A Vida Mata a Pau

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Minhas Férias deles

Um mês atrás, fui na mercearia aqui perto do trabalho para comer o meu tradicional lanche. Saboreei um Farroupilha, que nada mais é que um pão francês com presunto e queijo, e com uma água mineral. Tudo muito saboroso, também me diverti conversando com meus colegas de trabalho. Uma boa e produtiva pausa no dia de trabalho, que tem sempre como lugar o pequeno complexo de comércios do quarteirão vizinho.

Na hora de pagar, a dona do estabelecimento perguntou se poderia me dar uma vale no lugar de dinheiro, pois estava sem troco. Concordei sem problemas, afinal, voltaria ali depois de alguns dias e trocaria os R$ 4,70 do papelzinho por outras iguarias.

Amargo engano. No dia seguinte, passando na frente do estabelecimento, encontro as portas fechadas, grades e vidro separando um sujeito faminto e de vale na mão do interior da micro-padaria. Teriam fechado? Alguém morrido? Nada disso. Um cartaz na vidraça me avisou: férias coletivas e longas, 28 dias.

Fiquei absolutamente transtornado e me sentindo logrado. Porque não me informaram do fechamento? Afinal, não foi uma emergência, mas sim um retiro planejado. Logo eu, um cliente bom e freqüente, que paga no ato, acabei por merecer o descaso, obrigado a apodrecer com um vale que não podia usar.

Depois de muito pensar, tenho certeza da má intenção deles. Devem ter arrepiado na praia com os meus 10 reais, achando que eu ia esquecer. Pois saibam eles que eu não esqueci de nada. Amanhã a loja reabre, na data marcada. Inclusive já vi um pessoal arrumando as mesas lá dentro, preparando para abrir, sem saber que começarão o mês no prejuízo.

Nem abram a registradora! Estou com o papelzinho na mão, salivando, esperando o prato da vingança esfriar mais alguns graus. Podem ter certeza, serei o primeiro cliente quando a loja abrir.

por Menezes - 5 minute não-design de Gabriel - um blog insanus