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E Zé Fini


Há pouco mais de uma hora deslizei as três cópias da minha monografia pelo guichê da secretaria da Fabico, concluindo assim minha epopéia.

Histórias Constrangedoras da Minha Vida V


Episódio de hoje: o dia em que entalei num bueiro, no Centro de Passo Fundo.

Caminhar distraidamente sempre esteve entre as minhas características mais notórias. Uma vez decorado e assimilado um caminho, eu passava a percorrê-lo com a mente a dezenas de milhas dali. Ou, em alguns casos, com o olhar e a atenção totalmente focados em algum elemento aleatório do percurso.
No fatídico dia, o elemento era uma garota. A coisa mais óbvia possível para distrair alguém, mas sou mesmo uma pessoa previsível, não poderia ser diferente. Além disso, uma mulher pode ser definida, acima de tudo, como uma quantidade de massa capaz de atrair olhares e paralizar funções cerebrais básicas.
Pois vinha eu andando quando avistei aquele conjunto de contornos suaves e agradáveis caminhando na mesma direção que eu. Enquanto meus olhos, imaginação e hormônios juvenis convergiam para as reentrâncias e saliências daquele corpo, meus pés seguiam firmes na função de caminhar: esquerdo, direito, esquerdo, direito, nada demasiado complexo, sabemos.
O que meu pé esquerdo não esperava é que, ao se lançar instintiva e mecanicamente para frente pela milionésima vez, o chão não estaria lá.
Chão não é a definição mais precisa. Estávamos, meus pés e eu – com exceção dos já citados olhos, imaginação e hormônios, que naquele momento experimentavam toda a selvageria do ser – em uma esquina, bem em frente a um bueiro, para onde, aliás, meu pé esquerdo se lançou.
Um bueiro não é chão, mas também não é buraco. É um composto de barras de ferro e espaços vazios, logo, uma superfície sobre a qual é possível desenvolver o caminhar sem problemas, mesmo não contando com os olhos, a imaginação e os hormônios para ajudar. Além disso, por mais que eu esteja longe de ser um homem pujante, as frestas entre as barras eram bem menores que meus pés.
Ou seriam, se uma delas não estivesse torta, o que ampliava um dos vãos consideravelmente e deixava o bueiro de boca aberta, salivando, esperando pelo meu apavorado pé esquerdo.
Bom, imagino eu que ele deve ter se apavorado. Se lançar cheio de vontade ao chão e perceber no meio do caminho, em pleno ar, que ele não está lá, deve ser assustador.
Sim, era apenas uma entre umas vinte barras que estava torta, provocando um buraco não tão grande assim, porém suficiente pra receber todo o meu azar. Foi exatamente lá que meu pé se depositou.
É difícil descrever a sensação de pisar no nada. Lembra muito aqueles momentos em que a gente está andando e não vê um pequeno degrau, e acaba pisando em falso. Mas é bem pior, porque tu fica esperando o chão e ele não vem nunca. Minha perna mergulhou no bueiro até acima do joelho, e só não foi mais porque minha coxa era grossa demais pra seguir rumo ao subsolo também.
Visualize a cena: em uma esquina razoavelmente movimentada, um adolescente se apresenta de cócoras, com uma perna enfiada até acima do joelho no bueiro da rua e a outra toda dobrada pro lado de fora.
Tudo bem, era apenas uma rua razoavelmente movimentada de Passo Fundo, mas, convenhamos, mesmo que fosse uma nada movimentada de Cutunduva, a situação era um clímax de constrangimento.
E o pior: meu joelho, movido pelas leis da física, aceleração, gravidade, essas coisas, passou pelas barras, mas é óbvio que na hora de voltar ele entalou. E eu entalei junto.
A cena só não era de todo hilariante porque eu corria risco de vida. Um carro poderia tranqüilamente virar a esquina sem me ver e passar por cima de mim, sem dó. Pobre adolescente, estava de cócoras entalado no bueiro, nem teve tempo de reagir, diriam os curiosos que se aglomerassem pra ver a cena, cobrindo a boca com um lenço, como se costuma fazer em momentos de choque.
Assim que meu cérebro voltou de Sodoma e se deu conta da situação, forcei minha perna e, não sem dor, ela emergiu à superfície. Levantei, ainda meio cambaleante, e segui minha caminhada.
Como tudo na vida tem um lado bom, sempre que me lembro desse dia agradeço aos céus por um pequeno detalhe: a menina que causou o acidente estava caminhando na mesma direção que eu e não viu nada do que aconteceu.
Se bem que “quando eu te vi, fiquei sem chão” não seria uma má cantada.

Taxa de Baguete


Passados alguns dias no novo habitat de trabalho, já é possível fazer uma avaliação razoável das mudanças. Trocar de emprego sempre representa um período de adaptação nas tarefas profissionais em si, mas também requer uma grande reprogramação cerebral para aquelas pequenas atividades do dia que costumamos fazer no piloto automático.
Agora há pouco, por exemplo, bateu a fome das 17 horas. Movido pela automação, meu cérebro gritou "padaria", num claro indício de quem ainda não perdeu o hábito de passar o dia na Borges. "Delicatessen", ele teria clamado se já estivesse acostumado ao Moinhos de Vento.
Eu gostava de trabalhar no Centro, é onde a cidade pulsa mais verdadeira, afinal, mas também me agrada chegar ao trabalho cruzando ruas arborizadas e bonitas, mesmo que elas cheirem a creme.
Aliás, estou bem mais perto de casa agora. Regresso a ela quase sempre a pé, prazer ainda maior nesta época do ano, com o sol enviando sua luz morna até depois das oito da noite.
Outro ponto interessante é a inflação dos bens alimentícios. Em alguns casos, a diferença não chega a ser significativa. Uma lata de Coca custa mais ou menos a mesma coisa em qualquer lugar, com exceção do Habib's. Em outros, porém, é gritante. Eu costumava pagar R$ 2,80 por um baguete. Paguei R$ 6,50 ontem. Claro, há um espectro grande de diferenças entre o baguete da Borges e o da Padre Chegas, e nem estou falando do valor agregado da localização, mas da qualidade dos ingredientes, da variedade de opções de sabor, etc.
Além disso, o baguete da Padre Chagas era feito na hora, o que constitui uma diferença considerável. Sentir o gosto do sabor escolhido ao invés do gosto do plástico-filme torna o almoço um momento mais interessante, preciso dizer.
No mais, tem um cinema aqui do lado, assim como algumas boas vitrines. E a melhor parte: um churros espanhol, igual ao do Chaves, a duas quadras.

Talk to me?


Falam mal do Orkut, mas às vezes ele propicia bons momentos de diversão. Na comunidade do meu ex-colégio, um rapaz postou o seguinte, em um tópico chamado "alguém lembra de mim?":

Pois é galera, econtrei essa comunidade. Tenho muita saudade dos amigos do eenav. Meu nome é Rodrigo, tinha um Kadete azul e não entrava nas aulas, mas vivia bebendo naquele bar que tem na frente.... Se alguém se lembrar, dá um toque.

O desfile vai ser na esquina


As prostitutas cariocas se reuniram e criaram a grife DASPU.

Uma grife com estilistas prostitutas. E com o melhor nome.

Gênias.

Aduba


Bom mesmo esse O Jardineiro Fiel. Aliás, bom mesmo esse Fernando Meirelles, eu diria. Ao mesmo tempo em que faz um filme totalmente diferente de Cidade de Deus, ele consegue deixar sua marca pessoal na direção, especialmente no jeito criativo com que escolhe os planos. Os muitos anos dirigindo comerciais parecem ter deixado marca indelével no seu estilo.
Destaque também pro Ralph Fiennes. E a Rachel Weisz, sabemos, sempre aquela cousinha querida, mesmo fazendo uma ativista radical.

Ahá, hein?


Slogan para uma associação de cirurgiões gastro-intestinais:

Nossa vida gira em torno do seu umbigo.

Finish the job


Ontem à noite, mais precisamente às 23h42, terminei minha monografia. Bom, não oficialmente. Ainda falta escrever a conclusão, dar uma revisada final, passar uns trechos pra ABNT, essas coisas. Ah, e falta também o Tio Leandro dar o ok ao último TOMO do trabalho, esse que concluí ontem, constituído por pouco mais de vinte páginas.
Mas o grosso da cousa tá feito, e agora só vai.
Quarta que vem tem a banca e, passado isso, o diploma será, mais do que nunca, uma mera formalidade.

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Assim que eu tiver impressões mais conclusivas, escreverei um pouco sobre a mudança de emprego. Aliás, eu mencionei que mudei de emprego esta semana? Pois sim, sim, o fiz.

A tecnologia na mais antiga das profissões


A pouco mais de trinta metros do meu prédio abriu um bordel. Descobri ontem, quando voltava pra casa, pouco depois das 22 horas.
Poderia dizer que constatei se tratar de um bordel pela presença da clássica lâmpada vermelha na frente do estabelecimento, ou mesmo pela música brega e dançante que vinha lá de dentro, mas o fato é que nem precisei ser tão perspicaz.
Bem em frente à casa, no exato lugar antes ocupado por anões de jardim, repousa um painel luminoso, por onde desfilam dizeres convidativos aos prazeres da carne. Apressado, não me detive pra ler todos os eles. Ainda assim, consegui ver, de relance, a palavra "privé". E bastou.

Emocore indiano


Isso é o que eu chamo de poesia do cotidiano:

Garota nasce com coração na mão na Índia.

É triste, na verdade, eu sei. Mas me emocionou imaginar a candura da cena.

Changes


Já comentei aqui, em algum momento, que historicamente novembro é um mês terrível pra mim. Neste ano, a sensação é um pouco diferente. Agarrado aos bons clichês, diria que estou encerrando um ciclo, melhor, um grande cliclo formado por outros pequenos e médios ciclos. Vida é movimento, dizem.

E dezembro promete.

Assim enfartarei aos 30


Se não bastasse o quase sumiço do meu blog ontem, hoje fui surpreendido pelo completo desaparecimento da Carris das ruas de Porto Alegre.
Até eu me dar conta de que ônibus de outras empresas, identificados apenas por plaquinhas de papel escritas à mão, estavam suprindo as linhas da empresa pública, mofei na parada.
E, de estômago vazio, ainda tive que suportar um vendedor de jornal se deleitando com uma paçoquinha bem na minha frente.

Tudo que tenho a dizer no momento


Jesus, meu blog encolheu.

Recesso #4


Para ler "Baseado em fatos reais", o post escolhido pela Carol, clique aqui.

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Por motivos de monografia, este blog está em recesso. Se você também quer indicar um post, utilize o e-mail à esquerda. Até breve.