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RETROECONOMIA

A Veja desta semana traz na capa o recente fenômeno de aumento nas ofertas de vagas para concursos públicos, e da conseqüente procura. "Cinco milhões querem o governo como patrão", é o título. A matéria parte da gracinha, vai para a gozação e termina no deboche. Algumas das passagens:

1) Gracinha:

A rotatividade dos funcionários nas empresas privadas é, por definição, cada vez maior em razão das exigências conjunturais por aumento da eficiência, produtividade e dos cortes de custos. O servidor do estado raramente é demitido. A Constituição de 1988 determina que todos os funcionários públicos tenham estabilidade plena.

A Constituição de 1988 também determina que todas as famílias (ou indivíduos) recebam o mínimo para sobreviver.

2) Gozação:

A proporção de funcionários públicos entre os trabalhadores com carteira assinada no Brasil passou de 17%, na década de 80, para 22%, hoje. É uma proporção maior do que a do Chile, da Argentina, dosEstados Unidos, da Inglaterra. Ela só é menor do que na França (23%), entre as democracias industriais modernas do Ocidente
.

Sem comentários.

3) Deboche:

Há cinco anos, ele ganhava 1.500 reais como professor na Universidade Federal de Pelotas. Depois de prestar quatro concursos públicos, conseguiu uma vaga como auditor do Tribunal de Contas de Santa Catarina e recebe 19.900 reais. Avalia ele: "O salário é excelente, mas não é só isso que importa. Meu trabalho é estimulante e me proporciona realização profissional".

Quer dizer, o camarada estava em Pelotas ganhando 1500 e vai ganhar 20 mil em Saaaantaaaa e vem falar de trabalho estimulante e realização.

Tem alguma coisa muito errada aí. O Governo fala em corte de despesas, austeridade fiscal e jura que pelo menos tem boas intenções de reduzir a carga, mas aumenta as ofertas de vagas nos concursos e os salários e os benefícios. Outro trecho da matéria fala em criar premiações de acordo com metas para atrair os maiores potenciais profissionais. Anteontem aumentaram os vencimentos de alguns cargos comissionados em 140% onde, também segundo a matéria, é o maior antro de corrupção do setor público. Acreditando-se que tudo isso tem a boa intenção de corrigir as deficiências do mercado privado e diminuir seu impacto social, ainda assim sobra a reclamação de que a conta quem está pagando é o contribuinte. De forma que o ciclo vicioso se complexifica: o governo enforca a iniciativa privada com altos impostos para conseguir manter a própria estrutura, a iniciativa privada não consegue progredir por causa do peso que carrega e o setor público tem que absorver o excesso de mão de obra que o privado não consegue empregar. Uma economia estatal que se retroalimenta.

E o que se pode fazer? Prestar um concurso, é claro! Se beneficiar do absurdo é a única coisa que se pode fazer.

19/06/2007 15:34    | Comentários (1)

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