/06/2005 22:04    | Comentários (11) | TrackBack (0)


HEY HO

O CCBB às vezes faz umas mostras meio bobas, mas às vezes arrebenta.

Verei TUDO.

28/06/2005 10:49    | Comentários (1) | TrackBack (0)


ESCREVI FAZ TEMPO. AINDA ACHO BONZINHO

Começa com uma lambida consistente de baixo para cima, entre o início do cu e o grelo. Deste movimento se deduz muito de quem é contemplada com a carícia. Gemidos finos dão sinal de um serviço em média duração; o sibilar sugere prolongamento maior. Emudecimento é péssimo sinal. O passo seguinte ao rasgo cunilíngüico é uma vibração da língua que separe lábios grossos das camadas internas, generoso na distribuição de saliva, nunca exagerado. Pequenos beijos compreendendo grandes e menores lábios, mais a região do grelo, que a esta altura já deve ter se endurecido, são de extrema importância. Olhar nos olhos da favorecida revela o grau de intimidade – confiança mantém olhos cerrados, perversidade motiva olhar súplice mudo ou raiva eloqüente. A lubrificação dos canais já permite a intromissão de um ou mais dedos, dependendo do caso. Relativa também – inclusive à qualidade do serviço – é a complacência de algum deles no outro canal (convém consulta, sempre não-verbal, pela insinuação de uma pontinha do dedo). Finaliza o ato a introdução de toda a língua.

Rasga as carnes do pescoço FILHA DA PUTA depois que as coxas cessam de tremer, num suspiro desalentado. De preenchimento. Já de um pouco de tristeza e abandono.

* * *

Vai como texto de apresentação pra oficina da Flip.

28/06/2005 00:06    | Comentários (1) | TrackBack (0)


A VIDA É UMA PIADA

- Nem sabe, fui trocado por JESUS.

- Jesus?

- É. Já tomei toco de tudo que é jeito, mas por causa de um cara que morreu há 2 mil anos é uma coisa nova.

- Bom, ele transformou água em vinho. Tu já transformou água em vinho?

- Nem.

- Tá vendo? Tu não pode competir com um cara que transformou água em vinho. E multiplicou PEIXES. Se deu mal, aí.

27/06/2005 23:51    | Comentários (3) | TrackBack (0)


MUITOS SHOWS

Este ano já teve Placebo e White Stripes. Lucio Ribeiro colocou a Folha mais uma vez na frente e anunciou hoje:

"o grupo nova-iorquino The Strokes acertou
na semana passada uma turnê brasileira de três shows em
outubro, com a possibilidade de haver ainda um quarto.

Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre estão na rota
brasileira da banda que espanou o pó do rock no começo da
década e deve ser anunciada nos próximos dias como a
principal atração do Tim Festival 2005, a Folha apurou."

Vai ter ainda Foo Fighters no próximo semestre. Bala.

27/06/2005 13:23    | Comentários (9) | TrackBack (0)


PELA LIBERDADE DE TOMAR (OU LIBERAR) A CONTRAMÃO

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Narrativas de Niill aprova. Mas, por favor, num volume mais baixo.

26/06/2005 22:03    | Comentários (4) | TrackBack (0)


POUNDING THE BEAT UP YOUR ASS

A parada gay do Rio provou, mais uma vez, que música eletrônica é uma coisa gay. Muito gay.

E que festa de rua no Rio é SEMPRE a mesma coisa. Tu combina de encontrar gente no meio do fedor e, claro, nunca encontra. As pessoas performam uma cena de imbecilidade tentando se localizar e se entender com berros no celular em meio ao barulho. Quase sempre inútil. Encontra-se na multidão apenas pessoas com as quais tu não combinou. Às vezes gente dispensável, até.

Completou tudo uma briga entre bichonas. Uma bicha, mais forte, se projetava sobre outra, mais ágil, naqueles movimentos de mulher descordenada tentando correr, meio projetada para trás. Impagável. Conseguiu acertar o menor, que despencou com a violência do soco. Mas, esperto, o David se valeu de uma pedra do chão para acertar Golias, e o fez, à traição, pelas costas. O Golias do arco-íris ainda tentou dar o troco, mas a outra bicha já corria para o outro lado da Atlântica, satisfeita com o golpe e o sangue que corria.

26/06/2005 19:25    | Comentários (4) | TrackBack (0)


NOVO ABOUT

Está mais para o jornalismo agora?
- Sim, Maslobóiev.
- Então virou cavalo de carga?
- Parece que sim.
- Bom, quanto a isso vou lhe dizer o seguinte: beber é melhor. Eu bebo, deito no meu sofá (ele é ótimo, com molas) e imagino que eu, por exemplo, sou um Homero, um Dante ou algum Frederico Barba-Roxa... pode-se imaginar qualquer coisa. Mas você não pode imaginar que é um Dante ou um Barba-Roxa: primeiro porque quer ser você mesmo, segundo, porque qualquer desejo lhe é proibido, sendo você um cavalo de carga. Eu tenho a imaginação e você, a realidade. Escute e me responda sinceramente, como irmão, senão ficarei ofendido e humilhado por dez anos: não precisa de dinheiro? Eu o tenho. E você, não faça essa cara. Peque o dinheiro, pague suas dívidas com os empresários, tire a canga, garanta um ano de sossego para si mesmo, sente-se à mesa, pegue sua idéia predileta e escreva uma excelente obra! Hein? O que você me diz?

Dostoiévski, In: Humilhados e Ofendidos

24/06/2005 23:25    | Comentários (6) | TrackBack (0)


O ETERNO CINCO MUITO

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Fabiano Cachaça vê Jesus depois de marcar no salão de festas. Até agora não teve outra. E nem vai ser este ano: 2005, o ano que o Grêmio se safou de tomar de vara de marmelo. Não agüentei esperar até 24 de agosto, quando faz oito anos. Eu tava lá.

24/06/2005 17:49    | Comentários (10) | TrackBack (0)


HORÓSCOPO DE HOJE

De acordo com os exames que você pegará no laboratório DR. BELIZÁRIO, seu coração irá parar afogado em gordura saturada nas próximas 48 horas. Não adianta mais se enganar tomando chopinho e achando que tá tudo bem: tem que parar de comer carne vermelha e manteiga todo dia.

24/06/2005 14:23    | Comentários (4) | TrackBack (0)


AI, OS GATINHOS E ARMAS NUCLEARES

Eu não sei por que ainda me dou o trabalho de ler a Cora Rónai. É TODA SEMANA um papo de ai, ai, ai, os gatinhos sarnentos da rua, ui, ui, ui, Victor Fasano é um péssimo secretário para estes assuntos. Francamente, quem tem um espaço como a Contracapa do Segundo Caderno d'O Globo e não consegue mais que choramingar por causa do centro de zoonoses e a necessária exterminação de animais domésticos abandonados nas ruas de uma cidade que tem uma espécie de problema muito maior para resolver - seres humanos - deveria ser atirada dentro do canil do centro de prevenção a zoonoses para servir de alimento aos cães vagabundos que tanto preza.

Mas a estupidez da dondoca Cora Rónai não me preocupa. Me preocupa esta notícia:

Pesquisa mostra que possibilidade de uso de armas de destruição em massa chega a 70% em dez anos

WASHINGTON. As chances de o mundo sofrer um ataque com armas de destruição em massa nos próximos dez anos chegam a 70%, prevêem especialistas ouvidos numa pesquisa realizada pelo Congresso americano. A maioria de 85 analistas ouvidos acredita que um ou dois países vão adquirir armas nucleares nos próximos cinco anos e que de dois a cinco vão entrar para o “clube nuclear” na próxima década.

A pesquisa, conduzida pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Richard Lugar, descreve a ameaça como “real e aumentando com o passar do tempo”.

Ainda bem que ninguém se importa com o Brasil.

24/06/2005 04:03    | Comentários (3) | TrackBack (0)


HIPOCONDRIA JUSTIFICADA

Desde quando você ouve queixas de sua surdez, me perguntou Dr. Gualter.

Difícil.

Desde quando você sente que escuta menos com o ouvido esquerdo?

Ã?

Dr. Gualter não perguntou mais nada. Simplesmente deixou correr água dentro de um recipiente metálico e esquentou com um aparelho estranho. Mandou eu segurar o recipiente ao lado do ouvido e deu um hilariante jato de água morna dentro do meu ouvido. À sensação de cócega se sucedeu uma de alívio incomparável. Primeiro do esquerdo depois do direito, Dr. Gualter tirou duas BOLOTAS de cera com no mínimo duas gramas de massa. A acústica do consultório se revelou. O ssssom dos esses saídos de minha boca eram completamente diferentes. Ssssss. Até o barulho que o teclado faz enquanto pipoco letras na tela é completamente diferente, mais agudo.

Valeu, Dr. Gualter. Até perdôo a ênfase com que tu disse que eu tenho que emagrecer.

23/06/2005 15:26    | Comentários (5) | TrackBack (0)


COPA DO BRASIL? FALA SÉRIO

Mesmo com meu entusiasmo de MENINO quando do título do Inter em 92 eu fui muito contra bordar aquela quarta estrela por um título de torneio VAGABUNDO como este. Copa do Brasil valer vaga na Libertadores? Tudo bem hoje, que até o QUARTO no campeonato brasileiro vai, mas na época era o campeão do Brasil e o campeão deste torneiozinho vagabundo. Hoje em dia a Copa do Brasil mostra para o que presta. Aparece uma equipezinha esforçada, com uma tática de resultado e leva na boa tudo que é time da Série A. É a segunda vez que o BAIXO CLERO de São Paulo leva uma decisão de time grande do Rio. Isso prova valor? Porra nenhuma, uma fórmula mata mata só pode mesmo fazer com que futebol resultado e de ruim espetáculo triunfe. Sempre uns joguinhos de merda: um para garantir, outro pra segurar.

Ouvindo o hino do Paulista na Globo "Paulista, Paulista, Paulistaaaaa" só tive um pensamento: Copa do Brasil my ASS.

22/06/2005 23:58    | Comentários (15) | TrackBack (0)


ESPERAR PELA FESTA *ERA* O MELHOR

Estava marcado desde uma semana e dois dias atrás, se não me engano. Eu entraria com a massa, feita por this very arms, Delfin com a cobertura para as pizzas. Nem se falou muito de ceva. Eu nem queria ceva. Mas foi entrar uma das convivas da festa que a ceva precisou ser deglutida com mais urgência. O sangue me vinha à cara toda vez que dirigia minha palavra, e era sempre pra ela, sempre com palavras escolhidas, na ânsia de não deixar sair nada inadequado. Não ouvia mais o que o Delfim falava sobre massa, "topings", provolone, temperos. Minha atenção ia para o copo, sempre esvaziado com pressa, e para o nariz, os sinais de sol, cada detalhe perfeito.

As pizzas fizeram com que as promessas se cumprissem. Melhor pizza já concebida. Foi uma noite em que todas as promessas se cumpriram. Não quero violar o cuidado com o qual guardo a noite de 21 de junho em maiores detalhes. Dispenso também comentários. Termino apenas com parte da dedicatória com que o Delfin fez questão de me presentear num dos livros que me deu:

A vida muda, hein?

Ô.

22/06/2005 15:36    | TrackBack (0)


FIM DO MELHOR ABOUT DO ORKUT

As raparigas com ar de precisarem mais duma amputação da anteperna do que duma fodinha são as mais atraentes. Sejam virgens ou assíduas. O ser humano gosta sempre de ganhar. De receber mais do que dá. De dar a quem não precisa. De conseguir aquilo a que não tem direito. No fundo, somos todos uns ladrões.

Miguel Esteves Cardoso, O Cemitério de Raparigas

Resolvi colocar um about mais normal. Acho que este não ajuda muito na finalidade de abduzir GATAS. Mas quero lembrar dele com carinho.

21/06/2005 14:53    | Comentários (6) | TrackBack (0)


NÃO EXISTE LIMITES PARA A PEDERASTIA

Remix é sinônimo de subversão. (...) Já remix de um filme, isso é uma outra história. Uma nova história, cujas primeiras cenas vão poder ser assistidas na próxima quinta-feira, quando acontece a primeira edição do projeto “Cinema fantástico”, no auditório do GLOBO. Duas duplas de DJs/VJs ( video-jockeys) vão remixar um filme (brasileiro) ao vivo, misturando sons e imagens, subvertendo a narrativa original e transformando tudo em uma experiência sensorial. Podescrer, bicho.

Sério, por que ao invés disso , não se autosodomizar com uma barra de ferro em público?

21/06/2005 10:23    | Comentários (1) | TrackBack (0)


HOJE ESTOU HILÁRIO

Primeira piada que me faz rir em 5 anos:

Divórcio Moderno

Depois de poucos dias, manda um telegrama ao marido que dizia:
"POR FAVOR ENVIE URGENTE DOCUMENTOS PARA O DIVÓRCIO, ENCONTREI UM COMPANHEIRO IDEAL. POSSUI AS MESMAS CARACTERÍSTICAS DO NOVO VECTRA DA CHEVROLET."
O marido desesperado corre a uma concessionária e pergunta ao vendedor quais as caracteristicas do carro. O vendedor responde:
"MAIS POTENTE, MAIS COMPRIDO, MAIS LARGO, MAIS RÁPIDO NA SUBIDA,MAIS BONITO E NÃO BEBE MUITO."
O marido compreende imediatamente o que sua esposa quis dizer.
Duas semanas depois, ela que recebe um telegrama dizendo:
"MANDEI OS PAPÉIS DO DIVÓRCIO ASSINE RAPIDO!!! ENCONTREI UMA COMPANHEIRA IDEAL, REUNE TODAS AS QUALIDADES DA NOVA CHEROKEE."
Curiosa, a mulher vai a uma concessionária, e pergunta sobre o tal carro. O vendedor responde:
"MAIS RESISTENTE, SUPORTA MAIS PESO, TEM LUBRIFICACAO AUTOMÁTICA, CARROCERIA É NOVA E MAIS ARREDONDADA, É MAIS BONITA E CONFORTÁVEL, POSSUI AIR-BAG, É MAIS SILENCIOSA, NÂO VAZA ÓLEO E AINDA ACEITA ENGATE NA TRASEIRA".

20/06/2005 15:01    | Comentários (5) | TrackBack (0)


(GARGALHADA IRREPRESENTÁVEL GRAFICAMENTE)

- Então ao invés de fazer o mestrado você ficou três anos dando o cu e tomando comprimidos na Inglaterra, é isto?

- Vou ser ator. Mamãe sabe de tudo e me apóia.

20/06/2005 12:53    | Comentários (2) | TrackBack (0)


O SIMPLES QUE SATISFAZ

Woody Allen é Ramones cinematográfico. Sempre a mesma coisa, sempre bom e satisfatório, algumas vezes (quase sempre no final) tocante.

O penúltimo dele no Telecine era tudo o que eu precisava para este meu sábado de tranqüila desilusão e cores fortes pintando as nuvens. Tanto mais porque revela a gordinha mais gostosa do cinema em trajes sumários, que revelam uma bundinha impecavelmente rechonchuda e mais uma vez os belíssimos peitos. Perfeita no papel de vagabundinha psicótica que conhecemos tão bem, nós otários. E além de perfeito no papel de um representante legítimo da raça dos trouxas apaixonados, Jason Biggs também faz um bom amigo mais jovem do Tio Woody. Só assim para eu perceber que ele é judeu, olha que coisa. O nariz e a pissa enfiada na torta não foram suficientes. Como sou ingênuo.

18/06/2005 18:21    | Comentários (12) | TrackBack (0)


MELHORES FOTOS

Hoje O Globo foi o melhor jornal do Brasil na editoria de foto: publicou uma seqüência de três imagens que reproduziriam o exato instante que Roberto Jefferson recebe a notícia da saíde de Zé Dirceu. Na primeira fala ao celular, na segunda se projeta para a frente, na terceira GARGALHA mais projetado ainda para a frente, como se comemorasse um gol ilegítimo do seu time.

Obviamente, as fotos só estão disponíveis na capa da edição impressa. Valem ORO.

17/06/2005 09:30    | Comentários (5) | TrackBack (0)


EU JÁ SABIA

Mas não podia deixar de ver Brown Bunny pelo fator nostalgia das estradas americanas. Nenhum dos trajetos é plenamente familiar (não passei por Ohio, única divisória de estado que aparece) e as paisagens tampouco são recorrentes - com exceção dos subúrbios de Los Angeles. Mas todos os referenciais estão lá: os postos, os motéis de rede, as lanchonetes de rede, as resting areas.

E o valor do filme acaba aí.

De resto é uma demorada punheta de uma hora e meia: como Vincent Gallo é cool com seu visual sofrido, seus olhos fundos em olheiras, seu cabelo desgrenhado de integrante dos Strokes e toda a roupa cool entre o cowboy e o junkie. Ah, e ele tem uma moto, é corredor. Até o pau do Vincent Gallo é cool e a porra dele merece o mais cool dos destinos: a boca da Chloë Sevigne. Previsível, com recursos primários e a coroação: depois de todos os créditos do início (produced, directed, edited) no final sobe um "photography director: Vincent Gallo". Toda a pequena sala do Estação Botafogo gargalhou.

17/06/2005 00:11    | Comentários (5) | TrackBack (0)


E DEPOIS DE DAR AQUELE LAGARTÃO

Descobri Que Sou Um Anjo
Jorge Ben

Composição: Desconhecido

Não comigo não comigo nunca mais
As coisas agora vão mudar
Pois até um cego pode ver
Que eu não sou o que você diz
Por isso eu não vou mais
Curvar minha cabeça
E nem beijar os seus pés porque
Pois eu descobri que sou um anjo
Eu descobri que sou um anjo
Não comigo não comigo nunca mais
As coisas agora vão mudar
Mantenha distância
Quando eu voltar
Pois quando eu fui o caminho
Era só de pedras e espinhos
Mas na minha volta ele será
Estrela e rosas porque
Pois eu descobri que sou um anjo
Eu descobri que sou um anjo
Não comigo não comigo nunca mais
Mantenha distância
Quando eu voltar
Pois há muito tempo
Que meu amor por você acabou
Olhe não chore pois você chorando
Meu sentimento pode ficar
Com pena de você
E deixar até você gostar de mim
Por isso mantenha distância porque
Pois eu descobri que sou um anjo
Eu descobri que sou um anjo
Pois eu descobri que sou um anjo
Eu descobri que sou um anjo...
Eu descobri que sou um anjo

16/06/2005 01:43    | Comentários (4) | TrackBack (0)


NOTAS DO EXÍLIO # 35635/05

Telefone.

- Alô.

- Boa tarde. Como vai. Pois não. É da residência do Sr. Quintiliano?

- Sim.

- Poderia me fazer a gentileza...

- Perae, vou ver se ele tá.

- Muito...

(30 segundos)

- Ele não tá.

- Ah, sim. Aqui é o Dr. Claus, eu sou dentista, como vai? É o filho dele que está falando?

- Sim.

- Pois eu logo vi. Você é gaúcho, pois não? Este estilo de falar é igual ao do papai...

- Sim, criado em Porto Alegre.

- Pois poderia falar para ele que o Dr. Claus ligou?

- Certamente. Té logo.

- Até mais, foi um prazer, até...

(desligo)

Moral da história: para entender a mentalidade carioca e - sim, não adianta negar - a BRASILEIRA, tem que sacar que, mais valorizada que a objetividade e a competência, é colocada no topo da prioridade a SIMPATIA.

* * *

Fiz hoje um exame de sangue. Primeira vez que dou meu sangue para outro laboratório que não o Knijinik (espero ter acertado o nome deste judeu sortudo que fundou o laboratório). Medo. O nome do laboratório é "análises clínicas DR. BELIZÁRIO". O simples fato de caminhar por uma calçada da Av. Copacabana para ir tirar sangue já é um fator de apreensão, mas entrar na galeria IMUNDA onde fica o tal laboratório faz tudo parecer muito errado. De qualquer forma entro com meu frasquinho de mijo matinal para terminar com tudo logo. A burocracia com as requisições e carteirinha e comprovantes toma 20 minutos. Nos outros dez, uma enfermeira negra me mostra a seringa (descartável, tá?) e enfia a agulha para tirar uma por uma cinco ampolas. Cada ampola faz um vácuo ao sair, vácuo este que chupa a veia de encontro à agulha, provocando uma dor fina cada vez mais forte. Um roxão no braço e o prazo para retirada dos exames: 9 dias. Não me lembro de ter esperado mais que 3 por um exame de sangue.

* * *

Na volta da faculdade vi um mendigo tomando água com a mão direto de uma sarjeta. Na ida, um mendigo trocar de calça abertamente na rua. Não usava qualquer roupa de baixo.

* * *

Deixei em branco uma questão sobre categorias de delito penal por omissão. Desta vez é sério: nunca mais.

15/06/2005 18:25    | Comentários (14) | TrackBack (0)


POBRES MULHERES

De toda a diversão que foi este depoimento, acompanhado em clima de Copa do Mundo na rua, o que mais chama a atenção é como as parlamentares mulheres são esmagadas pelos seus colegas homens. É uma covardia. Precisam perder toda a classe só para se fazerem ouvir. Logo em seguida, são catapultadas de volta ao tanque sem que os deputados sequer tenham que desfazer o penteado.

14/06/2005 20:46    | Comentários (0) | TrackBack (0)


ISSO NÃO PODE SER SÉRIO

(nome censurado): Shalom!

Visitando meus amigos no Orkut encontrei vc. E como tenho um compromisso com D-us (YHVH) de anunciar a mensagem d'Ele pela internet, então assumi esta minha responsabilidade de procurar pessoas para inseri-las em minha página como minhas amigas. Todavia não quero desrespeitar sua privacidade, mas apenas lhe convido a ser mais um (a) amigo (a) virtual.

Aproveito a oportunidade para convidar vc também a visitar as seguintes comunidades no Orkut:
- O MESSIAS JÁ VEIO E VOLTARÁ.
- JUDEUS MESSIÂNICOS CARIOCAS.

E também os sites:
www.judaismomessianico.com.br
www.ensinandodesiao.org.br

Sem mais, aqui sempre estarei para lhe ser útil em alguma coisa na medida do possível.

Um grande abraço deste seu novo amigo virtual beShem Yeshua hanatzry Melech hayehudiym.

(nome censurado)

14/06/2005 15:13    | Comentários (1) | TrackBack (0)


ENRUSTIMENTO

Acompanhei um Ultimate Fight no sábado. Que coisa mais estupefaciantemente GAY. Teve uma hora que ocorreu um impasse qualquer e um dos caras deitou no chão de perna aberta. Achei que o cara ia tirar a pissa e comer o pitboy ali mesmo, no tatame, mas era só porque tinham sido separados numa imobilização de solo. O cara se acomodou entre as pernas do outro e ficou dando cotoveladas na cabeça.

Gay, muito gay.

14/06/2005 08:06    | Comentários (30) | TrackBack (0)


SELEÇÃO NATURAL

A Zero Hora está mais ou menos em terceiro lugar na cadeia alimentar da imprensa brasileira. O Estado de São Paulo e a Folha publicaram reportagem sobre o Coldplay anteontem. Hoje saiu no Globo. Já a Zero Hora publicou hoje uma reportagem sobre um cara que vive em um bueiro da cidade da qualidade de vida. Saiu reportagem semelhante há mais de mês no Globo, quando foi denunciado que crianças de rua moravam e promoviam orgias em um banheiro da praia de Ipanema.

14/06/2005 02:10    | Comentários (4) | TrackBack (0)


DA INGRATIDÃO

Acabei de ver o filme que deu o Oscar de melhor atriz a uma gatíssima sul-africana, que por sinal mandou muito bem mesmo de verdade. Tão bem que é claramente imitada diariamente pela Deborah Secco na novela global, tirando os cigarros e trejeitos de machorra brigona. Tem outra lindinha, famosa por ter feito Wednesday Adams em 91 e nas seqüências, e que provavelmente já era lésbica nesta época. Sim, porque ter aquele bração e aquele corpão e caminhar ainda daquele jeito. Hmm.

A história é muito, muito triste. E real. Fala de Aileen, primeira serial killer americana a ser julgada e executada. Mas é acima de tudo uma história de amor e dedicação. Aileen é louca por Selby, a Wednesday, e se agarra a ela como tábua de salvação por todos os traumas. Tentando fazer dinheiro como puta em estrada, é abusada e quase morta por um red neck, mas consegue se apoderar da arma dele e matá-lo, ficando com o carro e o dinheiro para usar no sustento da "família" que já formara com a garotinha. Enfrentando as agruras de estar pela primeira vez fora de casa, Selby demonstra ser a garotinha mimada que é cobrando e exigindo de Aileen melhores condições. Isso, somado ao trauma do abuso que gerou o primeiro assassinato, faz com que a mulher mate um por um os clientes, precisando para isso da justificativa psicológica de que está livrando o mundo de uma má pessoa. Alienada de tudo, Selby aproveita-se do dinheiro sem fazer muitas perguntas, feliz pela satisfação de suas necessidades e caprichos. Ela é responsável pela cagada que faz com que os traços da serial killer comecem a ser seguidos e também ajuda a polícia a obter prova confessional material em uma conversa por telefone, quando Aileen já estava detida.

Gostei muito desta sutil indefinição sobre quem é o Monster do título: se a assassina ou a delatora, que soube se aproveitar do dinheiro quando aparecia mas não ser leal a quem o conseguiu. Pensou no próprio rabo o tempo todo como uma legítima garotinha mimada. Aliás, bem americana a atitude dela, parece que estava vendo algumas que conheci na terra sem misericórdia.

14/06/2005 01:12    | Comentários (6) | TrackBack (0)


GÊNIO, MAIS UMA VEZ

Às vezes acho que seria bom se você pusesse num papel as iniciais de todas as garotas pelas quais se apaixonou - digamos Odette, Laura, Anette, etc - e descobrisse que juntas elas formam a mensagem OLÁ ALEXANDRE AQUI É DEUS - A MULHER DA SUA VIDA SE CHAMARÁ THÉRÈSE. Mas eu juntei as iniciais e deu AGAPJMMEACMI.

Todo o último post do Soares Silva poderia ter sido escrito por mim, se eu escrevesse. O fato é que ele tem uns 15 ou 20 anos mais que eu e isso é reconfortante.

13/06/2005 17:06    | Comentários (11) | TrackBack (0)


REGINA DUARTE TINHA RAZÃO

Eu pensava no óbvio: empossado Lula, os empresários forjariam situação de crise afim de minar a popularidade do governo.

O que não previ é que, longe de ser um governo popular, o PT no Planalto seria uma negação de tudo o que foi sua história e tradição. 25 anos de ensaio para a maior mentira da história democrática no Brasil.

Uma pessoa deve estar satisfeita: Regina Duarte. O país riu dela. Agora quem ri é ela.

13/06/2005 11:15    | Comentários (7) | TrackBack (0)


MELHOR LETRA

Goshtosaaaaaaa
Goshtosaaaaaaa
Ela é goshtosaaaaaaa
Oqui TÁ PEGANDO é que ela mora muito longeeee
Bem que minha mãe avisou, bem que minha mãe avisou

Como Copacabana é a casa-da-mãe-joana dos grandes eventos gratuitos patrocinados por megacorporações, agora tá tendo o show mais carioca já visto: Jorge Ben e Fernanda Abreu.

Gosto dele. Dela não. Mijadora de calçada.

11/06/2005 22:49    | Comentários (6) | TrackBack (0)


MAIS DIÁRIO

Lavar o carro foi minha melhor terapia em bastante tempo. E o resultado ficou muito bom. Gostei particularmente da parte de aspirar a areia de dentro do veículo, apesar de ser mais gratificante a tinta vermelha reluzindo depois de escorrer todo o marrom. Me amarrei neste lance de limpeza.

Meu eletrocardiograma deu o.k. E o médico ainda fez o que eu queria: me deu uma PENCA de exames pra fazer. Tem que ter alguma coisa errada, não é possível. Vamos descobrir. Deve sair no sangue ou na urina.

Já começo a me despedir do Rio. E o que é mais triste: do meu carro.

10/06/2005 21:23    | Comentários (4) | TrackBack (0)


VIGÍLIA

A noite de futebol na quarta foi regada a bastante cerveja e afins, de modo que a quinta se consumiu naquele misto de sono e sonolência seca. Nada novo. Nenhuma atividade intelectual ou criativa, nenhum compromisso, só internet e caminhadas. Um pouco de levantamento de peso, é verdade, mas muito pouco para narrativa além da mera citação. Concluiu o dia um jantar com picanha frita na manteiga.

Lá pelas 22h, já na cama e vendo se era possível seguir na leitura do Onze Minutos (não era), senti que era melhor me entregar a um sono gostoso, tendo em vista a advertência da possibilidade de ser acordado no meio da madrugada por um telefonema. Jamais me deito neste horário, é muito raro sono antes da meia noite, mas o dia todo foi passado numa sonolência tal que adormeci prontamente.

Uma ardência na garganta me despertou, um pouco ofegante, de um sonho consciente de diálogo pessoal. Avaliava dormindo minha própria dor de garganta e maldizia esta cidade, que me põe doente pelo menos duas vezes todo mês (em Porto Alegre isso não acontecia). Apalpo o celular para saber se ainda existe a possibilidade de receber o tal telefonema. 3h55min. Não há. Bochecho água da torneira para tirar o gosto ruim que piora cada vez mais com a idade e vou nu até a cozinha tomar água com gás no bico. De volta à cama percebo que fui vítima do erro que é se deitar às 22h: SEMPRE acontece despertar lá pelas 5h absolutamente ACESO.

Nenhum e-mail decente, comentários banais no blog, ninguém que preste nos messengers. Cinco da manhã e ainda nenhum sol sobre o mar.

É impressionante a qualidade dos pensamentos que te ocorrem neste estado. Não há nada para fazer além de avaliar a vida. Boa parte de decisões importantes foi tomada assim. A vigília é o estado de consciência genial. Pode não persistir ao sono que segue esta pequena insônia, mas a sensação de ter boas idéias é muito boa por si.

Neste caso, lá por umas 6h, visto o belo espetáculo da vermelhidão sobre Icaraí, envolveu os sentidos uma delicada e deliciosa sonolência. Fazia tempo que não tinha esta sensação de ser acariciado pelo sono sem ser ferrado de vez por ele. Prolongou-se por uma hora e pouco este transe, até a hora de ir para os últimos dias de compromisso na universidade com c.

Tempo que não me sentia tão bem disposto. Acho até que vou dar uma lavada no carro. É bem mais fácil de seguir que os propósitos pré-datados para daqui a meses.

10/06/2005 11:34    | Comentários (5) | TrackBack (0)


SONHO DE GURI

Caixas automáticos do Itaú deram grana a mais hoje.

De acordo com a instituição, o problema estava na leitura da máquina do valor das notas. Os valores estavam invertidos, e o cliente que tentasse sacar R$ 10, por exemplo, podia receber de "presente" uma nota R$ 50. O caixa, no entanto, registrava apenas o valor solicitado pelo usuário.

Que preza.

09/06/2005 22:02    | Comentários (10) | TrackBack (0)


GÊNIO

Era uma vez uma prostituta chamada Maria.

Um momento. "Era uma vez" é a melhor maneira de começar uma história para crianças, enquanto "prostituta" é assunto para adultos. Como posso escrever um livro com esta aparente contradição inicial? Mas, enfim, como a cada instante de nossas vidas temos um pé no conto de fadas e o outro no abismo, vamos manter este início:

Era uma vez uma prostituta chamada Maria.

Me caiu nas mãos um exemplar de "Onze Minutos", do escritor mais vendido no mundo. Fiquei curioso porque fala de sexo: o título é a média de tempo que as pessoas como Paulo Coelho precisam para ter suas ejaculações precoces. E é assim que o livro começa. Sério.

Nem o Takeda conseguiu me fazer desistir tão rápido de uma leitura. A mesma coisa aconteceu quando tentei ler "Às Margens do Rio Piedra".

Taí um sucesso que, como o da Cachorro Grande, não há como entender.

09/06/2005 19:30    | Comentários (4) | TrackBack (0)


DRIBLANDO A IMPERMANÊNCIA DOS INSTANT MESSENGERS


(20:25:27) Hermano: ah, é. em PORTO ALEGRE não seria assim
20:25
(20:27:04) Babi: bah, conheci um CARIOCA que parece um gaúcho no quesito "meu umbigo é o centro do universo". só ficava pensando no walter e numa adaptação da frase "gaúcho é melhor em tudo". o cara acha que PORCÃO é a melhor churrascaria que existe. sem nenhuma noção de nada.
(20:28:32) Hermano: Carretão é uma boa churrascaria, mas custa O DOBRO das churrascarias que eu e o Walter vamos.
(20:29:17) Babi: numa das noites, o juremir só ficava desqualificando qualquer argumento dele dizendo que carioca grita "neeeense" no estádio e que isso é muito gay.

qualquer coisa que o cara falava mal daqui, o juremir só respondia "neeense".

e eu finalmente entendi o juremir um pouco melhor, vendo como a argumentação dele funciona só irritando o adversário. hehe.
(20:29:46) Hermano: HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
(20:30:04) Hermano: bah, esta daí entrou pro rol do MELHOR ARGUMENTO DO MUNDO
(20:30:39) Babi: sim, excelente

o cara vinha com ENGENHEIROS DO HAWAI, com PELOTAS, com MIL argumentos diferentes. e o juremir:

NEEEENSE.

08/06/2005 20:31    | Comentários (6) | TrackBack (0)


ANOTAÇÃO #654

E assim chega ao final mais uma pilha fraca. Nojo da própria falta de capacidade de foco. Horror a tudo o que me lembre investimentos pessoais a longo prazo. Precisão de resultados imediatos.

Não cabe mais iniciar a estas alturas uma graduação. Apesar de não me sentir um jornalista especialmente talentoso - orgulhar-se de ser um bom repórter guarda uma vexatória semelhança com o de lavar impecavelmente uma panela impregnada de gordura - foi para isso que se estudou, no fim das contas. Mestrado está em séria consideração. Curso de jornalismo aplicado do outro lado da ponte aérea não está descartado.

E o tempo passa.

08/06/2005 14:57    | Comentários (11) | TrackBack (0)


NA DÚVIDA

- Que conselho dá aos jovens escritores?
- Bebam, fodam e fumem muitos cigarros.

(...)

- Que acha da liberação das mulheres?
- Na hora que elas estiverem dispostas a lavar carros, se pôr atrás de um arado, perseguir os dois caras que acabaram de assaltar a loja de bebidas ou limpar os esgotos, na hora que estiverem dispostas a ter os seios arrancados à bala no Exército, eu estou disposto a ficar em casa e lavar os pratos e me chatear catando fiapos do tapete.

... vá de Bukowski.

08/06/2005 09:59    | Comentários (7) | TrackBack (0)


GORDA NÃO É MULHER, MAS É PESSOA HUMANA. E PROCESSA

Professor é condenado por chamar aluna de gorda no Rio

Rio de Janeiro - O advogado e professor de Direito Civil da Universidade Estácio de Sá Hércules Egídio Dias Aghiarian foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio a pagar R$ 3 mil a uma aluna, Rosiane dos Santos Santiago Rocha, a quem chamou de "gorda" durante uma aula. Ele alega que não a ofendeu.

Este gênio chamado Hercules é responsável por tornar todas as minhas manhãs de segunda mais felizes. Num estilo próprio de quem não apenas decorou códigos e doutrina, enfeita suas aulas com um sarcasmo único, de uma finesse quase sensual, completamente sacana. Usa SEMPRE alunos como exemplo e fez uma sátira completamente equivocada do meu sotaque, o que eu perdôo pelo conjunto da obra. As velhas chatas são chamadas de "a turma da terceira idade". Os fortões do Jiu Jitsu ele trata por "os rapazes saudáveis aí do fundo". Das alunas gostosas ele se aproxima insinuante. E GORDA ele chama de GORDA, ora.

O Diogo fez o melhor comentário: "se eu fosse o juiz, diria à aluna 'minha filha, não me faz perder meu tempo com esta bobagem. E de mais a mais tu é GORDA mesmo'". Eu ainda colocaria a ela uma indenização por fazer com que o genial professor Hercules perca seu tempo, no qual poderia estar preparando mais uma de suas aulas magníficas.

O link para a matéria foi enviada pelo Parada.

UPDATE: A Andréia descobriu o profile da gorda. Tava mesmo com essa idéia.

06/06/2005 21:57    | Comentários (25) | TrackBack (0)


POR QUÊ?

É muito feio preconceito. Mas não tê-los é uma atitude de passividade diante das coincidências. Entre muitos outros, tenho preconceito com gente de Interior. Com raras exceções que confirmam a regra, normalmente entre gente que foi pra capital, pessoas de cidadezinha simplesmente NÃO SABEM trabalhar com negócios que envolvam alguma espécie de atendimento ao cliente. Parece que têm raiva, e às vezes têm mesmo, de ter que lidar com "essa gente metida a besta da capitarr".

Falo isso porque nunca, nunca MESMO, consegui ter um atendimento decente num hotel ou assemelhado numa cidade perdida no mundo. E não é o caso de Paraty. Com anos e anos de atividade turística, incrementada pela festa literária, já era pra rolar um certo profissionalismo. Mas não. As pousadas, tirando as que cobram preços estratosféricos, simplesmente te enxotam com um atendimento sonolento, imbecil, desinformado, sem disposição ou todas as anteriores. Não querem ganhar dinheiro? Custa colocar ao lado do telefone uma pessoa com a lista de preços e os quartos? Não, apenas a dona ou o dono da pousada são portadores das privilegiadas informações, e ele pode ter ido ao banco para ver se as pessoas já depositaram o sinal do pagamento, enquanto outras pessoas, também clientes em potencial, esperam em um interurbano do outro lado da linha, pagando a diferença por uma pousada melhor na ligação.

O mundo já é uma merda de se viver. As pessoas poderiam muito bem transformá-lo numa coisa mais palatável, simplesmente fazendo as coisas direito. Sofrer com a incompetência alheia cria um ódio profundo da humanidade e um desejo de recolhimento. Mas tu tem que te relacionar com o exército de mongolóides analfabetos funcionais, não há outro jeito. E nos pequenos paraísos de falta de convivência as pessoas têm tempo uficiente para achar que podem também fazer com que tu perca o teu.

06/06/2005 19:15    | Comentários (4) | TrackBack (0)


ENECOM

No fim das contas, vou a Paraty (nunca sei se é com "i" ou "y"). Ainda não fiz reserva em pousada, se alguém souber de uma barbada eu apreciaria a informação. Se alguém se interessar em dividir uma gasolina, também seria de grande valia. Parto, evidentemente, do Rio.

06/06/2005 13:35    | Comentários (1) | TrackBack (0)


ESPUMA NO CHÃO

Ficar conversando com o gerente do bar da tua rua enquanto ele vai fechando o estabelecimento é de uma intimidade total. Depois disso eu sei que ele nunca me dirá não quando eu precisar ficar devendo, ou pegar cerveja sem depósito de casco, ou um choro amigo na dose de steinheager. É cruzar a fronteira da relação profissional e chegar nas fronteiras da amizade. Como eu adoro boteco.

04/06/2005 21:38    | Comentários (5) | TrackBack (0)


IMAGEM DA MACAQUICE

Era setembro e eu estava sozinho em San Francisco enquanto o Cassio fazia a corrida um pouco mais ao sul. Entediado, ficava vendo televisão no albergue enquanto rolava uma digestão de comida chinesa de ChinaTown. Tinha um cara gordo que seguia esta mesma rotina. Não tenho a mais vaga lembrança do seu nome, lembro apenas que era tão evidente sua cara de imigrante chinelão que falei em espanhol com ele direto. Ele respondeu que não entendia e só então falei em inglês. Sua cara de mexicano na verdade era de havaiano. Era chefe de cozinha em Nova York. Passava férias. Tinha um super celular e não parecia enfrentar problemas de grana, mas era podre de tão bagaceiro.

Teve uma vez que ele quis dar uma banda em uma loja de departamentos, creio que era a Bloomingdales, para comprar não sei quê - tinha vezes em que eu não entendia o que ele falava. Compreendi que tinha a ver com caridade. Demorando muito, adquiriu mais de cinco pulseirinhas como esta:

Livestrong.jpg

Num gesto cheio de cerimônia, abriu o plástico e colocou no meu pulso o bracelete. Ele bem que tentou me cobrar os dois dólares mais ou menos que custou a pulseira, mas neguei veementemente com a desculpa verdadeira de que era um dinheiro precioso para mim e que nem a prova de que eu estava ajudando numa nobre campanha valeria o que eu costumava pagar por uma refeição (dois hambúrgueres simples). Fiz menção de devolver e o cozinheiro, com o ar de quem fazia o maior dos favores, ordenou que eu mantivesse o bracelete dizendo:

- When you get back home, you tell EVERYONE in America is using this to help the campaign.

Tá bom. Bem capaz que no Brasil esta porra vai pegar.

A pulseira se partiu não me lembro em que circunstância e eu a joguei fora com displicência. Que coisa mais white trash, esta merda.

Com vários meses de atraso, esta bosta virou mania no país inteiro. As pessoas pagam R$ 20 ou mais em lojas de grife para usar esta coisa amarela no pulso. Jogadores de futebol ostentam em suas partidas e até a Glória Maria exibe esta bosta no Fantástico.

Retrato de um país macaco.

02/06/2005 15:37    | Comentários (22) | TrackBack (0)


JUST DON'T KNOW WHAT TO DO

Conhecido por ser um tanto quanto tirano com a baterista Meg, Jack White mostrou na entrevista coletiva realizada na tarde de anteontem no Hotel Tropical de Manaus que é quem dá as cartas no duo roqueiro The White Stripes, que se apresentaria ontem no Teatro Amazonas.

Que tristeza é perder este show. Mas bem que estes mercenários da produção poderiam colocar os preços na faixa em que estavam na Argentina, onde se pôde ver o recital por já salgados 60 pesos. Aqui não sairá por menos de R$ 100. Mesmo com o desconto para estudante, continua impagável. Pena, lástima. Não irei.

02/06/2005 15:22    | Comentários (2) | TrackBack (0)


NEEEEEEEENSEEEEEEEEEEEE

Menos de 20 minutos e o Flu já silencia o Castelão.

Sim, eu quero que o Fluminense tome de volta aquele título roubado de 92 (pelo qual sou muito grato).

Não, eu não perdôo o Ceará por aquela eliminação de 93.

01/06/2005 22:11    | Comentários (7) | TrackBack (0)


UM CONTO


Meu último conto. Ia sair numa seleção aí, só que meu amigo que ia publicar é um idealista. Sorte do mundo.


POR BAIXO DA ROLETA

A mochila vai antes, lançada por sobre o muro. Logo depois nós, montando a parte de cima como um cavalo. Três Figueiras é muito bem servido de praças desertas pra não ser aproveitado. No máximo vão uns doentes da clínica ali de perto jogar uma bola. Alguns fumam com a gente. Muito melhor um baseadinho pela manhã que tentar aprender química orgânica no Farroupilha. A onda mais gostosa é a do começo do dia. Também, o produto que a gente pega na Bom Jesus, logo mais acima depois da Protásio, é dos melhores da capital. Naquele dia íamos ter que dar esta caminhada, ninguém tinha guardado nada do fim de semana. O Evandro sempre se estressa:
- Se algum dos guardas me vê eu tô fodido. Certo que minha mãe fica sabendo.
Na primeira quadra a gente passa a apenas alguns metros da casa dele.
- Quem faz a mão de entrar no beco pra falar com o Paulinho?
Eu gosto de ir falar com o patrão. Ir seguido lá faz com que o cara se lembre de mim e isto rende pontos. Ganho cada vez mais maconha pelo mesmo dinheiro, podendo separar um pouco pra mim. Não é desonesto, só um bônus pelo risco. Como os outros se cagam acabo indo sempre, mesmo.
Tem um fliperama na lanchonete da entrada da Vila Bom Jesus. Eles ficam jogando por um quarto do preço de outros lugares, enquanto eu driblo os chinelões que ficam por ali achacando. O Paulinho é o quarto barraco seguindo por dentro da terceira ruela de chão batido. Nem sempre é ele que atende: participam do negócio a mulher e às vezes as filhas. Teve um dia que sujou bem na hora em que eu tava comprando. Tive que ficar escondido horas jogando buraco, sabendo que podia me foder a qualquer instante. Ria de nervoso do quanto o nome do jogo expressava a situação.
Desta vez tava o cunhado do Paulinho na casa. Mesmo quem não vai na vila sabe que ele é um cheirador de merda. Rouba até botijão de gás da mãe pra sustentar o vício. Ótimo exemplo para nunca experimentar a porcaria.
- Hoje eu tô que tô, vou mandar uns três pra vala.
Fazia mira no chão com uma pistola cromada, simulando o barulho dos tiros com pequenas explosões da boca. Faço que não vejo e vou direto pra cozinha. A mulher do Paulo prepara uma mamadeira. Na pia, ao lado do açúcar, uma barra de no mínimo uns sete quilos de fumo prensado.
- Eaí, alemão! Pera que tô terminando aqui e já vou te fazer a mão.
- Tudo bem, Marta? E os da lei, têm aparecido?
- Menos seguido, graças a Deus. É bom nem falar que acaba chamando.
- Me faz aí aquela mão servida de cliente antigo.
Ela corta em cima da tábua um naco com a faca de pão. Uma quantidade qua vale o triplo do que tava pagando.
- Faz assim: dá um talho aqui e aqui, separa em três e nesta coloca os farelinho.
Marta obedece, sorrindo. Acho que se apegou a mim me vendo toda semana. O Paulinho é mais frio, não deixa intimidade influir no negócio. Cara esperto. Será que baixou Central?
- Onde tá o Paulinho?
- Paulinho foi fazer carreto lá na Restinga.
A divertida satisfação com que corta e embala a maconha justifica o status de hobby que a atividade parece ter. Uma das garotas chegou pedindo meio real.
- Tá passando o Toninho do sacolé.
Ao sair topei de novo com o cunhado, ainda brincando com a arma. Apontou:
- Te liga pra não rodar na saída, boy.
Não respondi nada. Não sou boy. Playboys são meus colegas que mudam de tênis uma vez por semana e sempre é Reebok ou Nike. Eu uso Olympikus. Para eles da vila certo que eu devo ser rico. Vêem na minha cara que eu não sou daqui, enxergam uma vida que não têm, se ressentem sem nem saber direito por quê. Não importa que exista gente muito mais rica, eu é que venho aqui e é em mim que projetam seu rancor. Os chinelões me perguntam se fiz a mão. Caminho rápido e me limito a erguer um polegar, fingindo que não ouvi o pedido por um fino arregado. Não se pode dar nenhuma confiança ou já querem direto tuas costas pra montar.
Evandro e Mariel continuam jogando Street Fighter II. Só na Bom Jesus para ainda ter este jogo pré-histórico.
- Porra, mas que demora, hein!
- A Marta tava ocupada mas fez bem servido pra caralho.
Distrubuí em dois gestos o que cabia a cada um. Queriam ver a minha.
- Bah, mas que espiação. Não aprenderam ainda a confiar?
Mostrei a minha, igual às outras. O arrego já estava aninhado dentro da cueca. Guardei a grande também no espaço entre o saco e o pau. Os outros fizeram o mesmo.
Caminhamos de volta pela lomba que dá na Protásio. Neste calor seco as ruas de terra levantam uma poeira infernal, fica uma bosta respirar. Se chove é um atoleiro. Imagina quem convive todo dia com isso. Evandro se diverte com uma placa de oficina: Concertus geral, n° 171.
- Imagina deixar o carro pra arrumar num lugar destes!
Grande merda. Carro é pra gente rica. Eu pego ônibus e passo por baixo da roleta.

março de 2005

01/06/2005 18:33    | Comentários (5) | TrackBack (0)

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