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PRODUTORES E ROTEIRISTAS ILHADOS

Que fiasco. O fim da participação de Rodrigo Santoro (exibida ontem no Bananão) torrou os últimos créditos de respeitabilidade que Lost ainda tinha acumulado da primeira temporada, colocando o roteiro, os roteiristas e produtores na mesma vala comum das colchas de retalhos novelísticas. A decaída do seriado vinha de tempos, ainda da temporada passada, com algumas gambiarras narrativas, mas atingiu seu apogeu (o fundo do poço) com a contratação do brasileiro para fazer... o que mesmo? A função era só essa, ser brasileiro.

Lembro da cobertura histérica varando a madrugada dada por alguns sites de Celebridades/Entretenimento à participação, ainda no ano passado. Chegaram a fazer um apanhado dos diálogos do prodígio brazuca em terras ianques e transcrevê-los - tarefa fácil, até o episódio passado eram só coisas do tipo "Quem? Os outros?" e "Eu gosto de golfe". A patética jogada era criar o fato para receber a cobertura local (brasileira), provavelmente de posse da informação que a série estava bombando a audiência do antes desconhecido AXN. É preciso dizer que, apesar de ser uma das melhores coisas feitas para a televisão em muito tempo, o programa tem uma audiência relativamente minguada justamente por causa da internet, onde é possível baixar uma versão legendada em português horas depois de sua exibição nos EUA, no fenômeno que já foi chamado de "fim da TV". Então o que pretendiam os produtores, se a audiência brasileira estava de antemão irremediavelmente perdida para a Internet? Eu não faço idéia.

Como disse antes, a participação de Paulo até o episódio em que morre era simplesmente uns "ohs" e "ahs" em que nem assim conseguia disfarçar o sotaque do inglês aprendido no Yázigi. Parece que o público americano não comprou o rostinho bonito (?), e resolveram matar de uma vez ele e sua namorada "de forma espetacular", como anunciado. Quer dizer, trazem um cara com um contrato provavelmente milionário e depois não têm peito para bancar por mais algum tempo até que vingue. Encaixam depois numa trama muito pouco plausível, visto que em nenhum momento ele e a namorada apareciam sequer de relance e, num insulto à inteligência de qualquer telespectador, inventaram um motivo moralmente justo para os dois merecerem a morte mais horrenda: eles brigam por jóias numa ilha onde elas não valem nada e acabam enterrados vivos depois de paralisados pelo veneno de aranhas.

Pode ficar pior? Pode. A cena final mostra Sawyer, o ladrão mau-caráter, entendendo o significado de toda a mensagem e despejando os diamantes como se pétalas de flores fossem sobre os mortos, numa cena que para mim é como um: "engula esta merda, telespectador idiota" em forma de produto televisivo.

O que mais me deixa revoltado é que já fui muito fã de TV, quando criança, e estava realmente empolgado com Lost, achando que finalmente alguma coisa realmente boa estava sendo feita. Mas não. TV é enlatado, é sopinha pronta, é Campbells por R$ 9 no súper, é Big Mac requentado, é uma mentira bacaninha que logo cai por terra. E o pior é que faz tempo que sinto praticamente a mesma coisa em relação ao cinema. Parece que as artes (ou melhor dizendo) os produtos audiovisuais só se prestam a convencer quem cria todas as condições de se convencer, só é capaz de cativar crianças que já não podem mais ir brincar na rua e qualquer amigo dentro de casa faz a mão.

Mas é como dizem amigos meus, ver TV e depois reclamar é que nem cheirar cocaína e lamentar que está malhada. Tu tá consumindo uma DROGA, porra, não reclama.

05/06/2007 10:49    | Comentários (22)

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