A Vida Mata a Pau

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Não sou Bituca

- Tem um cara ali que não tira os olhos de ti.
- Puta merda, quem?
- Aquele ali do lado do Che Guevara.
- Acho que isso é um bar gay.
- O inferno é um bar gay.
- Caralho, então a gente morreu.
- Pior é saber que o Che era viado.

P.S.: diálogo real.


É isso aí, vamos lá moçada

Agora que a Globeleza é uma desconhecida nossa, a única coisa que conhecemos de outros carnavais é o engarrafamento. Duplicaram a pista, dobraram o preço da gasolina e meteram uns 18 pedágios até a praia. Mesmo assim, a tranqueira estará lá. Esperando através dos dois eixos. A propriedade de todos empilhados num funil que esvazia a cidade e deixa as cinzas para a quarta-feira.

Assim sendo, vou usar esse tempo em que espero para sair de casa depois do desafogar das pistas e escrever uma série de bobagens para esse blog. Escritas na pressa mas publicada aos pouquinhos: irão ao ar nos próximos dias, enquanto estarei na praia.

Espero que os que detestam carnaval encontrem alguma diversão por aqui. Abraço, queridos.


Vandalismo zero.

A caixinha com lenços no banheiro tem estampada uma mensagem logo abaixo da logomarca do fabricante: suas mãos suavemente secas com duas folhas. Esta é medida de economia mais eficiente que já vi em banheiros. Com ela, é impossivel desperdiçar papel.

Não pela consciência, sim pelo desafio. A necessidade de mostrar que é possivel, e que além de possivel, que eu consigo ficar com as mãos suavemente secas com duas ínfimas lâminas de papel. Acaba fazendo do gesto higiênico um “segura essa”pro observador incrédulo do outro lado do espelho. A cada lavada de mãos uma vitória.

Além de aliviado, saio do banheiro triunfante. Vitorioso na guerra estatística, dentro da média e feliz. Orgulhoso das minhas mãos e dos bons hábitos.

O próximo passo é adotar frases para o papel higiênico. Alguns poderiam dizer que uma frase dificilmente fugiria da grosseria. Discordo, bons redatores dariam um jeito nisso. O pepino é calcular com quantos centimetros sua bunda fica limpa e sequinha. Generalizar, nesse caso, seria desastroso.


Pitar eu não pito.

Mas sou bom de prosa que só vendo.

Outro dia um amigo de um amigo, atual colega de trabalho, não o primeiro, mas o segundo, pessoa, não trabalho, e possivel futuro amigo meu, ou um futuro amigo de futuro, já que o meu outro amigo, de presente é um dos bons, tava me dizendo que o verão acaba com a produtividade dele.

Entendi muito. Esse solstício acaba com a gente enquanto esperamos o sol bater no equador. Uma das três coisas que batem lá. Uma é o Tupac Amaru no governo, e o outro é aquele camisa 4, Hernan, eu acho, nas copas américas da vida. Não reclamo, só observo. Cada um tem o equinócio que merece, e o meu busca o encerramento dessa onda de suor sem precedentes na história evolutiva humana.

Desidratação instantânea, inanição subta, sublimação, atomização. Essa última, nosso melhor fruto da dualidade do fóton. Assim, quando a bomba cai na nossa cabeça, ou perto dela, a gente simplesmente entra na reação em cadeia de tal forma que viramos atomos. Todas as moléculazinhas desfeitas num passe de mágica nuclear.

Se bem que bomba mesmo a gente quer d`água. Não daquelas que sempre dão problema na praia, mas as de outro verão, de chuvarada. Torrencialmente imprevisíveis com ventos que fazem lembrar que Deus existe, o primeiro. Mesmo nessa temperatura infernal.


Não implica

“Existem vários pré-requisitos para uma modalidade esportiva entrar para o programa dos Jogos Olímpicos,que são :

- Ter a Federação Internacional reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional.

- Ter a modalidade,no feminino,praticada no mínimo em quatro continentes e no mínimo em 40 paises.

- O Nado Sincronizado faz parte das modalidades esportivas,como ginástica artística,ginástica rítmica,etc,onde as atletas tem que apresentar suas coreografias com exercícios obrigatórios,determinados a cada ciclo olímpico pela FI.

- O Nado Sincronizado é uma das modalidades esportivas,nos Jogos Olímpicos, com maior procura pelo publico para compra de ingressos.

Existem inúmeros outros itens para serem citados mas acredito que estes já são suficientes. Coloco-me a disposição para quaisquer outros esclarecimentos.”

Isso foi a resposta de Peri, do Comitê Olímpico Brasileiro, sobre a minha dúvida eterna: por que Nado Sincronizado vale medalha. Tudo bem, esses argumentos todos eu já conhecia, mas chega época de jogos e eu não me aguento.

É que não tem cabimento. Eu só quero realmente entender por que é esporte e não uma simples dança. Não quero nem que tirem de lá, só quero um motivo forte. Algo inquestionável, quero olhar para a piscina e ver onde está a guerra.

Me resta a certeza, se o pessoal do hip hop tivesse federações ao invés de bondes, já estariam faturando mdalhas para o Brasil.

Para constar, a resposta reclacada que não usarei para Peri:

Responder é fácil, quero ver trazer medalha.


Especial
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É praticamente impossível participar de uma discussão rasa sobre os Beatles. Para cada dúvida existem quatrocentas e cinqüenta e nove teorias e alguns milhares de provas escondidas – mas não desconhecidas
– em cada faixa, em cada episódio da carreira dos rapazes.

É Divertido para quem conhece, mas um inferno para quem nunca foi apresentado à banda. Para isso o esse blog promove este especial com perguntas e respostas diretas. Não para negar o valor da especulação, mas sim para abrir as portas de forma fácil para mais um potencial fã, por saber o quanto é legal descobrir o que se gosta e o que não se gosta numa discografia sem imposição. Perguntas que de tão simples que chegam a dar vergonha, como se fosse um pecado não conhecer tudo sempre.

Contra o pós-modernismo e seguindo a simplicidade que eles sempre pregaram. Nossos esclarecimentos. Começa amanhã, aqui.



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Alguém já deve ter ilustrado essa abobrinha.


Dirigido por mim, guiado pelo chewbaka
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NESSE LINK Você faz um desenho, e recebe outro. No meu blog você ganha um desenho meu por nada, então não tem por que reclamar do auto-retrato. Sou eu sim, e só tá aqui pra bonito. E pra rechear o link em forma de post.

Aliás, o primeiro filho de Mirella e Solon nasceu. E é um blog sobre porto alegre: o que se tem de bom, de ruim, programação e problemas defensivos do grêmio. Divertido pra quem conhece, curioso pra quem acha que somos politizados.


Entrar em férias coletivas é ter dupla personalidade?

Para mim, o plural não-plural da palavra férias já basta. Com ela posso afogar o eu que trabalha, o que enrola, o que fica escrevendo pro blog e o que toma cafezinho pra matar o tempo em um grande mar de descanso, onde o único objetivo é não se preocupar.

Nada melhor do que sentar na arquibancada do estádio no meio da tarde, mais querendo pegar sol do que ver como anda a defesa do nosso time. Aproveitar um ambiente onde a dualidade – clubística ou não – é proibida e proclamar: férias coletivas é coisa de bipolar, estou apenas relaxando.



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Diego, André e Andy na próxima publicação da minha micro-editora. time de primeira, com problemas nos brônquios. Clique com o botão direito do mouse para ver as maneiras que você pode interagir com essa pessoa.


Oito por oito

O mestre da dama não é necessariamente um conquistador barato. No nosso caso é Protásio Bueno Filho, recordista mundial de jogos simultâneos de damas. Sua exibição de domingo no calçadão da praia foi impressionante. Mesmo tendo perdido uma partida e empatado outras duas, foi legal ver ele jogando contra 30 pessoas de sunga e afins, numero que deve estar bem abaixo de seu recorde.

Pergunto: o recorde mundial reside em vencer todos seus adversários, ou apenas enfrentar eles?

Respondo: não sei.

Então, eu que não sou bobo nem nada, vou tentar quebrar o recorde de maior derrota em partida coletiva no jogo de damas, contra uma fileira de amigos, todos me surrando no tabuleiro. Ainda, posso perder várias partidas de xadrez viking, um jogo que é menos popular. Na verdade, acho que só o bituca seria adversário.


"nunca falta alguém que sobra"

- Por que covinhas são sexy?
- Pelo plural. Mesmo que seja só de um lado, continua sendo com s no final. Isso é poder.

- Por que covinhas são sexy?
- Ora, porque eu não as tenho.


Leitura dinâmica

Depois que ele e ela reataram o namoro em um churrasco, fiquei bastante confuso. Não pelo reconciliar, mas sim pela quantidade de frases idiotas que poderia ter feito se estivesse por perto, com uma mão entre a barriga e a camiseta, e um copo de guaraná quente na outra:

Quando o churrasco é bom, o cupido acerta os corações com o espeto.

O assador é o cupido e sua flecha é o espeto.

A carne vai, o amor fica.

Nem o sal grosso tira o doce desse amor.

Churrasco sempre une os corações. Da galinha e dos humanos.

Não é o pão com alho que vai estragar um beijo apaixonado.

Quem me dera o vazio fosse apenas um pedaço de carne. (máxima de EGS)

Ou voltaram porque se amam, ou porque a carne é fraca.

Churrasco deixa os corpos em brasa. (os dois últimos por Saulo)

Melhor pingar sangue no braseiro do que lágrimas no travesseiro.

Coraçãozinho de galinha. (Claudia, dona das melhores fotografias da temporada)

E segue...


Tales neles.

Para quem não lembra – ou quem não quer lembrar – alguns argumentos de Tales, O Pardal Neurocirurgião. A eletrizante série de TV que continua á venda, criada no final de 2002 em conjunto com meu amigo Hilton.

Tales é um pardal formado em medicina que trabalha como neurocirurgião. Enquanto desfila seu bom coração em atos de bravura e nobreza, nos mostra a magia do mundo da neurologia. Um seriado envolvendo animais e humanos, uma dualidade entre o bem e o mau, deus e a medicina, o mershandising e a crítica na contigo.

Alguns episódios:

1. O Segredo do Marreco.
Tales tem que optar entre remover um fragmento de chumbo do crânio de seu filho -atingido por um caçador iuppie - ou fazer uma operação num marreco intoxicado por petróleo após um vazamento no litoral da Galícia. A opinião pública implora para que Tales salve Marco, o marreco, pois recai e esperança de que apenas ele conseguiria dar fim ao conflito Basco. Tales vê-se numa encruzilhada.

2. Problema Global
Tales ajuda Gerson Brener em sua recuperação passo a passo. Com o tempo de tratamento, cria vínculos afetivos, e vê no ator um novo amigo, emocionando-se em cada conquista. Casualmente, ao folhar um álbum de fotos, descobre que um dos passatempos do ator antes do acidente era caçar aves no sítio de Ney La Torraca. Tales vê-se numa encruzilhada.

3. Especial Dia das Bruxas.
Nosso herói é sugado para dentro do cérebro de um elefante durante um procedimento cirúrgico. Participa de uma viagem lisérgica-multicores-pés-de-alface aeromoças, aeromoças! Enfrenta seu grande medo na forma de um dragão realmente assustador, tales vence e ao acordar o animal circense está curado. Terá sido eu ou doutor Fritz? Tales vê-se numa encruzilhada.

4. Ainda Sem Nome
Tales é convocado para fazer o primeiro transplante de cérebro em um paciente com anencefalia*. Decide descontrair o ambiente com a música "Eu quero ver o oco". A equipe ultrajada expulsa Tales da sala. O paciente morre. Em seguida o neurologista tem seu registro cassado. Num final apoteótico, o povo vai as ruas pedir a volta de Tales.

*Anencefalia é uma má-formação congênita que atinge acerca de 1 em cada 1000 bebês onde a criança nasce sem cérebro e caixa craniana.

O ator que escalado para o papel principal está desempregado. Suas mais recentes aparições foram no globo repórter de 18 de Setembro de 2005, em um especial sobre o pantanal, e uma ponta no clipe Island in the Sun do Weezer. Comprando e produzindo esta série você salva dois animais: o pardal e eu.

Mais em breve.


Emirados Junkies Unidos - Episódio piloto.

Duração: 40 minutos.
Personagens principais: Sayed, Hasan Jr, Hasan Pai, Saleh, Miu, Dedéco Carioca e Gahzi.
Personagens secundários: Presidente Abdulah, Amim – o eunuco.

Os jovens Sayed e Hasan Junior aparecem em um jatinho particular mandando ver um uísque atrás do outro. Naquela risada geral de bêbado, Hasan Junior diz que papai ficará uma fera com Sayed. Primeiro é expulso do colégio pela quinta vez, depois aparece bêbado em casa depois de quase seis meses sem ver o velho. Os dois discutem rapidamente, Hasan é chamado de Nerd e Sayed vomita na pia de ouro do avião.

Em terra, o pequeno aeroporto particular da OilCorp está tomado de autoridades locais. Todos comem canapés em frente a um tapete vermelho colocado na pista mesmo. Bandeiras da nação e papo furado com todos os ricaços. O avião pousa e a porta se abre. Um dos filhos de Hasan cai escada abaixo. Ele vai junta-lo, todos acham ser um acidente, até que o garoto, nos braços do rei – que prontamente ajudou ele a se levantar – fala uma bobagem com um bafo de canha alucinante.

Dia seguinte, o velho Hasan acorda os meninos aos berros. Dando uma mijada faraônica nos dois, lembrando os preceitos da religião. Manda os meninos se arrumarem para uma reunião. Sayed diz que não pode e sai correndo pelo pátio. O pátio, obviamente é gigante e luxuoso, tendo que fugir por entre o mármore e pelos afrescos e fontes. No caminho, perseguido pela guarda particular, dá olá a um eunuco qualquer. Finalmente, escapa pulando a grade e entrando no carro de Saleh Hamed, seu amigo.

Os dois dão um tapinha de mãos ensaiados e comentam sobre suas aventuras nesses últimos seis meses. Sayed puxa de um compartimento da Ferrari – conversível, obviamente – um baseado. Não consegue acender no isqueiro do carro, e pede para o amigo encostar o carro. Ele então, acende no calor de um tampo de boeiro e os dois caem na gargalhada. Saleh propõe uma festa de arromba para comemorar a volta, Sayed diz “só se for lá em casa”.

No edifício da OilCorp, Hasan Junior parece dormir enquanto a reunião aponta os custos operacionais da empresa quanto vibra seu celular. Junior atende de canto, sem dar bandeira. É Sayed, comunicando o amigo da festa e pedem o telefone do fornecedor de pó, já que eles, emaconhados, não lembram de nada. Junior dá o numero de Miu e diz que a senha é “reze às 5 horas atrás de um camelo”, que ela vai saber do que se trata e entrega a mercadoria sem problema.

Os maconheiros ligam e se confundem com o horário, em um dialogo de chapados sobre a hora da entrega e a hora da senha. Assim, acabam dizendo “reze às 24 horas atrás de um camelo”. A senha que Miu recebe indica uma tonelada de cocaína para a festa. Os dois amigos nem suspeitam. À noite, chega uma carreta de cocaína, que Hasan intercepta antes que seu pai veja.

Ele coloca na garagem junto com os outros caminhos da família, depois de pagar o carregamento com uma pulseira que tinha no bolso. Ele avisa seu irmão e diz que a casa caiu, que o Papai iria pegar o carro para ir até o aeroporto viajar para o Quatar. Eles se olham e pensam “temos que dar um jeito nesse pó”. Especulam cheirar tudo.

Já é festa e os amigos confraternizam. Inclusive os novos personagens, cono Dedéco Carioca e Gahzi, a casa vindo abaixo. Os irmãos contam a aventura para todos, e alguém pergunta “ok, mas como esconderam a droga?” Sayed leva os convidados até o pátio e acende um holofote. No meio das dunas de areia, uma de cocaína. “meu pai jamais ia distinguir a cor da duna no meio da noite”. Todos riem e correm em direção ao bagulho.

Cresce a trilha, sobem os créditos.

Fim do episódio piloto.


Frente Fria

O projeto de Verão do insanus,comandado por mim, não deu certo. O blog nunca engrenou, cada um dos convidados teve seus próprios motivos para não escrever e sequer a direção nos colocou na capa. Assim, num misto de desapego e falta de compromisso, ele foi parando, parando e estacionou.

Acho que o mais justo é aceitar que era uma boa idéia e não vingou. Talvez ampla demais, talvez pouco planejada, mas boa. O fato é que não vou ficar suando nesse sol pra tentar fazer ele voltar à tona. Deixa se afogar, e fim. Simplesmente aceito o fracasso. Com alguma tristeza mas sem queimaduras.

Valeu a todos os envolvidos, entre eles os extra-classe Arnaldo, Coiote,Chiquinha, Egs e Madama. A parte boa é que gente essa nova e talentosa acabou publicando coisas no insanus. E isso não descasca nem sai na água.


Tomorow ever knows

Amanhã o Brasil pára, mas o Blog aqui não.

Confira a programação:

1. Vestimentas e folclore da Mongólia.
2. Tendências da moda.
3. Feriado de Navegantes.
4. Apagamento desse texto.

Motivos não faltam para você estragar seu feriado lendo "A Vida Mata a Pau", apareça e comente. Afinal, dia dos navegantes se comemora navegando.


Faça como Massaro: dance com o Romário

Criei um passo de dança contagiante e moderno para acompanhar o Reggaeton como Hit combo do verão. Como todos já sabem, “Reggaton is the new Lambada” - André Czarnobai). A dança pode ser colocada no meio de qualquer outra coreografia, contando que a música seja “música rápida”, então corra e aproveite antes que alguém peça uma lenta e agarre os brotos que outro sujeito quer impressionar.

De oportunismo comparável ao do baixinho, a encenação pega carona no aniversário de 40 anos do jogador e a busca pelo gol número mil e faz uma homenagem aos grandes momentos dele na copa de 1994: o primeiro gol contra a Holanda, a esquiva da cobrança de falta do Branco também contra a Holanda e o triunfante levantar da taça no final da competição.

Junte as partes e faça sucesso nas festinhas na estação do derretimento:

Parte 1 – O festeiro inicia com um pulo imitando a malandragem de Romário ao concluir a bola cruzada por Bebeto que resultou no primeiro gol contra a Holanda. O pé direito um pouco a frente e com o peito do pé exposto, o esquerdo atrás pode servir para o impulso. Contudo, é bom salientar que os dois pés devem sair do cão de forma quase simultânea.

Parte 2 – Assim que tocar o chão, você deve curvar-se para frente, em forma de meia lua resultante de uma onda contorcionista. Como Romário fez para desviar da bola que Branco chutou para decidir a quarta-de-final. Para completar o efeito mola, os braços devem ser mantidos junto ao corpo, também para ajudar a retomar o equilíbrio no pós-aterrizagem.

Parte 3 – no embalo da retorcida (parte 2) as mãos sobem e completam o passo. Os dois pés fincados ao chão e os braços levantados se unindo em um ponto futuro, carregando uma taça imaginária. Isso marca o fim do passo e celebra os grandes resultados de nosso ídolo desfavorecido verticalmente: no caso a Copa do Mundo de 1994.

Não entendeu nada? Tudo bem, sei que pode ser complicado para quem não lembra da copa ou não gosta do Romário, mas a dança é o que há, e dá um plus na sua performance. Para evitar imprevistos carnavalescos, já convoquei o homem ideal para o trabalho e gravarei um pequeno vídeo demonstrando a dancinha - em breve aqui.

Agora é só aproveitar e fazer sucessos nos bailinho, sem ter decorar toda uma coreografia ou ficar esperando a musica que você conhece dançar. Em todas as situações, para todas finalidades. Agora só falta um nome. Pensei em R94 ou Dança do Baixinho, mas nenhum me agrada por completo. Sugestões?


Catarata pós-moderna

Fui o único que se prontificou a avisar quando o ônibus que a cega queria pegar passasse. Portanto, ninguém tinha moral pra me cobrar nada naquela parada. Usei isso a meu favor, quando o ônibus apontou na avenida me fiz de louco e esperei até o último instante para sinalizar.

Todos suavam frio pensando que eu sacanearia a moça. Os mesmos que ficaram olhando para os lados quando ela humildemente pediu ajuda agora pareciam preocupados. Não me venham com essa, agüentem as conseqüências de sua indiferença até o final.

Eu que estava no controle. Não se prontificaram e agora ficam me condenando, bando de vigaristas. Ela subiu sem problemas, eu apenas indiquei o caminho. E do alto de meu triunfo moral, esperei junto aos outros rindo por dentro. Canalhas, nem devem facilitar o troco.

* * *

Atenção que não me custa nada, ainda mais quando é pra pagar o maior cagaço da minha vida, acontecido nas ruas da mesma cidade, alguns meses atrás.

O cego passava por mim quando perguntou onde ficava a parada de ônibus. Ele estava no caminho certo, indo diretamente para o destino, nenhum centímetro fora da rota. Só me restou dizer com entusiasmos que era só ele seguir reto.

Ele agradeceu, eu segui meu caminho me afastando dele. Três segundos depois uma freada violenta rasga a rua. Aquele som comum da cidade nunca foi tão gelado. Parei, fique estarrecido, sem querer olhar pra trás.

“Puta que pariu, acho que matei o cego”.

Ufa, não. Tomo coragem para olhar: nada de patê humano no asfalto, só o senhor que eu tinha orientado batendo com a bengala num orelhão. Perdido mas vivo, bem vivo. O resto ele resolve sozinho.


por Menezes - 5 minute não-design de Gabriel - um blog insanus