A Vida Mata a Pau

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Fraldinha

Para que um churrasco seja de fato um churrasco, quase tão importante quanto o sal grosso, é o carinha que ninguém conhece. Aquele que veio através de alguém que já foi embora, mas que continua ali, meio que conversando com seus quase conhecidos, sem saber o nome de ninguém e sem que ninguém saiba o dele.

Até ontem eu nunca tinha passado pela situação, mas como era de se prever, minha vez chegou. E, para minha surpresa, não foi das piores sensações. Claro que eu segui a cartilha do intruso à risca: pedi licença para puxar uma cadeira, perguntei onde era o banheiro e pedi favor para usa-lo, falei de amenidades com o anfitrião e, como quem não dança segura a criança, brinquei com o caçula da família.

Exatamente por não fazer a menor diferença estar ou não ali, a hora exata de picar a mula foi muito difícil de decidir. Optei por esperar a carne acabar e as pessoas começarem a falar mais alto. Acho que é o momento que a saída gera menos comentários do tipo "de onde apareceu esse cara?". Pedi um telefone e que alguém abrisse a porta. Nos minutos em que o taxi não chega é que agradecemos que os jeans tenham bolsos para colocar as mãos.

Com um volte sempre e um até logo me despedi. Sabendo que todo mundo ali é gente boa e que cumpriram o dever de me receber de surpresa, assim como evitei constrangimentos maiores. São as coisas óbvias que fazem o ET do evento, e seja como for, é milhões de vezes mais digno do que forçar uma intimidade que não existe. Melhor para todos os envolvidos, diga-se.

por Menezes - 5 minute não-design de Gabriel - um blog insanus