A Vida Mata a Pau

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Isso que aqui não recusamos morder rapadura ou quebrar o gelo com os dentes

Cento e vinte minutos de futebol (como propôs Zagallo) ou Oitocentos minutos de poesia cansariam todos. Cansariam essas meninas de cabelo escorrido e desfaria a maquiagem disfarçada de não maquiagem. Seria tempo o suficiente para me convencer que o certo é escrever maquilagem, mas essa de incomodar gente de bom coração e atitudes erradas já não é meu negócio.

Ficamos assim: meninas lêem coisas de meninas e meninos assistem os tais concursos de miss. Não vou mais discutir, mesmo que seja na hora da novela, mesmo que seja para ficar regado a essa coisa com gosto de terra e essa sensação estranha de se estar comendo serragem.

Importante foi eles lembrarem que parte da graça do comer está na parte tátil. Não venhas envenenar as frases: estou apenas defendendo algumas consistências que em especial me agradam. se for pra comer serragem, deixe ao menos eu me vestir de castor, de Andrade ou de bicheiro e ficar fingindo ser o dono da avenida até a metade de fevereiro. O que é o bom do arroz à grega é o ruim no salpicão. Cenoura ralada não agrada, nem que seja uma vez no ano. Os dentes esfregam cada fibra do legume e não conseguem encontrar o ponto certo. Sobra só o desagradável arrepio que paralisa a mandíbula por alguns segundos.

Outro dos Andrade vestia a rubro-negra flamenguista, mas essa eu passo, prefiro ficar alinhado com os botões e costuras e não com uma meia-cancha de refinado toque de bola.

Pode ser o espírito natalino, mas até a Bidê ou Balde, que vem ano vai ano continua a mesma merda, me agrada com um verso. É o seguinte, “viva o Amarante / e viva o balalo / e viva o claudiomiro com a camisa vermelha” explico. Antes de lembrar que esses 3 caras jogavam no inter, a frase lembra que esses mancebos merecem um “viva” e que deve ser cultivado o que eles fazem de bom.

Pode ser contra o time do autor, mas é bom ver o jogo bem jogado, com os olhos de quem vê por trás do um a zero no placar a beleza da jogada e as piadas que existem na partida. Então se o grande Claudiomiro vai vir aqui pra eliminar o time de Andrade, que seja com beleza, de uma forma que as crianças enxergam. A camisa do atleta não é lembrada como do Sport Clube Internacional, e sim como uma camisa vermelha, sem conotação clubística – outra coisa vista com olhos de criança.

Possivelmente a banda não pensou nisso antes de escrever, mas eu gostei.

por Menezes - 5 minute não-design de Gabriel - um blog insanus