A Vida Mata a Pau
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Jogue fora o seu barbeador
Vem aí o Fórum Social Mundial 5, sim, o Planeta Atlântida da esquerda voltando para a alegria dos índio velho da capital depois de uma passadinha pela Índia. Na tarde de hoje a prefeitura de portinho lança uma série de atividades preparatórias, incluindo palestras e cursos para hoteleiros e aulas de inglês para taxistas e cobradores de ônibus, visando melhor receber os esperados 300 mil turistas na semana plural de Janeiro. O cursinho de Inglês relâmpago já está sendo chamado de “one step behind” (singela homenagem a canção da banda The Specials) e patrocinará o praguejar dos taxistas em duas línguas – segundo o amigo Bruno Alan Prost Galera: um taxista parado ou está dormindo ou está xingando – alem de nos alegrar com a ilusão de que estamos em Tóquio.
A iniciativa merece aplausos. dados apontam que 40% dos estrangeiros são estadounidenses, que tem o estranho fetiche de visitar um evento onde seriam mortos pela sua nacionalidade em caso de qualquer incidente mais grave. Acredito que algumas agencias de turismo ianques já vendem esta idéia, contando que é muito mais emocionante que qualquer montanha russa e muito mais real que as simulações em 3d nos estúdios da universal, ainda tens o risco de pegar dengue ou febre amarela em um pais que não está declaradamente em guerra com ninguém. O fato é que temos que estar preparados para o evento onde a grana entra, mesmo parecendo uma contradição financiamento publico para bancar um pic-nic ideológico, o fórum social movimenta os cofres da cidade e vale o investimento.
Entre quem pretende faturar com o encontro está a COVE, que negocia a fabricação de diversas camisetas especiais, fugindo daquela temática Che Guevara ou Bandeira da Palestina – estampas bacaninhas que exponham o lado “plural” da coisa. Algumas idéias que estão sofrendo problemas de patente:
1. arrebentem o Iraque!
2. who fuck is Guevara?
3. tem um comuna me olhando
4. estou cercado por estereótipos.
E como disse certa vez Hilton lima, o Carpinteiro da felicidade, “se tivermos outra vez no show de abertura um grupo de meninos de rua fazendo musica com sucata, teremos muitos mortos”.
