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Pele humana é 'zoológico' de bactérias, diz estudo

fevereiro 6, 2007

De acordo com os pesquisadores americanos, mais de 200 espécies de bactérias foram identificados em amostras de tecido retiradas de antebraços de seis voluntários e pelo menos 8% delas eram desconhecidas anteriormente.

A escolha do antebraço foi feita porque se trata de uma área do corpo que não seria lavada com a mesma freqüência e intensidade que outras áreas.

“Muitos dos organismos naturais que estão presentes na pele ajudam a protegê-la. Por isso, concluímos que não é uma boa idéia ficar se lavando o tempo todo”, afirmou Blaser, em entrevista à Reuters. (BBC)

Pele humana é 'zoológico' de bactérias, diz estudo

A Staphylococcus aereus é uma bactéria encontrada na pele

A pele humana é um verdadeiro “jardim zoológico” de bactérias, conforme revelou um estudo publicado neste mês no Proceedings of the National Academy of Sciences.

De acordo com os pesquisadores americanos, mais de 200 espécies de bactérias foram identificados em amostras de tecido retiradas de antebraços de seis voluntários e pelo menos 8% delas eram desconhecidas anteriormente.

A escolha do antebraço foi feita porque se trata de uma área do corpo que não seria lavada com a mesma freqüência e intensidade que outras áreas.

“Em média, um bom zoológico tem entre cem e 200 espécies. Então nós já sabemos que, somente em nosso antebraço, temos a mesma quantidade de bactérias que um bom zôo”, disse Martin Blaser, o professor de microbiologia que liderou o estudo.

O grupo de estudiosos da New York Medical School usou análises genéticas para descobrir que tipos de bactérias estavam presentes. Especialistas em microbiologia dizem que as bactérias têm um papel vital na manutenção da saúde da pele.

O conhecimento disponível anteriormente sobre as bactérias vinha da observação do crescimento delas em culturas feitas em laboratório. As novas tecnologias permitiram aos cientistas que desenvolvessem métodos de observação muito mais precisos.

As amostras de pele foram analisadas duas vezes, com intervalos de tempo que variaram de oito a dez meses entre si. Entre as descobertas da pesquisa, está o fato de que a variedade de bactérias encontradas em cada voluntário se alterou com o passar do tempo.

Espécies predominantes de bactérias não se alteraram, mas muitas das restantes aparentemente vêm e vão.

O estudo faz parte de uma pesquisa que procura avaliar a extensão da ecologia microbial no ser humano.

“Muitos dos organismos naturais que estão presentes na pele ajudam a protegê-la. Por isso, concluímos que não é uma boa idéia ficar se lavando o tempo todo”, afirmou Blaser, em entrevista à Reuters.

“Os micróbios têm vivido em animais há mais de um bilhão de anos. Aqueles que estão em nosso corpo não são um acidente. Eles evoluíram junto conosco”, disse. (BBC)

Walter Valdevino Estudo Comentários (0) Comentários (0)