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BAH, É O INTER. TEM QUE IR. TEM QUE IR

Feito pra marmanjão chorar, o tal do filme do Gus.

Começa com uma clara declaração de que não resta dúvida que o Inter vinha de um passado recente medíocre, com a eliminação da Libertadores para o Olímpia em 1989 e mais de dez anos do mais puro ostracismo em competições de mais destaque.

Logo em seguida destaca a formação de um dos maiores plantéis já vistos no país e as duas campanhas de vice-campeonatos no Nacional. A gana de vencer e as lições dos injustos fracassos. A campanha magnífica na Libertadores que começava com o time desacreditado até pelos mais otimistas.

Depois a majestade do adversário na final de Yokohama. Edição magistral do Giba. Por fim, a redenção, o alívio, a justiça universal do triunfo daquela gente simples. De todos nós colorados, vira-latas entre vira-latas sulamericanos, vencendo o time de pedigree que o clube catalão tinha, 100% de jogadores das seleções de seus respectivos países.

A pré-estréia nacional pra convidados foi ontem, no Cine Bombril. Quase que não dá tempo de chegar, tão enroscado que anda o trânsito nesta cidade já bem enroscada. Estavam lá alguns amigos que não via há tempos e tantos outros desconhecidos que compartilham deste exílio, desta amarga distância do Beira-Rio.

Orgulhoso, o Gustavo Spolidoro (Gus, para quem o conheceu de superoitista) repetiu diversas vezes que era um filme de colorado para colorado. Só depois que fui entender: ele estava querendo dizer que não era um filme técnico. Engano dele: toda a técnica dos melhores documentários está lá.

Não sei que intimidade o Giba tem com futebol, mas estava claro que a edição primava por valorizar cada instante daquele jogo tático perfeito, da genialidade do acaso no momento em que o gol saiu. Tudo conspirou a favor depois de uma eternidade de azar que perseguiu o Colorado durante tantos anos.

Só senti falta de mais memória. Mais lances de jogos históricos. Seria bom alguma coisa de Falcão, que aliás não aparece nem é citado. Provavelmente questões burocráticas os dois casos, já que a RBS não participa da produção e está lá a rival Guaíba, já com o logo de Je$u$.

Mas, repito, foi o triunfo de gente simples. De Fernandão, semi-analfabeto mas um gênio motivacional, gritando no vestiário numa envocação aos brios dos companheiros. Do massagista, que aparece segurando o Ipod com a voz de Haroldão narrando o fim e o começo da glória, dos torcedores com suas manias e simpatias. De Gabiru, um animal tosco no aspecto que viveu o momento da vida de um atacante. De um guri anônimo com seu sotaque mais portoalegrense dizendo pra mãe: "bah, é o Inter. Tem que ir, tem que ir".

Eu tive que ir ao Cine Bombril ver o Inter ser campeão do mundo de novo. Estava sozinho na frente da TV naquele 17 de dezembro e vivi aquilo como uma boa mentira. Mas o triunfo dos vira-latas foi real e aquele meu time vagabundo que não ganhava nada foi capaz da maior glória já protagonizada por qualquer brasileiro.

Os adversários invejosos não têm o que dizer. O Inter foi o inacreditável que, sem qualquer argumento que contrarie, quebrou a gangorra pro outro lado até segunda ordem.

Um cinema inteiro foi arquibancada ontem em São Paulo. Torcemos para o telão em jogadas nas quais sabíamos de cor o que ia acontecer. E, no final, não tive como conter as lágrimas ao ver a minha tão conhecida Goethe flamejante.

Chorei muito também por não ter estado lá. Foi como viver uma emoção incompleta. Mas o VT do cinema me recuperou boa parte do momento. Foi lindo e foi um momento de destaque da minha vida. Aquilo que eu esperava desde criança e finalmente nasceu. O Inter maior do mundo.

12/12/2007 20:39    | Comentários (12)

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