A Vida Mata a Pau

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Entre meus erros não estão músicas do Wet Wet Wet

A proposta é simples e já deve ter sido feita por ai. Coloquei todas as músicas que tenho no meu computador na lista de reprodução do winamp e cliquei no botão shuffle (não, eu não uso iTunes). Agora, vou resenhar as 20 primeiras que forem escolhidas pelo programa, tendo como limite o tempo de execução da cançoneta. Ah, e serão puladas músicas de artistas já contemplados.

E são essas:

Young Marble Giants – The Taxi.

Rapaz, nada mais representativo da vida em banda larga do que uma canção que você não sabia ter. E aliás, acho que nunca escutei isso. Será que é um arquivo da minha irmã perdido na minha pasta? Vai saber. Bom, pra matar a curiosidade, temos dois minutos de um moog e uma batida programada ao fundo, com um vocal incidental do meio pro fim. Interessante, mas nem de longe lembra minhas viagens de táxi.

Pato Fu - Um dia um ladrão.

Fale o que quiser, mas eu gosto de Pato Fu. E o valor sentimental que esta incluído em cada audição da banda remete a minha juventude extrema, onde a banda apostava no porralouquismo sem pudor algum. Um dia, um ladrão é uma pérola, mesmo sendo de um daqueles discos complicados escutar, tipo o Isopor ou o Televisão de Cachorro. Não vou deixar você me escapar.

Damone – Frustraded Unnoticed.

Essa foi uma amiga que mandou, junto com mais umas 4 musicas das moças que tentam a todo custo rever o conceito “rock de mulherzinha”. Apesar do vocal lembrar muito a Avril, a banda parece excelente. Demorei tanto tempo pra escrever corretamente Frustraded Unnoticed que a música está acabando e não consegui falar nada de pertinente. A saber: belo solo.

O Sargaço – Calça de Ginástica.

Que beleza! Banda lá da faculdade que nunca ensaiava. Com índio nos vocais, a banda acredita em uma letra sarcástica sobre bundinhas arrebitadas sem ser explicitamente metida a engraçada. “Hoje vou dar uma voltinha com minha calça de ginástica – ginástica”. Melodia que fica na cabeça no pouco mais de minuto e meio de som. Curto e simples, como o rock universitário deve ser.

The Exploding Hearts – Jailbird.

Sim, que felicidade. A banda mais citada neste blog (depois do conjunto comercial) aparece com sua balada tosca de três minutos e meio entre as vinte duas horas programadas. Momento dançar abraçadinho sem ser frescalhão, continuando a acreditar numa guitarra bem suja e nas costeletas que Deus nos deus. Beijando os teus lábios, por que se preocupar? Eu sou apenas uma prisão para o seu amor. Ta ra pa ra ra ram... É, amigo carcereiro, liberte bandas boas como esta do anonimato e faça do mundo um lugar menos triste.

El Grand Silencio – Alucinante.

Banda do México que tem o clipe mais impressionante que já assisti na minha vida. Foi no falecido programa Mondo Massari, que apresentava produções de diversas nações. Eis que em uma daquelas madrugadas perdidas de 98 eu assisto “alucinante”. São seis mexicanos dentro de um bar, vestidos com ternos brancos e sombreros, em formação de “V” se aproximando da câmera, que realiza um travelling para trás. Junto a isso, a letra da musica fica passando na parte de baixo da tela, com destaque para o refrão “alucinaaaaaaante”. Vou até procurar no You Tube.

Amado Batista – O pobretão.

Que beleza! Não sabia que tinha essa porcaria na minha máquina. “A minha bicicleta é o meu carrão, eu sou o pobretão” diz Amado, remetendo a consagrada temática pobre-cantor-pobre, que insiste que só pode dar o coração, e nada do anel de brilhantes que te faz sonhar. Por algum motivo o arquivo tem “brega” escrito em caixa alta no seu título, será o nome do disco?

Velvet undreground – Stephanie Says.

Se não foi a primeira, foi umas das 3 primeiras músicas que baixei na Internet. Na época, a gente usava o AudioGalaxy e se contorcia de felicidade com nossa conexão discada, sem ligar para os pulsos extras no meio da madrugada. Hoje tudo está diferente, só o que não mudou foi a beleza dessa melodia e as verdades ditas nela. Mesmo que a última seja muito óbvia: é tão frio no Alasca. Bom pra nós.

Supergrass – Beautiful People.

Uma das piores músicas de uma das bandas que mais gosto. Ok, não vou dizer piores músicas, só que eu simplesmente não gosto. Problemas com o piano e as guitarras, além de que o vocal consegue ser insuportável. Todo o potencial que o cara tem para ser um pentelho aparece em “beautiful people”, o que em outras obras é proposta e um diferencial aqui cabe apenas como chateação. Bola fora, pessoal. Mas mesmo assim, não deletarei.

Revolver – Sem Você.

Banda independente de algum lugar, que eu possivelmente baixei no senhorF em meu ritual mensal de ouvir o que rola por ai, no circuito undergroud. “Eu seria que tu soubesses” denuncia uma possível origem sulista da banda, assim como uma guitarrinha quase óbvia intercalada com as partes cantadas dessa balada. Destaque para a afinação do cantante, coisa rara nos dias de hoje. Lembrando que cantar desafinado nunca é proposta. Ta, nota 6 e meio, com boa vontade. Vamos melhorar estas letras, pessoal.

Volver – Você Que Pediu.

Essa sim é uma novidade legal. No mesmo esquema da banda “Revolver”, a Volver chega sem o RE na frente e com todas as outras notas para compor você que pediu. E olha que eu nem pedi nada, mas me sinto realizado com este hit em potencial da musica jovem e despretensiosa brasileira. Depois de todas estas mp3s, temos uma para grudar no ouvido durante o resto do dia.

João Gilberto – Desafinado.

Coitadas das outras canções. Ninguém merece ser colocado em uma lista ao lado desta obra prima, é simplesmente covardia, comportamento anti-musical. O que vocês não sabem e sequer pressentem, é que o João está espalhado pelo meu computador em diversos blocos, por discos, e logo desafinado foi escolhida. Uma música tão linda que até escrever sobre ela é prazeroso. Esta resenha acaba aqui, não quero fazer barulho com a digitação e atrapalhar o mestre.

Mr T Experience – Swiss Army Girlfriend.

Espetacular hit da minha mais nova paixão, a banda MTX. Tinha uma resistência inicial por falar do exército suíço, e me lembrar com seu titulo aquele enfadonho-mor do confessional dashboard. Ainda bem que venci a resistência através das dicas do amigo Cavinato e me rendi às guitarras, à melodia e aos fuzis da namorada do exército suíço.

Conjunto Comercial – Amor no Tarô.

Nova música do Conjunto Comercial, que se você ainda não escutou, deveria fazer o mais rápido possível. BAIXE AQUI

Grandprix – Euforia.

Banda do irmão da Lívia, que me passou o material gravado pelos cariocas. Ao ver os quase 6 minutos de duração, aproveitei pra ir no banheiro, passar na cozinha e tomar um chá. Voltei e ainda tenho 4 minutos de “euforia” pra escutar. Nada contra canções extensas, mas elas precisam justificar o seu tamanho. E a Granprix não está longe disso, mas precisa evitar a repetição extrema. Mesmo assim, boa canção. Mais uma prova incondicional que você está lendo o blog de um caçador de bônus track.

Art Brut – Emily Kane.

Eu sei que eles são uma ótima banda, pronta pro sucesso com suas letras espetaculares, mas algo me impede de gostar de Art Brut como deveria. Tem tudo pra gostar da banda por completo, mas só consigo gostar da metade. E a metade que eu adoro inclui Emily Kane! Ô canção divertida. Melhor que essa, só “good weekend”, onde o cara diz como o fim-de-semana dele foi divertido, afinal, ele tem uma nova namorada e viu ela pelada duas vezes. Valeu pela dica, Hilton!

Frank Jorge – Quando Aconteceu (a chance).

Música do segundo disco solo de Frank Jorge, um dos ídolos da minha adolescência, chamdo Vida de Verdade. O disco tem seu valor, principalmente por não ficar preso ao que o cara fez pelos Cascavellentes e Graforréia. Entretanto, não consigo mais me identificar com a obra como antes. Afinal, eu cresci e ele envelheceu. Mesmo assim, a genialidade pontual do cara continua aparecendo de forma induscutível. Afinal, quem mais coloca um verso como “Logo eu que falava tanto, perdi o dom da explanação” de forma tão natural? Só ele.

Os Bonnies – Quero te ter

Curtos e barulhentos, Os Bonnies serão uma grande banda quando largarem o sessentismo que acomete de forma voraz suas composições. De resto, não existe nada a ser dito, apenas que estaremos na torcida.

Vladimir Ashkenazy e Andrei Gravilov – Le Sacre Du Printemps: Dance of the Earth de Igor Stravisnky

Momento Ui, como eu sou erudito. O ultimo movimento (bailados tem movimentos?), ou ultima parte da obra prima de Stravinsky que é a obra fundadora do atonalismo, ou senão, a coisa mais perto disso que temos. O melhor, ou pior, é só escutar umas das 8 partes, com pouco mais de um minuto. Destacado do resto fica bonito, mas sem propósito.

Hino Nacional da Finlandia

Fin-lan-dia, fin-lan-dia...

por Menezes - 5 minute não-design de Gabriel - um blog insanus