home. arquivos: julho07. junho07. maio07. abril07. março07. fevereiro07. janeiro07. dezembro06. novembro06. outubro06. setembro06. agosto06. julho06. junho06. maio06. abril06. março06. fevereiro06. janeiro06. dezembro05. novembro05. outubro05. setembro05. agosto05. julho05. junho05. maio05. abril05. março05. fevereiro05. janeiro05. dezembro04. novembro04. outubro04. setembro04. agosto04. julho04. junho04. maio04. abril04. março04. fevereiro04. janeiro04. dezembro03.

Insanus
alexandre
bensimon
bituca
bruno
cardoso
carol
cisco
cove
daniel
firpo
gabriel
hermano
menezes
nova corja
parada
träsel
vanessa

Blogroll
3 vozes
alliatti
anna martha
antenor
bibs
bulcão
carine
conjunto comercial
dani
diego
g7+henrique
iuri
jousi
lima
lu
madureiras
marcia
mirella
nego
patrício
rodrigo
soares silva
solon
tams

Kill Bill Spirit - volume 2


Parado na entrada da cozinha, eu tentava decidir o que fazer. "Bom, se tem alguém aqui, já percebeu que cheguei", pensei. Mas de forma alguma isso me deixou mais aliviado ("se tivesse alguém aqui já teria me atacado" não funcionou). Ao contrário: fiquei imaginando o cara lá, de BOTUCA, só esperando eu adentrar para meter uma bala na minha cabeça.
Aí lembrei do filme de novo. Aquela cena que aparece a bala sendo disparada e vindo em direção da vítima. É, no cinema é uma cena legal, mas eu não estava a fim de presenciar isso pessoalmente. Até porque ao vivo não deve ser melhor que com aquela telona e aquele som bacana.
Enfim, tudo isso pensei parado na porta. E com o cachorro resmungando. Ah, que ódio daquele cusco do inferno.

Naturalmente, como sempre acontece nessas circunstâncias, o tempo que fiquei estaqueado na entrada do apartamento me parece imenso. Deve ter sido um minuto. Acho que foi mais ou menos esse o tempo que levei para tomar minha resolução.
"Ah, pois quer saber? Vou te trancar aqui dentro". Chaveei a doberman e desci. Fui até o 11, onde moram os únicos vizinhos que conheço no prédio, para perguntar se tinham visto algo.
Toco a campainha. Como sempre, surge a japonesa simpática e seus filhos curiosos.
- Vão dormir, vão - diz ela aos filhos, sempre quietos, mas sempre espichando aqueles olhinhos para tudo.
Explico a ela o caso e pergunto se não viu nada suspeito, ou se não viu meus tios saírem. Quem sabe eles ganharam na loteria, abandonaram tudo e foram definitivamente morar em Jóia?

- Vai ver o bebê passou mal e eles foram correndo ao hospital - diz ela.

"As minhas hipóteses eram mais divertidas", penso.

- É, pode ser. Bom, vou descer lá no orelhão e ligar pra casa. Vamos ver no que dá.
E fui. Liguei e minha tia atendeu. Ela estava no quarto, no escuro, vendo tv baixinho porque o bebê dormia. E a porta? Meu tio saiu com minha prima e esqueceu aberta.

É, definitivamente as minhas hipóteses eram mais divertidas.