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AUTORIDADE FAMILIAR, A ÚNICA SAÍDA

O acidente com o Boeing da Gol, seguido alguns meses depois pelo da Tam, foi além de colocar em debate o sistema aéreo, a aviação comercial, o governo Lula - que, aliás, já davam motivos suficientes por si mesmos para o questionamento. As duas tragédias seguidas, principalmente a segunda, da forma como aconteceu, um desastre no qual todos os indícios apontavam as iminências de acontecer, foram um duro golpe na auto-estima nacional. Qualquer um que tenha nascido nos limites do Braziuzão ficou tomado pela vergonha da decisão que seus pais tomaram, ao julgar que seria uma boa idéia produzir mais um cidadão para este país. A queda do avião em Congonhas mostrou que somos uma bosta, um fracasso completo como coletivo social. Isto pode gerar uma atitude positiva, uma discussão sobre como podemos finalmente começar a melhorar (partindo do princípio que o crash do Boeing foi mesmo o fundo do poço, se é que somos mesmo capazes de superar este recorde da vergonha) ou a atitude derrotiva de assumir que não podemos mudar, que tudo vai continuar sendo a degringolada moral progressiva em espiral que sempre pode ficar pior.

Acho difícil ir além na generalização sem cometer alguma bobagem absurda, mas o recente episódio dos playboys que espancaram uma doméstica escancara o que, a meu ver, é a origem de um dos maiores problemas que desmoraliza o Braziuzão: a falta de autoridade familiar. É esta a causa de espancamento de professores, de consumo de drogas, de baixos índices de escolaridade. Quando a autoridade familiar existe, é confundida com truculência violenta, com relho. Não: a autoridade familiar tem que se basear em exemplo, na hierarquização dos valores, na noção de que o dinheiro é importante, mas não um passaporte para tudo o que der na telha. Poderia falar um pouco de religião, a mãe de todas as hierarquias, mas reconheço que é cada vez mais difícil manter esta mentirinha útil.

Enfim, tudo isso teve origem neste trecho do lead desta entrevista:

"Nem a autoridade dos pais se manteve, já que estes se recusam a ser vistos como portadores de tradições. Querem ser juvenis a todo custo e ocupar o mesmo espaço dos filhos, que acabam por perder referências fundamentais."

Como a queda de um avião, o fracasso do Brasil não tem apenas uma grande causa. Mas a abdicação dos pais como detentores dos valores tradicionais é como a falha do reverso na turbina. Sem autoridade nem tradição (quiçá, aiaiai, sem Deus), fica este clima de pode tudo. E daí para um "vamos roubar, vamos matar, vamos estuprar, vamos varrer tudo pra baixo do tapete e torcer para que ninguém perceba até o próximo mandato" é um abraço.

25/07/2007 21:05    | Comentários (18)

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