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LENDAS CARIOCAS 1 - NA BARCA

Foi no tempo em que ainda não sabia da van pirata que leva de Copacabana a Icaraí. A gente ia muito no happy hour do Bar do Bin Laden, do outro lado da ponte. Pagava a viagem o melhor visual que existe do Rio (que é a maior utilidade de Niterói) e de quebra dar quase nada em cada Itaipava de casco. A população feminina local era outro espetáculo: só dava estudante da UFF ainda com um pé no culégio.

Como disse, a gente não sabia do conforto que a van proporciona e pegava sempre a barca.

Tava toda a galera curtindo uma na proa. Fumado, zuando. O Andrézinho era meio maluco e gostava de ficar no fundo, para ver o Rio se afastar. Ele não entrega isso, mas acho na moral que o problema era o medo que tinha da barca virar. Besteira, porque o motor fica justamente atrás. Tava nessa onda de sentir a barca sacudir procurando gatinha entre quem tava sentado quando escuto uma muvuca vindo de onde tava o Deco (Andrézinho é o apelido de muleque e ele não gosta muito). Papo de segurança da barca ir até lá. Tava sacando que era uma voz meio aguda que gritava que queriam atirar ele na baía.

- Socorro, é louco, não fiz nada, NADA!

O Deco chegou pra gente ainda sacudindo a cabeça.

- Pô, idéia erradíssima, me'rmão.

A idéia era erradíssima mermo. O viado chegou numa moleza de vista bonita e o caralho e perguntou logo depois se o Deco não queria dar uma chegadinha no banheiro para ele chupar o pau dele. Fala sério, mó papo errado, né não? A gente ficou muito bolado e combinamo que ia deixar a barca chegar em Niterói pra esperar o viado sair e dar mais porrada nele. O Deco disse que tinha dado uns socos mas não tinha acertado direito, logo chegou segurança separando, dando idéia, caô. Descemo todo mundo e fomo no bar do terminal tomar um caldo de mocotó. Não precisava ser um cacete de vários: o Deco já fazia um estrago sinistro na porra da cara do viado.

Ele, que é viado mas não é burro, viu logo que o Deco ficou no aguardo e avisou o segurança que não podia sair senão ia entrar na porrada. O segurança desceu e foi falar com o Deco. A gente viu a conversa tomando o mocotó no bar:

- Parada é a seguinte, me'rmão, cê não pode impedir a passagem de um cidadão ameaçando de porrada. Você já acertou o indivíduo lá dentro da barca e eu entendo seu lado, o cara atentou contra seu pudor, certo, mas agora se você não aliviar eu vou ser obrigado a chamar a PM.

- Pôa, sangue, parada que o maluco mexeu com minha virilidade, sacou? Papo de honra, camarada, se mané vem te dizer que quer chupar seu pau você não pode deixar barato.

O segurança fez um beiço de negão e não falou mais nada. Foi dar idéia no PM que tava encostado na mureta. O puliça foi se balançando preguiçosamente falar com o André.

- Faz isso não. Isso que cê tá fazendo é crime contra o direito de ir e vir do cara lá dentro.

Eles conversaram um tempo. O Deco gesticulou muito. O PM fazia pequenos gestos em volta de si. O Deco atirava os braços para o ar e depois juntava as duas mãos espalmadas na altura do escroto. Depois de um tempo, o guarda deu por encerrada a discussão.

- Foi isso mermo? Então pode descer o cacete. Mas bate mermo, pra aprender.

E foi embora, muito sério, se coçando.

A gente ria tanto que espirrava mocotó um no outro. A mesa tava toda respingada. O dono da birosca ficou bolado. O Deco ficou parado e o viado dentro da barca, encagaçado mas agora também puto da cara. Voltou pro Rio pra não apanhar.

31/01/2005 21:36    | Comentários (5) | TrackBack (0)

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