A Vida Mata a Pau

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Sugestão ao novo Papa:

Desde já torço para que o candidato brasileiro seja o escolhido, o que me poupa o trabalho de traduzir essas notas.

Criação do DIA DO PINTO

Querido pontífice. Parabéns pela sua nova função. Se aparecer por aqui, dê um pulinho numa rótula aqui perto de casa pra gente comer um Xis Coração. Infelizmente não é de diplomacia que venho tratar. Seria mais fácil se o que me aflige fosse apenas o que ou quem comer, mas não, nossos problemas não são comuns assim. Acredito que como eu, estejas preocupado com os antes inimagináveis níveis de blasfêmia dita nos quatro cantos que seu antecessor, o peregrino do bem, visitou. Imagino que parte destes problemas seria resolvido se o senhor e sua ordem, adotasse de forma imediata, uma data oficial para puteadas, xingamentos e desaforos.

Parece absurdo, certo? Mas deixe-me explicar.

Duas são as finalidades da data. Primeiro, diminuir o numero de palavrões ditos. Sabemos que tudo que a igreja condena tem mais graça, o senhor teve infância e sabe como isso funciona. Ta certo que sua vocação se mostrou cedo, mas um dia quisestes “matar” a missa para ver uma boa pornografia, certo? Karol possivelmente não teve esse problema, já que ver fotos de polonesas nuas não parece ser tão interessante. Por outro lado, o que vira ritual católico cai em desuso. Se os padres promovessem suas orgias com crianças de forma pública, dificilmente a pedofilia alcançaria níveis alarmantes. (Em contraponto, missas proibidas levariam jovens aos calabouços da cidade para a inocente celebração. – falo dessa outra idéia futuramente, vou me ater ao tema Dia do Pinto). Assim, o desaforo instituído tiraria parte da graça de xingar um filho de uma égua.

A outra é “deserotizar” a língua. Hoje em dia, trabalhando num escritório, passo por alguns momentos chatos. Como falamos formalmente uns com os outros, nunca sabemos quando alguns verbos são aplicados com a “maldade” que o diabo patrocina. Todo e qualquer sinônimo para “colocar” vira gozação, tiração de sarro. Essa ultima frase, certamente seria comentada como bagaceirisse. Sei que a data específica não acabaria com isso, mas saber como as pessoas xingam, como aplicam sua infâmia sobre mim, ajudaria bastante a distinguir uma mera observação de uma puteada. O senhor deve ter problemas como esse, seus acessores pronunciando “coroinha” de forma mais arrastada ou um “me passa a hóstia” acompanhado de olhares.

O Dia do Pinto seguiria o mesmo ritual. Vossa santidade, após a missa, iria até a janela que dá para a praça de São Pedro e falaria ao povo. Ao invés dos tradicionais encebamentos religiosos, o senhor lembraria de momentos de fúria juvenil, dos juizes que roubaram de seu time e atacaria gratuitamente alguma autoridade religiosa.

Claro, nunca católicos. Falar mal de Rabinos fica chato, afinal, o pedido de desculpas de João Paulo Segundo ainda não foi muito bem engolido pelos judeus. Sabe como é, possivelmente o seu anel de pontificado é feito com ouro deles, que uns alemães sutilmente confiscaram. Bom, não me resta julgar, mas religiões não faltam para o senhor atacar logo eles. Que tal difamar um Ayatola? Gostou né? Sorte nossa que eles não tem tecnologia pra bombardear o Vaticano.

Após o colóquio, seria exibido um vídeo Rock. Não um vídeo de Rock propriamente, mas u mvídeo de impacto, em um telão grande, no centro da basílica. Já podemos pensar com a tecnologia de hoje, que esse sinal possa rodar o mundo. Alem de passar uma mensagem de raiva, o senhor venderia uma imagem de juventude. Isso aliado à proibição de Missas faria da ICAR a mais Hype das instituições. Bom, de novo proibir missas, sempre caio nesse assunto frente ao entusiasmo que ler a manchete “Novo Papa Proíbe Missas” me causaria.

Cada região comemoraria o Dia do Pinto com algo típico. Eu, que como Karol Vojtila, sou gaúcho, poderia assistir a cada data festiva uma palestra sobre os segredos do bom churrasco. Umas duas vezes por ano isso cai bem e ajuda a trazer a igreja pra dentro da cultura local. Posso até ver nosso Arquiduque salgando uma maminha e dizendo com a boca cheia cheia “ah, mas ta um primor essa alcatra...” depois do vídeo e da palestra, que deve acabar cedo, perto das 10h da manhã, o desaforo estaria consagrado e liberado.

Dia do Pinto é falar abertamente bandalheira. Tentando varrer da face da terra o duplo sentido assino este documento agradecendo a atenção.

Abraço,

P.S.: Quase que esqueço. seria bom se a Data fosse móvel, como o carnaval. use a Lua e esses calculos bacanas que o senhor sabe fazer para determinar ano após ano o Dia do Pinto.

por Menezes - 5 minute não-design de Gabriel - um blog insanus