A Vida Mata a Pau

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ainda na segunda, um texto de segunda, sobre a segunda - sem divisões
ou ainda: na terra da TOY* me permito sanguinidades

Duas horas antes de entrar no carro eu nem sabia que estaria na cidade para ver o fim de tudo - isso que convites em cima da hora me agradam mais. Na verdade não era propriamente o jogo a principal atração, e sim conhecer a cidade de Erechim, notória pela quantidade de pessoas legais que convivem, ou já conviveram comigo.

Vamos pular sexta e sábado.

Domingo, caminho com Cássio (grande) até o colosso da lagoa, o segundo maior estádio de times não-campeões da América do estado, encontramos Antenor – meu anfitrião – e sua irmã já nas escadarias do estádio. O jogo corre, o grêmio anda. 3x0 atlético paranaense. Começa a flauta da parte do estádio composta por atleticanos e colorados. Tudo bem, perder para os paranaenses não é de todo mau se ajudar a matar o santos. Para os gremistas, todos já conformados há semanas com o rebaixamento, tudo é diversão. Aproveitamos nossa posição próxima a campo para produzir fotos usando como fundo o bandeirinha (em breve postarei aqui) e para fazer spam vocal para Georde, o jogador do grêmio responsável pela cobrança de escanteios no nosso lado do campo.

“Aí George! Insanus ponto org barra Menezes! Visita lá!”
“Aí George, não quero te zoar...” depois do erro “pô George, assim eu fico na obrigação!”

um velhaco que assistia o jogo perto na gente foi mais criativo: ficou chamando o árbitro assistente de “picolé de piche” num frenesi racista, e arrancou risos de todos.

Quando ninguém mais ligava para o jogo, e eu estava mais entretido em saborear um picolé de limão – comprado a justo 1 real – o grêmio faz uma jogada de ataque e finalmente acerta. 3x1.

Maravilha, teve até gol do grêmio! Já estava satisfeito. Não adianta mesmo, esses dois anos foram uma tragédia, a direção errou demais, assumiu um time na libert... e gol do Baloy – aos 44 minutos, um panamenho. Sim, agora a vibração era intensa, vamos pra cima tricolor.

Os paranaenses calaram e o grêmio empatou e patrocinou um momento jamais imaginado na minha vida. Estava eu, dependurado no alambrado, com todos meus quilos extras, cós os pés cerca de 2 metros do chão, gritando enfurecidamente impropérios quando o fim chegou.

Passei o último minuto do Grêmio na primeira divisão dependurado em um alambrado. P.S.: Fiz jus ao fim do No Agressus, que sempre apoiou esse tipo de iniciativa sem sentido e viagens ao interior (o p.s. no meio do texto é proposital). Fenômeno compartilhado com o amigo antena, com o qual corri até o lado da torcida adversária e fiquei mostrando a camiseta sob gritos da massa de “vice-campeão”.

O que vai ficar para a história, é que a porcaria do time do grêmio empatou com o quase-campeão time da porcaria do paraná, sendo o segundo gol foi de um panamenho e o último de um rapaz com o apelido de pitbull, cão temido na época.

perdí a voz em 5 minutos de euforia e ganhei um bom motivo pra dizer que a vida mata a pau – ufa, finalmente estreiando o título desse blog com conveniência.

Podem voltar à flauta: não ligo mais.

*Torcida Organizada Ypiranga

por Menezes - 5 minute não-design de Gabriel - um blog insanus