Ontem foi mais um dia histórico que eu passo numa redação. 11/9, 29/9, 17/7. Em todos estava em grandes redações. De todos posso falar de uma experiência jornalística diferente.

Estou esgotado do plantão no PS de Jabaquara. Se alguém viu alguma sonora da TV, provavelmente me viu iluminado pelos holofotes, anotando, como um circunstante entre os jornalistas. É uma experiência de união, este tipo de cobertura. Como bem frisou uma colega, "não tem furo nesta hora, não tem por que ser cuzão". Eu colei da repórter da Globo, a repórter colou de mim, o do SBT, Folha, Diário da Manhã, Jornal da Tarde, IG. Todos colaram de todos.

Só faltou uma pizza ou um bolo, para repartirmos.

Mas o momento mais gostoso foi quando a repórter de um lugar onde eu trabalhei e do qual tive um desligamento muito traumático gritou, ao me ver chegar: "o que você tá fazendo aqui? EU já estou aqui!" Foi gostoso (e o termo é exatamente este, gostoso) pensar que nada aconteceu, que na verdade tudo o que se passou foi um grande mal entendido e que eu deveria mesmo era estar em outro lugar.

Descansem em paz todas as almas. Há muitos seres vivos que viverão seu tormento a partir de hoje. E é dever de todos nós fazer do calvário deles o mais pesado possível.