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« LÓGICO | Home | FIM DE UM ESTILO »


JOGO LIVRE, ECONOMIA E ATÉ CONTROLE DE NATALIDADE

Naturalmente que influenciado pela apologia ao jogo nas linhas de Mario Puzo em Las Vegas, mas também tomando por base conversas que tive com o Cassio atravessando os desertos do Oeste, creio que o caminho do desenvolvimento consistente do Brasil passa pela legalização dos jogos de azar em cassinos. Nem acompanho a quantas anda a situação dos bingos, mas encaro como vergonha nacional o fato de que, passados mais de 50 anos da proibição dos jogos de azar no Brasil, ainda não se tenha sequer discutido seriamente em âmbito parlamentar um restabelecimento deste lucrativo negócio. Se o motivo é o suposto respeito à vontade da Igreja Católica este desleixo é ainda mais vergonhoso: foi passando por cima de encíclicas papais que se fizeram algumas das mais relevantes campanhas de prevenção à AIDS. O brasileiro não pode mais se contentar apenas com as loterias patrocinadas pelo governo: merecemos que a iniciativa privada tenha mais uma vez a chance de investir em jogos de azar nos moldes dos que existem nas regiões de Cascais, em Portugal, Las Vegas, Riviera Francesa e, para apenas espichar o olho para o lado, Punta del Este. É muita burrice continuar permitindo que divisas migrem para outros países na mão de jogadores que atravessam a fronteira para apostar dignamente fora do país - sem falar nas que entrariam aqui pelas mãos de estrangeiros.

O jogo pode ser mais que simples forma de arrecadação de impostos: serviria de fator determinante no processo de redistribuição de riquezas e de reestruturação econômica do país. Qual a região mais carente no Brasil? O sertão nordestino. O que falta lá? Falta água, mas faltam também oportunidades de geração de renda independentes das condições climáticas desfavoráveis. O sertão nordestino me lembra alguma região remota e árida dos Estados Unidos onde se estabeleceu uma poderosíssima indústria de jogos e entretenimento... Sacaram? CANUDOS poderia ser uma nova Las Vegas, servindo de pólo de jogo para Salvador e Fortaleza como Las Vegas serve a Los Angeles. Claro que não seria com um estalar de dedos. Precisa de estrada (aliás, não se consegue nem dar conta das que já existem no Brasil, quanto mais fazer novas), precisa de mão de obra qualificada, precisa de investimento internacional (porque aqui o único que tem dinheiro, dinheiro mesmo, é o Governo Federal). Concede-se incentivos fiscais e financiamento para um monte de bobagem tipo uma balela como o CINEMA NACIONAL, por que não renunciar a impostos em troca do estabelecimento de uma indústria de entretenimento lúdico no sertão nordestino?

É óbvio que reconheço o caráter de utopia que tem minha proposta. Mas estou já tem uns dias revoltado com o amordaçamento crônico da economia impetrado pelos governos FHC e Lula. Eles estão rigorosamente iguais no que se refere a manter o crescimento estagnado. Aumento de juros em lugar de barateamento de crédito e um fenômeno muito interessante repetido ano a ano: o misterioso aumento da gasolina perto das festas de fim de ano. Chega Natal e a Petrobras Distribuidora enfia no rabo do consumidor um aumento de uns 15%, 20%. Desde 2000, quando comecei a comprar gasolina, que noto. Perto do verão os preços disparam. E o IPC sobe junto. Como é natural, tudo acompanha a alta da gasolina. Chega março, baixa de novo. E falam que aumentam a taxa de juros pra conter a inflação. GOVERNO BURRO!

Desde o colégio que alimento a idéia de que não é a contenção nos gastos da classe média o que pode segurar as rédeas da inflação. Por outro lado, a viabilidade do consumo em todas as camadas de média a menos favorecidas, com o barateamento do crédito e aumento do poder aquisitivo, favorece que a poupança interna aumente e os recursos circulem, distribuindo renda, num ciclo vicioso do bem. A população fruiria de um padrão de vida mais digno e todo mundo ganha, inclusive os produtores e empresários. Mas as políticas econômicas de tucanos e petistas vão contra minhas idéias de economista amador. Fazem torniquetes na economia brazuca. Preferem dinheiro parado nas mãos de banqueiros, rendendo os juros camaradas de nosso paraíso financista. Eu queria entender tanta falta de patriotismo, tanta canalhice. Eu queria poder botar a culpa em algum partido. Mas não dá. Mesmo com o consumo esganado já somos um país de gordos, segundo o IBGE. Isto também não dá para entender. Será o argumento definitivo contra minhas idéias? Implicará a inabalável mediocridade pusilânime do brasileiro na necessidade de um controle paternal do governo, gerenciando e - preferencialmente - podando seu impulso consumidor por consumir errado, gastar errado, viver errado? Se pelo menos parassem de procriar freneticamente já estariam dando um grande passo rumo à própria autonomia, mas me desvio demais do ponto central.

Eu acredito que a liberação do jogo é fundamental para aquecer a economia. Mas parece que aquecer o mercado brasileiro passa longe das prioridades de Palocci. Eu entendo ele: seu governo abocanha 40% da economia em impostos, tá bom pra cacete. O lance é conter as contas para manter o superávit primário lá no alto, assim agrada o FMI - única força que realmente poderia abalar as estruturas, vide Argentina em 2000, 2001. O que eu duvido muito é que o brasileiro fosse sair às ruas como o argentino fez e continua fazendo. Isso que é o lindo do brasileiro e sua maior desgraça: somos camaradas demais, gente boa demais. Relevamos, relativizamos. O brasileiro deixa passar muita merda enquanto tá distraído vendo o time do coração jogar, enchendo a cara e papeando - ou dando aquele trato na nega, que acaba parindo mais um mulato 9 meses depois.

Numa coisa eu acho que copiamos bem as nações mais civilizadas: cada vez é menos aceito socialmente fumar. Depois das fotinhos bacanas nos maços e carteiras, proibição em lugares fechados. Um dia chegamos ao nível do Japão, onde nem nas ruas pode mais. Vá lá: me contento com a realidade dos EUA: tabaco em local fechado, só dentro dos cassinos.

27/12/2004 11:09    | Comentários (5) | TrackBack (0)

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