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Chitas fêmeas são 'promíscuas', diz estudo

maio 30, 2007

Cientistas de Londres, Nova York, Arusha e Bangcoc analisaram o DNA coletado de amostras de fezes de 176 chitas ao longo de nove anos no Parque Nacional Serengeti.

"Talvez essa seja a razão. Pode criar confusão entre os machos. Nesse caso é melhor não matar nenhum filhote diante da possibilidade de que um deles seja seu." (BBC)

Chitas fêmeas são 'promíscuas', diz estudo

As chitas são classificadas como uma espécie vulnerável

Uma análise genética de chitas, também conhecidas como onças africanas ou guepardos, na Tanzânia, apontou que as fêmeas dessa espécie são "altamente promíscuas".

Cientistas de Londres, Nova York, Arusha e Bangcoc analisaram o DNA coletado de amostras de fezes de 176 chitas ao longo de nove anos no Parque Nacional Serengeti.

Foi constatado que 43% de 47 ninhadas continham filhotes de pais múltiplos.

Segundo Dada Gottelli, da Sociedade Zoológica de Londres, essas estatísticas poderiam ser ainda maiores.

"Os filhotes de chitas sofrem de alta taxa de mortalidade nas primeiras semanas de vida então é difícil pegar amostras de todos eles", disse a pesquisadora.

O estudo foi publicado no jornal científico Proceedings of the Royak Society B.

Doenças

O fato de terem ninhadas com diferentes machos expõe as fêmeas a doenças, de acordo com os cientistas. Mas o comportamento também assegura a diversidade genética da espécie.

"Se os filhotes são mais variáveis geneticamente isso pode permitir que eles se adaptem e se desenvolvam em diferentes circunstâncias", disse Gottelli.

As chitas (Acinonyx jubatus) são classificadas como uma espécie vulnerável, conforme a União Internacional para Conservação da Natureza (UICN).

A população é estimada abaixo de 10 mil animais, que enfrentam ameaças como a perda de seu habitat e a caça clandestina.

A infidelidade entre as chitas também pode ajudar a proteger os filhotes do ataque de alguns machos.

"O infanticídio não foi observado entre chitas selvagens, como foi constatado em leões e leopardos", contou Gottelli.

"Talvez essa seja a razão. Pode criar confusão entre os machos. Nesse caso é melhor não matar nenhum filhote diante da possibilidade de que um deles seja seu." (BBC)

Walter Valdevino Comportamento , Estudo , Sexo Comentários (0) Comentários (0)