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PERFEIÇÃO

Todas as ciências exatas, da física à astronomia, nos mostram que inexistem ordem e harmonia universais, como as concebe o cérebro humano. Nossas vidas, gotas d'água no oceano, são tempestuosas até no íntimo familiar, não há inteligência, cultura ou ética, todas características adquiridas, que consigam impedir a desordem e o sofrimento pessoal e coletivo. É quixotesco pressupor que um dia a sociedade se domesticará se as relações sociais deixarem de ser as que existem hoje, no capitalismo, entre senhor e escravo.

Com estas palavras, Deu... digo, Paulo Francis, resume sua autobiografia, "O Afeto que se encerra", definindo-se um esquerdista. Mal sabia que esta definição poderia estar tão gasta 27 anos depois de publicada a obra, no entanto, extremamente atual no conjunto. A genialidade é tamanha que encontra logo no título uma eloqüente expressão: "O Afeto que se encerra" remete ao hino da bandeira, mas tem um duplo significado. Pelo conjunto, ao menos no meu julgamento, o título do livro acaba revelando um enorme afeto reprimido ao longo da vida deste homem, por pessoas e pela humanidade, que hoje só ouvimos falar em imagens de arquivo. E no que deixou para enganar a morte, seus livros. Não imagino forma mais elegante de se perpetuar do que com este enorme elogio a si, em livro. Mesmo com algumas mentirinhas, que, se existem, só deixam tudo mais saboroso. O quatro olhos continua vivendo e cagando tese, pausadamente e quem sabe sorrindo.

11/01/2007 01:01    | Comentários (5)

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