Links
Blanched
Colorado
Defunto
Humanismo
Kibe
PT Gaudério
PT Nacional
Pública
Quico
Secos
Só Loiraça
Suruba
Thainá
Vegetariano
Viana Moog
Vidas Chatas
Xarás
:-L
:-L 2

Arquivos

« novembro 2007 | Principal | janeiro 2008 »


METRÓPOLE GOSTOSA

Faz exatos sete anos que vim pela primeira vez passar uns dias em São Paulo. Tive na ocasião uma boa e falsa experiência. Quem visita a cidade nestes feriadões prolongados não consegue acreditar nos relatos funéreos de ar irrespirável, fluxo estagnado de veículos e restaurantes botando gente pelas. Acha que é apenas mentira ou exagero de quem mora aqui. Acha São Paulo uma cidade GOSTOSA.

É nestes dias de ar puro que tu te dá conta da merda de vida que leva aqui. Depois de um dia inteiro sem fluxo exagerado de veículos na Marginal e um temporal para completar a limpeza tu consegue sentir o cheiro da grama num trajeto pelo qual tu passa todo dia. E tu te dá conta de que já acha normal aquele cheiro de diesel queimado com mijo e merda que tu cheira todo santo dia. Garanto que até meu material fecal daria positivo para óleo diesel. Respiramos, comemos e cagamos este ar empesteado.

Tenho a impressão de que a São Silvestre é realizada no dia 31 justamente por causa disso. Para não contaminar os atletas durante o trajeto. Nós que moramos aqui estamos condenados a viver neste lixo. E aquela mentira que nos contaram, que a vida aqui é mais estimulante e rica, não passa de uma falsa impressão de quem não conhece a METRÓPOLE GOSTOSA tanto quanto deveria. Ou não deveria.

31/12/2007 15:56    | Comentários (9)


BAH, É O INTER. TEM QUE IR. TEM QUE IR

Feito pra marmanjão chorar, o tal do filme do Gus.

Começa com uma clara declaração de que não resta dúvida que o Inter vinha de um passado recente medíocre, com a eliminação da Libertadores para o Olímpia em 1989 e mais de dez anos do mais puro ostracismo em competições de mais destaque.

Logo em seguida destaca a formação de um dos maiores plantéis já vistos no país e as duas campanhas de vice-campeonatos no Nacional. A gana de vencer e as lições dos injustos fracassos. A campanha magnífica na Libertadores que começava com o time desacreditado até pelos mais otimistas.

Depois a majestade do adversário na final de Yokohama. Edição magistral do Giba. Por fim, a redenção, o alívio, a justiça universal do triunfo daquela gente simples. De todos nós colorados, vira-latas entre vira-latas sulamericanos, vencendo o time de pedigree que o clube catalão tinha, 100% de jogadores das seleções de seus respectivos países.

A pré-estréia nacional pra convidados foi ontem, no Cine Bombril. Quase que não dá tempo de chegar, tão enroscado que anda o trânsito nesta cidade já bem enroscada. Estavam lá alguns amigos que não via há tempos e tantos outros desconhecidos que compartilham deste exílio, desta amarga distância do Beira-Rio.

Orgulhoso, o Gustavo Spolidoro (Gus, para quem o conheceu de superoitista) repetiu diversas vezes que era um filme de colorado para colorado. Só depois que fui entender: ele estava querendo dizer que não era um filme técnico. Engano dele: toda a técnica dos melhores documentários está lá.

Não sei que intimidade o Giba tem com futebol, mas estava claro que a edição primava por valorizar cada instante daquele jogo tático perfeito, da genialidade do acaso no momento em que o gol saiu. Tudo conspirou a favor depois de uma eternidade de azar que perseguiu o Colorado durante tantos anos.

Só senti falta de mais memória. Mais lances de jogos históricos. Seria bom alguma coisa de Falcão, que aliás não aparece nem é citado. Provavelmente questões burocráticas os dois casos, já que a RBS não participa da produção e está lá a rival Guaíba, já com o logo de Je$u$.

Mas, repito, foi o triunfo de gente simples. De Fernandão, semi-analfabeto mas um gênio motivacional, gritando no vestiário numa envocação aos brios dos companheiros. Do massagista, que aparece segurando o Ipod com a voz de Haroldão narrando o fim e o começo da glória, dos torcedores com suas manias e simpatias. De Gabiru, um animal tosco no aspecto que viveu o momento da vida de um atacante. De um guri anônimo com seu sotaque mais portoalegrense dizendo pra mãe: "bah, é o Inter. Tem que ir, tem que ir".

Eu tive que ir ao Cine Bombril ver o Inter ser campeão do mundo de novo. Estava sozinho na frente da TV naquele 17 de dezembro e vivi aquilo como uma boa mentira. Mas o triunfo dos vira-latas foi real e aquele meu time vagabundo que não ganhava nada foi capaz da maior glória já protagonizada por qualquer brasileiro.

Os adversários invejosos não têm o que dizer. O Inter foi o inacreditável que, sem qualquer argumento que contrarie, quebrou a gangorra pro outro lado até segunda ordem.

Um cinema inteiro foi arquibancada ontem em São Paulo. Torcemos para o telão em jogadas nas quais sabíamos de cor o que ia acontecer. E, no final, não tive como conter as lágrimas ao ver a minha tão conhecida Goethe flamejante.

Chorei muito também por não ter estado lá. Foi como viver uma emoção incompleta. Mas o VT do cinema me recuperou boa parte do momento. Foi lindo e foi um momento de destaque da minha vida. Aquilo que eu esperava desde criança e finalmente nasceu. O Inter maior do mundo.

12/12/2007 20:39    | Comentários (12)


VIVA A INÉPCIA DO BAIXO CLERO PETISTA

Ricardo Berzoini acha que tenho muito que aprender. Foi o que ele me disse, na saída de um diretório zonal do sul da cidade de São Paulo. A ele, além de educação, falta também hábitos de higiene como o da escovação de dentes. O hálito que tinha ao responder às minhas perguntas e a dos colegas fedia mais que a rapa da minha bunda que sai no papel higiênico.

O presidente do PT e provavelmente vencedor das eleições do partido realizadas neste domingo me disse a gentileza ao ser questionado sobre quem era seu coordenador de campanha. Ora, é muito justo que Ricardo Berzoini estranhe que eu não saiba quem é o coordenador de sua campanha. Ele usa o meu e o seu dinheiro para contratar assessores que lustram seus sapatos e penteiam o seu cabelo e deve até ter alguém para escovar seus dentes, mas que não trabalha no domingo e não pôde escovar os dentes de Berzoini. E logicamente que um político não pode escovar seus próprios dentes sozinho. Portanto, ele acha que um repórter só pode se dirigir a ele quando sabe de tudo a seu respeito. O mundo gira em torno de Berzoini.

Eu precisava saber se Berzoini facilitava transporte de filiados para as zonas de votação. Uma pergunta bastante simples. Ele não soube responder. Ele não tinha ninguém do lado para soprar. Ele só tinha sua maestria de canalha. De falar a um repórter com metade da sua idade que ele precisa aprender mais na frente de seus colegas. E dizer isso sorrindo, com seu sorriso podre e desemparelhado de quem range muito os dentes que não escova. Range de raiva, de frustração de não poder dizer tudo o que pensa e sente. Ser político permite ter uma dezena de assessores mas não admite que se diga o que se pensa e sente. Logo, Berzoini deve ranger muito os dentes, principalmente à noite, por isso seus dentes não são parelhos. Berzoini só pode sacanear repórteres, de preferência repórteres novos, plantonistas de fim de semana como eu. Não há problema em ser descortês com um repórter free da Folha Online. Este é o alvo perfeito para descontar pelo menos parte de tudo o que se tem que enfiar no rabo para ser um político de sucesso.

Seu colega, Jilmar ($ic) Tatto, não é assim. Ele faz parte de um tipo de petista que ainda acha que pode enganar alguém no grito. É um puro. É tão tosco que não sabia que estava ferindo o estatuto de seu próprio partido pagando kombi para levar e trazer a ralé que vota nele. Tias e tios gordos e fedorentos que chegavam às pencas ao Colégio Vinícius de Morais para votar. É este tipo de porra louca que faz do PT um partido tão especial. De um lado, políticos profissionais que sabem exatamente o que e quando dizer. De outro, quadros que tem a inépcia de fazer as bobagens e ainda assumir tudo diante de câmeras e gravadores. Tatto é um destes porra loucas que fizeram com que se descortinasse todo o rol de sujeiras que fazem a política de nosso país tão espetacular. Devemos muito ao PT. À tosquice dos quadros do baixo clero petista. O profissionalismo mau caráter dos políticos de verdade do PT é que bota tudo a perder. Mas os dois ainda fazem a festa dos jornalistas. É só aprender a conseguir o que se quer deles. E é fácil, basta ter o sangue frio de aturar o bafo e a falta de educação dos políticos petistas.

03/12/2007 20:41    | Comentários (6)

resolución 800x600pxs con browsers de la familia Mozilla ||| hbrandes arroba portoweb ponto com ponto br